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[Report] - Hamburgo, Berlim e Potsdam - 2015

Snider

Membro Conhecido
Olá viajantes!

Pela experiência que tive durante esta viagem e pela pouca informação sobre estes destinos neste fórum, sinto-me na obrigação de fazer este post no nosso portal para vos tentar informar.
Recomendo a leitura deste report às pessoas que estão a pensar visitar Berlim.


Detalhes da Viagem e Preços

Fui pela Ryanair (Porto) em Maio. Tinha duas opções, ou ia directo para Berlim (Schonefeld) ou ia para Hamburgo e depois apanhava autocarro para Berlim.
Como os preços para Berlim estavam caros e como podia nesta viagem dar uma vista de olhos a Hamburgo, optei por ir para Hamburgo. E poupava, mesmo com as viagens de autocarro.

Voo: 131 euros (p/ pess.)
Autocarro para Berlim: 18 (ida e volta). Fui pela companhia que o pessoal do fórum recomendou. Para quem leva malas grandes, tem que pagar um extra (1 euro), por mala/por trajecto. A viagem demora cerca de 3h. https://www.berlinlinienbus.de/

O meu planeamento para os 5 dias que lá estive foi este:

Dia 1 - Chegada a Hamburgo às 20h. Passear pela zona "noturna" da cidade.
Dia 2 - Levantar cedo, para as 7h estarmos a visitar a cidade até às 11h. Partir para Berlim. Chegada a Berlim às 14h e visitar os principais monumentos de Berlim.
Dia 3 - Potsdam de manhã até às 15h. Voltar para Berlim e ver os pontos mais afastados da cidade. Neste dia compensa comprar o bilhete diário de transportes.
Dia 4 - Berlim
Dia 5 - Ver as partes de Berlim que faltam. Apanhar o autocarro para Hamburgo às 15h. Chegada a Hamburgo e directo para o aeroporto

Clima dos 5 dias:

Tive a sorte de nestes dias nunca apanhar chuva. Só apanhamos uns choviscos quando estavamos no autocarro a ir embora, quando estava a acabar a viagem, portanto...
Esteve sempre a volta dos 15-20 graus. Andava de camisola e às vezes tinha calor. Só a noitinha é que sentia algum frio.


Breve História de Berlim

Berlim, foi a cidade mais importante no Século XX devido à 1ª e 2ª Guerra Mundial e à Guerra Fria. Tudo o que visitarem em Berlim vai estar associado às histórias destas guerras. Tudo! Por isso, quem não está muito por dentro destes temas recomendo a lerem muito e a verem uns documentários, antes de irem. Para quem não gosta destes temas, dificilmente irá aproveitar bem a viagem. Isto é a minha maneira de viajar, pois não gosto de ir para um sitio sem estar bem informado sobre a actualidade e a historia dessa cidade.
Como eu adoro a história da, 2º Guerra Mundial, Hitler, Partido Nazista, Guerra Fria, Holocausto, etc., era uma cidade que eu queria muito visitar.


Importância de Berlim na História:
  • Berlim é a capital da Alemanha e foi a capital do Terceiro Reich (quando se instaurou o partido nazista).
  • Berlim também foi o local, onde grande parte das estratégias nazistas foram planeadas.
  • Foi aqui onde existiu a antiga Chancelaria e o Bunker do Hitler (onde se suicidou), bem como os edifícios mais importantes da Gestapo e SS.
  • Foi em Berlim onde começou e acabou a 2º Guerra Mundial, com a invasão dos aliados (Estados Unidos, Inglaterra e França) e a União Soviética (actualmente a Rússia).
  • Após o final da 2º Grande Guerra Mundial, a Alemanha (a derrotada) foi dividida em 2 blocos. O lado ocidental que pertencia aos aliados e o lado oriental que pertencia aos Soviéticos.
  • Berlim ficava na parte Soviética. E os Aliados queriam também parte de Berlim, mesmo não pertencendo ao seu bloco. Pois era a capital e um dos locais estratégicos mais importantes da Europa. Foi então acordado que Berlim iria ser também dividida, e a parte ocidental de Berlim ficava para os Aliados e a parte oriental para os Soviéticos.
  • Depois dessa divisão, devido às diferenças partidárias entre os dois blocos, os Soviéticos de um dia para o outro "enclausuraram" as pessoas que viviam na parte ocidental de Berlim, através do "famoso" muro de Berlim (1961). Ninguém saia, ninguém entrava. A não ser pelos checkpoints criados. Quem tentava atravessar o muro de Berlim era fuzilado. Muitos foram mortos durante essas tentativas.
  • Dizem que foi depois desta atitude que surgiu a Guerra Fria, entre os Estados Unidos e a União Soviética. Foi apenas uma guerra verbal de grande tensão. Se ela tivesse existido, talvez não estaria-mos aqui a falar de viagens, pois estava-mos extintos. Ambos os países já tinham acesso a armamento Nuclear.
  • Só em 1989 é que o muro foi deitado abaixo. Só nesse dia é que muitos familiares se voltaram a reencontrar. Ainda é uma história muito recente. Tem os mesmos anos que eu.

Transportes de Berlim

Metro - U em azul
Comboio - S em verde

Foi a parte que menos gostei da viagem. Porque:
  • Muito caro. Uma viagem custa 2.7 euros. Existem outras opções como bilhetes diários, mas não compensava para mim porque a maior parte dos dias so fazia duas viagens de metro. Nem somando os dias todos compensava.
  • Na zona principal (monumentos) está em obras. Estão a construir mais estações.
  • Por se tratar de um sistema de pagamento idêntico ao do Porto, onde só existe a validação do bilhete, a ligação entre linhas é feita exteriormente. Ou seja, a estação de metro está num sitio e a estação de comboios, está noutro sitio. Como a entrada no transporte não é controlado por portas, eles não criaram túneis de ligação, obrigando as pessoas a sair fora, e assim uma pessoa até se perde durante a ligação.
  • A escolha da plataforma é feita de forma diferente. Aquilo que estamos habituados é, nós entramos na estação, e depois vermos as placas para cada sentido, e escolhemos a plataforma do sentido que queremos ir. Ali não é assim. Existe uma plataforma comum, que está no meio. E só estando na plataforma, é que vemos para que sentido queremos ir. Está bem feito, mas para quem não está acostumado, vai estranhar no inicio.
  • Existem duas linhas de metro, a 1 (vermelha) e a 2 (verde), que estão transformadas numa só. O que leva a alguma confusão, porque elas a dada altura ramificam-se, e não percebemos se estamos na linha 1 ou na 2. Ter atenção a isto, e ver qual a direção que leva para verem qual a linha que é.
  • A maioria das vezes, a linha não funciona sempre até à estação que está no mapa. Ou seja, não fazem a linha toda. Eles de maneira a pouparem, metem só a linha a funcionar entre as estações A e B (as mais centrais) e depois lá existe um que faz entre a A e a C. Tivemos várias vezes que sair do metro, na estação "terminal" e esperar por outro que vinha fazer a linha completa.
  • As linhas de comboio estão identificadas no mapa que me deram por S1, S2, S3,.... Mas nas estações de comboio usam essa nomenclatura para se referirem às plataformas. Ou seja, que confusão. Queria apanhar a S1 e guiei-me pelas placas da estação pela S1 e depois cheguei à plataforma e vi que o destino nao era o que eu queria.
O porreiro daquilo, é que parece que ninguém controla os bilhetes. Nunca apanhamos nenhum fiscal a verificar isso :agitado: Não estou a dizer para andarem à borla. Mas fica ao vosso critério


Comida e Bebida

Provem as salsichas alemãs à venda "na estrada". Chama-se Currywurst, e são 1 ou 2 salsichas alemãs cortadas às rodelas (porque só vos dão um garfo para comer) com caril e Ketchup picante e com batata frita.
O restaurante mais famoso disso é o Curry 36. Existem vários. O preço varia entre os 4 e os 6 euros.
Provem também a bola de Berlim.
Provem as mais variadas cervejas deles, naquelas lojitas de "vende tudo" que eles têm por lá. É dos sítios mais baratos para se comprar bebida. Custam entre 1.5 e 2 euros.
Esqueçam as minis. Os alemães são os europeus que mais consomem álcool. O que se vende mais lá são cervejas de meio litro :cheers:

Outra coisa importante... Quando comprarem água em garrafa de plástico, vão notar que estão a pagar 25 centimos a mais por garrafa. Isso é uma taxa. Para nos devolverem esses 25 centimos, é necessário guardarem as garrafas e irem a um mercado, entregar isso numa maquina. Depois é vos dado um talão do dinheiro das garrafas, que pode ser descontado na próxima compra. É por isso que vão ver muitas pessoas a procurar no lixo garrafas vazias. E não são mendigos.


Alemães

Os Alemães são pessoas civilizadas. Gostam de estar no seu canto e nao ligam muito ao que esta acontecer. Nem se metem com ninguém. E isso foi visível no metro. Por exemplo, vi uma senhora de idade a entrar no metro, que quase nao conseguia andar e tive que ser eu a ceder o meu lugar. Ninguem reparou.
Para ai 35-40% das pessoas a quem fui pedir informações (era o trabalho delas) e às pessoas das caixas dos supermercados, não sabiam falar em inglês. Sabiam muito bem que era-mos estrangeiros e mesmo assim não faziam um esforço, falavam em alemão como achassem que toda a gente sabe alemão
Mas também tivemos um senhor que viu que estávamos perdidos e veio tentar ajudar, mas tambem nao sabia falar inglês, mas esforçou-se e percebemos.

Berlim Actualmente

A cidade neste momento, principalmente a parte soviética (onde estão praticamente todas as atrações turísticas) encontra-se com muitas obras em andamento. É mais fácil encontrar uma construção do que um restaurante fast food, só para terem uma ideia :eek:

Felizmente nenhuma das principais atrações turísticas está em obras. Mas a avenida principal (Unter den Linden) e onde tem o maior número de edifícios históricos encontra-se em obras por causa do metro e com alguns edifícios "secundários" adjacentes a avenida também em obras. Com várias condutas no exterior, andaimes, e barulho das obras.

Por isso perde-se um pouco aquele ambiente bonito e acolhedor de uma avenida que me pareceu fantástica.

Eu diria e recomendava, a quem não tem pressa em lá ir, que se poderem deviam ir a Berlim lá para 2017/2018.

Não digo que agora não seja bom, ou que não se vê nada. Não é isso!!! Só digo isto, porque o ideal dos ideais seria irem sem nenhuma obra em andamento e tudo arranjadinho, mas isso é quase impossível. E também, ninguém vos garante que em 2018 não apanhem por exemplo o Portão de Bradenburgo em obras...

Dia 1 - Chegada a Hamburgo

Chegamos ao centro de Hamburgo às 21:30. O comboio desde o aeroporto até ao centro, demora cerca de 30 minutos e custa 3.10 euros. Escolhemos ficar num hostel pelo preço (16 euros), tendo em conta que só precisava-mos mesmo de dormir um pouco e era o suficiente. Ia-mos acordar muito cedo porque tinha-mos pouco tempo para visitar a cidade na manhã seguinte e porque não precisava-mos de tomar banho.

Nesta noite fomos conhecer a parte mais movimentada durante a noite, que era ao pé do nosso hostel. A rua mais famosa, que mais se parece com a red light district (tambem tem umas meninas às janelas), chama-se Grobe Freiheit.
Foi nesta rua onde os Beatles tocaram pela primeira vez no estrangeiro. Existe uma praça dedicada a eles que não vou meter foto para não fazer spoiler.


Grobe Freiheit


Um dos locais onde tocaram os Beatles


Dia 2 - Hamburgo de manhã e principais monumentos de Berlim à tarde

Neste dia acordamos muito cedo para estarmos fora do hostel às 7h para termos umas 3 horas e tal para ver a cidade. Escolhemos o hostel na ponta contrária de onde tínhamos que apanhar o autocarro para irmos vendo os monumentos praticamente numa linha recta enquanto se atravessava a cidade até à paragem de bus. Tínhamos autocarro para Berlim às 11h. Como era uma cidade com poucos monumentos para se ver e como não ia-mos entrar em nenhum, achamos que 3h e tal dava para fazer isto, e deu. Ainda conseguimos comer rápido um hamburguer no mac que existia na paragem de autocarros.

Para quem vai um dia inteiro para Hamburgo recomendo a irem ao Museu do Mundo em Miniatura (Miniatur Wunderland)


St. Michaelis


A entrar para a zona dos armazéns antigos do porto


Zona dos armazéns antigos


Zona dos armazéns antigos


A parte mais fotografada da zona dos armazéns antigos


A futura (em 2017) casa filarmónica de Hamburgo - Enorme!!!


Chilehaus


Rathaus - Câmara de Hamburgo


Despedida de Hamburgo - Binnenalster - Lago com vista para a cidade


Chegada a Berlim. Deixamos as coisas no hotel e às 15:30 já estávamos a ver a cidade
Coluna da Vitória - Esta obra estava antigamente à frente do Reichstag


Passamos pelo jardim principal de Berlim, o Tiergarten


Casa da Cultura no Tiergarten


Estação Central de Berlim


Reichstag - Parlamento - Foi dos alvos principais durante a invasão na 2ª GM. Pesquisem sobre o incêndio. Tinham umas grades que impossibilitavam ir para o jardim. A relva devia estar em tratamento.


Portão de Brandemburgo


Memorial do Holocausto


Trabant (típico carro soviético) numa loja de lembranças, na avenida mais famosa de Berlim - Unter den Linden


Dia 3 - Potsdam e visita aos pontos mais deslocados de Berlim

Neste dia fomos a Potsdam de comboio. Como já ficava na zona C de Berlim, a viagem custava 6.6 (ir e vir). Então optamos neste dia por comprar um bilhete diário para as 3 zonas e assim aproveitava-mos para no resto da tarde andar de estação em estação para visitar os pontos mais afastados de Berlim.

Postdam é uma cidade que fica ao lado de Berlim. Demoramos crca de 45 minutos ou 1h. Mais ou menos.

Para terem uma ideia, Potsdam está para Berlim como Versalhes está para Paris.
Foi uma zona onde os antigos Reis da Prússia fizeram os seus grandes palácios, para passar férias, viver, ou simplesmente para as suas grandes e exuberantes festas. É uma cidadezinha muito acolhedora e muito turística.
Os palácios encontram-se espalhados num jardim enorme. Não é tão bonito como os jardins do Palácio de Versalhes. É um jardim mais "descampado" e sem lagos. Levamos numa malita umas sandes feitas no hotel para fazermos um piquenique pelos jardins. Recomendo :cool:


Catedral e antiga Câmara de Postsdam


Fachada das traseiras do Palácio de Postdam (penso que seja agora o parlamento)


Portão de Brandemburgo de Postdam. Tem o mesmo nome do de Berlim. O mais engraçado é que as duas fachadas do "arco" são completamente diferentes.


Neues Palais. Apesar do nome, é o palácio mais recente dos 3 mais importantes de Potsdam. Visitem as traseiras deste palácio. Algumas partes estavam em obras.


Orangerieschloss. O Laranjal. Estava em obras :(


Sanssouci. O palácio "mítico" de Potsdam. Enquanto estiverem a subir a enorme escadaria, vejam se reparam num pormenor visual do palácio que o dono Frederico teve. Não tinha lido nada sobre isso, mas reparei. As tantas nem foi propositado, se calhar foi uma mera coincidência.


Terminava assim a nossa visita a Potsdam. Eram mais ou menos 15:30. Lá voltamos para Berlim, para visitar os locais mais afastados. A nossa primeira paragem foi o Palácio Charlottenburg.


Palácio Charlottenburg. Outro palácio dos Reis da Prússia.


Estádio Olímpico de Berlim. Estádio feito para os jogos Olimpicos de 1936, na altura do Hitler. Nota-se pela arquitectura. Leiam a história do Jesse Owens. O estádio já foi remodelado para o Mundial de 2006. E jogou-se ainda agora a final da Champions.


Antigo aeroporto de Berlim (Tempelhof). Foi encerrado em 2008, e agora é um parque para a prática de desporto. Recomendo a não se sentarem no chão, pois eu sentei-me e logo reparei reparei que estava com bichos que não se conseguem ver bem. Que comichão! :lol:


Gedächtniskirche - Igreja destruida durante a 2ª GM e deixada assim posteriormente, para recordar a destruição da cidade. Neste momento existem essas igrejas todas modernas nos seus lados, não sei para quê. Só estraga a imagem do monumento!


Ao pé dessa igreja existe então o restaurante que falava. Que delícia!!!

 
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Snider

Membro Conhecido
Dia 4 - Berlim o dia todo

Este dia foi todo ele dedicado para continuar a visitar a cidade de Berlim.
Logo pela manhã fomos visitar a cupula do Reichstag. A visita é gratuita e pode ser agendada no local ou pela net neste site ( https://visite.bundestag.de/BAPWeb/pages/createBookingRequest.jsf?lang=en ). Convem fazerem a reserva com alguma antecedência. Por causa de termos marcado a visita em cima da hora (10 dias antes) só conseguimos a visita às 8:00. Por isso tivemos que acordar cedo.
Durante a visita é vos dado um sistema audio em Português. À medida que vão subindo a cupula, o audio vai vos acompanhando através da vossa localização. Por isso convem andarem devagar, e quando aquilo der play, parem nesse local. Pois a maior parte do audio é sobre os edificios que estão fora do Reichstag.
O sistema de audio podia ser melhor. Aquilo só tem um phone e não dá jeito nenhum.

Visita à cúpula do Reichstag

Visita à cúpula do Reichstag

Chancelaria Alemã vista da cúpula

Depois da visita a cúpula que demorou cerca de uma hora, seguimos viagem. A visita não tem limite de tempo, e é feita de forma "livre".

Local onde existia a antiga Chancelaria e o Bunker do Hitler. Agora é um estacionamento com os apartamentos à volta, como podem ver na foto

Bola de Berlim. Diferente da nossa, tem um creme tipo de frutos vermelhos

Universidade Humboldt



Biblioteca da Universidade de Humboldt na praça Bebelplatz

Na praça Bebelplatz existe esta abertura no chão. Foi um dos muitos locais onde houve uma queima de livros que iam contra a ideologia Nazista. Fizeram este "memorial" onde podemos ver que através dessa abertura uma "biblioteca" com estantes vazias. Muito forte a mensagem.

Na praça Bebelplatz também se encontra esta catedral (com obras perto dela)

Neue Wache. Um local simbólico, de refleção, num edificio grande apenas com uma pequena estátua ao meio iluminada pelo sol através de uma abertura superior. Em memória às vítimas da guerra

Chegada à ilha dos museus, onde se encontram 5 museus e a Catedral de Berlim. Ao lado a torre de TV Soviética


Uma igreja perto de Bebelplatz (as tais condutas exteriores que falava das obras)

Para mim a praça mais bonita de Berlim, a Gendarmenmarkt. Com 2 Igrejas muito parecidas. Uma Francesa e outra Alemã, com a casa de concertos entre as duas.

Checkpoint Charlie. Um dos vários pontos de controlo da passagem entre os dois blocos. Neste caso era dos Estados Unidos. Para tirar foto com aquelas pessoas disfarçadas de militares é necessário pagar 2 euros! Que roubalheira!
Neste local encontramos um jogo de apostas para burlar os turistas. Que consistia no uso de 3 caixas de fosforos e uma bola. O objectivo era descobrir em que caixa estava a bola. Ele mostrava onde estava depois de baralhar, parecendo que se tinha descuidado de forma a apostarmos. Depois de apostarem 50 euros, ele ia la com a mao e sem te aperceberes, tirava de la a bola e metia noutra caixa. Não caiam nisso. Reparei que existiam pessoas que eram cúmplices a apostar.

Topografia dos terrores. É gratuito e é um museu onde a parte mais interessante está ao ar livre. Conta a história através de placares com imagens e texto e audio desde a ascensão do Hitler até a sua morte. Era neste local que agora é museu, onde existiam os edificios da Gestapo e SS. Ainda permanecem algumas das fundações desses edificios.

Sony Center. Um centro comercial.



Dia 5 - Manhã em Berlim e partida à tarde para Hamburgo

De manhã continuamos a ver o que nos faltava de Berlim. Às 15h apanhamos o autocarro de regresso a Hamburgo. Neste momento decorrem obras na linha de comboio entre a estação central de hamburgo e o aeroporto. Por isso convem ir com alguma antecedência, pois vão ter que sair numa estação e apanhar um autocarro reservado para o efeito, que passa nas 3 estações seguintes para passar o troço das obras.

Memorial do Muro de Berlim. É gratuito e consiste em subir uma torre para se ver uma parte conservada de como era o muro de Berlim. Como podem ver não era só um "muro". Tinham tambem algumas marcas no chao, atraves de discos de ferro, onde marcavam o local onde alguem tinha sido morto ao tentar atravessar o muro. Tinham imagens tambem, e fundações de edificios que serviam de apoiao aos guardar que patrulhavam aquela faixa.

Nova Sinagoga

Museu Bode na ilha dos museus

Um aquário enorme dentro do hall de entrada de um hotel. Pode-se entrar à vontade. O hotel chama-se Radisson Blu Hotel.

Rotes Rathaus (Câmara de Berlim) e a fonte de Neptuno

Fonte de Neptuno

East Side Gallery. A parte maior do muro de Berlim que foi preservada. Foi usada para expressar através da pintura muitos sentimentos e momentos da época após a sua queda.
Existem 3 sítios onde o muro permanece no local onde ele existia. Nesta galeria, na Topografia dos Terrores, e no memorial ao muro de Berlim.

East Side Gallery com o famoso beijo

Oberbaumbrucke

Torre de rádio. A Torre Eiffel lá do sítio :lol:


E assim chegou ao fim a minha viagem.

Sítios que não meti foto ou que não fui que podem interessar:
-Avenida Karl Marx - Uma avenida enorme da parte soviétiva
-Alexander Platz - Uma praça famosa de Berlim. Não é bonita, apenas teve e tem alguma importância, tem um relógio mundial, e é um local de encontro entre o pessoal
-Casa Chinesa no jardim dos palácios de Potsdam
-Os museus da ilha dos museus. Não entrei. Paga-se para entrar. Alguns têm obras muito importantes, mas não são tão famosas para o pessoal que não está muito por dentro do assunto como as do Louvre, por exemplo.
 
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Cláudio Pereira

Membro Conhecido
Olá Snider,

Parabéns pelo relatório. Muito bem documentado, com muitas fotos. Nota-se pela forma como escreves que te interessas por história, mas deixa-me fazer alguns reparos a alguns dos teus pontos :)

Efectivamente foi graças aos chamados "aliados"(coloquei entre aspas porque alguns consideram também a URSS aliada) da parte ocidental e aos soviéticos do lado oriental que a Alemanha nazi foi derrotada. É importantíssimo referir que foi o exercito vermelho(soviético) que chegou muito primeiro do que os Aliados a Berlim e foram eles que tomaram a cidade. Houve mesmo uma "espera" para que os Aliados chegassem. Uma pequena correcção, a URSS não é actualmente a Rússia como bem sabes. Pertenciam à URSS, salvo erro, 15 países.

A Alemanha foi dividida em RFA e RDA, esse foi o resultado, mas a divisão deveu-se ao facto dos Aliados não terem aceitado o que a URSS tinha proposto, que a Alemanha fosse um país soberano e dos alemães, com uma Constituição que proibia o nazi/fascimo.

Em relação ao muro de Berlim, muito se escreveu sobre ele e a verdade é que muitas mentiras foram ditas até que hoje já passam como verdade. Uma das razões a que levou a RDA a construir o muro foi a de que, muitos alemães ocidentais ao irem para o lado oriental, usufruíam de serviços públicos grátis ou quase grátis, do lado oriental, sem terem contribuído para isso(porque trabalhavam do lado ocidental). Não foram por diferenças partidárias, mas sim porque era impossível/insustentável à RDA devolver em serviços públicos a todos(RFA e RDA), aquilo que apenas os alemães orientais contribuíam.

Em relação à Guerra Fria, não foi apenas verbal. Houve muitas movimentações militares e uma grande parte dos orçamentos de estado iam para o armamento. Basta lembrar a "crise dos misseis de Cuba" que só não foi desencadeado porque os EUA recuaram na Turquia.

Cumprimentos.
 

Pedro Maia

Membro Conhecido
Cláudio Pereira disse:
Olá Snider,

Parabéns pelo relatório. Muito bem documentado, com muitas fotos. Nota-se pela forma como escreves que te interessas por história, mas deixa-me fazer alguns reparos a alguns dos teus pontos :)

Efectivamente foi graças aos chamados "aliados"(coloquei entre aspas porque alguns consideram também a URSS aliada) da parte ocidental e aos soviéticos do lado oriental que a Alemanha nazi foi derrotada. É importantíssimo referir que foi o exercito vermelho(soviético) que chegou muito primeiro do que os Aliados a Berlim e foram eles que tomaram a cidade. Houve mesmo uma "espera" para que os Aliados chegassem. Uma pequena correcção, a URSS não é actualmente a Rússia como bem sabes. Pertenciam à URSS, salvo erro, 15 países.

A Alemanha foi dividida em RFA e RDA, esse foi o resultado, mas a divisão deveu-se ao facto dos Aliados não terem aceitado o que a URSS tinha proposto, que a Alemanha fosse um país soberano e dos alemães, com uma Constituição que proibia o nazi/fascimo.

Em relação ao muro de Berlim, muito se escreveu sobre ele e a verdade é que muitas mentiras foram ditas até que hoje já passam como verdade. Uma das razões a que levou a RDA a construir o muro foi a de que, muitos alemães ocidentais ao irem para o lado oriental, usufruíam de serviços públicos grátis ou quase grátis, do lado oriental, sem terem contribuído para isso(porque trabalhavam do lado ocidental). Não foram por diferenças partidárias, mas sim porque era impossível/insustentável à RDA devolver em serviços públicos a todos(RFA e RDA), aquilo que apenas os alemães orientais contribuíam.

Em relação à Guerra Fria, não foi apenas verbal. Houve muitas movimentações militares e uma grande parte dos orçamentos de estado iam para o armamento. Basta lembrar a "crise dos misseis de Cuba" que só não foi desencadeado porque os EUA recuaram na Turquia.

Cumprimentos.
Algumas notas:

Os chamados "aliados" eram de facto aliados, e a URSS era um desses aliados.

A divisão das Alemanhas não resultou da URSS ter proposto que a Alemanha fosse um país soberano e dos alemães, resultou foi da incompatibilidade entre os dois sistemas, o capitalista e o comunista, e a soberania da Alemanha dita "democrática" ficou bem demonstrada em 1953, quando os tanques soviéticos acabaram com a revolta na RDA.

Não sei onde te contaram essa história do muro mas é bastante original, passa ao lado do facto da RDA já não conseguir impedir o êxodo de pessoas para o ocidente apesar dos guardas armados, das metralhadores automáticas e dos campos de minas, e passa também ao lado do facto de só existir fuga do lado oriental para o lado ocidental.
 

Cláudio Pereira

Membro Conhecido
Pedro Maia, posso facilmente colocar aqui as fontes da informação que aí coloquei. É fácil saber que do fim da 2º guerra mundial, resultou a separação da Alemanha, o porquê já é outra história.

Acrescento mais, a RDA foi criada depois da RFA e não ao mesmo tempo.
A RFA foi criada violando o acordo de Potsdam onde constava que todas as decisões tomadas em relação à Alemanha, teria de ter consenso entre os 4 países.
Em relação aos intentos da URSS, já depois da divisão, foi proposto pela URSS a desmilitarização, reunificação da Alemanha e uma posição neutral, tal como aconteceu na Áustria que estava também numa ocupação repartida. As potências instaladas na RFA recusaram.

Já agora, tal como "contam-me histórias" e eu vou lendo, da mesma forma tu e outras pessoas informam-se de várias fontes. Daí a considerar que a fonte A é fidedigna e a B forjada, vai uma grande distância. Tal como é escondido que foi o exército vermelho que derrotou Berlim ou que foram os soviéticos os que mais vitimas tiveram, pode-se branquear muita coisa.

E já estamos em off-topic.
 

Pedro Maia

Membro Conhecido
Cláudio Pereira disse:
Pedro Maia, posso facilmente colocar aqui as fontes da informação que aí coloquei. É fácil saber que do fim da 2º guerra mundial, resultou a separação da Alemanha, o porquê já é outra história.

Já agora, tal como "contam-me histórias" e eu vou lendo, da mesma forma tu e outras pessoas informam-se de várias fontes. Daí a considerar que a fonte A é fidedigna e a B forjada, vai uma grande distância. Tal como é escondido que foi o exército vermelho que derrotou Berlim ou que foram os soviéticos os que mais vitimas tiveram, pode-se branquear muita coisa.
Não é escondido que foi o exército vermelho que entrou em Berlim em primeiro lugar, nem que foram os soviéticos os que tiveram o maior número de mortos, esses factos estão em todos os livros de história e nunca li ou ouvi ninguém negar isso.
 

Snider

Membro Conhecido
Cláudio Pereira disse:
Olá Snider,

Parabéns pelo relatório. Muito bem documentado, com muitas fotos. Nota-se pela forma como escreves que te interessas por história, mas deixa-me fazer alguns reparos a alguns dos teus pontos :)

Efectivamente foi graças aos chamados "aliados"(coloquei entre aspas porque alguns consideram também a URSS aliada) da parte ocidental e aos soviéticos do lado oriental que a Alemanha nazi foi derrotada. É importantíssimo referir que foi o exercito vermelho(soviético) que chegou muito primeiro do que os Aliados a Berlim e foram eles que tomaram a cidade. Houve mesmo uma "espera" para que os Aliados chegassem. Uma pequena correcção, a URSS não é actualmente a Rússia como bem sabes. Pertenciam à URSS, salvo erro, 15 países.

A Alemanha foi dividida em RFA e RDA, esse foi o resultado, mas a divisão deveu-se ao facto dos Aliados não terem aceitado o que a URSS tinha proposto, que a Alemanha fosse um país soberano e dos alemães, com uma Constituição que proibia o nazi/fascimo.

Em relação ao muro de Berlim, muito se escreveu sobre ele e a verdade é que muitas mentiras foram ditas até que hoje já passam como verdade. Uma das razões a que levou a RDA a construir o muro foi a de que, muitos alemães ocidentais ao irem para o lado oriental, usufruíam de serviços públicos grátis ou quase grátis, do lado oriental, sem terem contribuído para isso(porque trabalhavam do lado ocidental). Não foram por diferenças partidárias, mas sim porque era impossível/insustentável à RDA devolver em serviços públicos a todos(RFA e RDA), aquilo que apenas os alemães orientais contribuíam.

Em relação à Guerra Fria, não foi apenas verbal. Houve muitas movimentações militares e uma grande parte dos orçamentos de estado iam para o armamento. Basta lembrar a "crise dos misseis de Cuba" que só não foi desencadeado porque os EUA recuaram na Turquia.

Cumprimentos.
Olá Cláudio Pereira,

Efectivamente, eu não coloquei toda a informação que sei na parte da "breve História", porque queria mesmo que fosse breve o texto. Só queria mesmo deixar por tópicos "simples" alguns pontos fundamentais e importantes que levem as pessoas a pesquisar sobre isso e a ganharem interesse em ir a Berlim.
Acho que faz mais sentido perceberem a história partindo do próprio interesse.

Quando falei em "Aliados" referia-me à França, Inglaterra e Estados Unidos. Não considero a URSS aliada, pois no início da guerra fez um pacto de não agressão com a Alemanha, e "financiou" a Alemanha durante a guerra com o fornecimento de matéria prima. Esta só entra na guerra devido ao "rasgar" do pacto, com a invasão da Alemanha à URSS.

Sim, o exército que "vence" Berlim foi o soviético. Mas também não podemos esquecer o esforço e as baixas provocadas aos alemães durante e depois do Dia D, por exemplo.

É normal que paises com ideologias mais librais (Estados Unidos, Inglaterra e França) não consigam chegar a um entendimento com Stalin que mais parecia um "Ditador". Foi por isso que disse que "Depois dessa divisão, devido às diferenças partidárias entre os dois blocos".

Em relação a Guerra Fria, sinceramente não quis adiantar muito, porque se não tinha-mos panos para mangas.
Os misseis preparados para serem lançados, em Cuba e Turquia.
Tantos e tantos segredos, que só ultimamente se começam a "contar" sobre essa altura.
Etc.

Sobre o diz que disse, e a informação que há... Por exemplo na parte de ser o exército soviético a "ganhar Berlim", isso é sempre camuflado pela quantidade de filmes e documentários que são feitos pelos Estados Unidos. Nós bebemos muita informação desse pais e nem damos conta. E eles, claro, convencidos como são, contam à maneira deles.
 
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