petrus
Membro Ativo
Todas as alturas são boas para uma fuga, mesmo que seja cá dentro! Afinal, temos um país fantástico e com tanto para descobrir e o nosso apoio é ainda mais importante numa fase em que o setor do turismo e restauração estão nas ruas da amargura…
Foi também um pouco nesta lógica a fugida de 3 ou 4 dias à região de Bragança. Novembro foi apenas uma questão de oportunidade, mesmo sabendo que os dias solares são pequenos e as temperaturas baixas (esteve sempre abaixo dos 2 dígitos), mas os encantos das cores outonais (em especial os ocres) ou as castanhas chegam para compensar tudo isso!
Viagem:
Para quem sai das bandas de lx em viatura própria há basicamente 3 possibilidades:
A1 até Torres Novas, depois A23 até Celorico e seguir pelo IC (foi o nosso caminho de regresso);
A1 até CREP e depois rumo a Vila Real e Bragança (provavelmente o mais rápido, mas também mais caro);
A1 até Coimbra Norte e depois Rumo a Viseu com o IP3 algo perigoso (foi o itinerário da ida), Vila Real e finalmente Bragança.
Nada a reportar nas viagens. Paragem sempre a meio (são cerca de 500 km) para comer alguma coisa, esticar as pernas…
Alojamento:
Bragança acaba por ter alguma oferta. Alguns hotéis centrais, alguns na periferia, fora alojamento local e turismo de habitação. A escolha recaiu num hotel fora do Centro (S. Lázaro) que já conhecia, mas em trabalho. É um hotel grande, construído em altura (9 pisos, creio) em fase de remodelação. Tem vistas soberbas e um serviço mediano, mas não compromete e pelo preço não se pode pedir mais.
Dá para ir a pé para o centro, mas de carro torna-se mais cómodo. Tem pouca oferta próxima, nomeadamente em termos de restauração. Não cheguei a experimentar o restaurante, mas o pequena almoço é razoável, a simpatia das empregadas… nem tanto!
Os quartos são espaçosos, o parque enorme (não coberto) e no verão a piscina deve ser simpática…
Guia de Viagem:
A chegada foi ao final do dia, fazer check-in e dar um pulo à cidade, nomeadamente à zona do castelo e calcorrear o Centro Histórico, relativamente bem cuidado e com muitas lojinhas espalhadas pelas ruas.
O jantar foi no emblemático Solar Bragançano. Ambiente diferente, tranquilo, boa comida (ainda que com pratos grandes e doses pequenas). Recomendo o congro e a garrafeira. Sobremesas à base castanha são uma boa escolha…
No dia seguinte o plano era ir a Espanha, passando por França (a aldeia não o país) para dar um salto a Puebla de Sanabria (uno de los pueblos más hermosos de España). A distância não é muita, mas a viagem em estrada de montanha exige cuidados. Quem enjoa o melhor lugar é ao volante!
Sanabria é simpático e giro. Deixa-se o carro na base e o resto faz-se a pé. Recomendo a visita ao palácio/castelo em que a entrada são 3 Euros. Igrejas fechadas (gosto de arte sacra e afins) são uma constante dos 2 lados da fronteira!
Aproveita-se para comer alguma coisa e depois decidir o que fazer: ir ao lago de Sanabria ou, por exemplo, dar um salto a Benavente (AE sem portagem). A escolha recaiu sobre a primeira e não nos arrependemos. A beleza é imponente e água quase gelada. Deve ser fantástico no verão!
Para abastecer na região (diferença enorme no preço face a Portugal) existem apenas duas bombas: uma Galp próxima do lago e uma BP nos arredores de Sanabria.
No regresso a Bragança paragem obrigatória para ir à aldeia de Montesinho (óbvio) e calcorrear as ruas onde não se vê praticamente ninguém e a capela, infelizmente, estava fechada. Quando aqui estávamos nevou um pouco, mas foi de curta duração. Quem tiver tempo ou vontade pode aproveitar para fazer caminhadas. Eu dediquei-me um bocado a “esborrachar” ouriços para aproveitar as castanhas.
O jantar não foi nada de especial e depois, por curiosidade, fomos ver o Centro Comercial da cidade (mulheres) e uma pura desilusão… a bem do comércio local, creio eu!
No dia seguinte o plano era ir novamente até à zona raiana, ou seja, ir até Rio de Onor. A tal aldeia que é meio portuguesa e meio espanhola!
O plano era fazer uma caminhada mais extensa, mas nessa noite choveu bem e os caminhos estavam enlameados pelo que a opção foi caminhar pelas aldeias, saudar as pessoas (e ser saudado por elas), atravessar o ribeiro várias vezes, ver o forno comunitário…
É um recuar no tempo e não fora uma motosserra e um ou outro cão quase parecia um lugar deserto!
Pena as capelas de ambos os lados estarem encerradas, mas é interessante ver que o cemitério do lado de cá é maior (mais habitantes) e o do lado de lá tem campas mais luxuosas e não tantas rasas como cá!
O almoço ou jantar podem ser em dois restaurantes que recomendo:
O Careto que fica em Varge (já pertinho de Onor, mesmo ao lado da ponte). Boa comida (naco de chorar por mais) e confecionada mesmo ao pé de nós;
O Abel que fica mais perto de Bragança, em Gimonde. A comida não desilude, mas está mais “industrializado”. Também tem alojamento, mas não experimentámos...
O resto do dia pode ser aproveitado para visitar museus como o do Abade Baçal ou o Militar que fica na torre do castelo. Fiquei algo desiludido com este por a coleção ter peças sem descrição e faltar no acervo artefatos, nomeadamente armas, da guerra colonial, mas gostei da visita e dei os 3€ por bem empregues e as vistas são soberbas. P
No regresso nada assinalar, apenas um desvio por Mirandela para dar uma voltinha pelo centro (em obras), comer alguma coisa e comprar alheiras (tinha que ser)!!!
Espero que tenham gostado desta visita virtual! Muito ficou por visitar/conhecer, mas esse é sempre um bom pretexto para voltar!!!
Foi também um pouco nesta lógica a fugida de 3 ou 4 dias à região de Bragança. Novembro foi apenas uma questão de oportunidade, mesmo sabendo que os dias solares são pequenos e as temperaturas baixas (esteve sempre abaixo dos 2 dígitos), mas os encantos das cores outonais (em especial os ocres) ou as castanhas chegam para compensar tudo isso!
Viagem:
Para quem sai das bandas de lx em viatura própria há basicamente 3 possibilidades:
A1 até Torres Novas, depois A23 até Celorico e seguir pelo IC (foi o nosso caminho de regresso);
A1 até CREP e depois rumo a Vila Real e Bragança (provavelmente o mais rápido, mas também mais caro);
A1 até Coimbra Norte e depois Rumo a Viseu com o IP3 algo perigoso (foi o itinerário da ida), Vila Real e finalmente Bragança.
Nada a reportar nas viagens. Paragem sempre a meio (são cerca de 500 km) para comer alguma coisa, esticar as pernas…
Alojamento:
Bragança acaba por ter alguma oferta. Alguns hotéis centrais, alguns na periferia, fora alojamento local e turismo de habitação. A escolha recaiu num hotel fora do Centro (S. Lázaro) que já conhecia, mas em trabalho. É um hotel grande, construído em altura (9 pisos, creio) em fase de remodelação. Tem vistas soberbas e um serviço mediano, mas não compromete e pelo preço não se pode pedir mais.
Dá para ir a pé para o centro, mas de carro torna-se mais cómodo. Tem pouca oferta próxima, nomeadamente em termos de restauração. Não cheguei a experimentar o restaurante, mas o pequena almoço é razoável, a simpatia das empregadas… nem tanto!
Os quartos são espaçosos, o parque enorme (não coberto) e no verão a piscina deve ser simpática…
Guia de Viagem:
A chegada foi ao final do dia, fazer check-in e dar um pulo à cidade, nomeadamente à zona do castelo e calcorrear o Centro Histórico, relativamente bem cuidado e com muitas lojinhas espalhadas pelas ruas.
O jantar foi no emblemático Solar Bragançano. Ambiente diferente, tranquilo, boa comida (ainda que com pratos grandes e doses pequenas). Recomendo o congro e a garrafeira. Sobremesas à base castanha são uma boa escolha…
No dia seguinte o plano era ir a Espanha, passando por França (a aldeia não o país) para dar um salto a Puebla de Sanabria (uno de los pueblos más hermosos de España). A distância não é muita, mas a viagem em estrada de montanha exige cuidados. Quem enjoa o melhor lugar é ao volante!
Sanabria é simpático e giro. Deixa-se o carro na base e o resto faz-se a pé. Recomendo a visita ao palácio/castelo em que a entrada são 3 Euros. Igrejas fechadas (gosto de arte sacra e afins) são uma constante dos 2 lados da fronteira!
Aproveita-se para comer alguma coisa e depois decidir o que fazer: ir ao lago de Sanabria ou, por exemplo, dar um salto a Benavente (AE sem portagem). A escolha recaiu sobre a primeira e não nos arrependemos. A beleza é imponente e água quase gelada. Deve ser fantástico no verão!
Para abastecer na região (diferença enorme no preço face a Portugal) existem apenas duas bombas: uma Galp próxima do lago e uma BP nos arredores de Sanabria.
No regresso a Bragança paragem obrigatória para ir à aldeia de Montesinho (óbvio) e calcorrear as ruas onde não se vê praticamente ninguém e a capela, infelizmente, estava fechada. Quando aqui estávamos nevou um pouco, mas foi de curta duração. Quem tiver tempo ou vontade pode aproveitar para fazer caminhadas. Eu dediquei-me um bocado a “esborrachar” ouriços para aproveitar as castanhas.
O jantar não foi nada de especial e depois, por curiosidade, fomos ver o Centro Comercial da cidade (mulheres) e uma pura desilusão… a bem do comércio local, creio eu!
No dia seguinte o plano era ir novamente até à zona raiana, ou seja, ir até Rio de Onor. A tal aldeia que é meio portuguesa e meio espanhola!
O plano era fazer uma caminhada mais extensa, mas nessa noite choveu bem e os caminhos estavam enlameados pelo que a opção foi caminhar pelas aldeias, saudar as pessoas (e ser saudado por elas), atravessar o ribeiro várias vezes, ver o forno comunitário…
É um recuar no tempo e não fora uma motosserra e um ou outro cão quase parecia um lugar deserto!
Pena as capelas de ambos os lados estarem encerradas, mas é interessante ver que o cemitério do lado de cá é maior (mais habitantes) e o do lado de lá tem campas mais luxuosas e não tantas rasas como cá!
O almoço ou jantar podem ser em dois restaurantes que recomendo:
O Careto que fica em Varge (já pertinho de Onor, mesmo ao lado da ponte). Boa comida (naco de chorar por mais) e confecionada mesmo ao pé de nós;
O Abel que fica mais perto de Bragança, em Gimonde. A comida não desilude, mas está mais “industrializado”. Também tem alojamento, mas não experimentámos...
O resto do dia pode ser aproveitado para visitar museus como o do Abade Baçal ou o Militar que fica na torre do castelo. Fiquei algo desiludido com este por a coleção ter peças sem descrição e faltar no acervo artefatos, nomeadamente armas, da guerra colonial, mas gostei da visita e dei os 3€ por bem empregues e as vistas são soberbas. P
No regresso nada assinalar, apenas um desvio por Mirandela para dar uma voltinha pelo centro (em obras), comer alguma coisa e comprar alheiras (tinha que ser)!!!
Espero que tenham gostado desta visita virtual! Muito ficou por visitar/conhecer, mas esse é sempre um bom pretexto para voltar!!!
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