Novidades

[Report] ÍNDIA

CristinAires

Membro Conhecido
INDIA

ITINERÁRIO:
27 MARÇO – LISBOA / AMESTERDÃO
28 MARÇO – AMESTERDÃO / DELI
29 MARÇO – DELHI / VARANASI
30 MARÇO – VARANASI / DELI
31 MARÇO – DELI
01 ABRIL – DELI / MANDAWA (300 km)
02 ABRIL – MANDAWA / BIKANER (210 km)
03 ABRIL – BIKANER / JAISALMER (300 km)
04 ABRIL – JAISALMER / MANVAR (160 km)
05 ABRIL – MANVAR / JODHPUR / LUNI (165 km)
06 ABRIL – LUNI / UDAIPUR (250 km)
07 ABRIL – UDAIPUR / PUSHKAR (285 km)
08 ABRIL - PUSHKAR / JAIPUR (141 km)
09 ABRIL – JAIPUR / AGRA (236 km)
10 ABRIL – AGRA / DELI / PARIS
11 ABRIL – PARIS / LISBOA

ALOJAMENTO:
AMESTERDÃO - Hotel Sheraton Amsterdam Airport
DELHI - Hotel Maidens
VARANASI - Hotel Ramada
DELHI - Hotel Maidens
MANDAWA – Hotel Castle Mandawa
BIKANER – Hotel Gajner Palace
JAISALMER – Hotel Fort Rajwada
MANVAR – Desert Resort
LUNI – Hotel Fort Chanwa
UDAIPUR - Hotel Shikarbadi
PUSHKAR - Hotel Jagat Palace
JAIPUR - Hotel Golden Tulip
AGRA - Hotel Clarks Shiraz

Embora não seja nenhum Saramago, vou tentar fazer o meu melhor.

Então foi assim:

LISBOA / AMESTERDÃO
Chegamos a Amesterdão já de noite, não tendo sido por isso possível disfrutar um pouco da cidade. Apenas deu para descansar e beber um chá/café/chocolate quente, opções que o hotel dispunha.

AMESTERDÃO / DELI
Este dia foi passado praticamente dentro do avião. Chegamos a Deli ao fim da tarde, pelo que o transferista optou por nos levar a dar uma volta, antes de irmos para o hotel.
O quarto do hotel era praticamente um casa, pois tinha uma sala enorme, com sofás, televisão, secretária, etc., em seguida o quarto com wc.

DELI / VARANASI
Já em Varanasi, deparei-me com o pior aeroporto que eu conheço. Pequeno, sujo (quase que se pode dizer feios, porcos e maus) e sem grandes condições. Não havia tapetes para as malas (isso é coisa que ali não conhecem) e estas eram atiradas por uma pequena portinhola (vulgo buraco), feito na parede, para cima das outras que já ali estavam.
Ficamos hospedadas no Hotel Ramada, que não era nada de especial, apenas tinha um género de pastelaria, com umas “chamuças” fantásticas. A rapariga e os bagageiros que nos levaram até ao quarto não ficaram nada satisfeitos, pois não demos nenhuma gorjeta, mas como nos apercebemos que tínhamos que abrir os cartões à bolsa, decidimos cortar em algumas gratificações, pois seriam mais do que estávamos a contar.
Esta cidade tem cerca de 3 milhões de habitantes e fica situada no estado de Uttar Pradesh. É a mais famosa pela religião Hindu, dado ser banhada pelo rio mais sagrado, o rio Ganges, que nasce nos Himalaias.
Para chegar ao Ganges descemos por um dos numerosos ghats (escadas que dão acesso ao rio) de nome “Dashasvamedha”.
Nesta altura pudemos começar a apreciar um pouco da realidade daquele País, tanto a nível de cores, cheiros, pobreza …, pois enquanto descíamos as escadas, quase fomos abalroados por uma vaca que subia e não ligava a nada que se atravessasse no seu caminho. Para além disso a escadaria estava repleta de pessoas que pediam algum dinheiro ou mesmo comida.
Tivemos tempo livre para deambularmos pela beira do rio e contatar um pouco com a realidade daquele País. Enquanto por ali andamos vimos como as vacas são verdadeiramente sagradas (e pelos vistos a urina também. Então é assim: várias mulheres estavam sentadas no chão a conversar e perto delas estava uma vaca, que por ali andava, sem rumo. A dada altura a vaca lá teve vontade de urinar, o que fez quase para cima das mulheres, as quais não se importaram e nem sequer fizeram menção de se afastar um pouco.
Junto às margens já se faziam as preparações para mais uma cerimónia religiosa, chamada (“Agni Puja”) e é uma cerimónia de adoração ao fogo, dedicado ao Ganges, a Shiva, a Surya (Sol), a Agni (Fogo) e a todo o universo. São feitas oferendas de flores, festival de incenso, existindo muita espiritualidade.
Subimos o rio até ao local das cremações, o qual funciona 24 horas por dia, vendo-se acesa a chama sagrada e várias piras de madeira. Alguns corpos estavam a ser cremados, cumprindo-se todo o ritual, ao qual não assistem as mulheres. Aqui todos podem ser cremados com exceção de indivíduos mordidos por cobras; leprosos; grávidas; crianças com menos de 10 anos e gurus.
No regresso já se encontravam inúmeros barcos para assistir à cerimónia de fogo, feita por seis sacerdotes.

Ruas de Varanasi



Preparação e cerimónia do fogo



Local de cremação







 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
VARANASI / DELI
Enquanto nos dirigíamos para o ghat, cruzamo-nos com imensas pessoas que se iam banhar no Ganges.
Foi um espetáculo de cor, com toda aquela roupa colorida e principalmente os saris que as mulheres usam.
Enquanto fazíamos o passeio de barco, pudemos ver a casta mais baixa a lavar a roupa. Na índia é usado o sistema de castas (Brahma – sacerdotes e letrados; Xátrias – guerreiros; Vaíxias – comerciantes, camponeses e artesão e Sudras – servos). Também existem os Dalits (intocáveis) que não pertenciam a nenhuma casta pois eram considerados impuros.
Percorremos as ruas de Varanasi, onde foi possível ver as urnas (paus de bambu que servem de padiola), vacas a comerem lixo, etc., até chegarmos ao Templo Dourado, dedicado ao Deus Shiva.
Este templo está vigiado pela Polícia 24 horas do dia, podendo-se apenas entrar com carteira de documentos pessoais e nada mais, pois temem que a qualquer altura possa existir um atentado.
Vimos também a “Banaras Hindu University”, onde visitamos o museu “Barath Kala”.
Ganges

Ganges









"Maca" transportadora de cadáveres



 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
DELI
Nova Deli, a capital com cerca de 1,21 biliões de pessoas.
Apesar de ser a capital do País, aqui vimos mulheres a trabalhar na construção do metro de Deli, as quais pernoitam numa pequena tenda, improvisada com paus e tecido. Comem e cozinham na rua. Qualquer sítio é bom para acampar.
Visita à parte antiga da cidade onde se encontra a maior mesquita da Índia e a segunda maior do mundo “Jama Masjid”, o Forte Vermelho, mandado erigir pelo Imperador Shahjahan e o “Raj Ghat”, local de cremação de Mahatma Gandhi.
Da parte da tarde visitamos o parlamento; o “Qutab Minar”, minarete de tijolo mais alto do mundo, com cerca de 72,5 metros de altura e que é considerado Património Mundial pela Unesco; Humayun Tomb, o mais antigo museu Mongol de Deli e que também é considerado pela Unesco como Património Mundial. O mausoléu foi mandado construir pela viúva de Humayun em honra do seu marido. Este túmulo é conhecido pelo pequeno “Taj Mahal”, pois dizem que este foi construído com base neste mausoléu.
Tivemos ainda tempo para irmos a um templo Sikh – “Bangla Sahib”, onde pudemos visitar a cozinha com os seus tachos monstruosos, a cantina, dispensa, etc Aqui são servidas diariamente centenas de refeições aos peregrinos, pobres, entre outros que ali se deslocam. Não há distinção entre ricos ou pobres, pois todos são tratados da mesma maneira.
Os “Sikhs” acreditam apenas num só Deus e regem-se pelos ensinamentos dos Dez Gurus, considerado o último Guru o livro sagrado de nome “Guru Granth Sahib”.

Mesquita "Jama Masjid"



«

Raj Ghat
Porta da Índia

Parlamento



"Qutab Minar"


"Humayun Tomb" e jardim



Templo Sikh (parte interior)


Peregrino Sikh

Cozinha do Templo Sikh

Fachada do Forte Vermelho


Rua em Deli
 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
DELI / MANDAWA

Mandawa situa-se no estado do Rajastão e para se mudar de estado é necessário pagar um imposto de saída.
Chegados a Mandawa fomos visitar algumas mansões particulares, denominadas por “Havelis”, com os seus frescos, alguns deles pintados entre 1860 – 1900. Segundo explicaram esta cidade ficava nas antigas rotas de caravanas, tendo-se instalado diversos comerciantes na zona.
Esta cidade estava na rota da sede, pretendendo os donos das casas mostrarem a sua riqueza, pelas pinturas e arquitetura das casas. Neste momento a maior parte delas estão abandonadas.
Pernoitamos no “Castle Mandawa”, onde à noite na esplanada a beber uma cerveja “Kingsfisher” (a qual só pode ser vendida no Rajastão) conhecemos uma Italiano que viajava sozinha e que da conversa que travamos ficamos a saber que a rapariga ia conhecer a família de um indiano que ela tinha conhecido na net e por quem estava perdidamente apaixonada (a net faz milagres!!!!).
Façhada de um "Haveli"


Frescos de "Havelis" (vejam com atenção)




https://www.portaldasviagens.com/gallery/image/12400-img-0353/]
 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
MANDAWA / BIKANER
Chegados a Bikaner - cidade medieval, fortificada e que se localiza ao longo da antiga rota das caravanas que ligavam a Ásia Central ao Norte da India.
No trajeto para o centro da cidade, tivemos um acidente. De repente vejo uma mota, cujo condutor não tinha vontade de parar, assim como o nosso. Pensei “bem, não há-de ser nada porque na devida altura alguém vai parar”. Tudo passava em câmara lenta, até que puummm. Mota no chão, homem para um lado, óculos para outro e o nosso carro deixou de trabalhar. O motorista saiu do carro enquanto que nós e o guia continuamos no seu interior. Fomos logo ladeados por indianos que falavam para o motorista. De repente surge um grupo que pegou no homem e o levou para a berma da estrada (logo pensei “se tem alguma coisa partida, de certeza que vai ficar pior”). Minutos depois o guia disse para sairmos do veículo, pois já tinha arranjado transporte. Saímos e fomos logo abordadas por indianos que falavam com o guia sem que nós entendêssemos o que quer que seja. A dada altura um deles olhou para os “tugas” e disse “no problem!”, o que me causou um certo alívio pois pensei que ia sair dali num “sobretudo de pinho”.
Não sei o que aconteceu ao acidentado ou ao motorista, mas pelas poucas informações que tivemos parece que o homem tinha bebido demais na noite anterior e que o emprego dele na área do turismo tinha acabado por ali.
Visitamos o Forte - um dos mais importantes monumentos do Rajastão onde 37 palácios, pavilhões e templos construídos por diferentes reis estão ligados por pátios e escadarias; os Templos Jain - são a estrutura mais antiga aqui existente, datam do séc. XIV e foram mandados construir pelos antigos mercadores e irmãos Sandeshwar e Bhandeshwar.
Forte de Bikaner




Hotel Gajner Palace


 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
BIKANER / JAISALMER
No caminho visitamos o Forte Pokhran, mandado construir no séc. XIV, por Thakur Rao Maldeo, existindo no interior um pequeno museu.
Jaisalmer é conhecida por cidade dourada (porque o arenito usado nas construções é amarelo), situada no coração do deserto de Thar e que é considerada a capital do estado do Rajastão.
Ao cimo o forte de Jaisalmer, mandado construir pelo príncipe Jaisal, no séc. XII. Entre outras construções desta cidade destaca-se o templo Jainista, datado do séc. XIV.
Visitamos também o “Salim Singh haveli” e “Patwon Ki haveli”. O primeiro foi mando construir, por Salim Singh, primeiro-ministro de Jaisalmer no séx. XVIII e o segundo, um dos mais importantes, mandado construir por Guman Chand Patwa e os seus cinco filhos, havendo referências de que a sua construção demorou cerca de 50 anos. Este haveli é famoso por a sua fachada ser assimétrica, uma vez que todas as janelas foram esculpidas de forma diferente.
Deserto de Thar - a caminho de Jaisalmer


Forte de Jaiselmer


Jaisalmer

Homens Santos
 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
JAISALMER / MANVAR
De tarde andamos de jeep 4x4, podendo-se ver as casas típicas do deserto de Thar, alguns animais selvagens e ainda um fantástico pôr-do-sol.
Ficamos no “Desert Resort” onde à noite foi servido um jantar típico, com direito a música e danças locais.
Ao longo da viagem vimos que a “caca” da vaca era aproveitada. Após ser apanhada, eram feitos uns “bolos” circulares, que depois de secos ao sol serviam para várias coisas, como por exemplo: forrar casas; colocar na fogueira; servir de chão (o que era o caso do hotel onde estivemos), entre outras. Curiosamente e apesar de se poder pensar que cheira mal, facto é de que não cheira. Uma das razões poderá dever-se ao facto dos animais não comerem muita verdura, mas sim lixo.
Deserto de Thar (animais no seu habitat natural)
Pôr-do-sol no deserto
 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
MANVAR / JODHPUR / LUNI

Ainda antes do pequeno-almoço tivemos direito a um passeio de camelo, o que é típico nesta zona.
Após almoço rumamos para Jodhpur, fundada em 1459, por Rao Jodha, chefe da tribo Rajuputana Rathore. É a segunda maior cidade A cidade é conhecida por “Cidade Azul”, derivada à cor que existe nos edifícios. Dizem que esta cor serve também como repelente de insetos.
Um pouco antes de chegarmos ao forte pudemos observar um mausoléu datado de 1899 e denominado por “Jaswant Thada”. A construção do templo é em mármore branco e foi edificado em memória do Marajá Jaswant Singh II
Daqui seguimos em direção ao Forte Mehrangarh, o qual foi construído a cerca de 125 metros de altura.
Neste forte para além de se poder contemplar uma vista fantástica para Jodhpur, também é possível ver o mausoléu e “Umaid Bhawan Palace” - construído nas primeiras décadas do século XX e que foi convertido em hotel de cinco estrelas.

Forte Mehrangarh - Jodhpur


Uma das zonas interiores do forte

“Jaswant Thada” - mausoléu


Jodhpur
 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
LUNI / UDAIPUR
Durante o trajeto paramos em Ranakpur, templo Jainista, edificado entre o final do séc. XIV e meados do séc. XV, em mármore e dedicado a “Adinatha”.
Neste percurso foi possível observar as paisagens do Rajastão, enquanto nos dirigíamos para Udaipur, conhecida como a “Cidade dos Lagos”. A estrada facilmente passava de uma faixa para duas ou três, conforme a necessidade. A maior parte do trajeto é demorado, não pela degradação da via, mas sim pelo tráfego existente. São dezenas de camiões completamente carregados, tratores, vacas, bicicletas, motas, etc..
Em Udaipur ficamos no hotel “Shikarbadi”, que apesar de não ter nada de especial, acabamos por apreciar um pouco da vida selvagem. Contiguamente ao hotel existe um campo de treinos de cavalos, assim como um outro onde é possível ver pavões e veados.
Neste hotel aconteceu-nos a cena mais hilariante relativamente às gorjetas. Os guias já nos tinham informado que era usual darem-se gorjetas aos motoristas, guias, bagageiros, etc. dizendo-nos até quanto devíamos dar (caricato não!). Mas neste fim de dia quisemos ver até onde ia o descaramento (sim porque o guia de Deli até teve a hombridade de estabelecer o preço da gorjeta para o motorista e que era mais do que íamos gastar em alimentação). Assim agradecemos o facto de nos indicarem onde era o quarto e os bagageiros ao aperceberem-se de que não estávamos para dar gorjeta começaram a indicar o local da televisão e a dizer “tv” e nós continuamos a agradecer, mas sem meter a mão ao bolso, para retirar a notita. Então apontou para o telefone e disse: “phone” (como se não soubéssemos!) e nós nada, e ele “bathroom” e nós nada, mas como ele estava para nos indicar tudo o que estava no quarto lá decidimos dar a dita notita e eles lá foram todos contentes.
Templo Jainista - Ranakpur


Mulheres junto ao templo
Animais no terreno do Hotel
 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
UDAIPUR / PUSHKAR
Em Udaipur, visitamos o Palácio dos Marajás de Udaipur, construído em 1725, na margem oriental do lago Pichola, pelo Marajá Jagat Sing I. Na realidade não se trata apenas de um palácio, mas sim de um conjunto de palácios, que ocupam cerca de 2 hectares e que foram construídos ou ampliados por 22 Marajás.
Neste palácio podem-se apreciar as pinturas miniatura (muitas vezes os pormenores só são vistos com a ajuda de lupa), que retratam a vida daquela cidade.
Num dos pátios interiores é possível fotografar um dos locais onde foi filmado o filme “007 Octopussy”, sendo também visível o “Taj Lake Palace”, que funciona como hotel (para quem quer tirar as fotos tem que pagar uma taxa, caso contrário não à foto para ninguém).
À noite lá chegamos a Pushkar. É uma das cinco cidades sagradas e local de peregrinação para os Hindus. Uma das principais atrações é o Lago de Pushkar que é considerado sagrado. Diz a lenda que este lago foi consagrado para o senhor Brahma (criador do Universo), quando deixou cair da sua mão uma flor de lótus para o vale, surgindo então o lago.
Conseguimos passear pela principal rua de Pushkar, cheia de comércio. Este lugar é muito movimentado (tanto por estrangeiros como por nacionais) porque sendo sagrado, o valor do alojamento e comida é muito mais em conta do que noutros.
Palácio de Udaipur
https://www.portaldasviagens.com/gallery/image/12416-img-0704jpg/]
 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
JAIPUR / AGRA

Jaipur, conhecida como a “Cidade Rosa”, nome que deriva do facto de em 1876 o seu marajá ter mandado pintar as casas dessa cor, para a visita do Príncipe de Gales. Desde essa altura a cidade é regularmente pintada, sempre da mesma cor.
Visitamos o Forte Amber, fazendo o trajeto para o mesmo no dorso de um elefante. Outros pontos de interesse que vimos foi o “Hawa Mahal”, conhecido por “Palácio dos Ventos”, construído no ano de 1799. Na fachada é possível observar 953 pequenas janelas, as quais foram criadas para que as mulheres do harém do marajá pudessem observar as ruas sem que ninguém as visse.
Em seguida rumamos para o Observatório Astronómico, também conhecido por Jantar Mantar, mandado construir entre 1728 e 1734, pelo Marajá Jai Singh II e que recentemente foi reconhecido como Património Mundial da UNESCO.
A palavra Jantar significa “instrumento” e Mantar “fórmula” ou “cálculo”, pelo que literalmente Jantar Mantar significa “instrumento de cálculo”
Existem vários instrumentos onde cada um assume uma função específica. Entre outros tivemos a oportunidade de ver o maior relógio de sol do mundo “yantra samrat”.
Destino Agra, com passagem por Fatehpur Sikri, cidade construída no séc. XVI e abandonada catorze anos depois da sua edificação, por falta de água. Foi Capital Imperial no tempo do Imperador Akbar. Trata-se de um autêntico museu de pedra, destacando-se as construções de Jama Masjid – considerada como uma cópia da mesquita de Meca; o túmulo de Salim Chishti, Panch Maha, etc.


“Hawa Mahal”, conhecido por “Palácio dos Ventos"

Forte Amber

Elefantes que nos levam até ao forte

Uma das paredes do forte, com a técnica de inscrustação de materiais.

"Jantar Mantar"
https://www.portaldasviagens.com/gallery/image/12420-img-0739jpg/https://www.portaldasviagens.com/gallery/image/12420-img-0739jpg/


[/https://www.portaldasviagens.com/gallery/image/12419-img-0737jpg/https://www.portaldasviagens.com/gallery/image/12419-img-0737jpg/
URL]
Fatehpur Sikri

 
Última edição por um moderador:

CristinAires

Membro Conhecido
AGRA / DELI / PARIS
No dia seguinte levantamo-nos bem cedo, para apreciarmos o nascer do sol no Taj Mahal, também este considerado Património Mundial pela UNESCO e uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
O Taj Mahal é tido como símbolo do amor e trata-se de um mausoléu em mármore branco, que foi mandado construir entre 1630 e 1652, pelo Imperador Shah Jahan, junto ao Rio Yamuna. Este mausoléu foi mando edificar em memória da sua esposa favorita Aryumand Benu Begam, a quem chamava Mumtaz Mahal (“A jóia do palácio”) e que faleceu após dar à luz o 14.º filho.
Tem incrustadas pedras semi-preciosas, trabalhos de alto-relevo e é ladeado por quatro minaretes, sendo flanqueado por duas mesquitas.
Algumas passagens do corão estão inscritas neste mausoléu, dando a sensação que a caligrafia tem toda o mesmo tamanho, o que não é verdade.
Consoante é a luz do dia, também a cor do Taj Mahal muda, podendo-se apreciar o magnífico trabalho que existe, sobre as janelas, onde se pode ver o “corte de diamante”.
Aurangzeb filho de Shah Jahan mandou prendê-lo no Forte de Agra, onde passou sete anos a observar o mausoléu pela janela. Em 1666 morreu Shah Jahan tendo o filho Aurangzeb mandado sepultar o pai ao lado da amada, provocando assim um desalinhamento na simetria de tal construção.
O Taj Mahal é o local onde repousam os restos mortais dos dois, estando Mumtaz Mahal ao centro e Shah Jhan do lado esquerdo.
Para acedermos ao jardim do Taj Mahah é necessário atravessar e entrada principal (“Darwaza”) construída em pedra vermelha.
Em seguida Forte de Agra que também é Património Mundial da Unesco, o qual foi mandado construir por Akbar, no séc. XVI. No seu interior é possível ver o local de reclusão de Shah Jahan, assim como também a arte de incrustação em mármore branco, salas com espelhos, etc.
Após a visita deslocámo-nos para o hotel, onde ficamos até à hora de regressarmos para o aeroporto de Deli.
"Darwaza" edifíco de entrada que dá acesso ao Taj Mahal

Taj Mahal



Incrustação de pedras - Taj Mahal

Parte da fachada, onde se veem pedras inscrustadas, bem como partes do corão.
Forte de Agra







Vista do Taj Mahal, desde o Forte de Agra

No caminho para Deli, vimos várias "casotas" feitas com "caca" de vaca. São feitas bolas que se colocam a secar e depois de secas são utilizadas tanto nas paredes dessas ditas "casotas" (que servem para guardar alfaias agrícolas), como para alimentar a fogueira os mesmo para servirem de pavimento. Eis uma dessas casotas.

FIM DA AVENTURA (espero terem gostado)
 
Última edição por um moderador:

Flecha

Membro Conhecido
muito bom... mas jamais me apanhariam ali.
país fantástico, muito de bom...mas demasiadas coisas más.
 

Nika

Membro Conhecido
Olá Cristina C,

Adorei o report, parabéns, está fantástico. :)
Confesso que aguardei curiosa pelas últimas fotos, ainda por cima visitou a maioria dos locais que pretendo conhecer. :D
Depois de regressar da Índia, quais são as lembranças mais presentes? aquilo que mais marcou?
Eu confesso que ainda não fui com receio de ver a miséria e sofrimento que dizem existir. :(
Cumprimentos
 

Paulo Leite

Moderador Honorário
Staff
Ola Cristina!!

Simplesmente fantástico... ;)

Obrigado pela partilha :)

Confesso que fico sempre deliciado com reports que saem do normal "caraíbas" pois gosto de conhecer mundos diferentes do meu e locais que talvez nunca lá vá... aqui partilho da opinião do Flecha... gosto muito de ver... mas aqui o paulo não mete lá os pés :D

As cores e a sua mistura é fantástica :)

Parabéns e muito obrigado por partilhar connosco e assim podermos continuar a viajar sem sair de casa :)
 

Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Report fantástico, parabéns e obrigado pela partilha!

Serviu para retirar muita informação preciosa no planeamento da minha viagem, apesar do circuito que irei fazer não ser igual, mas cerca de metade coincide.

Nunca mais é Agosto... :)
 
Top