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[Report] Emerita Augusta (Mérida)

zeamax

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Emerita Augusta (Mérida)

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Um fim de semana em Mérida.

Aqui tão pertinho e com um potencial histórico tão rico da era romana.

Mérida é a capital e núcleo institucional da Extremadura, conglomerando às sedes funcionariales e às instituições públicas autonómicas. Além de ser referência institucional é referência turística de Extremadura em todo mundo devido a seu importante conjunto arqueológico e monumental, pelo que foi declarada Património da Humanidade pela Unesco no ano 1993.

A cidade foi fundada no 25 a. C. com o nome de Emerita Augusta por Octavio Augusto, para os soldados eméritos licenciados do exército romano, de dois legiones veteranas das Guerras Cántabras: Legio V Alaudae e Legio X Gemina. Estas legiones localizaram-se no povoado prerromano já existentea mudança de dar-lhes a categoria de cidadãos romanos aos antigos pobladores. A cidade foi a capital da província romana de Lusitania. O termo emeritus significava em latín "retirado" e referia-se aos soldados aposentados com honra. Seus cidadãos foram adscritos à tribo Papiria.
Inicia-se assim um período de grande esplendor do que dão depoimento seus magníficos edifícios: o teatro, o anfiteatro, o circo, os templos, as pontes e aqueductos.

Durante séculos e até a queda do Império Romano de Occidente, Mérida foi um importantísimo centro jurídico, económico, militar, cultural e uma das populações mais florecientes em época romana, que Ausonio catalogó o nono lugar entre as mais destacadas do Império (inclusive por adiante de Atenas) e no século III se converteu na capital da Diocesis Hispaniarum.

O Museu Nacional de Arte Romano de Mérida, obra do prestigioso arquitecto Rafael Moneo, foi inaugurado em setembro de 1986, albergando uma excelente colecção de objectos de época romana provenientes do yacimiento arqueológico da que fosse colónia Emerita Augusta, hoje Mérida. A colecção actual esteve localizada até a construção do actual edifício no Convento de Santa Clara. Sua visita é fundamental para conhecer o passado da cidade e fazer-nos uma ideia do que foi a antiga Mérida.





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Após termos feito uma visita ao Museu, fomos comprar o bilhete para visitar o complexo do teatro e anfiteatro.

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O anfiteatro foi inaugurado no século VIII a.C. Tem uma forma oval e uma capacidade para 14.000 pessoas. Era destinado a lutas entre gladiadores e a corridas. O anfiteatro é composto por seis partes principais: a arena (coberta de areia), onde se davam as lutas e corridas; o local destinado às feras e aos apedrejos dos gladiadores; os corredores (passagens); a spolania, local destinado aos gladiadores; o podium, onde se recebiam os prémios; os corredores de entrada e saída, que eram destinados a combates de gladiadores. O anfiteatro é ainda composto por três anéis, um fossoe as bancadas para os espectadores, nas quais uma parte era reservada às autoridades que patrocinavam os espectáculos e outra às entidades políticas da cidade. Este monumento esteve subterrado durante centenas de anos e só há algumas décadas é que foi descoberto, embora infelizmente tivesse a parte de cima destruída.
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O Teatro Romano de Mérida foi mandado construir pelo cônsul Marco Vipsânio Agripa e inaugurado, possivelmente, entre os anos 16-15 adC.
Situado na capital da Extremadura, em Espanha, é um dos mais relevantes monumentos da cidade e desde 1933 alberga o Festival de Teatro Clássico com o qual recupera a sua função original.
Está composto por um terraço com capacidade, no momento, para 6.000 espectadores, divididos em três zonas, pela orquestra, lugar em que nas representações ocupava o coro, o palco e por último o cenário.
O teatro sofreu várias remodelações, a mais importante foi em finais do século I, possivelmente na época do imperador Trajano, quando se levantou a actual frente do palco, e outra entre os anos 330-340.

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Como podem reparar nesta foto, existiam uns anexos de apoio ao teatro, onde estão as famosas latrinas romanas.

Por todo o Império Romano existiam latrinas públicas usadas ao
mesmo tempo por várias pessoas. Aos pés dos utilizadores corria sempre água
para poderem limpar a sua esponja.

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Datado do final do século I a.C., o Templo de Diana foi uma construção religiosa dedicada ao culto do Imperador Augusto e também cumpriu a função de Fórum Municipal da cidade.

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Construído entre os séculos I a.C. e III a.C, o Aqueduto dos Milagres, com 830 metros de comprimento e 25 metros de altura, cumpria o papel de trazer água desde o pântano de Proserpina até a cidade de Mérida.

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Rômulo e Remo, filhos da vestal Réia Sílvia e do deus Marte, foram colocados numa cesta e jogados no rio Tibre por um rei usurpador que esperava assim livrar-se deles. Após a cesta encalhar na margem do rio, eles foram amamentados por uma loba, e, em seguida, recolhidos e criados pelo pastor Fausto. Quando se tornaram adultos, os dois irmãos decidiram fundar uma cidade sobre o monte Palatino, no lugar onde o Tibre os havia deixado. Designado rei por sorteio, Rômulo traçou com o arado um sulco para marcar os limites da futura cidade. Adota-se geralmente 753 a.C. como o ano da fundação de Roma. Essa data é comprovada pelas descobertas arqueológicas de 2005 que permitiram desenterrar, perto do Fórum, os vestígios de um palácio datado do século VIII antes de nossa era.

O simpbolo da lenda do nascimento de Roma é também representado numa das entradas da antiga cidade.

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Arkantos

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Obrigado zeamax pelo teu report :)

Sei que já vou responder tarde, mas acho que Mérida merece uma visita de todos aqueles que gostam de cidades históricas! Eu estive em Mérida em Agosto de 2011 e foram 3 dias fantásticos apesar do calor intenso da Estremadura. Quando cheguei a Mérida estavam 38º. :cheers: O calor era tão forte que não se via ninguém nas ruas, aliás as lojas fechavam as 14h e abriam ás 18h.

Quero aproveitar também para acrescentar que em Mérida podemos visitar a cripta de Santa Eulália, que fica por baixo da Basílica de Santa Eulália. Não é um local muito grande mas vale a pena visitar, pelo seu simbolismo e pelas tumbas que rodeiam a cripta.
 
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