Novidades

[Report] Antuérpia - Saint Nicolas - Beveren - Malines - Lovaina

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Antuérpia (Anvers em francês - não conhecia:oops:) é uma cidade portuária situada no norte da Bélgica, banhada pelo rio Escalda, e junto do mar do Norte, e é a 2ª maior cidade belga e a maior da região de Flandres.
O seu porto adquiriu uma grande relevância no comércio europeu no séc. XV, com a pioneira fundação de uma primitiva "bolsa" na cidade, que rapidamente transformou Antuérpia num dos mais bem sucedidos centros comerciais e produtores do Velho Continente. Foi, em parte, devido a estas condições que após a chegada à Índia, os Portugueses para aí transferiram a feitoria que na Idade Média mantinham em Bruges. Este facto revelou-se da maior importância para a cidade. Com os Portugueses, instalou-se igualmente uma forte colónia mercantil espanhola, passando os negócios das coroas ibéricas a fazer-se maioritariamente por aí. Assim, ao longo do século XVI, Antuérpia tornou-se um centro da "economia-mundo".
A prosperidade desta cidade prosseguiu ao longo desse século, com a chegada de inúmeros judeus, expulsos de Portugal. Esta comunidade de exímios mercadores e artesãos veio enriquecer o negócio da indústria dos diamantes e, consequentemente, a própria cidade, que passou a contar com a colaboração destes artesãos especializados com uma propensão natural para o trato comercial.
Antuérpia é considerada o centro mundial do diamante, pois nesta cidade são negociados 80% dos diamantes brutos e 50% dos diamantes lapidados do mundo, o que ilustra bem a sua importância na comercialização desta pedra preciosa para a cidade e para o país. Inclusive, existe uma rua, a Pelikaanstraat, inserida num bairro judeu e dedicada quase exclusivamente ao comércio de jóias e diamantes.
(Apesar de todo o brilho das jóias, os meus olhos fixaram-se naquelas fantásticas bolas brancas pintadas em tons coloridos, pelas quais me apaixonei. Só pensava...ficavam a matar lá em casa... :rolleyes:)

Antuérpia deriva do termo "Hand Werpen", que significa mão arremessada em holandês.
Reza a lenda que no rio Esclada havia um gigante, chamado Druon Antígono, que exigia pagamento a todos os que pretendiam atravessar o rio. Um soldado romano de nome Silvio Bravo, recusou-se a pagar e envolveu-se numa luta com o gigante. Depois de o matar, cortou-lhe a mão a atirou-a ao rio. A mão acabou por dar à margem do rio, no local onde se encontra a cidade. Daí a explicação para o nome de Antuérpia! :)

E perguntam vocês, porquê Antuérpia? :D
Porque no ano anterior adorei a experiência Flandres e apeteceu-me conhecer o resto da região. E visitar o mercado de Natal. Porque Antuérpia aparece sempre como sendo o patinho feio das cidades da Flandres em comparação com as belas Bruges e Gent.
E porque após algumas pesquisas, percebi que estabelecendo "base" em Antuérpia, teria a possibilidade de visitar algumas outras pequenas cidades ali à volta, também interessantes.
E se bem o pensei, melhor o fiz.
Voei até Zaventem, que à primeira vista já não aparenta obras, e estava mais fofo do que nunca! :rolleyes:
Após o almoço, viagem do aeroporto até Antuérpia de comboio (11,30€), em pouco mais de 20/25 minutos.
A chegada a Antuérpia coincide logo com um dos principais ícones da cidade.

A Estação Central
A revista newsweek nomeou-a como a quarta mais bonita do mundo.
É um edificio palaciano neoclássico do início do séc. XX.
Escapou à demolição em 1975. Esteve em obras de remodelação e ampliação durante décadas. Agora é uma estação enorme, moderna, com fáceis acessibilidades a todas as regiões da Bélgica.
Aqui também passa, no subsolo, o comboio de alta velocidade, com ligações a outros países.
Tão bela por dentro como por fora, de dia ou de noite, peca apenas por não ter a fachada mais iluminada. Merecia!
Deixadas as malas no hotel, há que começar a explorar a cidade.
Primeiro impacto - tudo em obras! :(
Fez-me lembrar o (meu) Porto há 20 anos atrás, cheio de buracos, andaimes, gruas, ruas impedidas, máquinas a fazer barulho, etc....
(Ex. da avenida onde se situa a ópera)
Não foi um bom começo....
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Percorridas as montras dos diamantes, numa tarde cinzenta, havia que continuar na rua mais famosa de Antuérpia, a Meir..
Aqui estão instaladas todas as lojas de todas as marcas conhecidas. Para além de ter um sem número de lojas, os edifícios desta rua respiram charme e elegância.
Os pormenores das fachadas são lindos!
E as montras são de babar..
Mas não há bela sem senão! Ás 18h, quase sem excepção, as lojas fecham! Literalmente a cidade "comercial" apaga-se e restam apenas abertos restaurantes e bares!
E não pensem que era por ser época de Natal. Dizem que é assim todo o ano. Foi o segundo choque! :oops::D
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Mas o destino era chegar aos mercados de natal. :rolleyes:
Existem dois ou três locais onde havia atracções e percorrendo a Meir até ao fim facilmente cheguei à Groenplaats, a famosa praça onde tem uma estátua do famoso pintor flamengo do estilo barroco, Pieter Paul Rubens. Pois bem, nesta praça estava instalada a pista de gelo, e a estátua quase passava despercebida.
Para além disso havia barraquinhas a vender artesanato e bebidas típicas, destacando-se para além da cerveja, o conhecido vinho quente...
As ruas adjacentes estavam iluminadas e ali ao lado a Catedral de Nossa Senhora também estava decorada na sua imponente fachada.
Uns metros mais à frente e o Grote Markt irradiava luzes por todos os lados!
(Só a grua, nas traseiras da Câmara, estragava o cenário):mad:
Era ali na praça do mercado que se encontrava instalada a árvore de natal!
A Câmara Municipal tinha a fachada resplandecentemente iluminada.
As guildas também ofereciam belas vistas e as barracas e a tenda instalada no centro da praça ajudavam ao colorido.
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
É impossível ficar indiferente ao ambiente de um mercado de natal, cheio de gente aos finais de tarde, quando as luzes se acendem e se criam sombras coloridas. O frio da cidade transforma-se em calor humano! A muita polícia que se via nas ruas não impedia que o povo se divertisse, se deslumbrasse perante as belas vistas. Nativos e turistas misturam-se e apreciam o que de bonito a cidade tem para oferecer.
Os mercados de natal de Antuérpia não têm a imponência de outras cidades, mas também não envergonham!
Saindo do Grote Markt em direcção ao rio...
As luzes continuam a aparecer...
Até que na margem do Escalda se encontra instalada mais uma parte do mercado.
É a roda gigante, são os carrocéis, a "caixinha de música", mais casinhas a vender petiscos.
E lá ao fundo, a admirar toda a agitação, está o "castelo", o Het Steem.
Iluminado em tons de azul, recortando no escuro do céu a sua bela construção.
O espectáculo mais bonito vi-o na fachada da catedral, adoro as luzes projectadas ao som da música, são qualquer coisa de especial:
Haveria de regressar aos mercados de natal nos dias seguintes, sempre ao final da tarde, para apreciar as luzes e o movimento.
Sem dúvida, uma das boas recordações desta cidade! :rolleyes:
 

Anexos

Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
O dia seguinte estava reservado para conhecer a cidade.
Amanheceu enevoado mas a espaços, e apesar do frio e do vento, o sol foi aparecendo.
O terceiro choque :D: lojas fechadas logo pela manhã, antes das 10,30h não havia nada aberto! Mas esta gente não trabalha?? :eek: :eek:
Fui caminhando pela rua Nieuwstraat e a primeira paragem foi
A igreja Sint Jacobskerk (St. James)
Pois bem, estava fechada! :mad:
Esta igreja faz parte das igrejas de peregrinação do caminho de Santiago. Foi construída no local de um albergue para peregrinos. É também conhecida por aí estar sepultado Rubens e por ter um rico interior com com obras de arte e túmulos de notáveis famílias de Antuépia.
Diz-se que não está muito bem conservada, mas não pude confirmar.

Segui e um pouco mais à frente surge o Noordteater, as instalações da Companhia de Teatro de Antuérpia . Mais uma vez..... encerrado! :mad:
Deu para ver o jardim e a arquitectura do edifício.
As típicas construções de tijolo castanho da Flandres estão aqui presentes.

Continuando em direcção ao centro, edifícios para apreciar...
E, a primeira paragem! Ufa, finalmente! :D (estava frio)
A Igreja Sint Carolus Borromeuskerk (St. Charles)
É uma antiga igreja jesuíta em estilo barroco situada numa bela praça do séc. XVII. Foi consagrada a Santo Inácio de Loyola. A entrada é gratuíta.
Ia haver um almoço de Natal :D, por isso as mesas já estavam preparadas. Nunca tinha visto um repasto dentro de uma igreja, mas realmente há que ter imaginação! :p
A torre da igreja nas traseiras..
Em frente à igreja fica a biblioteca de Antuérpia.
O frio continuava,o sol ainda não tinha espreitado, mas já estava próxima da praça central. E aí,talvez pelo cenário, o sol e o azul do céu dariam um ar da sua graça.
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
A praça central de Antuérpia ou Grote Markt é ladeada pela belíssima Câmara Municipal (Stadhius).
A fonte de Bravo, no meio da praça, é um dos marcos de Antuérpia. Diz-se que Bravo (o tal que atirou a mão ao rio) é sobrinho de Júlio César.

De um dos lados da praça há uma série de guildas decoradas com figuras douradas. A mais alta é a casa dos Besteiros, e ressalta à vista a estátua de S. Jorge e do dragão. Reflecte a idade do ouro do comércio de Antuérpia, em que arquitectos de toda a Europa afluíam à cidade, tanta era a sua riqueza.
Era hora de rumar à praça da catedral..
A lado da dita, a estátua de homenagem a Pieter Appelmans que foi um dos arquitectos da Catedral de Nossa Senhora.
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
A Onze Lieve Vrouwe Kathedraal, a Catedral de Nossa Senhora fica a dois passos do Grote Markt.
É um edifício imponente, que demorou quase dois séculos a ser construído, e é a maior catedral gótica na Bélgica.
A entrada custa 6€, mas o interior é fantástico, com tecto abobadado e várias naves.
Tem uma enorme colecção de quadros e esculturas, incluindo obras famosas de Rubens.
Depois de aqui estar, não vale a pena visitar museus!!!!
As esculturas sobre a porta representam o juízo final.
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Seguindo para a Steenplein e o rio Escalda, os leões dão as boas-vindas.
A cidade desenvolve-se ao redor do rio, é realmente grande, mas atravessá-lo não estava nos meus planos.
A ideia era seguir junto ao rio, e parar no
Het Steem
Fica na antiga fortaleza original de Antuérpia e é o edifício mais antigo da cidade, construído entre os sécs. X e XVI. Foi usado como prisão na época medieval.
Actualmente nos edificios anexos está instalado o Museu Marítimo. O "castelo" funciona agora como atelier de tempos livres para miúdos e estava fechado por força das férias.
Na sua frente tem uma estátua de um ogre.
Continuando sempre junto ao rio, prédios belíssimos ladeiam a marginal.
A próxima visita seria o
Mas - Museum Aan de Stroom
Museu moderno construído junto à marina e ao lado do porto, em art deco, tem cerca de 60 metros de altura e a fachada é de arenito vermelho com painel de vidro curvo.
Abriu ao público em 2011, é o mais moderno museu da cidade e alberga mais de 470.000 objectos, muitos vindos do museu etnográfico e do museu marítimo. Retrata a vida e história de Antuérpia enquanto grande porto comercial, bem assim temas como a metrópole, a vida e a morte.
A entrada custa 10€ e dão-nos uma pulseira para colocar no pulso, que devemos manter até à saída.
Existe controlo em todos os pisos com seguranças.
Dos andares mais altos tem-se uma vista privilegiada sobre a cidade.
Estava ainda patente uma exposição temporária denominada Buddha & Mind, com vários quadros e artefactos orientais.

Da parte da tarde foi o regresso ao centro da cidade, percurso feito sempre a pé, apreciando ruas, becos, fachadas, montras e tudo o que ia aparecendo.
Em todo o lado se vê arte...
A paragem seguinte foi a
Rubenshuis - Casa de Rubens
Foi a casa e o atelier de Pieter Paul Rubens nos últimos 30 anos da sua vida.
Tem uns belos jardins e um pórtico barroco no seu interior.
Rubens foi influenciado por arquitectos da renascenca italiana, ao fazer a extensão à sua casa tipicamente flamenga em estilo barroco italiano.
Estima-se que Rubens tenha pintado cerca de 2.500 quadros nesta casa.
A casa estava a fechar e já não foi possível aceder ao interior.
Como também não sou grande fã de pintura, e já tinha visto alguns quadros na catedral, dei-me por satisfeita! :D
Aproveitei e fui à casa dos chocolates, ali a dois passos.... :rolleyes::p

Haveria muitos mais pontos de visita na cidade, mas os próximos dias seriam dedicados a cidades vizinhas.
Antuérpia é uma cidade de artes e quem gosta de a apreciar deve fazer uma visita. Sairá com a alma cheia e com boas recordações. :)
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
No dia seguinte, o plano era visitar duas cidades próximas de Antuérpia.
Em pouco mais de 20 minutos de comboio (4,40€), cheguei a Saint Nicolas (Sint-Niklaas)
É uma cidadezinha pequena mas com uma praça central bastante interessante. Aliás, é só a maior praça de mercado de toda a Bélgica. :D
A principal rua comercial tem várias estátuas ao longo da sua extensão e culmina na praça central.
O tempo cinzento e ventoso a ameaçar chuva acabou por estragar um pouco a visita, e a partir do final da manhã começou mesmo a chover com alguma intensidade.
A história de Sint-Niklaas propriamente dita iniciou-se em 1217, quando o bispo de Tournai, seguindo o conselho do clero local fundou uma igreja - a Saint Nicholas - aqui.
Assim, comecei por visitar a Igreja de Saint Nicolas, que foi fundada no referido séc. XIII e deu nome à cidade.
Estava aberta e tinha como "guardião" um senhor bastante simpático, que após alguns minutos de conversa, confessou que conhecia bem o nosso país, pois já tinha estado em algumas cidades portuguesas, incluindo a minha, de onde (bem) recorda o famoso vinho. :D
A lateral da praça tem belos prédios de traça flamenga.
O edifício da Câmara Municipal data do séc. XIX, e é imenso, para não dizer enorme! :rolleyes:
Á sua frente encontra-se uma estátua de São Nicolau.
Nas traseiras fica a Igreja da Nossa Senhora (parece que há uma com este nome em todas as terras :rolleyes:).
Quando cheguei estava a terminar uma missa, mas fiquei logo boqueaberta com a arquitectura do seu interior.
Vim fotografar um pequeno jardim mesmo em frente enquanto fazia horas..
Mal foi proferido o último amén, desviei-me do povo, que vinha todo em direcção contrária e caminhei igreja fora, admirando principalmente o tecto. Deslumbrada!
Almocei perto da praça e depois abalei. :D
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
A parte da tarde reservei-a para visitar Beveren.
Pois bem, talvez porque a chuva e o frio que se faziam sentir não tivessem ajudado, acho que foi o erro de casting deste périplo pela Flandres. Não valeu o tempo despendido. :(
Ainda assim, no caminho até ao centro, deu para ver que a arquitectura da cidade assemelha-se um pouco à de toda a Flandres, predominando os edifícios de "tijolo". No mais, não há comparação possível. Denominador comum a Antuérpia, havia muitas obras na rua.
O centro não é mais do que uma pequena praça, onde estava instalada uma pista de gelo e algumas barraquinhas, a Câmara Municipal, e uma igreja fechada, com um presépio exposto nas traseiras.
Porém, a chuva fazia-se sentir com alguma intensidade e o único ponto que seria visitável era o Castelo de Cortewalle, mas que, ficando um pouco afastado daquele centro e do caminho para a estação, com o tempo que estava era tarefa ingrata e desisti, regressando a Antuérpia!o_O
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Ao terceiro dia, a manhã acordou sem chuva e o plano passava por ir até Malines (Mechelen). tinha grande expectativa quanto a esta cidade, e não desiludiu!
O comboio demora cerca de 15 minutos (8,00€ ida e volta) e a chegada à cidade faz prever algo de muito diferente do dia anterior. Cidade maior mas muito, muito mais bonita, com inúmeros pontos de interesse. Tem cerca de 300 monumentos protegidos, 3 dos quais são património da Unesco.
Foi a surpresa mais do que positiva da viagem, pois correspondeu àquilo que tinha pesquisado antes de ir.
Muito ao jeito de Bruges, embora sem o mesmo charme (também é difícil), mas com canais a percorrer a cidade, edificações tipicamente flamengas, muito comércio e uma beleza que aparece ao virar de cada esquina.
Fiz o caminho até ao Grot Markt pela principal rua comercial - a Bruul. Atravessa canais, passa por lojas, igrejas, e acaba na praça do mercado.
A Grot Markt é uma praça não muito grande, mas que apesar da enorme beleza dos edifícios que a rodeiam, perdia um pouco com as tendas do circo que estava instalado no seu centro.
Acho que as tendas, caravanas, carrinhas e carros davam um aspecto muito "bagunçado" a uma praça tão bela.
O edifício da Câmara Municipal tem uma fachada simplesmente fantástica!
Numa das entradas da praça, uma estátua com o símbolo da cidade, a boneca op Sinorke, que representa um marido infiel bêbado.
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Como a Catedral só estava aberta da parte da tarde, fui caminhando na zona histórica e apreciando principalmente a arquitectura da cidade.
Ao lado do Grot Markt tem uma pequena praça onde se destaca a estátua de Margarida da Áustria (tia daquele que veio a ser o imperador Carlos V), que foi regente da Bélgica nos tempos em que Malines era a capital.
No jardim lateral à catedral, o famoso boneco de folclore malinês.
O centro cultural de Malines..
A almshouses, uma espécie de albergue para mulheres carentes e com poucas posses.
A igreja de Sint Janskerk
O Mechelen Musea & Erfgoed
E as famosas pinturas belgas, que aparecem onde menos se espera, em qualquer parede, canto ou esquina.
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Catedral de S. Romualdo (Sint Romboutstoren)
A Catedral de São Romualdo é a catedral católica do arcebispado da Bélgica e arquidiocese de Mechelen-Bruxelas, e foi construída em 1200 em estilo gótico francês.
Enorme, luminosa, cheia de obras de arte (algumas de Antoine Van Dijck), com um altar-mor monumental.

A torre tem 97 metros de altura e a subida é feita através de 514 degraus em caracol. O bilhete custa 8€ e é marcada uma hora de entrada, pois só permitem um determinado nº de pessoas em simultâneo. O bilhete é depois trocado por um cartão magnético que se passa numa máquina à entrada e à saída (e fica retido).
A cada cerca de 100 escadas existe uma sala para descanso e onde se podem observar alguns artefactos.
Destaque para o patamar onde se encontram os dois carrilhões com 49 sinos cada um!!! :eek:
Lá no alto, o vento faz-se sentir com grande intensidade. Tem uma estrutura em acrílico a toda a volta, por dentro da torre, podendo-se avistar, em dias de céu limpo, o Atomium em Bruxelas! :eek:
A vista da praça lá do cimo é curiosa, embora as ameias da torre impeçam de se ver cá para baixo com grande amplitude.
À saída da igreja em direcção ao centro, um memorial de homenagem (não sei a quem ou a quê porque,à semelhança de grande parte dos locais na Flandres, só existe escrita em neerlandês). :(
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Depois da catedral, decidi regressar por um local diferente do que tinha feito na parte da manhã, ficando assim a conhecer mais um pouco desta bela cidade.
Ao sair da praça para entrar na rua Ijzerenleen dei de cara com o Museu Municipal (Schepenhuis) - prédio do lado direito da foto.
Esta rua é plena de vida e tem prédios fantásticos de ambos os lados.
No fim atravesso novamente um canal
E já estou na Korenmarkt
Esta é a rua que me vai levar à
Brusselport
É a mais alta torre da antiga muralha que circundava a cidade medieval de Mechelen é a única que ainda existe.
Este portão foi construído no século XIII, juntamente com outros 11, em estilo gótico tournaisien. Foi remodelado no século XVI, e já teve muitos usos, como esquadra de polícia, sala de conferências, estúdio de arte, base de uma companhia de teatro, museu e arquivo municipal.
Hoje em dia serve de "rotunda" numa das mais movimentadas avenidas da cidade, e que me leva directa (depois de muito caminhar) à estação de comboio.
A visita a Malines acabava aqui, mas com uma sensação muito boa, de ter sido uma dia muito bem passado e de ter ficado a conhecer mais um bonito pedacinho da Flandres. :)
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
O dia seguinte reservei-o para regressar a Bruxelas. Mas a ideia não era ficar por aqui. :D
Malas deixadas no hotel e o próximo destino foi
Lovaina (Leuven)
15 minutos de comboio depois (6€ ida e volta) e estava a chegar a mais uma bela cidade belga.
Saindo da estação
Entra-se numa rua bastante longa com variadas lojas de comércio e serviços, repleta de prédios com fachadas flamengas
Ao fundo da qual fica a praça principal da cidade, e onde ressalta à vista, obrigatoriamente,
o edifício da Câmara Municipal
É um exemplo fantástico de estilo gótico flamejante construído no séc. XV. Tem 3 andares e 236 estátuas na fachada, representando no 1º andar várias personagens da história da cidade, no 2º santos e figuras simbólicas e no 3º as estátuas dos condes de Lovaina e dos duques de Brabantes.
Infelizmente estava fechado e não pude visitar o interior, que dizem ser igualmente belo!

A praça do mercado (Grot Markt) é o antigo centro comercial da cidade e ainda revela todo o charme do séc. XIV, com os principais edifícios das cidade, todos cheios de história.

Ao lado da praça destaca-se a Fonte Fonske
É conhecida como a fonte da sabedoria. Retrata um estudante a preparar-se para um exame, sendo que a sabedoria entra na sua cabeça através da água! :rolleyes:
Segundo autor da esculptura, a água representa uma cerveja e demonstra a capacidade dos estudantes belgas, de estudarem e beberem ao mesmo tempo!!! :eek: (Leuven é tão só a cidade da cerveja, já que tem aí instalada a sede da Stella Artois).
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Igreja de São Pedro (Sint-Peter)
A igreja, que foi construída mesmo em frente à Stadhius (Câmara Municipal) entre os anos 1425 e 1500, não foi terminada devido à complexidade do projecto. Por exemplo, a torre que hoje tem 50 metros de altura deveria ter 169 metros.
O acesso ao interior da igreja é gratuíto, mas atrás do altar-mor tem uma espécie de museu, com acesso pago, onde há varias pinturas do século XVII e XVIII, além do túmulo do Duque Henrique I de Brabante.
A zona envolvente é plena de lojas, cafés, restaurantes, com muita agitação pelo meio.
Sempre com arte a surgir no meio da rua...
E com fachadas de prédios de deixar qualquer um de boca aberta!
Ao final da tarde regressei à estação, rumo a Bruxelas.
E assim terminaram estes dias no coração da Flandres.
Continuo a ter a Bélgica no coração! :)
Um país fantástico, com muita cultura, arte, com excelente rede de transportes. Um país com muitos locais em obras, que só poderá ser no futuro ainda melhor e mais bonito!
Por mim, a Flandres está vista, mas ainda tenho em mente visitar a Valónia. :D
Por enquanto, espero que gostem tanto deste report, como eu gostei dos dias em que passei por estes locais. :rolleyes:
Até à próxima viagem! ;)
 
Última edição:

Paulo Leite

Moderador Honorário
Staff
Hello Srª Sousa!!!!

Mais uma grande Reportagem tua... (nada de novo)..

Vai ser com certeza mais um manual para quem no futuro queira fazer esta viagem.

As fotos estão Top como sempre...

PS- Não digas a ninguém mas na minha ultima viagem que fiz por aí...:rolleyes:, tentei seguir na integra o teu itinerário :D..

Obrigado :cool:
 

PauloNev

Moderador Honorário
Staff
Muito obrigado pela partilha.
Os teus report's fazem-me olhar para cidades que não tinha o mínimo interesse por elas de uma outra forma, dá vontade de reservar bilhetes e ir...:cool:
Grandes fotos, na minha próxima viagem contrato-te como fotógrafa oficial. :p
Boas viagens ;)
 

d3ci0

Membro Conhecido
Mais um fantástico report!!
É um regalo para a vista, fotos, descrição, vídeos!!! Um report destes faz com que qualquer pessoa ganhe vontade de viajar!!!!
 
Top