PauloBR
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22 dias em Portugal - Maio/Junho de 2010 - Parte 4 - de Montalegre até a Covilhã
Olá, vamos agora ao 4º report da série "22 dias em Portugal - Maio/Junho de 2010".
Resumo anterior: começamos a viagem pelo Porto no dia 15 de Maio. Ficamos 3 dias no Porto, 2 dias em Paredes e 2 dias em Montalagre. Visitamos as regiões do Porto, Médio Douro, Peso da Régua, Viana do Castelo, Caminha, Valença, Guimarães, Braga, Montalegre e o parte do Gerês.
No dia 22 de Maio, um Sábado, fizemos um longo percurso, de Montalegre até a Covilhã. Passamos por Chaves, Valpaços, Mirandela, Vila Flor, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Barca D'Alva e parte do Parque do Douro Internacional. Fizemos uma breve parada num miradouro nos arredores de Chaves, almoçamos no Freixo, outra parada para apreciar o Salto de Saucelle, uma parada para um café em Barca d'Alva e depois direto pra Covilhã.
Saímos de Montalegre às 10 da manhã, viajamos com calma e mesmo com as paradas, chegamos na Covilhã às 18 h.
Abaixo, o itinerário desta viagem. Nossa opção foi não viajar pelas auto-estradas, a idéia era viajar com calma, apreciar as paisagens e fazer algumas paradas. É claro que isto aumentou bastante o tempo de viagem, mas as paisagens de Trás-os-Montes são muito bonitas e valeu a pena mesmo!
Um pouco depois de passar pela entrada de Chaves, fomos surpreendidos por um imenso séquito de dezenas carros. Haviam saído de um casamento na igreja e estavam em direção ao local da festa, aparentemente.
Lindas paisagens na região de Vila Flor: campos repletos de oliveiras. Agradeço ao Ricardo-M pela sugestão de passar por Vila Flor; realmente nesta época do ano a região é muito bonita.
No Freixo, paramos para almoçar. Aqui tivemos outro episódio de mau atendimento. Estava um dia muito quente, pra variar por volta de 33º C. Entramos no restaurante Cinta D'Ouro, que fica junto à hospedaria de mesmo nome. Como o ar-condicionado do salão não estava ligado, sentamos numa mesa na varanda, à sombra. O garçom veio logo dizer que "almoço só no salão". Entramos no salão e nos sentamos numa mesa para 4 pessoas, pois eram 2 e meia da tarde, havia várias mesas de 4 lugares vagas e a única mesa para 2 pessoas estava espremida entre 2 famílias grandes. O garçom nos pediu para sentarmos na mesa para 2 pessoas. A contragosto, sentamos ali, já um pouco de mau-humor, esperamos por quase 10 minutos e o garçom não veio nos atender. Chegamos à conclusão de que não éramos bem-vindos ali.. talvez por estarmos de bermuda e sandálias, talvez por sermos brasileiros invadindo um reduto de famílias portuquesas, talvez os dois... Enfim, não nos sentimos bem neste restaurante e fomos embora. O detalhe é que nem o garçom e nem o dono do restaurante se deram ao trabalho de nos perguntar o motivo da nossa saída...
Logo adiante, na saída para a EN221 e o Freixo, paramos num restaurante muito simples, daqueles que no Brasil chamamos de "boteco". Eram quase 3 horas da tarde e perguntamos ao dono do restaurante se ainda havia almoço. Ele nos olhou de cima a baixo, avaliou bem e deu o veredicto: "podemos, sim, fazer almoço". Depois disto, este senhor foi só simpatia, nos convidou a entrar no salão, ligou o ar-condicionado prontamente e nos serviu um belo prato de bife de vitela com arroz e fritas, acompanhado de cervejas frescas (ou geladas como dizemos no Brasil). Ele conversou muito conosco durante o almoço, pois éramos os únicos clientes e ele demonstrou estar contente em atender dois turistas brasileiros, que pelo visto não costumam almoçar neste restaurante. Saímos muito satisfeitos e contentes, prontos pra botar o pé na estrada.
Estes dois fatos apenas confirmaram nossa opinião sobre restaurantes em viagens: geralmente é nos restaurantes simples que está a verdadeira comida. Os restaurantes metidos a chique, os que estão nos guias "gourmet", geralmente são os mais decepcionantes.
Revigorados com o excelente almoço no nosso "boteco" do Freixo, pegamos de novo a estrada, rumo ao Salto de Saucelle e a Barca D'Alva.
As fotos a seguir foram tiradas no Salto de Saucelle:
No Salto de Saucelle, o viajante que vem de Espanha se depara com a imponente visão do Penedo Durão:
No percurso do Salto de Saucelle até Barca D'Alva:
Pausa para um café e Coca-cola no cais de Barca D'Alva. Felizmente achamos uma sombra para o carro, pois a temperatura era de 34º C !
Paisagens perto da saída sul de Barca D'Alva:
Quando chegamos na Covilhã às 18 h, o Hotel Turismo estava cercado pela polícia, pois a seleção portuguesa ainda estava lá. Era o famoso estágio na Covilhã antes de viajar para a África do Sul, lembram? Identifiquei-me na entrada do parque de estacionamento e entramos sem problemas.
A surpresa foi que o hotel nos deu um quarto no 1º piso, com vista para um telhado! Eu reclamei e disse que havia feito a reserva no começo de Janeiro e que havia solicitado expressamente um quarto em piso alto com vista para a serra. O gerente disse que a seleção havia bloqueado os pisos superiores e que o hotel comunicara isto ao clientes que tinham reserva. Eu disse que jamais recebi tal e-mail e que inclusive em Fevereiro, quando soube que a seleção portuguesa havia programado o estágio na Covilhã, entrei em contato com o hotel, que me informou que não haveria problemas com a reserva. O impasse foi solucionado com uma oferta do hotel: 2 noites grátis em qualquer data futura ou uma noite grátis na estadia atual, que foi o que escolhi, é claro.
No Hotel Turismo da Covilhã nós éramos os únicos hóspedes, pois nos 2 dias no pequeno-almoço, só havia pessoal do staff da seleção. Todos os equipamentos de lazer do hotel estavam bloqueados para a seleção, o que não fez diferença para nós, pois nosso plano era passar o dia fora do hotel, em passeios na serra.
Depois de resolver o impasse no hotel, fomos ao Serra Shopping, que fica bem perto do hotel. Como estávamos cansados da viagem, fizemos algumas compras no supermercado para não ter de sair à noite para comer (o restaurante do hotel só estava aberto para nós no pequeno-almoço). Foi aquela "chateação" de todos os dias anteriores: compramos mais vinho do Porto, vinhos da Beira Interior D.O.C., algumas cervejas pra matar a sede, um pouco de pão, presuntos e Camembert Président. Com tudo isto, quem precisa sair para jantar?
Olá, vamos agora ao 4º report da série "22 dias em Portugal - Maio/Junho de 2010".
Resumo anterior: começamos a viagem pelo Porto no dia 15 de Maio. Ficamos 3 dias no Porto, 2 dias em Paredes e 2 dias em Montalagre. Visitamos as regiões do Porto, Médio Douro, Peso da Régua, Viana do Castelo, Caminha, Valença, Guimarães, Braga, Montalegre e o parte do Gerês.
No dia 22 de Maio, um Sábado, fizemos um longo percurso, de Montalegre até a Covilhã. Passamos por Chaves, Valpaços, Mirandela, Vila Flor, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Barca D'Alva e parte do Parque do Douro Internacional. Fizemos uma breve parada num miradouro nos arredores de Chaves, almoçamos no Freixo, outra parada para apreciar o Salto de Saucelle, uma parada para um café em Barca d'Alva e depois direto pra Covilhã.
Saímos de Montalegre às 10 da manhã, viajamos com calma e mesmo com as paradas, chegamos na Covilhã às 18 h.
Abaixo, o itinerário desta viagem. Nossa opção foi não viajar pelas auto-estradas, a idéia era viajar com calma, apreciar as paisagens e fazer algumas paradas. É claro que isto aumentou bastante o tempo de viagem, mas as paisagens de Trás-os-Montes são muito bonitas e valeu a pena mesmo!
Um pouco depois de passar pela entrada de Chaves, fomos surpreendidos por um imenso séquito de dezenas carros. Haviam saído de um casamento na igreja e estavam em direção ao local da festa, aparentemente.
Lindas paisagens na região de Vila Flor: campos repletos de oliveiras. Agradeço ao Ricardo-M pela sugestão de passar por Vila Flor; realmente nesta época do ano a região é muito bonita.
No Freixo, paramos para almoçar. Aqui tivemos outro episódio de mau atendimento. Estava um dia muito quente, pra variar por volta de 33º C. Entramos no restaurante Cinta D'Ouro, que fica junto à hospedaria de mesmo nome. Como o ar-condicionado do salão não estava ligado, sentamos numa mesa na varanda, à sombra. O garçom veio logo dizer que "almoço só no salão". Entramos no salão e nos sentamos numa mesa para 4 pessoas, pois eram 2 e meia da tarde, havia várias mesas de 4 lugares vagas e a única mesa para 2 pessoas estava espremida entre 2 famílias grandes. O garçom nos pediu para sentarmos na mesa para 2 pessoas. A contragosto, sentamos ali, já um pouco de mau-humor, esperamos por quase 10 minutos e o garçom não veio nos atender. Chegamos à conclusão de que não éramos bem-vindos ali.. talvez por estarmos de bermuda e sandálias, talvez por sermos brasileiros invadindo um reduto de famílias portuquesas, talvez os dois... Enfim, não nos sentimos bem neste restaurante e fomos embora. O detalhe é que nem o garçom e nem o dono do restaurante se deram ao trabalho de nos perguntar o motivo da nossa saída...
Logo adiante, na saída para a EN221 e o Freixo, paramos num restaurante muito simples, daqueles que no Brasil chamamos de "boteco". Eram quase 3 horas da tarde e perguntamos ao dono do restaurante se ainda havia almoço. Ele nos olhou de cima a baixo, avaliou bem e deu o veredicto: "podemos, sim, fazer almoço". Depois disto, este senhor foi só simpatia, nos convidou a entrar no salão, ligou o ar-condicionado prontamente e nos serviu um belo prato de bife de vitela com arroz e fritas, acompanhado de cervejas frescas (ou geladas como dizemos no Brasil). Ele conversou muito conosco durante o almoço, pois éramos os únicos clientes e ele demonstrou estar contente em atender dois turistas brasileiros, que pelo visto não costumam almoçar neste restaurante. Saímos muito satisfeitos e contentes, prontos pra botar o pé na estrada.
Estes dois fatos apenas confirmaram nossa opinião sobre restaurantes em viagens: geralmente é nos restaurantes simples que está a verdadeira comida. Os restaurantes metidos a chique, os que estão nos guias "gourmet", geralmente são os mais decepcionantes.
Revigorados com o excelente almoço no nosso "boteco" do Freixo, pegamos de novo a estrada, rumo ao Salto de Saucelle e a Barca D'Alva.
As fotos a seguir foram tiradas no Salto de Saucelle:
No Salto de Saucelle, o viajante que vem de Espanha se depara com a imponente visão do Penedo Durão:
No percurso do Salto de Saucelle até Barca D'Alva:
Pausa para um café e Coca-cola no cais de Barca D'Alva. Felizmente achamos uma sombra para o carro, pois a temperatura era de 34º C !
Paisagens perto da saída sul de Barca D'Alva:
Quando chegamos na Covilhã às 18 h, o Hotel Turismo estava cercado pela polícia, pois a seleção portuguesa ainda estava lá. Era o famoso estágio na Covilhã antes de viajar para a África do Sul, lembram? Identifiquei-me na entrada do parque de estacionamento e entramos sem problemas.
A surpresa foi que o hotel nos deu um quarto no 1º piso, com vista para um telhado! Eu reclamei e disse que havia feito a reserva no começo de Janeiro e que havia solicitado expressamente um quarto em piso alto com vista para a serra. O gerente disse que a seleção havia bloqueado os pisos superiores e que o hotel comunicara isto ao clientes que tinham reserva. Eu disse que jamais recebi tal e-mail e que inclusive em Fevereiro, quando soube que a seleção portuguesa havia programado o estágio na Covilhã, entrei em contato com o hotel, que me informou que não haveria problemas com a reserva. O impasse foi solucionado com uma oferta do hotel: 2 noites grátis em qualquer data futura ou uma noite grátis na estadia atual, que foi o que escolhi, é claro.
No Hotel Turismo da Covilhã nós éramos os únicos hóspedes, pois nos 2 dias no pequeno-almoço, só havia pessoal do staff da seleção. Todos os equipamentos de lazer do hotel estavam bloqueados para a seleção, o que não fez diferença para nós, pois nosso plano era passar o dia fora do hotel, em passeios na serra.
Depois de resolver o impasse no hotel, fomos ao Serra Shopping, que fica bem perto do hotel. Como estávamos cansados da viagem, fizemos algumas compras no supermercado para não ter de sair à noite para comer (o restaurante do hotel só estava aberto para nós no pequeno-almoço). Foi aquela "chateação" de todos os dias anteriores: compramos mais vinho do Porto, vinhos da Beira Interior D.O.C., algumas cervejas pra matar a sede, um pouco de pão, presuntos e Camembert Président. Com tudo isto, quem precisa sair para jantar?