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[Report] Cayo Coco e Cayo Guillermo (Melia Jardines del Rey e Melia Cayo Guillermo)

TREPADOR

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Introdução.

Antes de mais quero começar por dizer que esta viagem a Cuba foi um pouco acidental e uma boa surpresa.
Acidental porque Cuba era um destino que há muito tinha riscado da minha lista de locais a visitar, pois o feed-back que ia recebendo por parte de quem lá tinha estado era de que tinha boas praias mas a qualidade hoteleira era fraca, o que aliado ao facto de não aparecerem promoções com criança grátis para este destino, foi algo que me levou a reforçar a minha convicção de que este não seria um destino para mim.

Bom, acontece que uma pessoa amiga em determinada altura me envia um email com uma promoção para o Tryp com criança grátis, saída de Lisboa e que contemplava o mês de Agosto...
Com todas as estrelas alinhadas, pois criança grátis em Agosto e saída de Lisboa, era coisa com que não contava nem nunca tinha feito, pois por norma as férias eram em Maio e com saída de Madrid.
Toca a começar a fazer contas, planos, contactos e ponderar a hipótese de uma forma mais séria. Resultado... Esgotou, para desanimo de todo o agregado familiar que já se estava a habituar à ideia, mas por sorte pouco depois surge uma nova promoção para o Mellia Jardines del Rey, aí não perdi tempo e reservei.
Após as reservas feitas, tratei da reserva do parque Jet Park em Lisboa, parque coberto com transfere (55€ com suplemento para ficar com as chaves), eficientes e muito profissionais, quer na partida quer à chegada.

O embarque e a viagem.

O embarque estava marcada para dia 29 de Agosto, saída de Lisboa pelas 13H00.

Saída da zona do Porto por volta das 05H30 e chegada às instalações do Jet Park às 08H30.
Veículo estacionado e transfere para o terminal 1 efectuado, tudo de forma célere e eficiente, pelo que tínhamos 4 horas de espera pela frente, pois prefiro jogar pelo seguro e ter uma boa margem para o caso de me deparar com algum percalço pelo caminho.

Depois de descobrir qual o balcão de Check-in foi aguardar pela abertura do mesmo, receber os vistos que nos foram entregue por um funcionário da Sonhando que se encontrava junto ao balcão e seguir para a porta de embarque, aqui sim, uma zona mais calma, pois até passar o controle de segurança, aquele aeroporto parece a baixa do Porto em dia de São João...


Aqui alerto para quem viaja com crianças, que só pode levar uma garrafa de água das pequenas por cada criança até aos 5 anos e que a mesma foi testada/analisada numa máquina própria para efeito que se encontrava próxima do RX.

Os passageiros são transportados de autocarro para o avião que se encontra do lado aposto da pista e não através do terminal.

O aparelho é um Boing 767-300 ER, o espaço é o esperado num voo charter, o interior já um pouco datado, mas o serviço a bordo acima da média, tripulação eficiente e muito prestável.

Alimentação dentro dos padrões para este tipo de voo com um ou outro apontamento acima do esperado, sendo que tripulação vai passando durante e depois das refeições a oferecer bebidas para quem quiser repetir (excepção ao vinho e cerveja que só podemos beber uma vez).

O horário foi cumprido e por voltas das 16H30, hora local estávamos a aterrar no aeroporto Jardines del Rey em Cayo Coco, sem grandes turbulências pelo caminho.
 
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TREPADOR

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Cayo Coco e Cayo Guillermo.

Cayo Coco é uma pequena ilha ao largo de Cuba que tem ligação com esta através de uma estrada construída sob o oceano e com Cayo Guillermo também feita da mesma forma.

O aeroporto de Jardines del Rey foi construído no principal Cayo, ou seja Cayo Coco e serve também Cayo Guillermo, o que faz com que as deslocações para os hotéis seja rápida, quer pela proximidade geográfica, quer pela eficaz rede viária que serve os hotéis, ou seja poderemos estar entre 10 a 20 minutos de um qualquer hotel em Cayo Coco e entre 30 a 40 minutos de um hotel situado em Cayo Guillermo.

Nestes dois Cayos apenas é permitido a construção de hotéis, ou seja, ninguém lá habita, todos os funcionários no final do dia de trabalha têm de regressar a Morón, a cidade mais próxima e que fica situada na ilha de Cuba, sendo que as entradas dos mesmos são controladas todos os dias através de uma portagem colocada na estrada sob o oceano e que liga estes dois locais.

A entrada de Cubanos não trabalhadores e de veículos em Cayo Coco é paga para pessoas e veículos, quanto aos funcionários os mesmos têm uma autorização que os isente do pagamento de taxa e usam autocarros para se deslocarem de Morón para os hotéis.

Todo estes requisitos têm por objectivo manter os Cayos o mais selvagens e intocados possível, sacrificando apenas o essencial para o desenvolvimento do turismo.
A construção da rede viária nos Cayos terá apresentado um autêntico desafio de engenharia, pois grande parta da mesma encontra-se sob terrenos pantanosos e ladeada por água e florestas, aqui faço uma ressalva para o facto de todas as estradas apesar de estarem em bom estado, são um pouco irregulares, o que faz com que os autocarros abanem muito, talvez seja uma forma de limitar a velocidade dos mesmos :).
 
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TREPADOR

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Aeroporto Jardines del Rey.

À chegada ao aeroporto e após a saída do avião, tivemos o primeiro contacto com o clima que nos iria acompanhar o resto das férias, alguma humidade e muito calor.
Ao longe junto ao vitral do primeiro andar do aeroporto, já se visualizava o grupo de Portugueses que aguardavam o nosso avião para o regresso a Portugal, foi aí que me ocorreu o pensamento "daqui a 8 dias seremos nós a estar ali a observar os Portugueses que chegam, certamente com um estado de espírito e disposição bem diferente do que se sente neste momento", mas o que importava era saborear o momento e aproveitar o tempo o melhor possível, usufruir das merecidas férias e passar tempo de qualidade com a família.

Após a saída do avião percorremos alguns metros até entramos no interior do edifício do aeroporto, onde se iriam cumprir as formalidades, controle de passaportes e para meu espanto, toda a gente é fotografada. Os vistos que nos foram entregues pela operadora no aeroporto de Lisboa (um papel onde se destacam pelo picotado dois documentos distintos) têm de ser entregues à entrada e à saída do País. Enquanto aguardamos na fila, um polícia vai passando com um cão junto às bagagens de mão e vai farejando as mesmas. O processo é lento, mas aos poucos lá vai a fila ficando mais pequena e os passageiros vão passando pelo controlo alfandegario e transitando para a zona onde recolhemos as bagagens, para depois apanharmos os autocarros da empresa Gaviota, que nos aguardam no exterior de aeroporto com os representantes dos 3 operadores (Sonhando, Solférias e Jolidey).
O transfer foi rápido e a chegada ao hotel não demorou mais que 20 minutos.

Melia Jardines del Rey


Quando saímos dos autocarros fomos encaminhados para uma sala onde fomos recebidos pelo operador e director do hotel.
Bebidas de boas vindas, música e dança a acompanhar e lá nos foram apresentadas de uma uma forma muito breve as excursões possíveis, colocadas as pulseiras, entregues os cartões dos quartos, horários e serviços do hotel explicados e as marcações dos temáticos entregues, ou seja, as marcações já estavam feitas para 4 restaurantes, mas se assim o entendêssemos, poderíamos alterar as mesmas.
Tudo muito rápido e pouco maçador, durante todo o processo estivemos sentados e com A/C, o que faz toda a diferença, pois o calor apertava e de que maneira.
À saída da sala e com o check-in feito, bastou ir junto das malas que foram descarregadas dos autocarros e assinalar o número do quarto para que fossem entregues.
 
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O resort não é excessivamente grande ou seja, pode-se ir a qualquer ponto do mesmo a pé, sem necessidade de recorrer ao carrinhos eléctricos que por lá circulam e que podem transportar os hospedes.

Entre a recepção que fica no extremo oposto à praia e esta, não serão mais de 4 a 5 minutos a pé, trajecto este feito através de um passeio ladeado por jardins e restaurantes temáticos. Esta será a linha central do resort, sendo que de um lado e do outro se encontram os blocos de habitações e as respectivas piscinas, digamos que de um lado ficam hospedados os Canadianos e do outro os Portugueses, com mais algumas nacionalidades à mistura, mas estes deveriam ser os países mais representados no resort e aqui quero deixar algumas considerações.

Esta separação dentro dos resorts é habitual por questões de logísticas e de organização/colocação dos funcionários que falam inglês na zona onde se encontram os clientes que apenas falam inglês e do outro os funcionários que não falam tão bem o inglês mas sim a sua língua, o Espanhol, e que ficam em contacto com os Portugueses, Espanhóis e Sul-Americanos e ainda bem que assim é, pois dei um salto ao lado oposto, ou seja, ao lado dos Canadianos e aquilo era o fim do mundo em cuecas, musica aos gritos, copos e palhinhas espalhados por todo o lado, inclusive dentro da piscina, enfim, parecia um hotel completamente diferente, por sorte eles não gostam muito de praia e ficam-se pela piscina o dia todo a interagir com os animadores. e a tentar acabar com o álcool, embora quer-me parecer que o álcool leva sempre a melhor.

Durante uma semana houve uma festa da espuma a meio da tarde e uma outra à noite e os mais novos não podiam perder, passaram o dia a falar no assunto...


Sempre que vou de férias para estes destinos e atendendo a que estou tão longe de Portugal, o normal é não encontrar muitos Portugueses, mas a verdade é que nunca me senti tão contente por estar rodeado de Portugueses, pois quando a alternativa são Espanhóis, Canadianos, Russos, Sul-Americanos e um ou outro grupo de cidadãos de origem árabe que lá se encontrava, aquilo que posso dizer é que somos um exemplo de educação, civismo e descrição.

Considerações à parte e voltando ao resort, foi uma boa surpresa no que toca a instalações, alimentação e serviços, não sendo muito diferente de outros resorts nas Caraíbas.


Houve quase sempre sumos naturais feitos na hora ao pequeno almoço, vários tipos de leite e pão, panquecas feitas na hora, para além de tudo aquilo que é normal nestes destinos. Os funcionários que servem as bebidas são eficientes, já ao almoço e jantar, na zona dos grelhados feitos na hora, dependendo da hora, poderia haver fila para lá do razoável, principalmente se houvesse marisco, mas este será o ponto mais negativo que posso apontar ao serviço no restaurante.

No que toca aos quartos, estão espalhados por blocos de 3 pisos e o que me calhou no 2º piso era amplo, composto por uma cama king size, uma segunda cama para duas crianças, mini bar (apenas com 4 latas de bebidas ), TV Cabo, AC, casa de banho com chuveiro e não banheira, varanda com mesa e cadeiras, ou seja, tudo o que era necessário. A limpeza era feita todos os dias como é normal e trocam as toalhas sempre que as mesmas são deixadas no chão.

Os temáticos ainda fomos a dois, ao oriental e ao Cubano.


Serviço e alimentação dentro dos padrões para este tipo de restaurantes, mas face ao cansaço das crianças e ambiente calmo que apresentam, o mais novo ao fim de 5 minutos estava a dormir e a mais velha achava mesmo piada era ao restaurante principal em que se pode servir do que quiser e as vezes que quiser, pelo que acabamos por nos ficar por estes dois primeiros.

E finalmente vamos ao que nos levou a Cuba, as famosas praias e aqui começo por dizer que no dia em que chegamos, depois de vestidos a rigor e antes do jantar, fiz questão de dar um salto à praia, isto apesar do sol já mal se ver. Digamos que há coisas difíceis de explicar por palavras, mas tentem imaginar um inicio de noite, depois de um viagem de 3 horas de carro e mais 8 de avião, chegar a uma praia e mergulhar os pés numa água a 32 graus e sem qualquer rebentação... Inacreditável...

Acho que nunca passei tanto tempo dentro de água como nestas férias e não fossem as crianças e a piscina seria apenas uma miragem, não porque não fossem boas, bem pelo contrário, eram amplas, muitas e bem tratadas, com espreguiçadeiras de sobra, pouca gente e bom ambiente, mas a praia era realmente qualquer coisa, também sempre com espreguiçadeira e sombras disponíveis.

Ao chegar à praia haviam sempre funcionários que após escolhermos o local, perguntavam quantas espreguiçadeiras queríamos, iam buscá-las, limpavam-nas e colocavam-nas no local escolhido, depois era só arrastá-las para a água e ficar de molho, com umas breves interrupções para dar um salto ao bar da praia para abastecimento.
Também neste ponto nota positiva, pois nunca haviam filas no bar e volta e meia lá passava um funcionário na praia a perguntar se queríamos beber alguma coisa e trazia as bebidas à cadeira (nesta altura dava por mim, a ser banhado por aquela água quente, a contemplar o mar calmo e a tomar consciência do privilégio que é poder usufruir daquele pedaço de paraíso).

Apenas uma nota negativa para as pedras que existem no fundo do mar e que se encontram uns dois metros depois de entrarmos na água e que se prolongam por uns bons 20 metros, o que obriga a que se nade até à zona onde não há pedras. Temos pé ao longo de uma distância considerável e ao contrário de outras praias a agua não é demasiado baixa, mesmo com maré baixa.
Este fenómeno das pedras, segundo um funcionário da praia é cíclico e que as mesmas da mesma forma que são trazias, também acabam por ser levadas com a corrente, mas que é algo que não acontece da noite para o dia.

Outro ponto positivo no que toca à praia, é que não há barcos a motor ou motas de água a incomodar, disponibilizam caiaques de uma ou duas pessoas, gaivotas para 4 pessoas e têm ainda catamarans que podemos utilizar, sendo que é sempre um funcionário que nos transporta nos mesmos num passeio de 30 minutos, tudo de forma gratuita.
 
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TREPADOR

Membro Conhecido
Passeio

No que toca a passeios optámos por fazer Cuba: Açúcar, Charutos e Rum que tem um custo de 75CUC por adulto e 38 por criança.

O passeio consiste numa visita à cidade de Moron com passeio de carroça, visita à galeria Pauguet, visita à fábrica de açúcar, almoço, viveiro de crocodilos e por fim passeio de lancha no maior lago do pais e floresta de mangais.

Saimos do Hotel por volta das 08H30 rumo a Móron, a viagem é de cerca de 45 minutos
Na chegada à cidade fomos deixados numa rua onde tivemos tempo livre para passear e visitar algumas bancas de artesanato à porta de casas particulares, sendo que o ponto de encontro seria numa transversal ao fundo da rua onde fomos deixados, junto a um hotel, em frente ao qual estariam à nossa espera as corroças puxadas por cavalos que nos levariam a dar uma volta pela cidade.
Deambulamos pela cidade em fila indiana e o nosso condutor foi-nos apresentado a cidade, escolas, edifícios públicos, bancos, lojas etc.
Faculdade
Assistência em viagem:

Deu para ter uma percepção do funcionamento da cidade, para confirmar aquilo que a guia nos tinha dito, ou seja, que o principal meio de transporte dos Cubanos é a bicicleta e que os táxis dos Cubanos são a carroça puxada por cavalos, ou em alternativa umas bicicletas de três rodas e dois lugares disponíveis para os clientes, sendo o lugar da frente reservado ao motorista que tem de fazer valer a sua boa forma física para levar as pessoas ao seu destino.

Achei interessante um frase da guia " aqui em Cuba costuma-se dizer que Cuba é Habana e Varadero e que o resto é paisagem, mas é precisamente essa paisagem, a verdadeira Cuba, a Cuba rural onde vive a maioria da população que vocês vão conhecer". Constatei que a frase acertou em cheio, pois pudemos passear pela cidade a pé por nossa conta, pelo meio da população, que continuam o seu caminho indiferentes à nossa presença, pois não seguimos em grupo mas sim cada um por si, e podemos constatar o que comem os Cubanos em pequenos carrinhos que vendem bebidas e comida na rua, onde compram os seus bens e os serviços disponíveis.

Aqui vêm-se muitos camiões que transportam trabalhadores, carroças puxadas por cavalos, bicicletas e um ou outro carro, que para minha surpresa, para além dos clássicos, vemos também muitas marcas europeias.
Ainda na cidade e depois do tempo livre que nos foi dado, fomos para o ponto de encontro previamente definido e seguimos no nosso autocarro para uma antiga fábrica de açúcar, não sem antes fazermos uma breve paragem num pequeno hotel à face da estrada para podermos ir à casa de banho e beber uma pina colada ao som de musica Cubana.
Aqui tenho de fazer uma ressalva, a pina colada que nos foi proposta e explicada a sua composição, levou-me a concluir que fui enganado durante muitos anos, pois aquilo que tenho andado a beber é apenas um genérico com aroma a pina colada e passo a explicar...
A pina colada que nos foi servida e preparada à nossa frente é composta por leite de coco, abacaxi, rum branco e gelo. O resultado final é delicioso e muito diferente do que nos é servido nos hotéis, mesmo a própria textura uma vez que leva pedaços de abacaxi e não aroma do mesmo.
 
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TREPADOR

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Fábrica de açúcar

A fábrica encontra-se transformada em museu, onde nos é explicado como se processava a cana do açúcar e como se chega ao resultado final. Foi-nos dado a provar o sumo que sai da cana do açúcar e o facto de ser necessário uma grande quantidade de cana para se obter uma pequena quantidade de açúcar.


Após a visita e a prova, ainda no interior do recinto da fábrica, subimos para um comboio a vapor que nos levou através de algumas povoações rurais e dos campos de cana, até uma quinta onde almoçamos.
Plantação de cana de açúcar.
Plantação de bananeiras.

Após o almoço visitámos o centro de preservação de crocodilos.
Aqui foi-nos dado a conhecer de uma forma educativa este animal, podemos pegar neles mediante o pagamento de uma gorjeta que fica ao nosso critério. Pudemos ainda ver os mesmos a serem alimentados e explicadas a diferenças entre o crocodilo americano e o cubano.


Aqui quem quisesse podia pegar num crocodilo (este ou um com cerca de 50cm) para tirar fotos.


Crocodilo Americano

Crocodilo Cubano, mais pequeno que o Americano, mas mais agressivo e rápido.
 
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TREPADOR

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Floresta de Mangais

O local a visitar que se seguiu foi a floresta de mangais, visita que se fez a bordo de várias lanchas.

Seguimos de autocarro para o local de embarque e fomos distribuídos pelas várias embarcações..

Digamos que esta foi a parte mais aventureira, pois o "condutor" que nos calhou gostava de andar depressa e de dar umas guinadas.

Deixou os mais novos pilotar o barco, assim como alguns adultos, o que foi o ponto alto para os meus filhos.


Após a visita regressamos ao hotel onde chegámos por volta das 17H00, ou seja, foi um dia bem aproveitado apesar de parecer muita coisa, as deslocações são pequenas e ainda podemos aproveitar o resto do dia no hotel.
Deixo umas fotos da ligação entre Morón e Cayo Coco, a tal estrada sob o mar, o posto de controlo/portagem, onde os locais se identificam para poder entrar em Cayo Coco e pagam uma taxa, a menos que sejam trabalhadores e aí estarão munidos de um documento que lhes possibilita o acesso sem o pagamento de qualquer taxa.
 
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TREPADOR

Membro Conhecido
Por esta altura já estarão a perguntar por onde andarão as fotos das praias, afinal de contas isto é um report de Cuba.
Digamos que deixei o melhor para o fim, mas comecemos pelo dia seguinte ao passeio, que foi reservado para visitar a Praia Pilar que fica em Cayo Guillermo.
No dia seguinte, sexta-feira, resolvemos visitar a Praia Pilar, optámos por fazer sexta, pois consta-se que ao fim de semana há um fluxo maior de Cubanos e a confusão é maior.
Pelo que ouvimos de outros hóspedes que foram sábado, confirmou-se.
Apanhámos o transporte que passa em todos os hoteis de Cayo Coco e Cayo Guillermo, um autocarro panorâmico que tem o custo de 5CUC e que passa ao longo de todo o dia nos hotéis em vários horário. O bilhete é válido para os dois trajectos e podemos optar pelo horário que quisermos.
O tempo de deslocação vai depender da localização do nosso hotel, para nós foi cerca de 1 hora. Esta é uma boa forma de se apreciar a paisagem dos Cayos e de se ficar a conhecer o exterior dos hotéis lá existentes.

Praia Pilar:
Trajecto do autocarro:
 

TREPADOR

Membro Conhecido
Praia do Hotel:
E porque uma imagem vale mais que mil palavras, deixo aqui o motivo da escolha deste destino.

 
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TREPADOR

Membro Conhecido
Para nossa tristeza o final das férias estava à porta e tentávamos aproveitar todos os minutos da melhor forma possível.
Tivemos direito a late Check-out o que permitiu aproveitar o ultimo dia até ao ultimo minuto, ou seja, fizemos praia até ao inicio da tarde, pois o autocarro só nos vinha buscar a meio da tarde.
Um ultimo adeus ao hotel e num instante estávamos no aeroporto a ver o nosso avião aterrar com um novo grupo de Portugueses desejosos por dar inicio às suas férias, mas a história não acaba aqui...

Depois de cumpridas as formalidades (novas fotografias) e de nos termos acomodado nos nossos lugares, fomos informados que havia um atraso motivado por razões de ordem burocrática, mais especificamente com as autorizações para podermos levantar voo, pelo que seria servido o jantar ainda em terra enquanto aguardávamos... Pouca gente acreditou nas explicações facultadas, mas tudo pacifico e pessoal bem disposto.
Mais tarde confirmou-se que o motivo seria uma avaria e que se estava a tentar resolver o problema.
Ao fim de pouco mais de uma hora fomos informados que não seria possível levantar voo e que iríamos ser acomodados em hotéis.
Desembarcamos, novas formalidades, pois para todos os efeitos ao entrar no avião abandonamos território Cubano e entrámos em território Português.

Já no exterior encontravam-se os autocarros prontos para nos transportar e a representante da Sonhando com uma lista de hotéis e número de vagas por hotel.
Apesar de ter a possibilidade de regressar ao mesmo hotel, optei por ir para o Melia Cayo Guillermo, consciente de que a troca seria para um hotel inferior, mas a curiosidade falou mais alto.

Fomos transportados para o Hotel, acomodados numa pequena vila, ou melhor, atendendo a éramos quatro, foram-nos atribuídas duas vilas com ligação interior.
As acomodações com esta tipologia estão localizadas próximas da praia em grupos de 4, com entradas individuais no lado oposto ao da praia e com um pequeno pátio com umas mesas e espreguiçadeiras do lado oposto.
O primeiro impacto foi "onde me vim meter"...
Desde a construção à decoração, tudo muito antigo, foi do 8 para o 80 e o choque deixou-nos apreensivos, mas o que nos levou a optar por este hotel foi mesmo a praia, pois um casal que estava alojado no Melia Jardines del Rey e foi passar o dia a este Hotel disse maravilhas da praia, como tal trocamos o certo pelo incerto.

Em abono da verdade e depois do choque inicial, no dia seguinte a opinião que ficou, foi de que se tratar de um resort mais pequeno, acolhedor, a precisar de uma boa remodelação é verdade, mas que não compromete ao nível da limpeza e alimentação.
A taxa de ocupação era baixa o que torna tudo mais fácil, de outra forma e atendendo ao tamanho da piscina e outras infraestruturas, a coisa seria mais complicada.



Quanto à praia nota positiva, mas com um apontamento, com a maré baixa teremos de progredir bastante para nos molharmos acima do joelho.

Aquando do Check-in e uma vez que não havia qualquer informação quanto à hora de saída para o dia seguinte, deram-nos indicação para nos deslocarmos à recepção pelas 09H00 para nos informarem quanto aos horários de partida, pois o resort é pequeno e não tem nenhum representante do operador em permanência ao contrário do Jardines del Rey, mas às 09H00 ainda não havia noticias, pelo que apenas nos restava aproveitar o infortúnio da melhor maneira possível, pelo que toca a tentar encontrar a indumentária dentro das malas que estavam feitas (não foi tarefa fácil) para ir fazer praia.
Pedi na recepção para nos contactarem caso houvesse novidades, ao que acederam sem qualquer entrave.
Já na praia encontrámos um casal de Portugueses que haviam optado por regressar ao Mellia Jarnides del Rey e que foram passar o dia à Praia Pilar e ao Melia Cayo Guillermo, que nos informaram que haviam tido uma reunião com o operador no hotel e que só iríamos partir no dia seguinte de manhã, fiquei mais descansado e aproveitamos o resto do dia entre praia e piscina a usufruir do TI em pleno, com nota positiva para as refeições.
Após este dia de férias extra e duas noites no Melia Cayo Guillermo, arrancámos bem cedo para o aeroporto e aguardámos pelo avião que avião partido de Lisboa para nos transportar.
Ainda houve um atraso que se agravou, pois tiveram de tirar tudo do avião avariado para o que nos iria transportar, desde mantas, almofadas entre outras coisas.

À esquerda o avião que acabara de chegar de Lisboa para nos levar de volta e à direita o avião que se encontrava avariado.
A partir daqui tudo pacifico, uma viagem dentro da normalidade com chegada a Lisboa já muito próximo da meia noite.

Conclusões.

Começando pelo atraso, digamos que em Cuba não se brinca, e a eficiência do operador na resolução do problema não será apenas explicada pela boa vontade e eficiência do mesmo, pois em situações idênticas em território nacional as coisas correram menos bem.

Em Cuba em menos de duas horas tínhamos à porta do aeroporto uma frota de autocarros e alojamento reservado para todos.

Claro que este bónus trouxe prejuízos para muita gente a vários níveis, mas apesar do azar, as coisas não correram mal.

No que toca às obrigações legais, garantiram o alojamento, transferes e alimentação, mas não garantiram as chamadas telefónicas para o país de origem nem informaram ninguém dos seus direitos no que toca a indemnizações e procedimentos para reclamação.

No que toca à férias propriamente ditas, pelo que pude observar e experimentar, o Melia Jardines del Rey é um resort que está uns furos acima do padrão local e que não fica a dever nada a outros resorts em diferentes países nas Caraíbas.

Achei o povo genuíno, simpático e culto.

As praias destacam-se pela positiva e são das melhores em que tive o privilégio de estar nos vários países das Caraíbas que visitei.

Segui o conselho de alguns membros do fórum e levei algumas peças de roupa que já não usava e deixei algumas dos meus filhos que já não iriam servir para o ano. Confesso que me senti um pouco reticente ao dar a roupa, pois pensava que eles se podiam sentir de algum forma ofendidos, pois afinal de contas se não serviam para mim, o que é que me levaria a achar que eles as poderiam querer?

Bom, gostava de poder transmitir a emoção que foi dar uns sacos de praia à funcionária da limpeza... Eram apenas uns sacos que tínhamos recebido aquando da compra de uns protectores solares, mas a reacção dela foi algo de espantoso, pensei que jovem ia chorar, pois parecia que tinha acabado de anunciar que lhe havia saído o primeiro prémio do euro-milhões, diria mesmo que foi muito gratificante para nós ver a felicidade dela.

Demos ainda umas roupas ao jardineiro e não havia dia que não agradecesse, depois de conversarmos um pouco e de nos dizer que tinha duas filhas de 6 anos e 6 meses (fomos nós que perguntámos), demos-lhe roupas de crianças e uns sacos de gomas, fiquei com o sentimento que fizemos a diferença para aquela família, isto apesar de ser um gesto meramente simbólico e sem qualquer valor monetário.

A quem planear viajar para Cuba, tenham a amabilidade de levar roupa, pois este é um dos bens de difícil acesso naquele país.

Quero agradecer àqueles que viajaram antes de mim e que foram partilhando informações aqui no Portal, e também aos que através do chat foram respondendo às questões colocadas quando fiquei retido em Cuba.
Espero que gostem do Report que já vai longo, deixo apenas mais umas fotos em jeito de despedida.

Boas viagens para todos.

 
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Cristina Sousa

Membro Conhecido
Ai valha-me Deus! :rolleyes::rolleyes:
Não aguento!!!!
Tantas saudades de Cuba, dos Cayos, daquelas maravilhosas praias, etc, etc, etc... :p
Não me resta mais do que agradecer tão belo report, tão bonitas fotos e fazer-me reviver a minha estadia de há 2 anos atrás!
Definitivamente, tenho de voltar ao Cayo, era já hoje. :D
Obrigada pela partilha, por todas as informações sobre o hotel e excursão, são certamente preciosas! :)
 

Bee

Membro Conhecido
A cada report que vejo de Cuba, em especial dos Cayos, o nível de saudades aumenta e a vontade de voltar também.
Sinto-me uma privilegiada por poder conhecer um pouquinho desse paraíso. De fato só quem entra naquela água entende aquela sensação única!!
Eu amei a Praia Pilar e nesse dia estava bastante concorrida! Vejo que quando foste estava bem mais calma... e com um sol que conferiu à agua um tom surreal!

Sem dúvida que se há destino que pretendo repetir é Cuba mas não sei quando será... fiquei com um gostinho de "soube a pouco" em especial no que toca à verdadeira vida cubana! Havana fascina-me!! E não só.... vamos sonhando.
Obrigado pela partilha!!!
 

susy4

Membro Conhecido
arranjamos um aviao cheio de gente com vontade de voltar a Cuba...
estes reports são um verdadeiro atentado ao coração
parabens e obrigada pelo report
 

MLAA

Membro Novo
Que bom report e belas fotografias.
Também estive em Cayo Guilhermo em 2014 e adorei aquelas praias.
Obrigada pela partilha.;)
 

PaulaCoelho

Membro Conhecido
Gostei muito do report e obrigada por mostrares um pouco da Cuba além praias ;)
Não sei para quando, mas Cuba está na minha lista.
 

TREPADOR

Membro Conhecido
Obrigado pelos comentários.
Para todos aqueles que suspiram por Cuba, a Sonhando anunciou que face ao sucesso da operação deste ano, está previsto repetir os voos directos para Cayo Coco no ano que vem.
 

Isagaspar

Membro Novo
Mto obrigado pelo report!
Maravilhoso!
Eu já gostava tanto de ir a Cuba, vendo isto :) mais que as praias, que são sem duvida lindas, fascina me conhecer a cultura, os costumes de um pouco tão rico e tão pobre ao mesmo tempo....:( já tenho várias janelas abertas á procura de "pacotes".!
 

lfdm

Membro Conhecido
Excelente report.
Quando fiquei em Cayo Coco, também não coloquei o pé na piscina...:) É um crime não aproveitar as praias de lá.
Obrigado pela partilha.
 
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