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[Report] Brisas do mediterrâneo- 28/05

Nuno Rodrigues

Membro Ativo
Olá a todos! Começo por dizer que este foi o meu primeiro cruzeiro e adorei. O navio é grande e o serviço é excelente. Fomos no vôo das 9:10, no próprio dia e chegámos perto do meio dia, hora local. Achámos que tinhamos bastante tempo até às 17h e decidimos ir de transportes públicos, até ao porto de embarque. Segui as indicações fornecidas pela Logitravel e correu tudo bem. Primeiro autocarro gratuito até ao terminal 2 do aeroporto, para depois apanhar o comboio até Sants, depois metro até Drassanes e finalmente o portbus até ao terminal A, onde se encontrava o "nosso" Soberano. Com isto tudo, gastámos cerca de 12 euros em vez dos 35 do taxi. O embarque foi rápido já que o fizemos cerca das 15h tal como me recomendaram, ao contrário de muitas pessoas que decidiram ir mais cedo e tiveram de esperar em longas filas. O navio superou claramente as minhas expectativas, pela sua dimensão e beleza, apesar da sua antiguidade(1988), também o quarto superou as minhas expectativas, pensei que fosse menos confortável, especialmente a cama que era muito, mas mesmo muito confortável. Enfim, esperava-nos um lanche de boas-vindas no buffet panorâmico, e depois chegou a altura de explorarmos o nosso hotel ambulante. Tivemos que esperar pacientemente pelas malas, que só são entregues posteriormente, para vestirmos os fatos de banho e mergulharmos numa das piscinas ou jacuzzis, que nos aguardavam debaixo de um sol fantastico. Também só tenho bem a dizer dos espectáculos nocturnos, muito criativos e profissionais, especialmente os dois palhaços, um Chileno e um Brasileiro que nos entreteram bastante a semana inteira.
No dia seguinte, acordámos já em Villefranche, uma vila montanhosa, muito bonita, com praia e onde aproveitámos para dar uns mergulhos. Saída do barco foi demorada e um pouco desorganizada, situação que se repetiu em Livorno e Civitavechia, derivado à prioridade das excurções pullmantur. Nós juntámo-nos tarde na discoteca (Local de reunião para sair do navio), porque saímos por nossa conta e não tínhamos pressa, no entanto a espera foi longa (cerca de 2 horas), pois a saída é feita em lanchas porque o navio atraca ao largo de villefranche e não no porto. Apesar da impaciência de alguns espanhóis (nada de novo), acabámos por sair do navio e com bastante tempo para regressar. Apanhámos o comboio para o Mónaco(6€ p/pax ida e volta), onde se realizava o GP de F1 Montecarlo, já sabiamos à partida que seria assim, o que nos limitou bastante a visita já que a maior parte dos arruamentos estavam cortados. No entante, não pude deixar de dar um rápido passeio pelo principado, sempre ao som ensurdecedor dos monovolumes, até acabou por ser engraçado porque em muitos sítios dava para vê-los passar a velocidades estonteantes. Voltámos de comboio para Villefranche, onde gozámos o resto do dia numa praia com água azul turquesa lindissima, debaixo de um sol abrasador.
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No dia seguinte, chegámos a Livorno e desta vez não me enganaram. A hora de encontro para a saída era às 8h, mas às 7h30 eu já lá estava para receber o ticket de prioridade para sair. Eu tinha contratado um excursão a Pisa e Florença, ainda em Portugal, pela agência Shore2Shore, que estando marcada para as 8h30 convinha sair cedo do barco. A saída correu optimamente bem, lá fora esperava-nos um transfer de cortesia do porto, que nos transportou até à saída, onde se encontravam os autocarros da Shore2Shore. Seguimos para Pisa (45 minuts de viagem) onde nos foi alertado que teríamos pouco tempo para estar, sob pena de não nos sobrar tempo suficiente para visitar Florência. Ponto negativo, o autocarro fica a 15 minutos de distância do centro, onde se encontra a torre, e deram-nos 45 minutos para ir e voltar ao autocarro, ou seja sobrou-nos 15 minutos para as fotos e comprar uns souvenirs numa das muitas tendas, mais parecia a feira da ladra. Viagem para Florência que demorou mais 1 hora, altura de a guia receber o dinheiro das excursões. Florência, ao contrário do que eu esperava é uma cidade pequena e algo suja, facilmente se visita num dia. A guia tinha à diposição uns auriculares que se alugavam por 2€ cada, para podermos ouvi-la sem que tivessemos que estar perto dela, eu aluguei um mas rapidamente me arrependi, pois o grupo ía a uma velocidade muito lenta e eu decidi ir por minha conta, após perceber pelo mapa que nos deram que não me perderia, foi destipulada uma hora para regressar, para o caso de alguém querer desviar-se do grupo e assim foi. Florência é uma cidade marcada pela sua arquitectura, pelos seus muitos monumentos religiosos e artitisticos, cidade onde nasceram muitos artistas plasticos no entanto muito sujos esses mesmos edificios derivado á poluição. Almoçámos caro depois de termos procurado o mais barato, embora haja como em todo o lado a fast food como opção de reserva, nós preferimos comer pasta e pizza locais para percebermos a diferença em relação á nossa, no entanto disseram-nos mais tarde no autocarro, que a guia indicou a quem a seguiu um restaurante bem mais barato. Mas tudo bem, demos a volta a pé aos locais mais importantes da cidade e regressámos um pouco cansados. Surpreendeu-me pela negativa, pois eu achei que fosse bem mais bonita a cidade, é o que faz ir com espectativa demasiado elevada, mas sem stress pois o melhor da festa viria no dia seguinte, em Roma. Chegámos sem grande pressa ao navio o que deu para curtir ainda o sol e piscina antes de jantar. Fomos pela primeira vez ao restaurante Duero, onde tinhamos lugar marcado e dois croupiers fixos para cada mesa, bastante atenciosos e simpaticos, principalmente um de origem Brasileira chamado Junior. Depois de Jantar, hora de escolher um dos muitos bares para gozar o tudo incluído à vontade ou para quem gosta, gastar dinheiro no casino, sem nunca perder os magníficos espectáculos nocturnos no alão broadway.
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Amanhã continuo
 
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Nuno Rodrigues

Membro Ativo
Peço imensa desculpa pela demora, mas aqui vai da melhor forma que a memoria me permite:

Roma é uma cidade maravilhosa, com muitos pontos de interesse, impossível conhecer-se num dia. Perdemos a manhã toda na muito movimentada cidade do vaticano, acompanhados de uma guia que muito falava e pouco dizia, lembrando alguns ilustres em Portugal, enfim valeu essencialmente pela capela sistina, onde á partida não se pode fotografar, regra que eu não respeitei apesar dos vários seguranças que aqui e ali advertiam quem, como eu queria uma lembrança daquela maravilhosa obra. Aviso já que é bom que as mulheres não vão de saia para o vaticano, pois ali são bastante rigorosos a esse respeito, apesar de haver cá fora toda uma variedade de pareos que as senhoras podem convenientemente adquirir.
A partir dali e já perto da hora de almoço dirigimo-nos para a maravilhosa Fontana di Trevi, não fosse mais uma vez a enchente de gente que por ali pairava, tornando quase impossível uma foto em condições. Enfim, com tempo reduzido decidimos mais uma vez afastarmo-nos um o pouco do grupo e afastámo-nos um pouco daquela zona mais movimentada, onde os restaurantes estavam todos lotadíssimos, ate que encontramos um mcdonald´s, que com a nossa limitação de tempo pareceu-nos o mais adequado. Sabendo eu que o ponto de encontro seria a poucos metros de distancia, junto ao panteão, relaxámos um pouco pelas ruas de Roma longe da azafama. Entretanto visitamos o deslumbrante coliseu e já não havia tempo para mais. Hora de regressar ao navio, ainda a tempo de disfrutar um pouco das piscinas. O melhor estava guardado para noite, onde após degustação de mais uma refeição 5 estrelas, divertimo-nos imenso numa festa latina no deck das piscinas, numa noite espetacular de calor mediterrânico com as estrelas como pano de fundo.

Em Nápoles optámos novamente pela shore2shore, numa excursão à encantadora ilha de Capri, infelizmente menos encantadora naquele dia pois raramente parou de chover, naquele que foi o único dia que choveu apesar da boa temperatura que se mantinha. Viajámos 30 minutos de barco até à ilha, e que linda era, que pena e que azar, íamos com intenção de alugar uma lancha de 2 lugares que estão disponíveis na ilha e a preços convidativos, mas a chuva não permitiu, subimos o funicular até á zona mais elevada da ilha, de onde pudemos vislumbrar as suas paisagens maravilhosas. Entretanto recolhemo-nos em gelatarias onde em vez de gelados bebemos cacau quente e cones de gelado artesanal acabados de fazer. O mais engraçado é que todos nos diziam que raramente chove naquela altura do ano.

Ultima paragem antes do regresso a Barcelona, foi em Palermo, sim Palermo e não Tuniz como estava inicialmente programado, alterado devido ao terrorismo na Tunisia. Como não tínhamos grandes expectativas, decidimos ficar a desfrutar o cruzeiro sem as massas, "quase" todo nosso, e era essa a ideia em mais um grande dia de calor. Depois de alomoço saímos descontraidamente do navio, contratámos um de vários serviços de coches que nos abordavam á saída, por módicos 20€ bem regateados, demos a volta á cidade com um verdadeiro cicerone italiano que nos mostrou os principais locais da cidade, com especial atenção ao teatro Máximo, local onde foi filmada a última cena do filme "Godfather 3".
Apesar de pouco movimentada por ser feriado naquele dia, pareceu-me ser uma cidade pobre, velha mas com gente simpática e aparentemente pouco "mafiosa".
Na ultima noite no navio ainda fomos presenteados com uma noite de gala, com um espetáculo de despedida de grande nível, daquelas noites em que o "tudo incluído" faz todo o sentido, o resto fica na imaginação...
 
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