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[Report] Irão 2018 - Do Deserto ao Golfo Pérsico

PaulaCoelho

Membro Conhecido
IRÃO 2018
Parte 1 – Do Deserto ao Golfo Pérsico


Salam! :)
O Irão foi o destino escolhido para as minhas férias grandes de 2018… ou 1397 do calendário islâmico! A viagem realizou-se em Outubro, durou 21 dias/19 no Irão, fui com uma amiga, fiz eu o planeamento e viajamos de forma independente. O país tem muita beleza natural e histórica para explorar, as pessoas são muito, muito simpáticas e prestáveis, a comida é óptima, a temperatura esteve agradável embora um pouco quente nas ilhas, é muito fácil movimentarmos-nos por lá e sentimos sempre muita segurança de dia ou noite.
Decidi dividir o report começando por esta área que não faz parte da rota turística mais comum mas que foi sem dúvida um dos pontos altos desta viagem. Para não sobrecarregar com informação logística fiz também um tópico com algumas dicas gerais sobre o planeamento de uma viagem ao Irão por conta própria: Irão: Algumas Informações Úteis

Trajecto Programado
Dia 1» Voo Lisboa-Teerão com chegada às 20h30
Dia 2» Teerão e comboio nocturno para Kerman
Dia 3-5» Três dias na área de Kerman e bus nocturno para Bandar Abbas
Dia 6-8» Três dias nas ilhas e bus nocturno para Shiraz
Dia 9-11» Três dias em Shiraz com ida a Persépolis e bus nocturno para Isfahan
Dia 12-13» Dois dias em Isfahan
Dia 14-15» Táxi até Kashan e dia 15 táxi até Qazvin
Dia 16-18» Tour até ao Mar Cáspio e regresso a Teerão
Dia 19-20» Teerão
Dia 21» Voo nocturno Teerão- Lisboa às 2h30

Custos por pessoa
* Voo internacional:
327€ voo Lufthansa com escala em Frankfurt
* Alojamento: 125€ para 10 noites com PA em quarto twin com WC (+ 5N incluídas nos tours e 5N em transportes)
* Principais transportes: viagem de comboio comprada cá 21€ com taxa da agência (lá seria 12-15€), 3 bus VIP nocturno 1440000IR/15€, táxi Isfahan-Kashan com paragens 10€, táxi Kashan-Qazvin 15€
* Seguro: 32€ Intermundial Multiassistência Plus para 21 dias
* Visto: 50€
* Parque: 50€ optamos por deixar no P5 do Aeroporto de Lisboa
* Tours combinados desde Portugal: 350€ para 9 dias com a maioria das refeições, transportes e estadias
* Outros: por volta de 140€ nos restantes dias em actividades, comida, metro/táxi local e lembranças
* Tudo somado o custo total final rondou os 1200€ por pessoa


Dia 1 e 2 – Viagem até Kerman

* Aterramos em Teerão às 20h30, passamos rapidamente pelo controlo de passaportes e trocamos dinheiro na loja de câmbio do 1º andar. Depois seguimos no táxi reservado até ao hostel numa viagem de cerca de 40 minutos. No dia seguinte passeamos por Teerão até à hora do comboio nocturno para Kerman, onde cada cabine mista tem seis camas e porta pelo que dá para dormir descansadamente até amanhecer e começarmos a admirar a paisagem.


* A província de Kerman situa-se no sudeste do país, é a segunda maior do Irão e foi incluída no nosso roteiro após termos visto algumas fotos dos Kalouts no deserto Lut em Shahad… as suas formações rochosas conquistaram o nosso olhar! Este deserto é conhecido pelo local onde se registou a temperatura mais alta da Terra, cerca de 70ºC, na área de Gandom Beryan. Em Outubro estava calor mas tolerável. Outras atracções da província: as citadelas de Bam e Rayen, os jardins persas de Mahan e Fathabad, os Canyons Rageh e Keshit, a cascata de Khoshkar, trekking nas montanhas e estadias com nómadas, a aldeia troglodita de Meymand e perto a gruta Ayub em Shahr e-Babak, aldeias de Keshit, Shafig Abad, o parque Nebka e mais. Esta província é conhecida como uma porta de entrada de contrabando de drogas e bens, pelo que existem várias paragens para fiscalização dos veículos.


* É possível chegar a Rayen e Mahan em bus/Savarin mas para os locais mais isolados e distantes temos de contratar táxi ou tour, além de que é proibido adentrar muito pelo deserto sem guia devido ao risco de nos perdermos ou irmos contra alguma das minas colocadas para deter os contrabandistas. Procurei guias no Facebook e encontrei o Sajjad Askarpour, provavelmente um dos melhores guias que já conheci: tel + 98 91374 55672 See you in Kerman. Contactei-o no Messenger e Whatsapp e combinamos 2 dias de tour a Rayen, Mahan e Kalouts. Na escala em Frankfurt acrescentámos a ida a Keshit e em Teerão fizemos nova alteração para juntar um casal alemão que o tinha contactado nesse dia. No final pagamos 135€ cada para 3 dias com estadia, comida e transporte (à parte pagaríamos as entradas na citadela e no jardim, cerca de 4€… a maioria das entradas custa 30.000IR para iranianos e 150-200.000IR para estrangeiros).


Dia 3 – Rayen e Kerman

* Chegamos à estação de comboios de Kerman cerca das 9h e tínhamos o Sajjad à espera para iniciar o tour no seu carro iraniano marca IKCO (a estação fica a 8km do centro e o táxi até lá custa cerca de 80.000IR). Pelo caminho fomos conversando para nos conhecermos um pouco mais e aos respectivos países e revimos o novo trajecto. O Sajjad está no 4º ano de Medicina e é guia em part-time e o longo destes três dias conclui que é uma verdadeira enciclopédia pois sabe imenso sobre todo o país, poesia, música… além disso é muito simpático, descontraído e divertido. A primeira paragem foi para um muito bem-vindo café com biscoito e um “xarope” que não recordo o nome.


* A segunda paragem foi em Arg-e Rayen a 100 km de Kerman, onde visitamos a Citadela de Rayen, que esteve em uso até há cerca de 150 anos e cujo castelo é um dos maiores edifícios construídos em adobe. Por trás da citadela fica a Montanha Hezar.


* Após a visita fomos almoçar à cidade e o Sajjad perguntou se queríamos ir a Bam ou regressar a Kerman. Bam é uma citadela semelhante a Rayen mas maior e mais antiga e que ficou parcialmente destruída no terramoto de 2003. Fica a 2 h de distância, o que não nos deixaria tempo para passear por Kerman pelo que decidimos regressar e aproveitar a tarde pela cidade. Pelo caminho temos longas estradas e várias esculturas.


* Paramos em casa da irmã do Sajjad para descansar um pouco e largar a mochila pois seria aí que passaríamos a noite. A irmã é Engenheira Civil e está de mudanças para outra casa, pelo que não pernoitaria lá. Os rocócós da mobília deve ser moda por lá pois nas lojas é quase tudo no mesmo género!


* A ideia era ir até ao centro e passear por nossa conta mas o Sajjad colocou a irmã ao serviço, chamou um carro no Snap e lá fomos as três.
Os principais pontos turísticos de Kerman concentram-se na zona do Bazaar: Vakil Caravaserai, Vakil Teahouse, Bathhouse, Ganjali e Jame Mosque, algumas praças, Túmulos Moshtaghieh e Jabaliya, Museus da Defesa e Zoroastra, Templo do Fogo (quando chegamos já estava fechado) e na periferia temos a Torre do Silêncio, o Jardim Fathabad e uma cascata artificial. Muitas pessoas meteram conversa connosco na rua e nas lojas, especialmente crianças a querer praticar o inglês e quando sabem de onde somos salta logo à conversa o Queiroz ou o Ronaldo… mesmo assim na Bathhouse ainda nos confundiram com iranianas na hora de comprar a entrada! Na Casa de Chá provamos a bolacha típica e o faloodeh… umas bolinhas brancas com algum sabor a baunilha e limão a boiar numa água branca com gelo. Muito bom ;)


* Antes de regressar a casa fomos jantar à Keykhosro House, um local muito agradável e com boa comida (refeição por nossa conta, cerca de 400.000IR = 3€).
Outros restaurantes sugeridos em blogs: Hamam-e Vakil no Bazaar, Max Pizza, Sofrakhane.

 
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PaulaCoelho

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Dia 4 – Mahan e Kalouts

* De manhã fomos buscar o casal alemão que partilharia o carro connosco e seguimos para Mahan para visitar o jardim histórico de Shazdeh Mahan ou Jardim do Príncipe Mahan.
O jardim tem 5,5 hectares, forma rectangular e parede em volta, uma vila que já foi residência de um dos últimos príncipes da era Qajar e agora é museu, uma casa de chá e é um dos 9 jardins persas listado na UNESCO. Muitos iranianos aproveitam para fazer picnics e acampar no exterior do jardim (9-22h, 200.000IR).


* Seguimos para a cidade para visitar o Mausoléu de Shah Nimatullah, um mestre e poeta sufi que viveu nos Séc. XIV e XV e que é considerado o fundador dessa ordem (8-22h, 200.000IR). Depois da visita fomos almoçar a uma bonita casa tradicional com restaurante e hotel praticamente nas traseiras do Mausoléu.


* Seguimos para o deserto com algumas paragens para observar as montanhas, a vegetação conhecida por Nebka, que sobrevive no topo de pequenas colinas criadas pelas raízes da própria vegetação e cujos “tufos” maiores têm vários anos e para visitar alguns canais subterrâneos conhecidos por Qanat e cujo objectivo era trazer água das montanhas até às povoações.


* Chegadas à zona dos Kalouts entramos de carro um pouco pelo deserto e subimos a uma das formações rochosas para observar o pôr-do-sol :)

 
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PaulaCoelho

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* Jantamos e pernoitamos na Kalout Ecolodge na aldeia de Shafiabad, às portas da qual é possível ver um antigo Caravanserai. À noite saímos de carro para observar as estrelas.

Dia 5 – Kalouts e Canyon

* Acordamos antes das 4h para observar o nascer do sol no deserto


* Regressamos à Ecolodge para o pequeno-almoço depois de pararmos em outra zona do deserto com umas formações diferentes e no leito de um rio salgado actualmente seco mas com água até à Primavera.


*Por longas estradas seguimos para o Canyon parando para comprar comida para um picnic e para fotos numas montanhas coloridas e numa bonita aldeia.

 

PaulaCoelho

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* Em Keshit visitamos as ruínas da antiga aldeia antes de ir até ao Canyon, onde encontramos dois jovens a tomar banho na pequena cascata e onde também vemos pequenos peixes. Se não estiver muita gente as mulheres também podem ir ao banho com t-shirt e calção… só molhei as pernas e a água estava a temperatura agradável.


* A meio da tarde fomos até outra simpática Guesthouse onde foi possível tomar um banho após um lanche ajantarado e o Sajjad andou a trepar arvores para nos apanhar umas tâmaras. Seguimos até perto de Rayen onde chegamos já de noite… aqui despedimo-nos do casal alemão e do nosso guia que mais uma vez colocou a família ao serviço e pediu ao irmão, Engenheiro Civil como a irmã, para nos levar até à estação de Kerman onde apanharíamos um autocarro nocturno para Bandar Abbas.
De Kerman também saem bus nocturnos para Teerão, Yazd e Shiraz e é possível comprar na hora mas nós compramos online no dia anterior com ajuda do nosso guia.

 
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PaulaCoelho

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Dia 6 – Qeshm

* Quando incluímos as ilhas no nosso roteiro ponderamos alugar carro em Bandar Abbas mas o ferry que leva carros situa-se em Bandar-e Pol a 1h de condução e ainda teríamos de nos deslocar ao aeroporto para levantar o carro… não sei preços mas pareceu pouco prático pelo que optamos por pesquisar guias no Facebook e foi assim que contactei o Jimmy (acho que o nome real é Mohammad): tel +98 9370 1796 http://mrqeshm.com/ e Jimgraphy. Trocamos mensagens e disse-lhe que estaríamos interessadas num tour de 3 dias com visita a Hormuz e o Jimmy, que é muito organizado, enviou-me logo um itinerário base para os 3 dias e sugeriu alternativas, como fazer snorkeling e pernoitar na ilha Hengam. No final pagamos 117€ por pessoa por 3 dias para guia + transporte + estadia 2N + alimentação + visitas e fora isso só gastamos uns Rials em souvenirs e água.

* As ilhas de Qeshm e Kish estão isentas de visto até 14 dias bastando ter um bilhete de avião com entrada e saída de outro país… poderá ser uma boa escapadela para quem visita o Dubai ou Omã pois ficam a menos de 1h de avião.

* Chegamos a Bandar Abbas por volta das 6h e reparamos que vinha um turista alemão no autocarro pelo que perguntamos se ia para o ferry e se queria dividir o táxi e assim o fizemos, aproveitando para conversar durante a viagem de barco até Qeshm (existem vários barcos por dia desde as 6h30, demora 40 minutos e custa 150.000IR). Esta é a maior ilha do Irão e do Golfo Pérsico, tem formato de golfinho e é conhecida como a Ilha das Sete Maravilhas. O Qeshm Island UNESCO Global Geopark é o único do Médio Oriente registado na Rede Global de Geoparks.


* Despedimos-nos do alemão que ia encontrar-se com um amigo e esperámos pelo Jimmy… entretanto tivemos outras ofertas de tour na ilha e ficamos um pouco à conversa com um desses simpáticos senhores que conhecia o nosso guia e a quem lhe pedi para telefonar a dizer que estávamos no cais. O Jimmy chegou numa pick-up com motorista, fomos tomar o pequeno-almoço e começamos o tour... ele não é tão conversador como era o Sajjad pelo que inicialmente fomos nós a puxar conversa. Ele conhece muito bem a ilha, fala muito bem inglês pois é professor de inglês mas como não gostava do trabalho actualmente dedica-se ao turismo e deseja emigrar para a Alemanha.

* Khorbas Cave: segundo geólogos estas grutas são resultado de um fenómeno natural posteriormente aumentadas pela população e possivelmente utilizadas como abrigo ou santuário e muitos historiadores acreditam que possam ter sido um templo para os seguidores de Mithra ou Anahita.


* Stala Kafta ou Vale das Estrelas: é um raro fenómeno geológico composto por uma série de desfiladeiros e Canyons formados ao longo de séculos pela erosão causada por águas superficiais, chuvas torrenciais e altas rajadas de vento. Segundo os locais, o nome deve-se à queda de uma estrela há muitos séculos.


* Praia das Ilhas Naz: nesta praia com 3km de comprimento formam-se duas pequenas ilhas de maré até à quais se pode caminhar na maré baixa ou nadar na maré alta. Também é possível fazer passeios de camelo e as pessoas têm o hábito de levar as motos e carros até à beira água. As mulheres se quiserem ir ao banho é com a roupa, mas um pouco mais à frente numa baía estão a fazer um muro para criar uma praia só para mulheres!


* Seguimos até à nossa guesthouse na cidade de Suza, a Friend House para descansar um pouco antes do almoço pois o calor era intenso, penso que mais de 35º.

 
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PaulaCoelho

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* À tarde atravessamos a ilha para visitar a Namakdan Cave. Algumas montanhas transformaram-se em cavernas de sal devido à acumulação de água do mar nas suas falhas e esta é a mais longa do mundo, com cerca de 6.8km dos quais 6km estão explorados e uma pequena parte aberta ao público. No interior é necessária a luz frontal que emprestam à entrada e após andarmos uns 100 metros chegamos a uma passagem estreita em que temos de rastejar uns três metros… do outro lado encontramos escuridão e silêncio total mas com as luzes podemos admirar o sal e as formações rochosas.


* Assistimos ao pôr-do-sol em Qeshm Bam (Telhado de Qeshm), com algumas paragens para fotos e para admirar as formações geológicas da ilha.
Esta área tem 8 hectares, fica a 127 metros de altura e é o local da mais antiga colonização paleolítica destas ilhas.



Dia 7 – Qeshm e Hengam

* Após o pequeno almoço fomos até ao porto de Shib Deraz apanhar o barco para visitar a ilha Hengam e com sorte avistar golfinhos, o que não aconteceu hoje! Existem barcos para travessia directa e barcos que dão uma volta maior para avistar os golfinhos e depois param algum tempo na ilha. Passeamos pela praia, bebemos chá e comemos uma deliciosa samosa de camarão e peixe cozinhada na altura numa simpática Guesthouse e na volta a Qeshm o barco parou perto dos corais para vermos a areia prateada e uns peixes que alimentamos.


* Visitamos a vila piscatória de Laft, conhecida pelos seus poços de água e torres de vento. Os poços de água ou Tara Loft Wells destinavam-se a recolher água da chuva e localizam-se junto às ruínas do Castelo Naderi, foram construídos há séculos e hoje apenas existem cerca de 60 dos originais 366, um para cada dia de um ano bissexto.

 

PaulaCoelho

Membro Conhecido

* Paramos numa outra aldeia para descansar e almoçar numa casa local após o que seguimos até Tabl para um passeio de barco na Floresta Mangrove, uma Reserva da Biosfera protegida, também conhecida por Hara. Esta região fica alagada na maré alta, as árvores atingem 3 a 8 metros e nela existe um tipo de vegetação típica chamada mangue.


* Fizemos uma curta paragem para observar a construção de um Lenj, conhecido barco piscatório da região fabricado à mão.


* A última paragem do dia foi no extraordinário Desfiladeiro Chahkuh, um estreito causado pela erosão devido à água da chuva secundária a um anticlinal formado pela compressão tectónica. Devido à impermeabilidade das suas paredes a água mantém-se nos sulcos pelo que a população cavou poços como reservatório ao longo do eixo central do desfiladeiro.
Um deles é logo à entrada e a água é fresca e potável, os outros estão fechados. Depois subimos uma das colinas, caminhamos por lá e aguardamos o pôr-do-sol.

 
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PaulaCoelho

Membro Conhecido
Dia 8 – Hormuz

* Acordamos cedo para apanhar o primeiro barco de Qeshm City para Hormuz. A travessia entre as duas ilhas demora 50 minutos, custa 90.000IR e existem dois horários por dia: partida de Qeshm às 7 e 14h e partida de Hormuz às 8 e 15h (de Bandar Abbas directo para Hormuz existem mais horários entre as 7-20h30, demora 40 minutos e custa 70.000R).
Esta pequena ilha é uma explosão de cores maravilhosa e facilmente aqui teria ficado mais tempo a explorar… tivemos um dia em que deu para passear pelos pontos principais.
Existe também o Museu de Arte Nadalian do qual li boas críticas mas não sobrou tempo para esta visita.
A ilha tem uma povoação e à chegada ao porto tínhamos um tuk-tuk à espera e seguimos para tomar um pequeno-almoço típico numa movimentada tasca, onde comemos uma espécie de crepe com ovo e também existe com molho de peixe especial e com um molho verde e também algo parecido a uma filhós.


* Montanha de Sal “Salt Goddess”: após a chuva fica toda a brilhar e se lhe mandarmos um pouco de água conseguimos ver algum desse brilho.


* Tapete de Cores: todos os anos numa data especial os artistas nativos da ilha fazem uma enorme carpete na praia com terras do colorido solo da ilha.
A da imagem foi feita em Março e é o sétimo ano desta nova tradição. Não muito longe desta praia está em construção um hostel.


* Red Beach: a areia da praia é vermelha e preta brilhante e a água também tem uma tonalidade vermelha. No final da praia existe um espaço onde é habitual locais e turistas acamparem. Nas ilhas por enquanto é possível acampar praticamente em qualquer lugar pois não existe legislação a regular.


* Castelo Português: ruínas de uma antiga fortaleza que é um dos últimos monumentos do domínio colonial português no Golfo Pérsico entre 1507-1622.
É possível visitar o interior da antiga igreja e da cisterna e caminhar pelas muralhas existentes.


* Paramos na Guesthouse para descansar e almoçar um peixinho.
 
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PaulaCoelho

Membro Conhecido
* Após o almoço fomos explorar uma incrível gruta de sal. :)


* Seguimos para o Vale das Estátuas, cujo nome se deve às formações rochosas e onde podemos observar as falésias.


* A última visita do dia foi no Vale Arco-Íris que deve o seu nome ao colorido das montanhas.


* Antes de apanhar o ferry fomos buscar as mochilas e comer um gelado. À chegada a Bandar Abbas o Jimmy avistou uma turista francesa que tínhamos conhecido na gruta de Qeshm pelo que ficamos um pouco à conversa enquanto bebemos um batido típico de cenoura com gelado. Despedimo-nos do nosso guia, dividimos o táxi com a francesa até ao terminal de autocarro e jantamos juntas enquanto esperamos. Nós compramos o bilhete online no dia anterior mas a francesa comprou na hora sem dificuldade para o mesmo destino e mesma hora mas outra companhia.


* E agora está na hora de uma soneca no autocarro nocturno pois a cidade de Shiraz aguarda-nos pela manhã! :)
Adorei o desvio à rota turística mais habitual do Irão e estes dias na província de Kerman e nas ilhas do Golfo Pérsico foram espectaculares e sem dúvida um dos pontos altos desta viagem! :D:D
 
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Cristina Sousa

Membro Conhecido
Deliciada!:p:D
Nunca vi relatos desta zona do Irão, mas é uma óptima alternativa ao roteiro turístico. Paisagens deslumbrantes que cortam a respiração. Os Kaluts e as ilhas são maravilhosos!:rolleyes:
Aguardo ansiosa pelo que falta, apesar de ser uma parte mais conhecida não deixa de ser fantástica!
Agradecer esta partilha é pouco, ainda não encontrei palavras para o "novo mundo" que nos deste a conhecer!:)
 

PauloNev

Moderador Honorário
Staff
Muito obrigado pelo report.
Fantástico relato de uma zona do globo muito pouco conhecida pela maioria das pessoas.
Gostei bastante das fotos de locais que desconhecia por completo.
Boas viagens ;)
 

PaulaCoelho

Membro Conhecido
@Leonorb, obrigada ;)

@Cristina Sousa, já te tinha dito que tinha realmente adorado esta área. Os kaluts e as ilhas entraram logo no nosso roteiro :)... e as fotos não fazem jus à realidade.

@Ricardo_7, obrigada, eu também viajo bastante com alguns reports :D

@rum, hehe T-H-A-N-K-S! :p

@PauloNev, o Irão está a abrir mais ao turismo e é perto e em conta, pelo que provavelmente vamos ouvir mais sobre este destino nos próximos tempos. ;)

@Rodrigo Ferreira, :)
 

Antonia.M.S.

Membro Conhecido
Olá @PaulaCoelho :)
Obrigada pelas imagens de um Irão menos conhecido mas absolutamente fascinante.
É muito bom ver por aqui destinos menos conhecidos, que nos conquistam, e nos fazem repensar prioridades...O Irão já me despertava muita curiosidade e esta partilha é uma boa achega.
Há, contudo, alguns aspectos nestes países, que claramente ainda me fazem repensar uma viagem, mesmo que não sejam decisivos. Indigna-me saber que o meu género é determinante naquilo a que tenho acesso, na forma como posso, ou não, usufruir da natureza, de uma praia, por exemplo (a questão da praia só para mulheres :(), para não falar como as mulheres iranianas (de resto, uma questão que é transversal a muitos países, lamentavelmente), são tratadas, as assimetrias que ainda há no que respeita a igualdade de género ou mesmo de direitos humanos...
Mas claro, são questões muito vastas, e o que importa aqui assinalar é a beleza espetacular do Irão, louvar a Paula pela coragem, e agradecer por partilhar connosco esta viagem tão fantástica:rolleyes:! Obrigada!!!
 

rmonteiro

Membro Conhecido
Olá. O report está magnifico ! Irão tem andado no topo da lista.
Todos os dias ando a namorar os voos. Preço está ok. Estou na duvida por causa do Visto. Se for apenas terei 12 dias no Irão (já estou a excluir o 1º e ultimo que são dias dos voos).
 
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