Cristina Sousa
Membro Conhecido
E como que por magia, a magnífica Cuba cabe na palma da minha mão!
Ou melhor, dentro do meu coração, mas não o consigo mostrar em fotos!
Cuba não se explica, sente-se, cheira-se, aprecia-se calmamente e entranha-se. Como se fosse algo que nos trespassa a pele e nada podemos fazer para o evitar.
Apesar de já lá ter estado duas vezes, não consegui evitar a terceira e seguramente não será a última. País caliente, não só pelo carinhoso povo, mas privilegiado também pelo clima. A mistura do ar quente, das chuvas tropicais, do mar calmo, da areia imaculadamente branca e das estradas poeirentas, dos clássicos e das carroças, do moderno e chic com o humilde, um país de contrastes, mas de gente boa, culta (muito culta), de sorriso nos lábios e palavra fácil. E da música, e dos puros, cheira a salsa por todo o lado e dança-se ao som de um bom cohiba ou guantanamera.
Cuba não é perfeita, se fosse, não ia gostar, ia ser uma chatice, um cliché, e eu não sou dada a clichés. Talvez por isso até hoje sempre preferi conhecer Havana a Londres, Trinidad a Nova Iorque ou Cienfuegos a Tóquio.
Apesar do regime, os tempos já evoluíram. É ver as cubanas de unhas de gel gigantes a teclar nos telemóveis; sim, em certas ruas de várias cidades, quando se vê um ajuntamento de pessoas com algo na mão é sinal que por perto há wi-fi e estão todos ligados à rede.
Os cubanos também não são perfeitos! Falta ainda muito àquele povo. Apesar da educação gratuíta, da escolaridade obrigatória até ao 9º ano, apesar dos 5 ou 6 anos de faculdade, falta ainda absorver muitas regras básicas, de civismo, de boas maneiras, de respeito pelo próximo e pelo meio ambiente. Ah, o meio ambiente, já se vêm torres eólicas em vários locais, afinal há que aproveitar os recursos naturais! Assim como "plantações" de painéis solares, mau era, afinal um país com tantas horas de sol era desperdício apostar em rentabilizar o astro rei apenas no turismo de praia.
E o turismo, sim, é a principal aposta do país desde há mais de 20 anos e continuará a ser nos próximos 20. Devo dizer que desta vez, ou fui muito despachadinha, ou a parte burocrática funcionou muito melhor. Na chegada, entre controlo de passaporte, Rx e recolha de bagagem não devo ter demorado meia hora. No regresso, desde a recolha da mala na camioneta, check-in e Rx, escassos dez minutos chegaram e sobraram para chegar às "tiendas" do free shop na zona de embarque!
Sim, regressei a Portugal, mas contra a minha vontade , passei dias magníficos entre areias brancas, mar azul, extensas plantações de cana de açucar, montes e vales, bermas de terra alaranjada e casarios emblemáticos. Lugares encantados que contam muitas histórias, fábricas, estádios de basebol (desporto nacional em Cuba), arenas de rodeos, casas de turismo, bodeguitas e tabernas, ruas e casa centenárias e músicos de rua.
Cuba é tudo isto! Não, não vi algas nem fui picada por mosquitos. Nem tudo o que vi é bom, vi muita coisa que não gostaria de ter visto, mas nem por isso Cuba é menos interessante ou apaixonante. Vi o bom e o menos bom, mas é disso que um país é feito. No dia em que conhecerem um país perfeito, prefiro estar a milhas, não serve para mim.
Apesar de ser um regresso a Cuba, não repeti nenhum lugar onde já havia estado e mesmo assim ainda me falta tanto pra conhecer......
Espero que com este report consigam vivenciar um pouquinho de um país que estará sempre e para sempre na palma da minha mão. Ou, como diz a letra da música: "Dime si hay otro lugar para dejar mi corazón..."
Cayo Coco
Quando se aproxima o verão, e o cansaço de um ano de trabalho já se faz notar, não há como não pensar em descansar uns dias numa praia de extensa areia branca, com um mar azul turquesa calmo e quentinho. Claro que a solução só podia passar pelas Caraíbas e não foi preciso pensar muito para ir parar a Cayo Coco. É um destino que tem tudo o que é preciso para uns dias descansados, tranquilos, de puro relax.Nem vou falar muito da viagem, pois quer a ida quer o regresso foram tão tranquilos que nenhuma história há para contar! Quer dizer, tenho umas fotos ....... mas não sei se vão gostar....
Já na aproximação ao aeroporto...
O hotel que escolhi foi o Pestana Cayo Coco e considero ter sido uma boa surpresa, tendo em conta os relatos (já antigos) que fui lendo.
É um hotel 4*, nada de luxos, mas tem o básico e essencial para uns dias de férias tranquilos. Enquanto lá estive comemorou 4 anos!
Fui colocada numa habitação no último piso do bungalow 6, perto da piscina e do bufet, e por conseguinte, do loby. Não tenho grande coisa a apontar.
Roupa de cama limpa, toalhas no wc mudadas todos os dias, com as habituais habilidades artísticas das camareiras caribenhas.
Limpeza normal, deixam garrafa de água de 1,5l todos os dias.
No dia em que cheguei notei que o suporte do chuveiro estava solto e, com a pressão da água (sim, apesar de ser último piso, tinha água para dar e sobrar) o chuveiro deslocava-se e apontava à parede e tecto. No dia seguinte, falei com a camareira, expliquei-lhe e solicitei a devida reparação. Quando regressei da praia estava arranjado. Impecávél!
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