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[Report] – Nova Iorque + Riviera Maya - Nov'19

Ricardo R.

Membro Novo
Venho deixar o meu report de uma viagem que já desejava fazer há algum tempo e desta foi de vez. Nova Iorque não era um desejo meu, era o desejo dela, de regressar. Para mim era a primeira vez. Conciliar isto com o regresso ao México, nada contra! Seriam 6 voos, 5 aeroportos, cansativo mas revigorante com certeza.

Começámos a preparar a viagem em Maio, tudo ficou marcado com bastante antecedência para que houvesse tempo para todos os preparativos e mais alguns. Reservámos com a Central de Vacaciones, naquele momento, de todas as pesquisas que fiz e orçamentos que pedi, foram imbatíveis no preço, fechamos com eles. Não foi tudo perfeito até ao dia da viagem, mas a experiência de reserva com eles foi bastante positiva. A reserva foi voos e hotéis, transfers ficaram pela nossa conta (e bem mais em conta, feitos pessoalmente). Tivemos problemas com o nome na reserva que custou a resolver, mas resolveu-se. A única falha mesmo foi não me terem avisado da alteração do horário do voo de saída de Cancún, mas como andei sempre em cima disso, não me chateou particularmente (passou das 21.10 para as 22.10, nada relevante).

NOVA IORQUE

Fomos no dia 10 de Novembro, partimos de Lisboa rumo a Madrid, onde fizemos escala para apanhar um voo de Madrid para Nova Iorque. Todos os voos operados pela Air Europa. Fizemos check-in em Lisboa e foi tudo directo até Nova Iorque, não houve qualquer problema nos voos, tudo correcto com embarques, saídas, ligação e malas. Só não gostámos mesmo foi do aeroporto de Madrid: atafulhado, muito pouco organizado, portas muito juntas umas às outras, confuso.

No aeroporto JFK (Nova Iorque) tudo impecável. Passar na alfândega não demorou mais de 5 minutos, os dois juntos. Nem sei sequer se nos olharam bem nos olhos. Tudo muito simples e nada moroso. Recolha das malas também demorou pouco. Ida para Manhattan decidimos ir de Lyft, pedimos à saída do terminal 4, demorou 2 minutos a chegar e a viagem mais uns 40 minutos (era domingo ao final da tarde, algum trânsito, mas nada de mais). A viagem ficou na volta dos $55.

Ficámos hospedados no Carvi Hotel New York, na 55th St. entre a Lexington e a 3ª Ave. Ao chegarmos à recepção fomos recebidos em língua portuguesa (recepcionistas são brasileiros, dono do hotel é um grupo português). Admissão rápida e sem problemas. Encaminhados ao quarto, pousar malas e sair rapidamente para ir ver “as luzes” da Big Apple à noite. Um pouco desiludido logo ao primeiro impacto. Naquela área, domingo por volta das 8 da noite, estava já quase tudo encerrado. Só alguns locais de comida rápida abertos e pouco mais. Deu para encher a barriga e ir curar o jet lag.

Em relação ao quarto, pouco a dizer. Talvez o chuveiro pudesse ser melhor, mas de resto, tudo ok. Limpo, cama aceitável, bem insonorizado e confortável. Também, numa cidade destas onde se procura um sítio para deixar malas e repousar só à noite, não fomos muito exigentes na escolha, mas serviu bastante bem.

Completos, só ficámos 2 dias em Nova Iorque, não era o suficiente, mas era o possível. 2 dias plenamente bem aproveitados. Comprámos antecipadamente o Flex Pass do New York Sightseeing Pass, com 4 atracções, já que não tínhamos tempo para muito mais. As viagens no bus Downtown e Uptown só contava como uma atracção, podíamos andar as vezes que quiséssemos no espaço de 72 horas. Depois gastámos as outras 3 no passeio de barco no City Sightseeing / Hornblower Hop-on Hop-off Sightseeing Cruise, no Top of the Rock® Observation Deck at Rockefeller Center e no Museu de História Natural.

No primeiro dia, tempo muito agradável para passear em Nova Iorque. Saímos a pé logo directos à zona de Times Square, caminhada de 15 minutos, seria aí onde iríamos apanhar o primeiro bus do dia. De referir, que neste dia, realizou-se na 5ª Ave a Veterans Day Parade, uma das maiores paradas militares nos EUA, que ainda por cima celebrava a sua 100ª edição. A cidade estava um pequeno caos por estes lados, polícia aos milhares (milhares, sim), militares por todas as ruas acompanhados pelas respectivas famílias. Tentámos sair um pouco desta zona e fomos para Sul. Visitámos a zona do World Trade Center e seria aí também que apanharíamos o barco para ir ver a ponte de Brooklyn, a Estátua da Liberdade, vislumbrar New Jersey e ter outra perspectiva de Manhattan. Regressados ao pier onde o barco atracava, fizemos uma caminhada até Brooklyn, passando a ponte a pé e seguindo ainda até à marginal do outro lado do rio, para descansar, beber café e ver as vistas deslumbrantes daquela zona. Daí voltámos de Uber para Manhattan, pela ponte de Manhattan, onde voltaríamos a apanhar o bus na zona de Chinatown (fiquei curioso com esta zona, o cheiro a comida asiática deixou-me louco). Pegámos o bus, directos ao Rockefeller Center, onde subiríamos ao Top of The Rock. Aqui foi onde perdemos mais tempo, as entradas são controladas por horas e tivemos que esperar um pouco na zona. Quando subimos, já era de noite, mas ainda bem que assim foi. A visão nocturna daquele local sobre Manhattan é qualquer coisa de deslumbrante. Nos primeiros 2/3 minutos não tinha palavras para descrever o que estava a ver, um mundo! Saímos deslumbrados. A pé para o hotel, jantar e descansar, que o dia tinha sido bem longo e os pés já não davam para mais.

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Segundo dia, alertas meteorológicos vários. Chuva e muito frio aproximavam-se de Nova Iorque. Pela manhã, o frio ainda não apertava, mas a chuva já se fazia sentir, estava na altura de comprar um chapéu de chuva numa esquina. Seguimos passo para norte em direcção ao Central Park mas desistimos de caminhar por lá, o frio começava a dar ares da sua graça e a chuva persistia. Toca de apanhar o bus de Uptown e dar uma volta a ver as vistas (tapados e mais ou menos agasalhados). Seguimos até ao Museu de História Natural mas assim que saímos do autocarro, vimos que não era aquilo que estávamos a precisar no imediato, o que estávamos a precisar naquele momento era de um agasalho bem mais forte e cerrado. Demos meia volta e voltámos até Columbus Circle para ir às compras. Casaco grosso e com gorro, luvas e meias grossas. Não tínhamos nada disto nas malas, tivemos que enfeirar por lá (o que nos fez ter de comprar uma mala ao final do dia). De volta ao Museu de História Natural, aqui ficámos algumas horas. É giro, mas não me cativou muito. Concedo que é um local a visitar onde se pode aprender muito e ver mais ainda, mas não era isto que procurava. O espaço é escuro e muito fechado, ambiente carregado. Conheço o de Londres, do qual gosto bastante e repito ida sempre que possível. A este não sei se regresso algum dia, só com a filha, talvez. Saímos do museu e eis que nos deparamos com -1ºC na rua, um real feel de -6ºC, o dia estava a ficar mórbido e a nossa disposição atingiu níveis desoladores. Voltamos para sul, entre betão e betuminoso, sempre se está mais resguardado. Reservámos o resto do dia para compras de prendas para a criança e para a família em Times Square, e por ali ficámos até à noite. Regresso ao hotel de Uber que o dia seguinte também seria longo.


Terceiro dia, 3 da manhã, -6ºC na rua, real feel -12ºC, toca de apanhar um Lyft para o aeroporto. Viagem tranquila, percorrer a cidade àquela hora é interessante, só se vê cargas e descargas e táxis. Apeados poucos ou nenhuns locais. Em menos de meia hora estávamos no aeroporto JFK, terminal 8.

Aqui esperava-nos 2 voos, um Nova Iorque para Miami e outro de Miami para Cancún. Ambos operados pela American Airlines. Seja em Nova Iorque ou Miami, tudo correu bem, fiz check-in no JFK, só precisava recolher malas em Cancún e procurar porta em Miami. Destes 3 aeroportos, nada a dizer. O de Miami então, uma agradável surpresa.

RIVIERA MAYA

Eis que chegámos ao sol, ou não. Quando aterrámos em Cancún estavam 29ºC, mas tinha acabado de desabar o céu em formato chuva. Nada que nos afectasse, já sabíamos que esta parte do globo é pródiga nestes acontecimentos. Saímos no terminal 3, muito fácil passar a alfandega, rapidíssimo na recolha de malas e toca de vir à rua procurar o transfer. Reservei transfer pela USA Transfers (ida e volta). Aqui esperei alguns 15 minutos, mas não de incómodo. Entrados no transfer, um condutor simpatiquíssimo, conversador e disponível. Aí vamos nós a caminho de Xpu-Há, uma hora de viagem, mais coisa menos coisa.

Catalonia Royal Tulum foi a nossa escolha, mais uma vez. Era a nossa segunda vez ali, já sabíamos com o que contar e foi por isso que voltámos. O hotel é só para adultos (+18), pequeno, no meio selva (literalmente). Aquilo para nós, nada era novidade. Já conhecíamos bem os cantos à casa. Chegámos umas horas antes de ter quarto, mas ali não há problemas com isso, deram-nos logo a pulseira, guardaram as malas e disseram para irmos usufruir de tudo que que tínhamos direito e voltar a saber o quarto quando quiséssemos (no check out igual, tínhamos transfer só às 18.30 mas ficamos no hotel podendo usufruir de tudo).

Sobre os 7 dias de estadia não me vou alongar muito, também porque não há muito para contar, é simplesmente o verdadeiro dolce far niente. As condições do hotel são espectaculares, como o hotel é pequeno e com poucos hospedes, não há confusão em lado algum, seja bares ou restaurantes, praia ou piscina. Falo-vos da praia, um verdadeiro tesouro. A água chegou a estar mais quente que a temperatura do ar, uma sensação térmica estranha, que nos fazia ficar de molho longos períodos, sem vontade dali sair fosse para o que fosse.

Nos primeiros 2 dias ainda houve chuva, esporadicamente. Mas, e que bem que se está dentro de água quando chove? (sem trovoadas, atenção) Os restantes dias, sol. Umas nuvens aqui e ali, mas que sabiam bem para amainar a torra. O tempo por aqueles lados é bem diferente em Novembro do que nos meses de verão. Eu conheci o México em Julho, e lembro-me sempre da primeira vez em que saí do aeroporto e quase não conseguia respirar, tal o bafo de calor e humidade. Por esta altura do ano não é nada assim, está quente, mas muito mais suportável. Está humidade, mas muito mais respirável. Não consigo dizer de qual época gosto mais. Sou alentejano, mas contrafeito, já que não aguento muito o calor, gosto de ambientes mais amenos. Mas o Caribe no verão tem o seu encanto tórrido, enquanto por estes dias é mais charme.


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Tínhamos planeadas duas saídas, uma primeira de ida a Isla Contoy + Isla Mujeres com a Rimain Tours e outra saída, dia de pesca, 4 horas, com a Hibob Fishing Charters. A primeira saída era no terceiro dia de estada no México e o tempo para o lado norte de Quintana Roo não estava nada famoso. No dia anterior à ida, recebi uma mensagem da Rimain Tours a cancelar a viagem, já que não havia condições meteorológicas naquele local para se realizar. Desilusão em não ir, mas feliz com o tratamento do Ricardo e da Raquel quanto à anulação da mesma. Pagamento devolvido e desejo de voltarmos a encontramo-nos numa próxima oportunidade. Quanto à pesca, reservei pessoalmente com um capitão da Hibob. Saída de Puerto Aventuras pela manhã, um dia esplendoroso. Fomos logo avisados que aquela não seria a melhor altura do ano para pesca naquele local, mas que tudo fariam para conceder a melhor experiência possível, e assim foi. Em termos de faina, correu mais ou menos bem, uma barracuda grande, 3 atuns bonito, 3 lucianos, 1 moreia banana e 1 peixe agulha. Mas o mais importante ali até era poder festejar o meu aniversário, a bordo, no mar do Caribe, uma experiência que eu já almejava há muito tempo. Se a pesca podia ter corrido melhor? Podia, mas não estragou em nada o dia, que tinha quase tudo para ser perfeito.

O resto dos dias foram passados no hotel, a comer e a beber, a descansar e a conviver. Só contactei ao longe com uma portuguesa, quando falei para ela em inglês para se desviar de uma raia grande que nadava na praia e recebi resposta em português. De resto, não vi portugueses por ali. A maioria é americanos, canadianos e italianos. A animação por ali não é muita, mas eu sabia isso de antemão e também era isso que ali procurava.


Findos os 7 dias, chegada do martírio. Regresso a Lisboa, via Madrid. Viagem para o terminal 4 do aeroporto de Cancún. E que viagem! Trânsito e mais trânsito, principalmente na zona de Playa del Carmen. Por sorte o nosso transfer chegou 30 minutos antes, parecia já vir a contar com atrasos. Um motorista louco de todo. A ela não lhe agradou nada, eu até achei alguma piada. Em certas zonas de duas faixas, fazem quatro, e o nosso motorista até a berma aproveitava se fosse necessário. Um trânsito de loucos para loucos, sem faixa esquerda ou direita, ali, àquela hora, era sempre em frente, sem piscas ou prioridades, que fazia parecer o trânsito de Lisboa brincadeira de crianças. Correu tudo bem, numa corrida animada para mim, mas de sacrilégio para ela. Chegados ao terminal 4, um terminal recente, com pouca confusão e muito simples, só com uma zona de restauração fraca. Jantados, estávamos prontos a embarcar, sem saber que seria um dos piores voos que iria fazer.

Eu tenho 192cm, em algumas viagens destas comprei lugares XL ou de saídas de emergência. Neste não consegui, e já adivinhava martírio. O avião era o A330-220 antigo da Air Europa (Skyteam), com um espaço para pernas ridículo. Se a primeira hora tombei no sono sem reclamar, o resto das horas não foi bem assim. Cheguei ao ponto que só pensar em fugir dali ou arranjar forma de me esticar de qualquer maneira. Só pensava em mim deitado no chão, no corredor. Penei bastante, não quero recordar este voo. E pior, sabia que estava de volta a um dos aeroportos que menos me agradava, Barajas. Tentei amenizar pensamentos negativos, mas as dores nos rins, intestinos e costas eram tantas que jurei para sempre nunca reclamar do preço dos lugares XL, custem o que custar! Chegados a Madrid, caminhada longa até à porta que me traria até Lisboa. O voo para Lisboa parecia uma cadeira de massagens, comparado com o que havia vivido nas 9 horas anteriores.

E assim foi uma das viagens que mais aguardava fazer, um périplo por uma cidade grande com destino até a um paraíso. Nova Iorque não me surpreendeu, mas também não desiludiu. É a selva de betão que impressiona ali, mas são os recantos das partes menos visitadas que mais me fascinam. Da Riviera Maya era o que esperava, sem tirar nem pôr. Sol, águas límpidas, comer e beber. O que dizer da praia de Xpu-Há? Uma das melhores maravilhas daquelas costas. Hei-de regressar, aos dois sítios, sem qualquer dúvida. Primeiro a um do que a outro, assim as responsabilidades parentais o permitam.

Em jeito de nota, uma das questões mais usuais nos fóruns, blogs e redes sociais é a questão das divisas. Levei alguns dólares de cá, poucos. Tudo, mesmo tudo, foi feito com Revolut. Levantei ainda dinheiro em Nova Iorque para levar para o México, de resto, foi tudo pagamentos automáticos, sem chatices nenhumas. Consegui estar no México sem gasta 1 peso, nem pesos levei, os dólares foram suficientes para propina e o resto tudo pagamento com cartão.

Espero que gostem do meu report, e caso tenham dúvidas ou questões a colocar, são sempre bem-vindas.

Cumprimentos!

Fotos 360º no Catalonia Royal Tulum
 
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DaisyP

Membro Conhecido
Obrigada pela partilha Ricardo!
Aliar NY ao México é de facto uma boa escolha ;) vai ficar em cima da mesa para uma oportunidade.
Boas viagens.
 

ALTF4

Membro Conhecido
Olá...
Que fotos espectaculares... foram tiradas com o tlm?
Vou fazer algo parecido... NY + Miami + Cruzeiro, ando a planear o que fazer em NY, vou estar 4 dias quase completos... os preços das atracções assustam um pouco... somos 4 e lá se vai o orçamento... pode-me dar alguma ideia dos valores que pagou pelas refeições???
 

Ricardo R.

Membro Novo
Olá...
Que fotos espectaculares... foram tiradas com o tlm?
Vou fazer algo parecido... NY + Miami + Cruzeiro, ando a planear o que fazer em NY, vou estar 4 dias quase completos... os preços das atracções assustam um pouco... somos 4 e lá se vai o orçamento... pode-me dar alguma ideia dos valores que pagou pelas refeições???
Olá, são quase todas de telemóvel (Pocophone), excepto duas (as debaixo de água) que são de uma action cam daquelas baratas.

Quanto às atracções, saem sempre mais baratas com passes, tipo sightseeing ou citypass. À porta são bem caras.

Em termos de alimentação, não é ao preço do local onde almoço todos os dias em Lisboa, mas não é muito diferente, depende das opções.

Pizza e demais comida rápida são pouco mais que ao preço de cá. McDonald's por acaso é mais caro. Mas os hambúrgueres do Wendy's também são muito melhores. :) De resto, encontra-se muito sítio onde se come bem por menos de $10.
 

Ricardo_7

Membro Conhecido
Olá :D

Muito obrigado pela partilha! A isto se chama uma combinação perfeita! Foi bom rever Nova Iorque e aumentar a ansiedade de conhecer o México :)

Boas viagens ;)
 

PauloNev

Moderador Honorário
Staff
Muito obrigado pela partilha.
Foi muito bom rever fotos de 2 locais por onde já passei e irei certamente voltar.
Também fiz uma viagem igual Ny e riviera maya e é muito bom, saudades.
Boas viagens ;)
 
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