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[Report] Ilha do Sal, Maio de 2015

Nessapat

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Caros viajantes,

No texto que se segue vou falar um pouco sobre a minha estadia na Ilha do Sal em Maio deste ano.
Começando pela compra, aproveitámos uma Feira e adquirimos a viagem por cerca de 745€/pessoa (aproximadamente). Viajámos pela companhia de Cabo Verde, a TACV e tivemos um voo descontraído sem nada a apontar à excepção da refeição que era um pouco fraquinha.
Aterrámos no Aeroporto Amílcar Cabral tal como era suposto e à saída do avião notámos uma tremenda ventania fresca que me deixou um pouco apreensiva visto que íamos à procurar de calor.
Quando chegámos ao hotel Belohorizonte já era praticamente noite pelo que foi apenas jantar e descansar para aproveitar o dia seguinte. Este hotel é constituído essencialmente por bungalows e embora alguns já estejam remodelados o primeiro em que ficámos não estava e deixou um pouco a desejar (não o quarto em si mas a casa de banho). Tinha pedido na agência um quarto com vista para o mar e esse pedido foi atendido, no entanto, como nem tudo era do nosso agrado no dia seguinte solicitei na recepção a mudança. O meu pedido foi atendido e mudámos de seguida para um chamado "bungalow superior", mais pequeno do que o primeiro, sem vista para o mar mas com melhores condições.

Fizemos principalmente praia pois, embora o hotel tivesse 3 piscinas, eu prefiro sempre a areia e a água do mar.
Uma das razões que nos levou a escolher este hotel foi não só a proximidade da Vila mas também o facto da praia de Santa Maria ser logo ali. Fiquei um pouco desiludida com a temperatura da água, não estava fria mas era bem longe do que imaginei. Adorei o factos de ser límpida e a areia branquíssima!
Visitámos todos os dias o pontão dos pescadores. Creio que a falta de higiene poderá chocar muita gente pois o pescado é amanhado logo ali no chão e vendido de seguida. No entanto, esta é a realidade deles e pelo menos ficamos com a certeza de que o peixe é mesmo fresco! Aliás, segundo me apercebi muitos dos hotéis mandam alguém ir ao pontão comprar peixe para depois cozinhar e servir aos seus hóspedes.

O principal restaurante do hotel dá-se pelo nome de Santa Maria. Todos os dias servem buffet, pecam pela falta de variedade na confecção, por exemplo, o peixe é quase sempre estufado. As sobremesas também não estão frias. Chegámos a questionar porque não as colocavam no frio e a resposta foi: "Assim ficam melhores" :) Mas enfim, não é nada trágico pois mesmo que sejam esquisitos como eu vai haver sempre alguma coisa que se aproveite.
Fomos também jantar ao outro restaurante do hotel, o Salinas. Numa das vezes foi o chamado "Menu de Degustação" e na outra "Comida típica caboverdiana". No primeiro foi servida uma espécie de comida mais requintada mas nada de especial. O segundo foi bastante melhor na minha opinião, experimentei as Crascas (um tipo de marisco que só existe em Cabo Verde e nos Açores) e a Cachupa.

Apesar da agência pela qual viajámos nos ter tentado vender a sua visita à ilha resolvemos agendar a mesma com o guia turístico Dany Lopes. Este senhor tem uma pick up preta e costuma estar estacionado junto à praia, mesmo em frente ao hotel Belohorizonte. Esta viagem custou-nos 20€/pessoa e o Dany foi um excelente guia.
Começámos por visitar umas salinas abandonadas e mais pequenas logo à saída da Vila. De seguida fomos em direcção à escola de kitesuf do Mitu Monteiro (Campeão Mundial de kite surf) que fica em Cabeças de Salina.
O Dany explicou-nos que é também naquela praia que muitos turistas assiste à desova das tartarugas (infelizmente não nesta altura do ano).
Seguimos para a Murteira onde apanhámos alguns pequenos corais na praia e avistámos o Monte Leão. A zona da Murteira é onde a classe mais alta de Cabo Verde habita ou onde alguns estrangeiros compram casa. Rumámos até Palmeira onde se situa o principal porto da ilha e terceiro maior do arquipélago. Foi aqui a única vez que vi um macaco, pobrezinho com uma trela.
A próxima paragem foi Buracona para ver o Olho Azul. Infelizmente, nesse dia as nuvens não deram tréguas e apenas vimos um "black hole". No caminho parámos para apreciar as famosas miragens. É indescritível, nunca tinha visto nada assim. Depois do falhanço de Buracona fiquei bastante contente. Continuámos em direcção a Terra Boa. As últimas chuvas tinham sido em Setembro do ano anterior, a terra era extremamente ária e seca e mesmo assim ainda se viam vestígios de cultivo. No caminho até Espargos, a capital, visitámos um bairro de lata. É impossível ficar indiferente. Aquela gente vive em condições miseráveis e mesmo assim têm sempre um sorriso estampado no rosto. Chegados a Espargos, subimos até ao ponto mais alto e avistámos aquela paisagem árida contrastando com as cores fluorescentes das casas. Foi aqui que almoçámos num restaurante local.
Da parte da tarde fomos até uma baía para ver tubarões. Pessoalmente só acreditei quando cheguei ao local e avistei dois pares de barbatanas não muito grandes. Posso dizer que foi fantásticos tê-los ali tão perto de nós. Aproximava-se o ponto alto da excursão: visita às Salinas de Pedra Lume. A sensação é única, conseguir andar na água sem tocar com os pés no chão é indescritível.
Voltámos ao hotel por voltas das 17h00, cansados mas felizes. É ótimo fazer praia na ilha do sal mas poder conhecer esta realidade não tem preço.

No dia seguinte à excursão fizemos mergulho com o pessoal do Manta Diving Center. Treinámos na piscina durante cerca de 2h e depois fomos de barco até à zona de Santo Antão. Este nome vem do navio que naufragou naquela zona ficando submerso. Nunca tinha mergulhado, por isso, foi uma experiência única e pelo que tenho lido Cabo Verde é um ótimo local para os iniciados. Para além do navio submerso que nos faz lembrar os filmes conseguimos também ver uma tartaruga gigante. Vê-la a nadar em câmara lenta é uma imagem que nunca vou esquecer. Os peixinhos não são muito coloridos, aliás, são quase todos em tons de cinza/castanho/vermelho, no entanto, a vida marítima é diversificada.

Para além destas experiências também tinha uma imensa vontade de experimentar a famosa lagosta de Cabo Verde. Antes de ir tinha pesquisado alguns restaurantes com boa relação qualidade/preço e encontrei a "Lanchonete D'Angela". O nosso grupo era 6 pessoas, com uma criança e comemos lagosta, búzios e ainda outro parto que não me recordo por cerca de 20€/pessoa.

Quase todos os dias à noite vínhamos passear até Santa Maria e ainda saímos uma vez com uns portugueses que conhecemos no hotel até ao restaurante/bar Funaná (que fica em frente até ao hotel Oásis Salinas Sea). Sinceramente nunca me senti insegura.

Resumindo, tivemos umas férias fantásticas, adorei Cabo Verde. Se vou voltar? Tão depressa acho que não pois ainda pretendo conhecer outros sítios primeiros. Mas se me perguntarem se vale a pena, não hesito em dizer que sim.

Vanessa Patrício
 
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tofffes

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Estive em Cabo Verde, ilha do Sal, no mesmo hotel, mesmo passeio na ilha com o Dany, tenho a mesma opinião em relação ao hotel, comida e tudo o mais. Não preciso fazer aqui report porque este poderia ser o meu. Estive de 10 a 18 de Outubro e a temperatura da água estava a 28 grauis.
 

Helena Marques

Membro Novo
Caros viajantes,

No texto que se segue vou falar um pouco sobre a minha estadia na Ilha do Sal em Maio deste ano.
Começando pela compra, aproveitámos uma Feira e adquirimos a viagem por cerca de 745€/pessoa (aproximadamente). Viajámos pela companhia de Cabo Verde, a TACV e tivemos um voo descontraído sem nada a apontar à excepção da refeição que era um pouco fraquinha.
Aterrámos no Aeroporto Amílcar Cabral tal como era suposto e à saída do avião notámos uma tremenda ventania fresca que me deixou um pouco apreensiva visto que íamos à procurar de calor.
Quando chegámos ao hotel Belohorizonte já era praticamente noite pelo que foi apenas jantar e descansar para aproveitar o dia seguinte. Este hotel é constituído essencialmente por bungalows e embora alguns já estejam remodelados o primeiro em que ficámos não estava e deixou um pouco a desejar (não o quarto em si mas a casa de banho). Tinha pedido na agência um quarto com vista para o mar e esse pedido foi atendido, no entanto, como nem tudo era do nosso agrado no dia seguinte solicitei na recepção a mudança. O meu pedido foi atendido e mudámos de seguida para um chamado "bungalow superior", mais pequeno do que o primeiro, sem vista para o mar mas com melhores condições.

Fizemos principalmente praia pois, embora o hotel tivesse 3 piscinas, eu prefiro sempre a areia e a água do mar.
Uma das razões que nos levou a escolher este hotel foi não só a proximidade da Vila mas também o facto da praia de Santa Maria ser logo ali. Fiquei um pouco desiludida com a temperatura da água, não estava fria mas era bem longe do que imaginei. Adorei o factos de ser límpida e a areia branquíssima!
Visitámos todos os dias o pontão dos pescadores. Creio que a falta de higiene poderá chocar muita gente pois o pescado é amanhado logo ali no chão e vendido de seguida. No entanto, esta é a realidade deles e pelo menos ficamos com a certeza de que o peixe é mesmo fresco! Aliás, segundo me apercebi muitos dos hotéis mandam alguém ir ao pontão comprar peixe para depois cozinhar e servir aos seus hóspedes.

O principal restaurante do hotel dá-se pelo nome de Santa Maria. Todos os dias servem buffet, pecam pela falta de variedade na confecção, por exemplo, o peixe é quase sempre estufado. As sobremesas também não estão frias. Chegámos a questionar porque não as colocavam no frio e a resposta foi: "Assim ficam melhores" :) Mas enfim, não é nada trágico pois mesmo que sejam esquisitos como eu vai haver sempre alguma coisa que se aproveite.
Fomos também jantar ao outro restaurante do hotel, o Salinas. Numa das vezes foi o chamado "Menu de Degustação" e na outra "Comida típica caboverdiana". No primeiro foi servida uma espécie de comida mais requintada mas nada de especial. O segundo foi bastante melhor na minha opinião, experimentei as Crascas (um tipo de marisco que só existe em Cabo Verde e nos Açores) e a Cachupa.

Apesar da agência pela qual viajámos nos ter tentado vender a sua visita à ilha resolvemos agendar a mesma com o guia turístico Dany Lopes. Este senhor tem uma pick up preta e costuma estar estacionado junto à praia, mesmo em frente ao hotel Belohorizonte. Esta viagem custou-nos 20€/pessoa e o Dany foi um excelente guia.
Começámos por visitar umas salinas abandonadas e mais pequenas logo à saída da Vila. De seguida fomos em direcção à escola de kitesuf do Mitu Monteiro (Campeão Mundial de kite surf) que fica em Cabeças de Salina.
O Dany explicou-nos que é também naquela praia que muitos turistas assiste à desova das tartarugas (infelizmente não nesta altura do ano).
Seguimos para a Murteira onde apanhámos alguns pequenos corais na praia e avistámos o Monte Leão. A zona da Murteira é onde a classe mais alta de Cabo Verde habita ou onde alguns estrangeiros compram casa. Rumámos até Palmeira onde se situa o principal porto da ilha e terceiro maior do arquipélago. Foi aqui a única vez que vi um macaco, pobrezinho com uma trela.
A próxima paragem foi Buracona para ver o Olho Azul. Infelizmente, nesse dia as nuvens não deram tréguas e apenas vimos um "black hole". No caminho parámos para apreciar as famosas miragens. É indescritível, nunca tinha visto nada assim. Depois do falhanço de Buracona fiquei bastante contente. Continuámos em direcção a Terra Boa. As últimas chuvas tinham sido em Setembro do ano anterior, a terra era extremamente ária e seca e mesmo assim ainda se viam vestígios de cultivo. No caminho até Espargos, a capital, visitámos um bairro de lata. É impossível ficar indiferente. Aquela gente vive em condições miseráveis e mesmo assim têm sempre um sorriso estampado no rosto. Chegados a Espargos, subimos até ao ponto mais alto e avistámos aquela paisagem árida contrastando com as cores fluorescentes das casas. Foi aqui que almoçámos num restaurante local.
Da parte da tarde fomos até uma baía para ver tubarões. Pessoalmente só acreditei quando cheguei ao local e avistei dois pares de barbatanas não muito grandes. Posso dizer que foi fantásticos tê-los ali tão perto de nós. Aproximava-se o ponto alto da excursão: visita às Salinas de Pedra Lume. A sensação é única, conseguir andar na água sem tocar com os pés no chão é indescritível.
Voltámos ao hotel por voltas das 17h00, cansados mas felizes. É ótimo fazer praia na ilha do sal mas poder conhecer esta realidade não tem preço.

No dia seguinte à excursão fizemos mergulho com o pessoal do Manta Diving Center. Treinámos na piscina durante cerca de 2h e depois fomos de barco até à zona de Santo Antão. Este nome vem do navio que naufragou naquela zona ficando submerso. Nunca tinha mergulhado, por isso, foi uma experiência única e pelo que tenho lido Cabo Verde é um ótimo local para os iniciados. Para além do navio submerso que nos faz lembrar os filmes conseguimos também ver uma tartaruga gigante. Vê-la a nadar em câmara lenta é uma imagem que nunca vou esquecer. Os peixinhos não são muito coloridos, aliás, são quase todos em tons de cinza/castanho/vermelho, no entanto, a vida marítima é diversificada.

Para além destas experiências também tinha uma imensa vontade de experimentar a famosa lagosta de Cabo Verde. Antes de ir tinha pesquisado alguns restaurantes com boa relação qualidade/preço e encontrei a "Lanchonete D'Angela". O nosso grupo era 6 pessoas, com uma criança e comemos lagosta, búzios e ainda outro parto que não me recordo por cerca de 20€/pessoa.

Quase todos os dias à noite vínhamos passear até Santa Maria e ainda saímos uma vez com uns portugueses que conhecemos no hotel até ao restaurante/bar Funaná (que fica em frente até ao hotel Oásis Salinas Sea). Sinceramente nunca me senti insegura.

Resumindo, tivemos umas férias fantásticas, adorei Cabo Verde. Se vou voltar? Tão depressa acho que não pois ainda pretendo conhecer outros sítios primeiros. Mas se me perguntarem se vale a pena, não hesito em dizer que sim.

Vanessa Patrício
Ola boa tarde vou a 24 de abril para a ilha do sal e gostaria de contactar esse sr dany para uma visita de meio dia à ilha visto que só vou 4 dias. Como posso fazer? Obrigado
 

Nessapat

Membro Novo
Bom dia.
O Dany está em frente ao hotel Belohorizonte com uma pick up preta. Aconselho a marcar assim que chegue. Na altura ele deu-nos um cartão com os contactos mas entretanto perdi-o.
 
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