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[Report] 2 Semanas em CUBA - Havana, Playa Larga, Trinidad, Cayo Guillermo

Olá Viajantes!

Venho relatar a minha viagem a Cuba de 26 de Maio a 8 de Junho de 2018. Desde já agradeço a todos aqui do portal que me ajudaram nestas férias fantásticas.

Era um destino que já estava na mira há alguns anos, finalmente conseguimos concretizá-lo. Com a morte de Fidel, ficámos um pouco receosos com a rápida mudança do país, e como li algures "quero chegar a Cuba antes do McDondals"! Começámos então a pesquisar alguma informação sobre o país, lemos muita coisa boa, como também menos boa. Tentámos olhar para as coisas positivas que líamos e não colocámos a fasquia lá em cima. Sabemos que Cuba tem muitas limitações em todos os níveis.

Inicialmente a ideia era fazer o típico combinado Havana + Varadero durante uma semana, mas depois de pesquisarmos sobre Cuba, descobrimos muitas outras cidades que nos cativaram. Deixámos a agência de lado e começámos a traçar um roteiro à nossa maneira. Concluímos que 1 semana para andar às voltas por Cuba era pouco tempo. Resolvemos ir 2 semanas, já que íamos atravessar o atlântico, então que seja para desfrutar ao máximo. Posso afirmar que a nível de orçamento para estas duas semanas, ficou ligeiramente mais caro do que ir 1 semana com agência.

Os voos foram comprados em Janeiro de 2018, à AirEuropa, ficou por 520€ já com 1 item de porão incluído. Os horários dos voos foram: 7h30 Lisboa - Madrid/ 15h30 Madrid - Havana. Saímos com um atraso de quase 3h devido a um problema que estavam a resolver no avião. Tirando isso, todos os voos correram lindamente e a horas certas. Infelizmente, nenhum dos aviões tinha entretenimento individual, apenas algumas TVs espalhadas pelo avião. O voo para lá foi um pouco mais difícil devido ao sol. O corpo "dizia" que eram 23h e ao olhar pela janela do avião pareciam 3 da tarde, com tamanha claridade. Mal deu para dormir.

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Pelo contrário, no voo de regresso, que foi às 21h30, serviram a refeição e adormeci logo. Só acordei quando faltava quase 1h quase a aterrar. Que maravilha! Gostámos de voar com a AirEuropa, tirando o atraso no voo de ida para Havana, correu tudo lindamente e a comida que serviram nem era assim tão má.

Saímos de Portugal, e em Cuba apenas tínhamos confirmado a casa particular em Havana, durante 4 noites. O hotel Iberostar Playa Pilar, que fica no Cayo Guillermo, comprámos cá em Portugal numa agência, 4 noites, que saiu por +- 140€ cada noite (para 2 pessoas). Agregámos um seguro de viagem de 2 semanas (20€/ pessoa) e aproveitámos para tratar dos vistos, que se não me falha a memória, pagámos 30€ por pessoa. Acabou por nos compensar comprar as tarjetas na agência, pois somos do centro do país e saia mais caro fazer a deslocação à capital. A casa particular em Havana foi combinada por e-mail e ficou pr 25 CUC por noite, e 5 CUC/ pessoa cada desayuno.


Este foi o roteiro:
26/05 Chegada a Havana às 22h00
27/05 Havana
28/05 Havana
29/05 Havana
30/05 Havana
31/05 Playa Larga
01/06 Trinidad
02/06 Trinidad
03/06 Cayo Guillermo
04/06 Cayo Guillermo
05/06 Cayo Guillermo
07/06 Cayo Guillermo
08/06 Havana, saída para Madrid às 21h30

Todo o relato vai ser feito consoante o que vivi e senti em Cuba. Sei que cada pessoa tem uma opinião formada acerca do país, mas não venho aqui discutir política, etc. Espero que gostem do relato e que possa ajudar futuros viajantes, assim como muitos reports aqui do portal me ajudaram muito.
 
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LA HABANA - 5 Noites

A chegada a Havana estava prevista para às 19h30, mas como o avião saiu mais tarde, só chegámos às 22h. Fomos buscar as malas, trocar algum dinheiro e com isto já eram 23h00. Apanhámos o táxi, que inicialmente nos pediu 30CUC até Havana, negociei e fez 25CUC. O transfer até à capital demora sensivelmente 30min, ainda deu para conversar um pouco com o jovem taxista, estava todo contente pelo Real Madrid ter ganho a liga dos campeões ao Liverpool.

Lá chegámos à casa particular Abys e Anisley, cansados e com fome, o corpo ainda estava a funcionar no fuso horário português, era como se fossem quase 5 da manhã naquela altura. Tocámos à campainha e ninguém apareceu, já era tarde e estávamos em Havana velha, o receio foi algum, mas não tivemos medo. Voltámos a tocar, e a tocar, até que os donos da casa lá apareceram, - Daniel, Daniel? Sim!! Respondi com um suspiro de alívio. - Pensava que já não vinham! Ao que eu expliquei que o avião atrasou. Foram muito simpáticos, preparam-nos umas sandes de queijo para comermos. O cansaço era enorme foi só comer e dormir.

A casa do Aby e da Anisley é muito boa, tem um desayuno muito bom, com frutas tropicais deliciosas, foi onde comemos melhor fruta em Cuba. Não é a típica casa cubana, em que os donos partilham os seus espaços. Basicamente é um edifício com vários apartamentos, com 2 quartos cada. Os donos ficam num apartamento com a família deles, e nós ficamos num apartamento com outros turistas. Cada quarto tem casa de banho privada, mini bar e ar condicionado. A sala e a cozinha são partilhadas com as pessoas que ficam no outro quarto. Ficámos logo admirados com o contraste da rua toda degradada, para o interior da casa que está toda remodelada, afinal estávamos em Havana Velha. Apesar de estarmos num apartamento diferente dos donos, deu para conviver bastante. O Aby é um cubano espetacular que nos ajudou em tudo o que precisámos. Falo-nos que já esteve vários anos na Europa, e conhece um pouco da nossa realidade, produzir mais, com menos. A sua profissão na Alemanha era cheff de cozinha, e em menos de 2 anos, de seis empregados na cozinha, passou para 2, diz ele que era a loucura. E muitas mais coisas interessantes, incluindo a revolução, muitos cubanos falam com muita alegria deste assunto. Parece que em Cuba a revolução foi o mês passado.

No primeiro dia, acordámos e fomos tomar o pequeno-almoço. Estava a senhora Norbelle a preparar tudo e dá-nos um bom dia com um grande sorriso! - Buenos Dias! Como dormiran? Que simpatia, é daquelas coisas que ficam marcadas. Falámos um pouco, antes de estar tudo preparado. Ela disse-nos que fomos os primeiros portugueses com quem ela falou e ficou muito contente de irmos visitar o país dela. Norbelle que é licenciada em contabilidade, e trabalhava para o governo, trocou o trabalho para poder ganhar um pouco mais. Pelos vistos em Cuba, só há poucos anos para cá, um cubano pode ter um negócio. Tudo o que está ligado ao turismo tem salários mais altos. Numa conversa, num outro dia, contou-nos que estava com cancro nos intestinos. Mal foi diagnosticada apenas esperou 1 semana para ser operada. Aqui deu para ter uma noção de como funciona a saúde naquele país. Gostámos muito das primeiras impressões em Cuba. Logo no primeiro dia estava a chover muito, o que não era normal. Em Havana, apanhámos chuva quase todos os dias. Quando as nuvens iam embora, o sol vinha com tanta força que pareciam 50 graus.

Saímos para descobrir Havana, nada melhor que caminhar pelas ruas e apreciar como os cubanos vivem as suas vidas simples. As crianças brincam na rua descontraidamente, muitos jogam dominó ou outros jogos, enfim, convivem muito entre eles. Nunca nos sentimos inseguros na rua, nem de dia, nem de noite. Em Cuba tudo serve de táxi, começando pelas máquinas, até uma simples bicicleta, que eles chamam de bicitáxi. Ao andarmos pelas ruas, todos nos queriam oferecer táxi, bastava dizer alegremente: "no, muchas gracias!" e eles não dizem mais nada. Existem também os tradicionais jineteros, que começam a contar hisstórias emocionantes da revolução ou outro assunto que cative o turista, no final dizem ter os melhores charutos de cuba e se nós estamos interessados. Eu já sabia destes esquemas e não caí em nenhum. Ao fim de alguns dias torna-se um pouco desconfortável sermos intercetados a toda a hora, mas é o ganha-pão deles. Muitos não trabalham, mas andam nesta vida a tentar dar a volta ao turista, fica-lhes muito mais lucrativo. Enquanto estivemos em Havana também nos diziam (todos os dias): hoje é o último dia do festival dos charutos/ rum e está tudo a metade do preço, querem comprar? É só dizer que não e eles não incomodam. Outra história que apanhei foi de um senhor, que aparentava ter alguma idade, falou-nos: estou a tirar um curso superior e estou a precisar de um livro! Podem ir ali comigo à biblioteca comprar-mo? No início não estava a entender a "jogada" dele, mais tarde descobri que eles fazem isto e depois voltam para devolver o livro e reaver o dinheiro que nós pagámos. O mesmo acontece com cubanas que estão na rua a pedir leite para o bebé. Nós compramos o leite e elas depois devolvem-no. Mas pronto, todas estas situações são impulsionadas pelo turismo, não me importei, nos Marrocos senti muito mais pressão para comprar algo. Para estas situações já ia preparado e correu tudo bem, houve crianças que chagavam ao pé de nós e diziam 1 CUC, nós tínhamos rebuçados na mala e era o máximo que lhes dávamos, eles ficavam contentes e entretanto começavam a aparecer crianças de vários sítios a pedir rebuçados. Houve uma vez que ao sairmos de casa, oferecemos uns rebuçados a umas crianças que estavam na entrada, passados uns 5min, aparece um rapaz de bicicleta e diz: caramello?! caramello?! São recordações que ficam para sempre. Num dia fomos ao supermercado e descobrimos o porquê dos olhos das crianças brilhar tanto com os rebuçados, é que o preço de um simples pacote era o salário de 1 mês de trabalho.

No primeiro dia em Havana visitámos o museu da revolução, para quem gosta de história e da revolução cubana é uma paragem obrigatória. Salvo erro, o preço da entrada é de 7 CUC por pessoa, facilmente passamos algum tempo no museu. Quando estávamos no museu a chuva parou e aproveitámos para ir conhecer o famoso malecón, que como eles dizem: aqui é o sofá dos cubanos. É onde eles convivem, relaxam, namoram é um ponto de visita obrigatório. Um cubano disse-nos que quando se sai com a primeira namorada, o primeiro sítio é o malecón. Gostámos muito de passar por lá, e temos uma vista sobre a toda a lateral da cidade. Do malecón dá para ver a fortaleza do outro lado, fiquei equivocado como eles passavam para o outro lado, não se via barcos a fazer a travessei, até que vimos um túnel que passa por baixo da baía de Havana. Incrível tal obra! Foi considerada umas das obras de engenharia mais desafiante alguma vez feita em cuba. No final do primeiro dia fizemos a travessia para o outro lado, com um casal de argentinos, para ir à cerimónia do canhonhazo, normalmente o preço de táxi são 5CUC para cada lado. Nós fomos nos autocarros dos cubanos e pagámos 0.25 CUC por pessoa, os argentinos é que nos mostraram esta forma de economizar algum dinheiro em Cuba. Éramos os únicos turistas no autocarro, e as pessoas olhavam com grande admiração. Estes autocarros estão sempre cheios de gente e é difícil ir sentado, além disso não têm ar condicionado. Lá entrámos na fortaleza, que é muito bonita, mas não chegámos a ir à cerimónia do canhão. Faltavam 2h30 e não queríamos esperar tanto tempo. Gostámos da experiência de andar de bus com os cubanos, na volta repetimos a ida para o outro lado no autocarro.

Nos dias seguintes voltámos a andar nestes autocarros e foi um dos pontos altos da nossa viagem. Não havia interesse em vender nada, nenhum cubano queria o nosso dinheiro. Vimos ali um povo diferente daquele que estávamos habituados a ver nas ruas. Numa das vezes, perguntámos a uma pessoa qual era a paragem mais próxima da estação de autocarros Via Azul, eles tentou ajudar-nos, mas não sabia ao certo qual a paragem. Passadas umas 3 paragens, só ouvíamos de todos os lados: É esta! É esta! Já todos sabiam para ondem íamos e estavam todos contentes a tentarem ajudar-nos. Numa das vezes, enquanto esperávamos na paragem, começámos na conversa com um jovem cubano, o Lázaro, oferecemos uns rebuçados e pedimos para tirar uma foto com ele, para recordação. Quando entrámos ele pagou-nos a viagem de autocarro. Ficámos impressionados, quisemos dar-lhe o dinheiro e ele não aceitou. Depois perguntei-lhe o preço por pessoa, e ele diz: é muito barato, 1 peso cubano!!! (O equivalente a 0,04€), descobrimos que andávamos a pagar mais que o normal. A partir daí, pagámos sempre 1 CUP por pessoa. Nunca vimos turistas neste tipo de transporte. Numa outra situação, estávamos sentados e algumas crianças estavam de volta de nós, de imediato oferecemos rebuçados a todas, ficaram radiantes! Ao olharmos para os pais reparámos numa alegria enorme e de olhos emocionados! Foram experiências destas que vivenciámos nestes autocarros que nos trazem excelentes recordações e que nos enchem o coração!

Inicialmente tínhamos 4 noites reservadas na casa particular, mas tivemos que estender para 5. Devido às fortes chuvas, muitas estradas estavam inundadas e não conseguimos marcar transfer para Playa Larga. Assim sendo, tivemos de abdicar de 1 dia noutra cidade. A escolha acabou por ser Santa Clara. Queríamos conhecer a parte histórica da cidade mas não foi possível. Quando fomos à Via Azul logo nos disseram que para o dia que pretendíamos não ia dar para passar. Falámos com um cubano que estava à porta da estação de autocarros que nos ia tentar um táxi coletivo. Eles ficam à entrada a tentar clientes para os táxis coletivos, o preço sai quase igual. É uma excelente opção para andarmos por Cuba, acabámos por andar sempre neste tipo de transporte.

Como ficámos mais 1 noite em Havana e já tínhamos palmilhado grande parte da cidade, tivemos de improvisar e ver algo para fazermos. Optámos por descansar um pouco mais em casa, com o calor húmido e forte que se fazia sentir nem se andava bem na rua. Acabámos por comer um gelado artesanal e fazer um city tour num clássico descapotável. Primeiro um taxista queria 35 CUC por 1h de percurso. Falei que estávamos a viajar com pouco dinheiro para ver o melhor preço que ele fazia. Também disse que não queria ir aos sítios turísticos, já tínhamos ido a quase todos. Não baixou dos 25 CUC, até que ele nos disse: falem ali com o meu colega para ver se ele quer fazer mais barato. Falámos com ele, e o combinado foi 20 CUC por 40min, acabou por ser um passeio mais demorado e pagámos o combinado. Levou-nos ao bairro chino, à universidade de Havana, passámos pelos hotéis que tinham mais história, contando toda a história, fizemos todo o malecón, cemitério de Havana (o maior da américa latina), passámos em Vedado e Miramar, ondem ficam grandes mansões e também fomos ao bosque de Havana, foi uma bela surpresa este tour.

Numa das vezes, ao irmos para casa, no meio da rua, vimos uma senhora à porta de casa. Como gosto de fotografia perguntei se podia fotografar, a senhora prontamente disse que sim. Seguimos caminho até chegar a casa. Até que pensei em ir lá oferecer-lhe umas roupas e produtos higiénicos. Fomos a casa dela e a senhora ficou tão contente! A senhora Amanda tem 83 anos, faz bolachas de côco em casa e vende a 3 CUP cada. Os cubanos no geral tentam arranjar sempre uma fonte de renda extra, pois o salário mensal não dá para tudo. A senhora Amanda ofereceu-nos algumas bolachas, que eram muito boas. Mas que lhe davam muito trabalho a fazer, e devido à sua idade avançada, já lhe custava.

A nível de alimentação, não há tanta variedade como em Portugal, mas não passámos fome. Falaram-nos na tradicional lagosta e estávamos curiosos para provar. Num jantar, ao andarmos pelas ruas de Havana vimos um paladar e perguntámos o preço. O cubano disse 15 CUC por pessoa, mas com tudo! Lagosta, frango, porco, etc. Logo lhe disse que era caro e estávamos a viajar com pouco dinheiro. Ele disse que conhecia outro paladar ali perto e mais barato. Levou-nos por ruas e ruelas até chegarmos ao paladar. Só havia cubanos lá dentro, mas a nível de preço era mais apetecível. Serviram-nos um prato de arroz com feijão, um pedaço de lagosta, outro de frango, porco e pargo. Tinha salada a acompanhar, 1 mojito e 1 limonada para beber. Tudo por 5 CUC por pessoa. Melhor era impossível.

Dinheiro
No que toca ao dinheiro, levámos euros e foi a melhor opção. Fomos trocando à medida que íamos precisando, o câmbio variou entre 1.13, 1.14. Nos hotéis o câmbio estava a 1.03. Recomendo trocar o dinheiro nas cadecas, que é onde se consegue melhor câmbio.

Desayuno na casa particular
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O túnel que passa por baixo da baía de Havna
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Baía da Havana
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Malecon
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Autocarro dos cubanos
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As máquinas
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Bosque de Havana
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Senhora Amanda, que nos ofereceu bolachas de côco
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Vista de uma das janelas do Museu da Revolução
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Praça da Revolução
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Coca-Cola artesanal, cubana
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Capitólio
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Pesos Cubanos
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VIÑALES – excursão a partir de Havana

Antes de irmos para Cuba pensámos se fazíamos excursão a Viñales ou se passávamos lá uma noite. Acabámos por ir de excursão, dividimos o táxi com um casal de portugueses que estava à procura de companhia para fazer a excursão, e desta forma a excursão ficou mais barata. Foi tudo combinado aqui no portal, a Isabel e o Zé combinaram tudo com o Yohander, bem conhecido por cá. Na hora combinada já estavam à porta da nossa casa. Um grande cheverolet branco, o Óscar foi o nosso choffer e o Carlos o guia turístico. O carro de bancos corridos, dava para 3 pessoas à frente e 3 atrás. A viagem correu muito bem, apesar da chuva e do nevoeiro, deu para apreciar a natureza e os vários tons de verde desta zona de Cuba. Enquanto íamos para Viñales parámos em Las Terrazas, para conhecer o famoso café, por sinal é muito bom. Foi aqui que vimos cubanos a vender "coca-cola cubana" porta a porta, com uma pequena cisterna. Achámos curioso, e então percebemos que a Coca-Cola é cara para eles, daí terem a própria receita. Após esta paragem para tomar o café e apreciar a natureza, continuámos rumo a Viñales. Mesmo a chegar a Piñar del Rio, havia muitas pessoas a vender mangas à borda da estrada, parámos e o Zé comprou uma taça cheia por 1 CUC, que delícia. Estávamos na altura da manga e as árvores estavam carregadíssimas, ao ponto de muitas mangas se estragarem pelo chão. Contaram-nos que em Cuba existem mais de 200 espécies de mangas. Continuámos viagem até que chegámos ao tão conhecido vale de Viñales, património mundial da unesco! Uma beleza única, mesmo com o nevoeiro deu para apreciar os grandes mongotes. Visitámos também a cueva del índio, o mural da petrohistória, uma quinta típica daquela zona, que produz charutos e muito mais. Almoçámos num local muito típico daquela zona, tudo produtos Cubanos, foi dos melhores sítios onde comi naquele país. Depois de almoço voltámos para La Habana! A excursão foi uma excelente opção, aprendemos muito com o Carlos e o Óscar, contaram-nos muita coisa sobre Cuba que sem a excursão jamais iríamos descobrir.

O Óscar foi um choffer muito atencioso e contou-nos que é ele quem repara o carro, ao perguntarmos quantos km's tinha o carro ele sorriu e disse que tinha milhões. Para terem uma ideia, o ponteiro da velocidade não funciona, então ele coloca o telemóvel no tablier com uma aplicação para ver a que velocidade vai. O nível de condutível já não trabalha também, a solução que ele arranjou foi colocar uma vareta no depósito, quando quer saber quantos litros tem, vai tirar a vareta e vê. O Óscar adaptou um sistema de ar condicionado, pois o carro não trazia de origem. O reservatório do óleo dos travões partiu-se, então adaptou um frasco. Nunca imaginei nas "artimanhas" que eles arranjavam para manter os carros a andar. Em cuba é muito difícil encontrar peças para os carros, e quando há são caríssimas. A bagageira do carro estava cheia de ferramentas e algumas peças de substituição, feitas pelo próprio Óscar. Ele falava com tanto entusiamos do carro, das aventuras que passou com ele, da dificuldade que teve de arranjar um pequeno torno para fabricar peças para ele e para os vizinhos, que no final disse: "Isto é Cuba!" Percebemos ali da dificuldade em conseguir as coisas e mantê-las.

Recomendo a excursão, sem dúvida, ficou 70 CUC por pessoa, com tudo incluído, desde almoço, choffer, guia e entrada em todos os locais. Foi uma experiência cultural riquíssima, sem a excursão, muita coisa iria passar ao lado.

Depois de 5 dias em Havana, incluindo a excursão a Viñales, seguimos para Playa Larga. Tivemos de seguir com 1 dia de atraso, conforme tínhamos planeado. As fortes chuvas do mês de Maio trocaram-nos os planos. Os locais falavam-nos que há mais de 30 anos que não chovia tanto naquele mês. Muitas estradas estavam cortadas, houve pontes que caíram, porque a água dos rios já passava por cima das mesmas, enfim, foi uma aventura. A caminho de Playa Larga, havia estradas totalmente inundadas, em que o táxi tinha de ir muito devagarinho. Passadas poucas horas chegámos ao destino. O meio de transporte utilizado foi taxi coletivo, ficou 25 CUC por pessoa e a viagem correu da melhor forma. Connosco ia um casal de espanhóis que seguiu para Trinidad. O confortável carro era um peugeut com os seus 20 anos, com ar condicionado a trabalhar.

Vale de Viñales
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As famosas mangas
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O almoço típico em Viñales
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O carro do Oscar
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Livro do revisões do carro do Oscar
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Motor 3.000cc a diesel, anteriormente tinha um V12 5.0 a gasolina
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Reservatório do óleo dos travões improvisado
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Vareta artesanal que mede o nível de combustível
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Café Maria - Las Terrazas
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Na quinta dos charutos
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Zona da Cueva del Índio
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PLAYA LARGA - 1 noite

A ideia de passarmos por esta cidade era para fazermos snorkeling, pois gostamos muito. Tínhamos lida acerca da Cueva de los Peces, e era essa a nossa ideia. Quando chegámos à Playa Larga ninguém nos tentou vender puros, nem excursões, etc. Foi um choque pela positiva, pois em Havana éramos constantemente abordados neste aspecto.

Já na casa particular, a senhora Iliana recebe-nos com um caloroso "buenos dias!" muito simpática a dona da casa. Prontamente nos mostrou as excursões e passeios que há nas redondezas. Falou-nos muito bem da Cueva de los Peces! Alugámos uma mota elétrica a um vizinho da senhora Iliana e lá fomos nós à descoberta. Quando chegámos, tivemos de pagar 1CUC para estacionar a mota, ao pagarmos, reparei que o cubano me dá 1cup, em vez de 1cuc de troco, logo retificou o troco. Em Cuba há que ter atenção aos trocos, pois as moedas são muito parecidas.

A zona envolvente do cenote é muito bonita, com muita natureza à volta, muitos pássaros e lagartos de todos os tipos. Infelizmente, devido às fortes chuvas de Maio, a água estava suja, com muitas folhas e pequenos paus. Mas mesmo assim ainda deu para ver alguns peixes. Fomos para ao outro lado, onde tem a praia, estavam muitos mergulhadores com garrafa a fazer snorkeling. Foi aqui o nosso primeiro banho em águas do caribe, água quentinha, e também vimos alguns peixes.

Voltámos para Playa Larga onde almoçámos 2 pizzas por 50 CUP, o equivalente a 1.75€. Muito boas e bem recheadas. A seguir ao almoço fomos visitar as praias que ficam naquela zona, bebemos água de coco e relaxámos a apreciar o mar e a natureza, estava tudo muito calmo até que começou a anoitecer. Os mosquitos fizeram-nos uma visita, foi um ataque massivo! Eram centenas de mosquitos de volta de nós, tivemos de colocar tanto repelente, parecia que tínhamos tomado banho de repelente. Foi o sítio de Cuba onde sofremos mais com os mosquitos.

Playa Larga foi uma cidade que nos impressionou bastante pela positiva, muito calma e limpa, com casas coloridas e bem arranjadas. A sensação de calma estava presente em todos os cantos. A casa Iliana foi uma boa opção, muito limpa e arrumada, ainda partilhou connosco um pouco da sua comida e contou-nos imensas histórias de Cuba, inclusive da baía dos porcos. O seu marido, que foi economista durante muitos anos, foi quem nos explicou o porquê de Cuba ter 2 moedas. Inicialmente pensava que era uma moeda para os locais, e outra para os turistas, hoje sei que não tem nada a ver com isso. O marido da senhora Iliana gosta muito de ver televisão, quando lhe perguntei quantos canais de TV por satélite, respondeu-me com um grande sorriso: "São tantos que nunca os contei, mas devem ser um 14!" Fiquei impressionado como eles dão valor ao que têm!

Seguimos então para Trinidad, a vontade de partir era pouca, gostámos muito de estar na casa Iliana e com a família dela. A escolha das casas particulares em Cuba foi fácil, bastou ir ao Tripadvisor e tomar nota das 2 casas mais bem pontuadas. Depois era só dizer ao táxi para nos deixar numa das casas e ver se estava livre. Felizmente todas as que escolhemos inicialmente estavam disponíveis, pois há delas que têm vários quartos. Tivemos também a vantagem de estarmos na época baixa e os preços estarem mais baixos.

Transfer Trinidad: 20 CUC/ pesoa
Mota: 15 CUC/ 1 dia
Casa Iliana: 20 CUC

À chegada a Playa Larga, as estradas estavam assim:
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Cueva de Los Peces

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Praia do lado oposto à Cueva
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Estrada que vai desde Playa larga até à Cueva
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O nosso almoço por 50 Pesos Cubanos
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Casa Iliana, onde ficámos
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Ida para Trinidad
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Chegada a Trinidad
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A melhor forma de usarmos GPS em Cuba sem gastar dados é com a aplicação maps.me, trabalha offline, só precisamos de descarregar os mapas do país para onde vamos.
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TRINIDAD - 2 noites

De manhã à hora combinada o táxi apareceu. Um carro clássico com 3 filas de bancos corridos. Íamos 8 pessoas lá dentro, 3 Eslovacos e um casal de Ingleses. A viagem correu muito bem, mas um pouco demorara. A meio caminho deixámos o casal em Cienfuegos e seguimos para Trinidad. As paisagens são de cortar a respiração, muitos tons de verde, palmeiras e muitos animais. Estávamos quase na hora de almoço quando chegámos a Trinidad. Uma cidade totalmente diferente daquilo que tínhamos visto até então. A cidade é muito antiga, edifícios bastante bonitos e as casas arranjadas. Nada a ver com Havana Velha. Não víamos lixo na rua, e o piso da cidade é em pedra.

Nesta cidade ficámos na casa particular Ayala durante 2 noites! A casa é muito antiga, está bem conservada e os donos são muito amáveis e simpáticos. O Sr Ayala e a Sra Rosa Maria receberam-nos muito bem. O Sr perguntou-nos o que queríamos fazer na cidade e deu-nos logo dicas do que poderíamos fazer. Combinámos logo a excursão a cavalo às montanhas, o jantar na casa Ayala, o transfer para o Cayo Guillermo e trataram-nos também da roupa suja. Incrível, como eram tão atenciosos connosco e estavam sempre a querer ajudar-nos.

No segundo dia o cheff José apareceu para nos fazer a Lagosta com molho agridoce. Estava mesmo muito boa, e a sobremesa foi uma bela surpresa, uma espécie de bolo com pudim flan, foi o melhor pudim que comemos até hoje.

Ainda no dia que chegámos a Trinidad, demos várias voltas à cidade, aqui já há mais turistas e o interesse em vender coisas é maior. Ao fim do dia fomos à Playa Ancón. O mar nesse dia não estava com a cor azul-turquesa, acredito que tenha sido das fortes chuvas. Mas não impediu de darmos um mergulho naquelas águas quentinhas. Passámos um bom bocado na praia, e na hora combinada lá estava o taxista Jorge para nos levar de volta para a cidade. Voltámos para casa e no pátio vimos lagartos de várias cores, pássaros e inclusive o pássaro mais pequeno do mundo, o colibri. O pássaro apareceu várias vezes e é muito irrequieto, fotografá-lo foi um desafio, mas lá consegui.

Na hora de jantar fomos ao paladar dona Clara. É um restaurante de família, e ao fundo via-se uma senhora um pouco debilitada numa cadeira de rodas, perguntei ao rapaz que nos serviu o jantar quem era a senhora, logo nos respondeu que era a dona Clara. Fomos ter com a senhora, tivemos uma excelente conversa com ela. A Sra tem a família dividida entre Cuba e USA. Após a revolução, parte da família dela embarcou para os Estados Unidos, várias vezes vêm visitá-la. Falou-nos de revolução, da história do seu paladar e despedimo-nos com um sorriso! Passámos ali um bom bocado.

Na manhã do dia seguinte tomámos um pequeno-almoço muito bom, dos melhores em Cuba. Muita fruta, café, ovos, uns biscoitos típicos muito saborosos, chá e pão suave. Rapidamente apareceu o Sr que nos levaria até às montanhas. Muitos turistas fazem esta excursão. É uma aventura autêntica, os cavalos atravessam os rios, passamos em zonas mais remotas onde vivem cubanos e a meio do percurso paramos para beber calda de cana-de-açúcar. É um passeio de quase 1h a cavalo, muito agradável, até que chegamos às cascatas. Aqui ficámos quase 2h a disfrutar daquelas águas, a dar mergulhos e a conviver com outros turistas que por lá andavam. Na volta, a cavalo também, fazemos o caminho inverso e almoçamos a meio do percurso. Toda esta parte por onde vamos passando é o Valle de los Ingénios. É tudo muito bonito, tem muito animais a pastar e vemos vários tipos de pássaros.

Ao fim do dia jantámos a famosa lagosta do cheff José, e depois fomos à casa da música. Aqui é onde se junta a maior parte dos turistas. Naquele local há wifi e toda a gente se quer ligar. Nós em cuba comprámos 2 cartões de internet, com 1h cada. Ainda sobrou, pois cada vez que entrávamos na net era apenas para mandar mensagens à família a avisar que estava tudo bem. As comunicações em cuba são caríssimas, a forma mais barata de comunicarmos é pela net.

Em cuba há coisas que não fazem muito sentido, acaba por ser engraçado. Por exemplo, em Havana um mojito nos locais típicos e turísticos custa 5/6 CUC, e nos sítios mais escondidos, 1/2 CUC. Em Trinidad é ao contrário. Mesmo ali em frente à casa da música, que é onde se junta toda a gente, custa 1 CUC, nos outros locais mais afastados 5/6 CUC.

No dia seguinte, à hora combinada, estava o táxi coletivo à nossa espera. Todos os táxis cumpriram os horários, quando combinámos os táxis, eles diziam-nos: entre as 9h e as 9h15! Isto para lhes dar margem de ir buscar todos os passageiros na hora certa, pois este tipo de táxis só compensa se andarem cheios.

Transfer Trinidad - Cayo Guillermo: 30 CUC/ Pessoa
Excursão a cavalo: 15 CUC/ Pessoa
Táxi Trinidad - Playa Ancón (Ida e Volta): 15 CUC
Jantar Casa Ayala: 12 CUC/ Pessoa

Trinidad
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Playa Ancón
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Excursão a Cavalo às montanhas, onde estão as cascatas
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Calda da cana de açúcar
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jantar na casa Ayala
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Colibri - o pássaro mais pequeno do mundo
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CAYO GUILLERMO - 4 noites

A viagem para o Cayo é demorada, saímos por volta das 9h e chegámos às 13h00. Desde o momento que entramos em Cayo Coco e passamos o controlo de passaportes, ainda demoramos mais 1h até Cayo Guillermo. O ar condicionado do carro, neste caso um Peugeot com uns 20 anos, avariou quando estávamos quase a chegar. O taxista ficou logo preocupado, parou logo carro para tentar resolver. Como já estávamos cansados da viagem, dissemos para ele não se preocupar, naquele momento só queríamos era chegar ao esperado hotel - Iberostar Playa Pilar! Antes de irmos para o hotel, combinámos com o taxista o transfer desde o Cayo Guillermo para Havana.

Agora que voltámos de Cuba, reparei que tirei poucas fotos ao hotel. Além do mais, é um hotel pouco falado aqui no portal. Vou tentar colocar as melhores.

O hotel Iberostar Playa Pilar é muito bom, inclusive ao falarmos com outros turistas (que já tinham estado várias vezes em Cuba), disseram-nos que foi dos melhores hotéis em Cuba. Para nós foi do melhor! O staff é muito simpático e atencioso, boa comida (à exceção da fruta que comemos melhor nas casas). Todos os dias a comida variava, muitos cubanos a grelhar carne/ peixe, a fazer pizzas ao gosto de cada pessoa, a preparar ovos. O serviço de mesa é praticamente imediato, tem muitos empregados em várias zonas. Era só ir buscar a comida que imediatamente vinha um empregado para nos servir as bebidas.

Nós fizemos o check-in às 13h00, mas só às 16h00 é que dá para ir para os quartos. Colocara-nos logo a pulseira para fazermos tudo o que quiséssemos no hotel. Guardaram-nos as malas numa sala para não andarmos carregados e fomos almoçar.

Os dias que passámos no hotel foram fantásticos, aquelas praias junto do hotel são maravilhosas. Algumas desertas, cheias de vida marinha, ali os peixes vêm ter connosco. Vimos estrelas-do-mar, raias, búzios gigantes a andar debaixo de água e muitos tipos de peixes! A temperatura da água rondava os 28 graus. A 10min a pé temos a playa pilar, a areia parece pó talco e a cor da água é deslumbrante.

No hotel passámos 4 excelentes dias de descanso, foi relax total! Deixar estes 4 dias no Cayo para o fim foi a melhor escolha. Antes do Cayo, os dias foram mais corridos e cansativos, e assim deu para descansar.

Na hora de irmos embora do hotel, a vontade era pouca. Na hora combinada apareceu o taxista, eram 13h00 em ponto! Passámos noutro hotel em Cayo Coco para levar mais pessoas no táxi. Para nosso espanto, era um casal de portugueses! Durante todas as férias apenas vimos 2 casais de portugueses. A viagem de volta a Havana demorou 6h30. É cansativa e há pessoas que fazem este trajeto de avião. Nós fomos para Cuba e colocámos de parte a ida para Havana de avião. Li que às vezes o avião atrasa, ou cancelam o voo. Duas semanas antes sensivelmente tinha caído um avião em Cuba, daqueles que faz voos internos. Soubemos lá no hotel que devido a esse acidente, ainda não estavam a operar voos internos. Ainda bem que isso não estava nos nossos planos.

Praia do Hotel
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O Loby do hotel
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Para quem precisar de táxi partilhado por Cuba, é só contactar. Levaram-nos de Trinidad para o Cayo, e do Cayo para Havana, serviço 5 estrelas.
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O HOTEL

O complexo do hotel não é muito grande, é muito fácil encontrar todos os sítios. Junto ao lobby há um bar onde podemos pedir todo o tipo de bebidas. Na piscina também tem um bar, dá para pedir uma bebida sem sairmos da água. Na zona da praia, junto dos passadiços também tem outro bar. Não precisamos andar sempre para trás e para a frente. O pequeno-almoço, almoço e jantar são servidos no restaurante buffet, e há a opção de jantarmos em 4 restaurantes à la carte. O Mediterrânico, Japonês, Cubano e Gourmet. Nós aproveitamos e marcámos ir jantar todos os dias num diferente. São todos bons, o que gostámos mais foi o Japonês. O hotel tem também um restaurante que serve snacks e funciona a toda a hora. Apenas fecha nas horas em que o restaurante buffet está aberto. O hotel tem animação na piscina, na praia e também espetáculos todas as noites. Tem campos de ténis, futebol, snooker e muitas outras diversões. Há também uma sala para os amantes dos charutos.

O Staff do hotel é muito simpático e atencioso, trataram-nos sempre muito bem. A camareira Mary que cuidava do nosso quarto colocava sempre flores na cama e fazia sempre algo diferente com as toalhas. Num dos dias em que ela andava por perto fomos chamá-la e oferecemos-lhe roupas, produtos de higiene e pensos rápidos. Ela ficou radiante, notava-se a cara de felicidade dela. Por cada mês de trabalho ela ganhava 10 CUC. Vinha todos os dias de Ciego de Ávila para ir trabalhar. São 2h para cada lado. Ela ficou muito feliz por falarmos com ela, disse-nos que não éramos obrigados a dar nada, nem gorjetas. Normalmente o hotel está cheio de turistas Ingleses e Canadianos, então ela não consegue comunicar com eles.

Mapa do hotel
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Buffet - pequeno almoço
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Jantar num dos 4 restaurantes temáticos. Passámos 4 noites no hotel e deixara-nos ir aos 4.
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Piscinas
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O quarto
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Sala preparada para fumadores, especialmente de charutos
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Piscinas, ao fundo à direita dá para ver o bar da piscina
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Jardins do hotel - está tudo muito bem cuidado
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PLAYA PILAR

A praia dispensa apresentações, dizem ser uma das mais bonitas de Cuba. Tem águas azul turquesa e areia finíssima, parece farinha. As fotos não conseguem mostrar tamanha beleza deste local.

Fica a 10min a pé (à beira mar), do hotel Iberostar Playa Pilar!

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HAVANA – 1 noite

Regressámos a Havana já era quase de noite, devido ao cansaço, fomos jantar um pouco à pressa para irmos descansar. No dia seguinte, e na mesma casa particular: Aby e Anisley, tomámos o pequeno-almoço e fomos visitar as Playa del Este. Há um bus que está no parque central, custa 5 CUC e sai de 30 em 30 minutos. Aproveitámos para ir lá desfrutar da praia (não tão boa como a do cayo), e almoçar a famosa lagosta grelhada. Na praia de Santa Maria foi onde comemos a melhor lagosta em Cuba. Voltámos a Havana, despedimo-nos do Aby e fomos para o Aeroporto.

Espero que tenham gostado do report, já vai um pouco extenso, mas se não fosse assim não fazia sentido, tentei resumir ao máximo e muita coisa ficou por contar. Fizemos uma viagem que sai dos padrões normais (Havana Varadero), e espero ajudar futuros viajantes que se queiram aventurar no mesmo registo. Cuba é fascinante, para quem gosta de fotografar que se prepare, a vontade de estar sempre a disparar é grande. Seja os carros, as casas, o dia-a-dia dos cubanos. Gostámos muito de Cuba e espero um dia lá voltar para visitar a parte mais a sul da ilha. Peço desculpa desde já pelos erros de construção frásica, ou assim, não sou muito bom a escrever.

Em Cuba vimos muitas coisas boas e algumas menos boas, tentámos olhar sempre para as coisas positivas, pois não há países perfeitos.

Na altura que fui, só havia voos com escala em Madrid, hoje se fosse possível conjugaria o seguinte: Lisboa – Havana, e depois regressava para Lisboa a partir de Cayo Coco. O cansaço iria ser muito menor, e aproveitava mais uma noite em Cayo Guillermo.

Pelas ruas de Havana
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Mesmo à entrada da casa Aby e Anisley
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Vista sobre os terraços
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Luís de Camões
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Arredores de Havana
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Playas del Este - Santa Maria
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Ricardo Botelho

Membro Ativo
Que maravilha de report, obrigado por ele e parabéns por terem ido à descoberta da ilha ao "sabor do vento".Isto sim é uma boa aventura e muito rica a nível cultural!
 

PaulaCoelho

Membro Conhecido
Gostei muito do report, das fotos e dos locais visitados fora do circuito "normal" :)
Cuba está debaixo de olho... só não sei quando!
Obrigada pela partilha ;)
 

CristinaBF

Membro Conhecido
Olá
Parabéns pelo exelente report, bem detalhado.
Belas fotos
Bateu uma saudade de Havana e do Cayo.... aquele azul continua a supreender:eek:
Obrigada pela partilha
Boas viagens;)
 

TREPADOR

Membro Conhecido
Para quem já visitou Cuba, este report assume um significado diferente...
Saudosismo será certamente a palavra que melhor exprime o misto de emoções ao ler cada linha e ao rever cada imagem.
Esta é sem dúvida a forma "correcta" de se visitar Cuba, pelo menos a que eu idealizo e que ainda não consegui fazer.
Depois de duas visitas a Cuba, a ultima o mês passado, a vontade de voltar e visitar o muito que ainda não visitei é cada vez maior.
Sem dúvida que Cuba é um pais riquíssimo em termos culturais, é um país que não se explica, tem que se sentir, e este report sem dúvida que veio aguça a vontade de muitos viajantes a visitar ou regressar.
Obrigado pela partilha.
 

Cláudio Pereira

Membro Conhecido
Magnifico relatório. Parabéns.
Penso que foi um dos melhores relatórios de Cuba feito aqui no Portal.
No total, por quanto ficou a viagem ?
 

Caessy

Membro Ativo
Magnífico report!
Leitura obrigatória para quem está, como eu, a ponderar Cuba nos próximos destinos a visitar
 
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