PatinhoFeyo
Membro
A viagem começou no final de setembro e terminou na primeira semana outubro (10 dias).
A companhia aérea escolhida foi a Turkish Airlines (Porto-Istambul-Teerão-Istambul-Porto).
Compramos directamente a uma agência iraniana, o circuito e hotéis foi decidido por nós. Só em Teerão é que tivemos um guia e uma motorista, o restante percurso foi um guia/ motorista.
Em relação ao visto para entrada no Irão, obrigatório para os Portugueses, pode ser obtido à chegada, mas preferimos não correr riscos e pedimos o visto na Embaixada do Irão em Lisboa. A agência de viagem enviou-nos, gratuitamente, os códigos necessários para solicitar o visto e para tal tivemos que preencher um formulário online. Como somos do Porto e não queriamos perder tempo a ir a Lisboa, enviamos a documentação necessária pelo correio, juntamente com um envelope com registo pré-pago para a devolução dos passaportes e em menos de 10 dias recebemo-los com os vistos em casa. Para a obtenção do visto enviamos os passaportes, os códigos de autorização, 1 foto de cada um (no caso das mulheres a foto deve ser tirada com véu), o comprovativo de pagamento por multibanco das taxas (50€ por cada visto) e o comprovativo do seguro de viagem.
Sobre o dinheiro, quase todos os preços estão fixados em Tomans, embora a moeda seja o Real Iraniano, apenas serve para retirarem um zero ao preço, vá-se lá saber porquê. Para eles faz todo o sentido, para nós, no início é confuso, porque temos sempre que perguntar “Tomans? Or Real?” para perceber o valor das coisas! As moedas existem, mas não têm qualquer valor e quase sempre os preços são arredondados! Os cartões de débito/crédito não são válidos, exceto em raríssimas lojas de artesanato, como tal, é necessário levar todo o dinheiro necessário e trocar à chegada.
Teerão
Aterrámos em Teerão, no Aeroporto Internacional ImamKhomeini, eram aproximadamente 5h e depois de rapidamente passarmos pelos serviços de controlo fronteiriços, estávamos na saída e ninguém à nossa espera… já estava a começar mal a viagem!
Enquanto esperávamos para ver se aparecia o motorista que nos levaria a Teerão, subimos ao 1º andar para trocar o dinheiro, uma vez que a moeda iraniana só se consegue obter no Irão; uma fila enorme à nossa frente, mas em 20 minutos já tínhamos um monte de notas com muitos zeros na mão! Ao contrário do que imaginámos naquele momento, o câmbio era muito bom e nos dias seguintes constatámos que foi o melhor que tivemos, mas não adivinhávamos… 1€ dava 47600 IRR.
Após um telefonema para o contacto da agência, em 10 minutos aparecia o motorista que nos levaria até ao hotel de Teerão! Após uma viagem de cerca de 1h estávamos à porta do Hotel Asareh, pensávamos nós, apenas para deixar as malas e sair para começar o périplo pela cidade, uma vez que o check-in só poderia ser feito depois das 14h. Mas na receção informaram-nos que se esperássemos meia hora nos entregariam o quarto, então optámos por esperar e deixar as malas já no quarto.
Já tínhamos combinado com a agência que não precisávamos de guia nem motorista para o primeiro dia, tínhamos decidido descobrir uma parte de Teerão sozinhos.
O hotel estava a 5 minutos a pé da estação de metro Tohid, na linha amarela, e lá saímos em busca da estação. A circulação de metro pela cidade é extremamente fácil e muito barata, comprávamos os bilhetes do metro sempre nos balcões existentes, onde indicávamos a estação de destino e pagámos no máximo 9000 IRR por cada bilhete (aproximadamente 0,20 €).
O primeiro destino era Tajrish para visitar a Mesquita ImamzadehSaleh que se encontra aberta ao público entre as 9h e as 14h; tivemos que mudar em DarvazehDowlat para a linha vermelha para seguirmos até Tajrish. Passando pelas ruas do bazar chegámos à Mesquita, fantástica com a sua cúpula coberta de azulejos onde predomina a cor azul turquesa.
Se já estávamos felizes por ter tido a possibilidade de ver o seu magnífico exterior, ficamos estupefactos com a sua beleza interior (cada um seguiu pela sua ala, não há grandes diferenças entre a ala masculina e a ala feminina), recoberta de espelhos o que lhe dá um brilho inexplicável.
Depois de passearmos pela zona norte, voltamos à estação de metro e seguimos na linha vermelha até à estação de ShahidHaghani para ver a Ponte Tabbiat!
Voltámos ao metro e a saída seguinte foi a estação de Teleghani, também na linha vermelha, para ver a antiga Embaixada dos USA e os seus murais anti-americanos pintados.
Descemos a Av. Ferdowsi até ao Museu das Jóias, que fica na cave do Banco Central; o museu está aberto ao público apenas de sábado a 3ªfeira, entre as 14h e as 16h30; a entrada custa 200.000 IRR por pessoa e não é possível tirar fotos, tivemos que deixar as mochilas no bengaleiro da entrada. O espólio do museu é composto por várias jóias valiosíssimas e raras!
A segurança do local é inversamente proporcional à sua organização que é péssima! Não nos informaram que havia visitas com guias em inglês, só depois de estarmos no local há uns 5 minutos percebemos que havia guias em várias línguas no interior, então lá nos aproximamos de um guia inglês para ouvir as explicações!
Demos por terminada a jornada, estávamos cansados e com o sono em atraso, regressámos ao hotel para descansar!
No 2º dia em Teerão estava à nossa espera na receção do hotel a nossa primeira guia.
Começamos o dia com a visita ao Palácio Golestan, um antigo palácio real do Império Qajar, soberbo!
Nesse dia, não se pagavam entradas em nenhum dos locais a visitar, o que nos permitiu poupar cerca de 1.500.000 IRR, cerca de 30€!
Depois fomos visitar o Museu Nacional e o Museu Islâmico, que ficam um ao lado do outro.
A cada visita aumentava a nossa admiração pelo Império Persa e as explicações da guia sobre a história persa em muito contribuíram.
Fomos visitar o Grande Bazar, local onde os Iranianos da zona sul fazem compras, como é normal, tem de tudo, desde roupa, a acessórios para a casa, ourivesarias, especiarias e doces!
Regressámos à zona norte da cidade, onde havíamos estado no dia anterior, para visitar o Palácio Niavaran, residência oficial do último Xá e da sua família!
Menos ostensivo que o Palácio Golestan, com decoração de influência europeia e na zona central do palácio o teto recolhe, deixando apreciar o céu e as estrelas!
Após um passeio de carro pela zona norte, constata-se a diferença do poder económico entre o norte e sul de Teerão, desde a construção das casas, ao tipo de carros que circulam na zona, às lojas/ restaurantes/ cafés locais.
Regressámos ao centro de Teerão para ver a Torre Azadi, antigo símbolo da cidade, mandada construir por FarahDiba, última Imperatriz da Pérsia, originalmente chamava-se Shahyad, que significa Memorial dos Reis, mas após a revolução iraniana, mudou de nome para Azadi, o mesmo nome da praça onde fica situada e que significa Liberdade!
Atualmente o símbolo da cidade, é a Torre Milad, a torre de comunicações moderna, que se vê de quase todos os pontos da cidade, por 350.000 IRR é possível aceder ao topo.
Foi a última visita em Teerão, assim sendo, regressamos ao hotel.
A companhia aérea escolhida foi a Turkish Airlines (Porto-Istambul-Teerão-Istambul-Porto).
Compramos directamente a uma agência iraniana, o circuito e hotéis foi decidido por nós. Só em Teerão é que tivemos um guia e uma motorista, o restante percurso foi um guia/ motorista.
Em relação ao visto para entrada no Irão, obrigatório para os Portugueses, pode ser obtido à chegada, mas preferimos não correr riscos e pedimos o visto na Embaixada do Irão em Lisboa. A agência de viagem enviou-nos, gratuitamente, os códigos necessários para solicitar o visto e para tal tivemos que preencher um formulário online. Como somos do Porto e não queriamos perder tempo a ir a Lisboa, enviamos a documentação necessária pelo correio, juntamente com um envelope com registo pré-pago para a devolução dos passaportes e em menos de 10 dias recebemo-los com os vistos em casa. Para a obtenção do visto enviamos os passaportes, os códigos de autorização, 1 foto de cada um (no caso das mulheres a foto deve ser tirada com véu), o comprovativo de pagamento por multibanco das taxas (50€ por cada visto) e o comprovativo do seguro de viagem.
Sobre o dinheiro, quase todos os preços estão fixados em Tomans, embora a moeda seja o Real Iraniano, apenas serve para retirarem um zero ao preço, vá-se lá saber porquê. Para eles faz todo o sentido, para nós, no início é confuso, porque temos sempre que perguntar “Tomans? Or Real?” para perceber o valor das coisas! As moedas existem, mas não têm qualquer valor e quase sempre os preços são arredondados! Os cartões de débito/crédito não são válidos, exceto em raríssimas lojas de artesanato, como tal, é necessário levar todo o dinheiro necessário e trocar à chegada.
Teerão
Aterrámos em Teerão, no Aeroporto Internacional ImamKhomeini, eram aproximadamente 5h e depois de rapidamente passarmos pelos serviços de controlo fronteiriços, estávamos na saída e ninguém à nossa espera… já estava a começar mal a viagem!
Enquanto esperávamos para ver se aparecia o motorista que nos levaria a Teerão, subimos ao 1º andar para trocar o dinheiro, uma vez que a moeda iraniana só se consegue obter no Irão; uma fila enorme à nossa frente, mas em 20 minutos já tínhamos um monte de notas com muitos zeros na mão! Ao contrário do que imaginámos naquele momento, o câmbio era muito bom e nos dias seguintes constatámos que foi o melhor que tivemos, mas não adivinhávamos… 1€ dava 47600 IRR.
Após um telefonema para o contacto da agência, em 10 minutos aparecia o motorista que nos levaria até ao hotel de Teerão! Após uma viagem de cerca de 1h estávamos à porta do Hotel Asareh, pensávamos nós, apenas para deixar as malas e sair para começar o périplo pela cidade, uma vez que o check-in só poderia ser feito depois das 14h. Mas na receção informaram-nos que se esperássemos meia hora nos entregariam o quarto, então optámos por esperar e deixar as malas já no quarto.
Já tínhamos combinado com a agência que não precisávamos de guia nem motorista para o primeiro dia, tínhamos decidido descobrir uma parte de Teerão sozinhos.
O hotel estava a 5 minutos a pé da estação de metro Tohid, na linha amarela, e lá saímos em busca da estação. A circulação de metro pela cidade é extremamente fácil e muito barata, comprávamos os bilhetes do metro sempre nos balcões existentes, onde indicávamos a estação de destino e pagámos no máximo 9000 IRR por cada bilhete (aproximadamente 0,20 €).
O primeiro destino era Tajrish para visitar a Mesquita ImamzadehSaleh que se encontra aberta ao público entre as 9h e as 14h; tivemos que mudar em DarvazehDowlat para a linha vermelha para seguirmos até Tajrish. Passando pelas ruas do bazar chegámos à Mesquita, fantástica com a sua cúpula coberta de azulejos onde predomina a cor azul turquesa.
Se já estávamos felizes por ter tido a possibilidade de ver o seu magnífico exterior, ficamos estupefactos com a sua beleza interior (cada um seguiu pela sua ala, não há grandes diferenças entre a ala masculina e a ala feminina), recoberta de espelhos o que lhe dá um brilho inexplicável.
Depois de passearmos pela zona norte, voltamos à estação de metro e seguimos na linha vermelha até à estação de ShahidHaghani para ver a Ponte Tabbiat!
Voltámos ao metro e a saída seguinte foi a estação de Teleghani, também na linha vermelha, para ver a antiga Embaixada dos USA e os seus murais anti-americanos pintados.
Descemos a Av. Ferdowsi até ao Museu das Jóias, que fica na cave do Banco Central; o museu está aberto ao público apenas de sábado a 3ªfeira, entre as 14h e as 16h30; a entrada custa 200.000 IRR por pessoa e não é possível tirar fotos, tivemos que deixar as mochilas no bengaleiro da entrada. O espólio do museu é composto por várias jóias valiosíssimas e raras!
A segurança do local é inversamente proporcional à sua organização que é péssima! Não nos informaram que havia visitas com guias em inglês, só depois de estarmos no local há uns 5 minutos percebemos que havia guias em várias línguas no interior, então lá nos aproximamos de um guia inglês para ouvir as explicações!
Demos por terminada a jornada, estávamos cansados e com o sono em atraso, regressámos ao hotel para descansar!
No 2º dia em Teerão estava à nossa espera na receção do hotel a nossa primeira guia.
Começamos o dia com a visita ao Palácio Golestan, um antigo palácio real do Império Qajar, soberbo!
Nesse dia, não se pagavam entradas em nenhum dos locais a visitar, o que nos permitiu poupar cerca de 1.500.000 IRR, cerca de 30€!
Depois fomos visitar o Museu Nacional e o Museu Islâmico, que ficam um ao lado do outro.
A cada visita aumentava a nossa admiração pelo Império Persa e as explicações da guia sobre a história persa em muito contribuíram.
Fomos visitar o Grande Bazar, local onde os Iranianos da zona sul fazem compras, como é normal, tem de tudo, desde roupa, a acessórios para a casa, ourivesarias, especiarias e doces!
Regressámos à zona norte da cidade, onde havíamos estado no dia anterior, para visitar o Palácio Niavaran, residência oficial do último Xá e da sua família!
Menos ostensivo que o Palácio Golestan, com decoração de influência europeia e na zona central do palácio o teto recolhe, deixando apreciar o céu e as estrelas!
Após um passeio de carro pela zona norte, constata-se a diferença do poder económico entre o norte e sul de Teerão, desde a construção das casas, ao tipo de carros que circulam na zona, às lojas/ restaurantes/ cafés locais.
Regressámos ao centro de Teerão para ver a Torre Azadi, antigo símbolo da cidade, mandada construir por FarahDiba, última Imperatriz da Pérsia, originalmente chamava-se Shahyad, que significa Memorial dos Reis, mas após a revolução iraniana, mudou de nome para Azadi, o mesmo nome da praça onde fica situada e que significa Liberdade!
Atualmente o símbolo da cidade, é a Torre Milad, a torre de comunicações moderna, que se vê de quase todos os pontos da cidade, por 350.000 IRR é possível aceder ao topo.
Foi a última visita em Teerão, assim sendo, regressamos ao hotel.