Cristina Sousa
Membro Conhecido
Cracóvia (Kraków) situa-se no sul da Polónia, nas margens do rio Vístula e é uma das mais antigas cidades polacas.
A sua população não chega a um milhão, mas é uma cidade cheia de jovens estudantes (em 2016 irá receber as Jornadas Mundiais da Juventude).
Reza a lenda que a cidade foi construída em cima de uma caverna de um dragão, que o mítico rei Krak (um sapateiro remendão que se tornou o 1º rei do país) matou!
Foi uma importante cidade mercantil do séc. XIII.
Essa traça medieval da cidade ainda está muito presente, pese embora a muita destruição por que já passou ao longo dos séculos.
Inclusive, Cracóvia já foi uma cidade Austríaca!
Foi capital do governo geral nazi durante a Segunda Guerra Mundial, e tem ainda duas grandes referências dessa época: a Fábrica de Schindler e a alguns quilómetros da cidade, o Campo de Concentração.
O centro histórico de Cracóvia foi considerado património mundial pela Unesco em 1978!
Cracóvia é essencialmente história, e quem não gostar de recordar "in loco" determinados episódios (tristes, diga-se) do passado recente, vai-se limitar a contemplar a agitação da cidade, dos turistas, dos seus habitantes e dos muitos estudantes que ali frequentam a universidade ou que vêm de cidades próximas passar fins de semana. Afinal restaurantes e bares não faltam por aquelas paragens.
Quem admirar arquitectura, quem quiser ver o que resta da história viva do século XX, tem de ir a Cracóvia, ver as igrejas, as praças, os museus, o castelo, e, sem qualquer hesitação, visitar aquele que foi o local do horror, o local onde, às mãos de um regime exterminador, morreram milhares e milhares de judeus.
Cracóvia estava na minha "lista" há já algum tempo, mas ainda não se tinha proporcionado. Foi desta!
Com este report pretendo dar a conhecer algumas das pérolas desta cidade (infelizmente nem todas as que pretendia, mas o tempo voa, e os sucessivos atrasos que aconteceram não proporcionaram uma visita completa). Todas as que não estão aqui contempladas ficarão para uma, quase certa, futura visita. Cracóvia ficou no meu coração.
Este report tem ainda uma dedicatória especial: à Peixoto, à Lemos, à Lara, à Puri, ao Tiago, ao Munir, ao Manel e ao JP. Sem vocês esta viagem não seria a mesma coisa! Um xi apertado para cada um. Grandes malucos que nós somos ......
Algumas informações úteis
- Idioma - polaco e alemão (em todo o lado se fala inglês)
- Fuso horário - mais 1 h que Portugal (horário de verão)
- Documentação necessária - bilhete de identidade, cartão de cidadão ou passaporte (zona Schengen)
- Moeda - zloty (1 euro vale pouco mais de 4 zlotys)
- Existem caixas multibanco espalhadas pela cidade, assim como no aeroporto.
- Existem casas de cambio (Kantor) quer no aeroporto, quer na cidade onde o cambio é mais favorável (o melhor que vi foi a 4,23 zl).
- Aeroporto de Cracóvia
(quis o destino que o avião que fez a viagem Porto-Paris (escala) tivesse esta inscrição )
O aeroporto situa-se a cerca de 10/15km da cidade, e está actualmente em obras de remodelação/ampliação - o terminal 2 onde aterra a Ryanair e Easyjet foi inaugurado escassas duas semanas antes da viagem e ainda não se encontra concluído.
- Transportes na cidade- Cracóvia está bem servida de transportes.
Destaque para o eléctrico que cobre grande parte da cidade.
Destaque ainda para os "carrinhos de golfe", de 4 e 8 lugares, muito práticos e baratos, que se deslocam facilmente dentro da cidade, fugindo ao transito (por vezes caótico) da cidade velha.
Charmosas são também as charretes, com elegantes cavalos enfeitados, que dão um colorido às ruas e praças.
- Alimentação/Restauração: há de tudo e para todos os gostos, desde restaurantes mais chiques, às esplanadas nas ruas e praças (com os inevitáveis aquecedores), ao normal restaurante e às cadeias de fastfood.
Destaque também para os vendedores ambulantes, que vendem especialidades locais.
O obwarzanek é um pão em forma de anel, que é vendido nestes carros ambulantes por toda a cidade.
O que o torna tão especial e saboroso é ter uma massa fofa mas compacta, e uma cobertura com sal ou sementes de sésamo.
Comida propriamente dita , destaque para o pierogi (pierozki) , um prato típico polaco, tipo pastel cozido, uma massa com recheio de batata e carne, um pouco ao género dos raviolis. Provado e aprovado!
- Alojamento: mais uma vez a variedade é imensa. Tendo em conta que a visita implicava apenas 2 noites em Cracóvia, a escolha recaiu sobre um hotel/apartamento, a cerca de 40 metros da Praça do Mercado. Mais central é impossível. Dali pode-se ir a pé para a maioria dos locais turísticos visitáveis. Era limpo, com cafeteira eléctrica no quarto para quem quer bebida quente logo pela manhã, e já com bastante aquecimento (apesar de ser Outubro, os dias já eram frios e a temperatura baixa).
- Os transfers previamente contratados funcionaram na perfeição, pontuais e eficientes. Ambas as carrinhas eram modernas e confortáveis. Na ida o voo atrasou quase 3 horas, a viagem até à cidade foi feita em plena hora de ponta, com o transito todo parado nos acessos à autoestrada, mas o motorista cuidou de seguir por um caminho alternativo de modo a que a chegada ao hotel fosse a mais rápida possível.
- A excursão também contratada antecipadamente junto do hotel foi de dia inteiro, feita em dois minibus de cerca de 20 lugares: de manhã Campo de Concentração de Auschwitz/Bikernau e de tarde Minas de Sal de Wieliczka.
Pick up no hotel, guia em inglês durante a visita ao campo, regresso à cidade, mudança de bus, e visita com guia em castelhano às minas.
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