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[Report] Havana (casa particular) e Cayo Guillermo sem agência

Cláudio Pereira

Membro Conhecido
Fui a Cuba pela primeira vez(em lua de mel) com o intuito de conhecer um pouco o país e estar numa praia paradisíaca. A ideia era conhecer o modo de vida dos cubanos, a ginástica que fazem para que tenham uma vida o mais confortável possível, num país com um embargo económico e praticamente sem recursos naturais. Depois de 4 dias em Havana, relaxar de um ano de trabalho numa praia paradisiaca sem termos de nos preocupar com nada.

Quero contar-vos alguns dos pormenores que só sentimos quando visitamos um país desta natureza e único no mundo. Espero não ser maçador !

Nunca viajei por agência e desta vez não foi diferente. Comprei os voos LisboaMadridHavana e HavanaCayo Coco, reservámos casa particular em Havana e estância(resort como teimam chamar) em Cayo Guillermo e já está.

Voo para Havana

O voo de Lisboa para Madrid, pela Air Europa é a tal horinha, mas o piloto estava com pressa e resolveu fazer em menos tempo, assim como a aterragem foi a despachar. Resultou em alguma má disposição, mas nada de extraordinário.
O voo de Madrid para Havana, pela mesma companhia, foi cansativo porque é todo feito com a luz do dia e dormir é quase impossível. A Air Europa é um bocadinho forreta e em termos de manutenção aos aviões, deixa um pouco a desejar(desde que não descure na segurança!). Para dar um ou dois exemplos, num voo de 9 horas ter apenas uma refeição e uma merendinha com sumo para lanche é pouco, senão mesmo ilegal ! Não sei de côr, mas penso que é obrigatório um refeição por cada 4h de voo.
No que toca à manutenção, desde bancos estragados até ecrãs de TV a descer e a subir constantemente, passando pelo som e imagem que muitas vezes não funcionavam e WCs fora de serviço, há de tudo, basta estar atento.

Chegada a Havana

Chegámos ao aeroporto de Havana, bem pequeno por sinal, e fomos levantar dinheiro numa caixa multibanco. A barrinha do menu do windows em baixo foi o primeiro sinal do Capitalismo, ahahah.
Como cubanos que não somos, quisemos levantar mais dinheiro do que estava disponível no ecrã e a opção de "outras quantias" estava escondido pela barra do windows. Uma cubana atrás de nós apercebeu-se da situação e prontificou-se para ajudar sem termos solicitado nada :) Foi bastante prestável e ficámos logo deliciados com o primeiro contacto com cubanos !

Apanhámos um taxi já era de noite(anoitece às 20h30) e pagámos o que tinhamos lido na net, 25 CUC até ao centro de Havana.
Não perdemos a oportunidade e fomos os 30 min que demora a viagem a conversar com o taxista.
Os taxistas pertencem a um grupo de "privilegiados"(turismo) devido aos preços que praticam na moeda que mais diferença faz nas suas carteiras, o CUC.
Um taxista ganha bem mais do que qualquer pessoa assalariada que não tenha qualquer actividade paralela. Para termos uma noção, um médico pode ganhar entre 600 e 900 CUP(pesos cubanos) por mês, o que representa 25€ e 35€ respectivamente. Estes valores para nós(europeus) não dariam para sobreviver 1 dia com todas as despesas que temos, mas em Cuba é possível.

Começámos a aproximar-nos da casa particular numa das ruas de Havana velha, perto do Capitólio. Estava um pouco escuro nas ruas pouco iluminadas, casas degradadas e muito velhas, muitas pessoas na rua porque o AC é quase inexistente, e na rua está menos abafado. Tudo isto cria um cenário que para nós foi totalmente novo e, diga-se com franqueza, sentimos algum medo.

A casa era decente, tivemos uma boa recepção e uma visita guiada à casa assim como à utilização do quarto foram atenciosamente dadas. Isto tudo por 30 CUC por noite, no centro de Havana.

Conhecer Havana

Levantámos cedo e já estava à nossa espera o pequeno almoço do tipo continental mais uns ovos mexidos e fruta(banana pequena mais grossa e mais doce, manga deliciosa, ananás, papaia e outra fruta que não me recordo o nome). O sumo de manga é mesmo saboroso e foi o que bebemos mais.

As casas particulares são uma optima opção e na nossa opinião traz as vantagens de ser mais barato do que um hotel, estar no centro e podemos provar comida tipica e ainda conversarmos com os cubanos como se estivessemos em familia.

Alejandro, o dono da casa, levou-nos para uma visita guiada pela manhã, aos sítios mais emblemáticos e turísticos da cidade e à medida que íamos caminhando íamos falando sobre a vida em Cuba. A paragem mais longa foi em frente à catedral de Havana.
Alejandro é médico e aluga a sua casa, já alargada, para os turistas. O seu salário é baixo, assim como o de todos os cubanos, por isso tenta por todos os meios ao seu dispor arranjar mais algum através de uma outra actividade. Há uma situação relativamente nova no país e de que ele não estava particularmente satisfeito, pelo que criticou bastante de uma forma aberta. O que se passa é que, ele como médico, pode ganhar menos do que um varredor de rua, porque o cubano tem um elevado nível de escolaridade e ter estudado tantos anos para exercer uma profissão que não exige grande escolaridade, não querem pegar. Então, o Estado tem de pagar mais para que haja quem faça trabalhos que exijam mais fisicamente, mas menos mentalmente. Como disse, esta situação é relativamente recente e tem levado a que muitos não exerçam a sua profissão(que têm garantida) porque ganham pouco e "fujam" para profissões onde haja gorjetas ou para aquelas que exijam mais fisicamente e que são mais bem remuneradas.

Como todos sabemos, em Cuba a saúde é totalmente gratuita, o que não nos lembramos é que este é o maior direito humano em que na maioria dos países desenvolvidos não é garantido.
Não ter saúde ou ser deficiente já por si só é uma situação que condiciona a vida, mas ainda ter de ter uma carteira recheada para fazer face aos problemas de saúde ou ficar à porta do hospital, é decadente.
Basta lembrarmos que por cá há muitos idosos(e não só) que já faltam às consultas porque depois não têm dinheiro para os remédios...é triste.

Por outro lado, também sabemos que têm a educação gratuita desde o 1º ano que se entra para a escola até ao último ano da universidade. Se pensarmos nos gastos que temos com o material escolar, os livros, a propina...chegamos à conclusão de que os gastos são enormes.
Só estas duas áreas(saúde e educação) representam uma elevada taxa do orçamento de Estado para garantir a total gratuitidade.
Esta situação é garantida num país praticamente sem recursos(têm umas "gotas" de petroleo ao largo de Varadero) e com um embargo económico há mais de 50 anos.
A situação do embargo económico é dificil de conhecer o alcance para quem não conhece os contornos deste embargo. Portugal é 80% dependente do estrangeiro, imaginem o que seria se nos fossem recusadas as trocas comerciais com o estrangeiro...
Num dos recentes tópicos sobre Cuba, li que a internet era muito lenta e cara, coisa que para nós, portugueses, já pertence ao passado.
Toda a conexão da ilha com a Internet realiza-se através de satélites: muitíssimo mais lenta e quatro vezes mais cara. O Sistema Arcos, de cabo submarino de fibra óptica, tem Cuba no centro da rede e nenhum ponto passa pela ilha. Os EUA impedem Cuba de se conectar à rede de alta velocidade.

Os cubanos têm um salário baixissimo, mas como têm poucas despesas é o quanto basta para ter as condições essenciais(saúde, alimentação, habitação, educação...).
Desde 1963 têm a caderneta de alimentos. Mensalmente, de acordo com o agredado familiar, têm porções de açucar, leite, óleo, etc, etc que pagam 12% do valor total do produto, o Estado paga 88%. Só no que diz respeito à caderneta, o Estado dispende de mais de mil milhões de dólares para esta ajuda à população e garante que ninguém fica com insuficiencias alimentares graves. Começou-se a falar em 2010 do fim desta ajuda de uma forma faseada e os cubanos estão a ver esta medida com preocupação porque, embora alguns produtos tenham descido de qualidade e quantidade, constitui uma ajuda muito importante.
Esses alimentos não chegam para o mês inteiro, ao contrário do tempo das trocas comerciais com a URSS, e têm de gastar algum do seu salário.

Em termos de habitação, quem sai de Havana velha para Havana centro depara-se com muitas casas extremamente degradadas, becos onde existem familias em casas em muito mau estado, velhas, embora com água e electricidade.
Afastando-nos do centro a qualidade da habitação melhora um pouco e as velhas habitações encontram-se um pouco mais recuperadas.
Viajando para fora de Havana encontramos já melhores casas e mesmo prédios de construção mediana e apenas com alguns anos.

Os gasto com electricidade, água, gás, rondam os 100 CUP(3€)

Em Havana não se encontra ninguém a pedir na rua, mas realmente os taxistas de turistas são bastante insistentes e chatos e não nos largam a perguntar se queremos taxi.
Estão bem alimentados e esperava encontrá-los com roupas velhas, mas surpreendeu-me que usam roupa normalissima, como cá. As mulheres gostam muito de se apraltar e é comum vê-las os as unhas arranjadas e com aqueles desenhos agora na moda.
As ruas estão cheias e a circulação de pessoas não pára, sempre a beber um refresco ou a comer um gelado.

Existe uma deficiente rede de transportes. Só há autocarros e são relativamente poucos e sempre apinhados de gente. Não vi um único autocarro como os que vi na internet(trator de camião a puxar um "autocarro"), eram normais como em qualquer país da Europa, alguns sim bastante antigos.
Por incrivel que pareça, apesar de ganharem pouco usam muito o taxi(os antigos dos anos 50 e os Ladas da URSS) e em comparação com euros, é o mesmo do que para nós gastarmos 10€ por nos levarem a outra parte da cidade !

Há situações em Cuba que não conseguimos perceber de tão descabidas que são, tal como encontramos em países de 3º mundo. Por exemplo, horários dos transportes é para esquecer, não vêm a horas. O aeroporto internacional José Marti, o maior em Havana, não tem fechaduras nos WCs e papel no WC feminino, pede-se à entrada...há que saber a quantidade que se vai gastar :)
Isto para dizer que, há muito encosto de muitas pessoas e perdoem-me os africanos, mas os cubanos têm uma costela deles.

O que Cuba consegue com tão pouco é notável, é um país pobre, vive-se sem luxos ou mesmo sem as comodidades que estamos habituados na Europa, mas conseguem garantir que ninguém passa fome, fica sem tecto e ainda têm saúde que faz inveja a todo o mundo e têm um alto nível de escolaridade.
Comparar Cuba com um país europeu é um erro, não é comparável. Comparar com países da América Latina, aí sim. Comparar com países que se encontravam na mesma situação antes da revolução cubana, aí sim, faz mais sentido.

Havana para Cayo Guillermo

Passados 4 dias em Havana, desviando-nos um pouco dos pontos turisticos e conversando com os cubanos, ficamos a conhecer um pouco de que é Cuba.
Para nós, que nunca tinhamos ido a uma praia paradisiaca com aquela imagem dos coqueiros à beira de água, estavamos um pouco ansiosos de relaxar de um ano de trabalho e da vida citadina.
O voo interno entre Havana e Cayo Coco também foi reservado pela net e estava incluído o transfer de autocarro de um sitio escolhido em Havana e o aeroporto.
Como tinha colocado na reserva para nos irem buscar à porta do hotel Lincoln(o mais próximo da casa particular), fomos confirmar ao hotel, no dia anterior, se era habitual o autocarro passar là à porta.
A sra. de recepção pareceu-me esclarecidissima e imediatamente nos disse que era normal e que era a última "paragem", portanto, para lá estar 15 min antes do autocarro passar, às 6h30.
Às 6h30 lá estavamos nós à porta do hotel. O porteiro chamou-nos à recepção porque tinhamos um comunicado da agência que reservámos os voos(Solways) !
Então, ficámos a saber que o autocarro tinha passado às 3h45, SIM, 3h45 ! Pois é, 6h45 era a hora do voo e não a hora que passava o autocarro, embora fosse isso que estivesse escrito na reserva. Depois de termos acalmado da fervura, lemos aquelas condições com letrinhas pequeninas e estava lá que o autocarro passava 3h antes do voo.
Portanto, o autocarro passa 3h antes, independentemente de ter de ir a 1 ou 10 sitios para buscar pessoas.
A Solways telefonou para o hotel Lincoln(pensando que estavamos lá hospedados) às 20h para dizer que o autocarro passava às 3h45 do dia seguinte, portanto, 7h45 de antecedência.
Se em vez de termos colocado a porta do hotel para nos irem buscar, colocassemos uma avenida(era possivel), como é que nos contactavam ? Sim, porque não nos telefonaram para o telemóvel, mas sim para o hotel.
Resultado, fomos a Miramar(onde se encontra uma agência da Solways) para tentar reservar bilhetes para o próximo voo.
Pedimos para o Alejandro ir connosco, ao qual protificou-se de imediato porque...há flexibilidade no trabalho para tal.
Chegados a Miramar e depois de perguntar a 4 ou 5 pessoas que trabalhavam naquele complexo de edificios, lá houve 1 que sabia onde ficava a Solways, um apartamento num dos pisos de um edificio.
Explicámos a situação, mas nada feito. Se quisessemos voo, só comprando outro bilhete !
Voltámos ao centro da Havana para negociar com um taxista e levar-nos a Cayo Guillermo, 500 e tal kms dali.
E foi assim que fomos para Cayo Guillermo, de taxi. Almoçámos pelo caminho e chegámos lá às 21h30 e ainda deu para usufruir do jantar !

Cayo Guillermo

Agora sim, começa o verdeiro descanso.
Cayo Guillermo tem águas transparentes e vê-se o fundo do mar facilmente. A areia é branquissima, mais fina do que em Portugal e os grãos de areia parecem ovas.
Os coqueiros dão uma optima sombra, mas é melhor não arriscar em levar com um na cabeça e fica pelos toldos de chapéus de folhas de coqueiro.

A estância foi o Iberostar Daikiri. Espaço lindissimo, muito bem cuidado com uma piscina no centro e um bar também na piscina.
Quarto espaçoso com todas as comodidades ao nosso alcance.
O buffet ao almoço e jantar era um pouco americanado, percebe-se o intuito, a maioria dos clientes são canadianos.
A zona dos hambúrgueres e pizzas estavam sempre filas, os canadianos querem é comida rápida, estando ou não com pressa, pois não conhecem nem querem experimentar outra comida.
A carne costumava ser boa, o peixe muito escasso.
A fruta tinha pouca variedade e havia dias que nem manga tinham.
Muitos bolos, doces apenas um, o pudim.
Em termos de comida, havia muito, mas não variavam, todos os dias era o mesmo.

Não tenho grandes situações para contar acerca de Cayo Guillermo, foi descanso e usufruir daquela maravilhosa praia sem ondas e com água tão quente que houve tardes que estava mais quente dentro de água do que cá fora. Fiz "snorkeling" por 15 CUC, coisa que nunca tinha feito e é uma experiência que gostava de repetir, também para ganhar mais prática.

A seguir ficam algumas fotos, espero que gostem :)

Custos
  • Voo LisboaMadridHavana: 750€ por pessoa;
  • Voo interno HavanaCayo Coco: 180€ (não há mais barato) por pessoa;
  • Casa particular: 30 CUC / dia pelo quarto, com pequeno almoço;
  • Hotel Iberostar Daiquiri Cayo Guillermo em regime tudo incluído: 400€ (2 pessoas) / 5 noites












 
Última edição por um moderador:

lcardoso

Membro Conhecido
Olá Claudio,

Gostei muito do post. Estive o ano passado em Varadero e fiz excursao a Havana e Cayo Blanco. O hotel onde estive foi o Blau Varadero , onde a comida era variada e de muto boa qualidade , fruta havia o qb.

Relativamente aos transportes de facto tambem nao vi tractores transportarem pessoas , mas vi pessoas apinhadas nos trasnportes publicos ( autocarros todos desfeitos na chaparia ).

Em relaçao as praias para mim sao as melhores do mundo. E o povo Cubano é do mais simpatico que podemos encontrar.

bons passeios
 

PauloNev

Moderador Honorário
Staff
Grande report, claro que todos por aqui adoramos as fotos, mas o teu relato, o enquadramento historico,economico e social da realidade esta muito bom, tambem já estive por duas vezes nessa ilha fantastica que tem um enquanto muito proprio, tambem recolhi informação muito semelhante a que relatas,mas lembrar-me de todos esses pormenores e coloca-lo num report, é sem duvida de se lhe tirar o chapeu. Ainda só não visitei um cayo está na minha lista, quem sabe este ano... Parabéns pelo report.
 

Asae

Membro Conhecido
Gostei muito, muito Fiquei com um bocadito GRANDE de inveja

Quanto pagas-te de taxi até ao cayo? Quantas horas foram de Havana até lá? E de avião, qual era a diferença?

Havia outro cayo mais perto?

Ao reservares por ti quais foram os custos de avião e estadia?
 

badbones

Membro Conhecido
Eu sou suspeito porque adoro Cuba e considero Havana um dos sitios mais bonitos do mundo mas, dito isto, o teu report está Simples e Maravilhoso. Acho que conseguiste captar o essencial: a magia de Cuba e a essencia das suas pessoas.

Ao ler o teu report lembrei-me do meu voo interno: Havana - Holguin. Foram-nos buscar ao hotel às 03h30 e quando chegamos ao aeroporto descobrimos que o voo era às 06h30. Grande seca. Era suposto alguem aparecer com os nossos bilhetes mas quando faltava uma hora para o voo ainda não tinha aparecido ninguem. Fomos falar com um segurança que, após lhe explicarmos o que se passava, fez uma quantidade de telefonemas de uma cabina publica com dinheiro dele. Acabámos por embarcar sem bilhetes e o segurança nunca nos pediu nada. No fim demos-lhe 10 CUC mas tivemos de ir à procura dele.

Tenho um amigo que esteve lá a trabalhar um ano e no ultimo mes foi viajar pelo pais de comboio. Um dia ao final da tarde foi assaltado e atirado para fora do comboio. Uma familia de cubanos viu-o e acolheu em casa deles, deram-lhe jantar, dormida e dinheiro para ele regressar a Havana no dia seguinte.

Claro que nem todas as pessoas são iguais mas a essencia deste povo é uma das coisas que mais me fascina em Cuba.
 

TeK

Membro Conhecido
Excelente maneira de viajar, pena a organização ter tido alguns percalços lol

Mas a parte de ficar em casa particular e ao mesmo tempo num resort, junta toda uma variedade rica de cultura e lazer que mete inveja ;)

Obrigado pela partilha da tua experiência.
 

Cláudio Pereira

Membro Conhecido
Gostei muito, muito Fiquei com um bocadito GRANDE de inveja

Quanto pagas-te de taxi até ao cayo? Quantas horas foram de Havana até lá? E de avião, qual era a diferença?

Havia outro cayo mais perto?

Ao reservares por ti quais foram os custos de avião e estadia?
Paguei 200 CUC, após negociar. O preço de tabela são 290 CUC.
Demorámos cerca de 7h30 e parámos uma vez apenas para esticar as pernas. O conta Kms deixou de funcionar passados alguns kms, mas o taxista nunca passava dos 100 kmh, a estrada não era má, via rápida.

De avião custava cerca de 180 euros, a questão é que tinha de pagar mais um dia para ficar em Havana porque o voo era só no dia seguinte e perdia 1 dia na estância em Cayo Guillermo.

Há muitos cayos, cayo significa ilha...Há cayo largo(propavelmente o mais deserto, sem ligação à ilha por estrada), Cayo Santa Maria...

Os custos vou colocar no 1º post, é info importante.
 

Asae

Membro Conhecido
epá pela diferença de tempo e pelo que se deve de ver pelo caminho 7h30 vale a pena :p
 

Atlântida

Membro Novo
Que saudaaaaades!!

Bom, valeu a pena a espera! Report fantástico!

Das 2 vezes que estive em Cuba também falei com muita gente, mas houve aqui informação nova: não sabia que os taxistas eram priveligiados e que o estado financiava 88% de parte da alimentação, nem tão pouco isso de terem que pagar mais pelos ditos trabalhos "de esforço"; faz sentido, entendo porquê.

Nem quero imginar o que passaram quando souberam do mal-entendido do vôo! :thumbdown: Este ano perdi, estupidamente, um vôo para Zurich e passei-me.

Excelente report!
 

lcardoso

Membro Conhecido
Claudio desfaz me aqui uma duvida , os autocarros azuis nao sao gratuitos? nao sao comparticipados pelo estado?

bons passeios
 

Cláudio Pereira

Membro Conhecido
Claudio desfaz me aqui uma duvida , os autocarros azuis nao sao gratuitos? nao sao comparticipados pelo estado?

bons passeios
Quanto te referes a azuis, penso que estás a falar dos "expressos"(VIAZUL) que fazem ligação entre cidades.

O único autocarro que andei foi o turístico de 1º andar descapotável, são 5 CUC e dá para todo o dia, podes entrar e sair quando quiseres.

Os autocarros públicos estão neste site em baixo:
http://www.cuba-individual.com/e_horario.htm#Verkehrsmittel

Não sei qual a participação do Estado nos transportes.
 

Rui Araujo

Membro Conhecido
O Report esta excelente , muito interessante até porque foi uma viagem feita fora dos "padrões normais" ou seja em charter com hoteis.

Eu ja pensei em ir a Cuba varia vezes , no entanto duas coisas me impedem: 1º ser um sistema Comunista que explora o povo e o faz viver na miséria. 2º por ser cada vez mais caro e Habana nao ter praia.

No entanto Habana como parou no tempo tem o seu charme , e Cuba como é a maior ilhas das caraibas deve ser excelente.
 

Sunset

Inativo
Parabens

Conseguiste transmitir a tua vivencia naquele pais o mais crivel possivel, consegui imaginar tudo.... e nunca, mas mesmo nunca alguem me explicou tão bem a maneira de viver dos Cubanos
Obrigado pela lição que me deste e pelas excelentes fotos

a frase que mais gostei :rolleyes:

"Isto para dizer que, há muito encosto de muitas pessoas e perdoem-me os africanos, mas os cubanos têm uma costela deles."
 

Cláudio Pereira

Membro Conhecido
O Report esta excelente , muito interessante até porque foi uma viagem feita fora dos "padrões normais" ou seja em charter com hoteis.

Eu ja pensei em ir a Cuba varia vezes , no entanto duas coisas me impedem: 1º ser um sistema Comunista que explora o povo e o faz viver na miséria. 2º por ser cada vez mais caro e Habana nao ter praia.

No entanto Habana como parou no tempo tem o seu charme , e Cuba como é a maior ilhas das caraibas deve ser excelente.
Rui, se calhar o que o impede é a sua forma enviesada de pensar.
 

correia

Membro Conhecido
Parabens pelo report.
As fotos estao fantasticas.
Fez um ano que estive em Cuba fica a saudade.
Obrigado pela partilha .

Bons passeios.
 
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