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Peru em 4 dias

KarinLaperuta

Membro Novo
Quatro dias no Peru – Parte 01
Quando iniciei minha pesquisa para viajar até Machu Picchu, notei primeiramente o quanto é variável o custo desta viagem. Pode-se dizer que há três diferentes "estilos" para se chegar até Cuzco e demais roteiros do local: barato, médio e caro... (o lago Titicaca infelizmente não foi incluso nesta viajem de apenas 4 dias, que aconteceu no feriado do dia 02/11/2009).
Fomos em um casal, não da maneira mais barata, ao contrário, gastamos bastante.
O vôo foi pela TAM, aproximadamente R$ 1.300,00 por pessoa ida e volta, mas como compramos a passagem em cima da hora, só tinha com conexão em Lima e tivemos que dormir lá. Na verdade todos os vôos saindo do Brasil para Cuzco fazem conexão em Lima, mas alguns vôos têm horário de conexão de 3 a 4 horas, então não há a necessidade de dormir em Lima. Vou aproveitar e falar um pouco de Lima.
Não gostei de Lima nem um pouco. Não sei como é a balada lá, mas para um casal a cidade não parecia oferecer muita coisa. Tem uma ruína no centro da cidade com um restaurante, chama-se Huaca Pucllana, onde havíamos feito reserva para o jantar (via Internet), mas acabamos comendo tanto no almoço que não fomos lá. Almoçamos em um restaurante de primeira chamado La Carreta (perfeito!). Ficamos em um ótimo hotel em Miraflores, um dos melhores bairros de Lima para turistas. Lima fica a 100m acima do nível do mar, e o cartão postal mais famoso de lá é justamente a vista da costa para a praia banhada pelo Oceano Pacífico. Eu disse praia? Bem... o mar está lá, mas não há praia e sim muitas pedras que vão desde o asfalto na rodovia construída a beira-mar até o mar. Então não se vai à praia em Lima... pode esquecer. A cidade não parece ter outra bela vista que não esta, pois é uma cidade bem feia. A aparência é de uma cidade pobre, como se toda Lima fosse o subúrbio de São Paulo mais ou menos, só que com alguns prédios (feios também...).
A moeda no Peru é o Sole, com mil dólares compramos 2.800,00 soles, o que para 4 dias era bastante dinheiro. Para ter uma idéia, uma refeição em um bom restaurante na praça das armas em Cuzco, saiu por aproximadamente 50 soles, com entrada, bebidas e sucos. Táxi também não é caro, e o taxista de Lima foi muito gente boa. No geral as pessoas gostam dos brasileiros, é incrível, mas mesmo nós dois (eu e o Vi), sendo um casal meio quieto, discreto, enfim “normal”, parecíamos sempre os mais entusiasmados, os mais sorridentes em relação aos demais turistas. Fiz esta observação acredito que por ser minha primeira viagem ao exterior (o Vi já é mais viajado...). E quando encontramos outros brasileiros durante os passeios, o encontro acaba se transformando em atração turística por alguns momentos... a sensação é de que todos a volta estão nos observando e rindo, e como se fosse possível, podemos ler seus pensamentos fluindo: “brasileiros são alegres mesmo!”.
Em Pisaq, no Vale Sagrado, enquanto conversávamos andando através das ruínas, uma família de Mexicanos (pareciam mexicanos), nos escutou e comentou conosco: “Brasil! O maior país do mundo!”. Eu fiquei feliz e confirmei: “Sim, é mesmo!”. Eu sei que não é, mas tudo bem, pra mim é!
O vôo para Cuzco seria no dia seguinte de manhã, sábado dia 31.10.09. Chegamos no aeroporto uma hora antes do vôo. Dançamos! Ficamos quase uma hora só na fila do check in. Mas vou resumir esta parte, pois foi bem chata! É bom saber que, para embarcar para Cuzco, deve-se chegar no check in TRÊS horas antes do vôo, no mínimo! É sério... passamos um aperto. Chegamos no portão de embarque e, é claro, já estava fechado. E o avião ali, bem na nossa frente pronto para decolar. Que nervo! Mas a moça da Lan Peru (que opera no Peru mesmo se você for pela TAM, na rota interna, não tem jeito), foi bem legal. Ela ignorou os esbravejamentos do Vi ao meu lado, e disse para irmos ao portão ao lado, pois sairia um vôo para Cuzco em 15 minutos e poderiam nos encaixar caso houvesse desistência. Deu tão certo que fomos só nós dois, sem ninguém no terceiro assento ao nosso lado. Ufa!
 

KarinLaperuta

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Peru em 4 dias – Parte 02

Quatro dias no Peru – Parte 02
O vôo de Lima até Cuzco é de pouco mais de uma hora. Foi a pior “pouco mais de uma hora” da minha vida! A sensação é a de que, o avião decola, e não para mais de decolar até chegar. Balançava de um lado para outro e eu (muito esperta), fiquei olhando pela janela... conclusão: enquanto o avião pousava, eu vomitava. Fiquei mal, muuuuuito mal! A partir daí foi só “baixaria”, a tripulação me deitando no chão, erguendo meus braços e pernas e me oferecendo chá de coca. Bebi aquilo como se fosse minha última refeição. Parecia até escutar meus glóbulos (brancos e vermelhos) gritando de alegria: “manda mais, manda mais”. Fui melhorando gradativamente. Ah! Um paramédico veio me receber com oxigênio, fiquei respirando ali por alguns minutos e foi fantástico. Ah! Claro, virei atração turística no aeroporto de Cuzco! Assim pude melhorar do vôo e começar a sentir os efeitos da altitude. Acreditem, é h-o-r-r-í-v-e-l, você respira e não adianta nada! Você anda um quarteirão e quer morrer! Brincadeira... é que eu estava passando tão mal que as sensações se agravaram. Mas tudo o que se ouve falar da altitude, principalmente quando há jogos de futebol, é verdade. Comentaram também que os brasileiros são o povo que mais passa mal lá. A estrutura no aeroporto e também o treinamento da tripulação, são merecedores de aplausos. O pessoal é muito atencioso e competente. Pode passar mal à vontade, sem problemas.
Ao chegar na pousada, fui instruída a deitar com os pés para cima por duas horas, foi o que fiz. O Vi, que nunca passa mal, já estava ansioso e com fome. Então fomos para a praça das armas. Linda! Incrível! Palco de tantas festas e tantas batalhas. Adoro visitar lugares conhecendo a história. E com certeza há poucas histórias tão ricas quanto à dos povos andinos.
Ao descer do táxi todo empolgado, o Vi perdeu o fôlego finalmente. Aí ele também começou a se sentir um pouco “rarefeito”, mas nada que o impedisse de experimentar o Pisco e beber cerveja peruana. Eu comi um negócio lá, meio empurrando. Na verdade os 4 dias que passei lá, comi muito pouco, pois fiquei o tempo todo muito enjoada, lutando para não passar mal. E olha que não sou de ficar enjoando fácil. Não sou fresca, como de tudo, mas a tal da altitude me pegou de jeito.
Vou falar um pouco da pousada. Na Internet falava que era Hotel. Mas chegamos lá e vimos que era um hotel com cara de pousada. Uma pousada. Ao pesquisar hotéis em Cuzco, notei que eram muito caros. Encontrei este que era um pouco afastado do centro (fica em um bairro chamado Larapa), que é uma parte da cidade que cresceu recentemente, e tem cara de bocada, se soubesse antes, logicamente não ficaria lá. Mas o hotel não era barato não, era US$149,00 a diária. Quarto confortável e café da manhã incluso. Escolhi este por se localizar próximo ao aeroporto, já que não dava para ficar próximo ao centro histórico, pelo menos não precisávamos nos preocupar com um possível trânsito até o aeroporto. Cuzco é bem grande, possui 320 mil habitantes. Na época do Império Inca, eram 200 mil. No centro histórico há as enormes e imponentes igrejas construídas pelos conquistadores e também alguns muros e ruínas remanescentes dos Incas.
Conhecemos também o mercado da cidade, onde compramos ponchos (aquele agasalho que parece um cobertor pequeno com um buraco no meio para enfiar a cabeça). Lá também tem comida típica, folhas de coca em saquinhos, e mercadorias variadas do local. É bem interessante e lotado de gente. Mas como eu estava enjoada, não consegui ficar lá dentro por muito tempo, então fomos andar pelas ruas do Centro Histórico.
Os ambulantes do local abusam. Se você fizer algum contato, seja visual com algumas das mulheres espalhadas na praça das armas com suas mercadorias para vender, já era, ela vem na sua direção feito um foguete e não desgruda mais. Nunca mais. As crianças são terrivelmente insistentes também, quando nos demos conta havia uma dezena de mulheres e outras duas dezenas de crianças a nossa volta querendo vender de tudo. O ideal é fazer cara feia já de primeira. Fingir que não fala aquela língua e nenhuma parecida. Aliás, finja que não fala e não entende nada e saia andando sem olhar ninguém nos olhos. Só assim é possível se esquivar das “implacáveis-ambulantes-caçadoras-de-turistas-simpáticos”!
Era dia 31.10.09. Haloween! Os peruanos comemoram o dia das bruxas assim como nos Estados Unidos. As crianças vêm pedir doces e encher as paciências até onde não dá mais!
Havia show de música típica na praça e muita festa. No final da tarde voltamos para a pousada (7 soles de táxi cada viagem da pousada ao centro ou vice-versa). Mas não consegui retornar para a festa na praça à noite, pois estava ainda meio zonza depois de tudo que passei. Não Jantamos e o Vi ficou com fome, eu não. No dia seguinte tínhamos marcado um passeio pelo Vale Sagrado com um taxista que a dona da pousada conhecia. É importante confiar nos taxistas que o hotel conhece, eles sempre indicarão pessoas de confiança. Não é bom se aventurar e procurar um táxi por si próprio, não em Cuzco.
Nosso taxista chamava-se Valério. Ao entrar no carro dele (sim, um carro velho, tipo um Del Rey), tocava uma música daquelas de flauta peruana, bem suave. Quando ele começou a entrar pelas avenidas e ruas de Cuzco, rumo ao Vale Sagrado, olhei para o Vi, ouvindo aquela música de fundo e pensei alto: “parece que estamos no Globo Repórter!”. Que bobagem! Mas parecia mesmo...
 

KarinLaperuta

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Peru em 4 dias – Parte 03

Quatro dias no Peru – Parte 03

Lá no Peru eles fazem uma espécie de pamonha. Tem doce e salgada, mas não me lembro o nome. Valério passou em um lugar no caminho e nos trouxe umas dessas para comer. Eu não estava comendo nada, então não posso dizer se estavam boas. Existem mais de 400 tipos de milho no Peru de várias cores, tamanhos e sabores. Eles fazem uma bebida de milho fermentado, chamada de “chichia”, cujo teor alcoólico vai aumentando conforme o tempo passa (de um dia para o outro). Passamos em uma espécie de bar que servia chichia, para experimentar. Consegui dar um golinho, é saborosa a bebida, bem refrescante. Lá também havia muitos porquinhos-da-índia. Depois descobri que lá eles comem os pobrezinhos. Dizem que é uma carne muito rica e boa para o colesterol. Vai saber. Eu não comi!
Passamos também em um pequeno zoológico no caminho, onde havia animais apreendidos em circos ou sendo comercializados ilegalmente. Tiramos uma foto ao lado de um condor. Ele é maior do que nós, sua envergadura é de 3 metros e ele pode viver mais de 70 anos! Este era um animal sagrado para os Incas. Lá compramos lembrancinhas para ajudar a colaborar com o estabelecimento, que vive de doações.
Chegamos finalmente às ruínas de Pisaq. O ingresso para entrar no parque custa 70 soles e dá direito a entrar em 4 ruínas: Pisaq; Ollataytambo; Chinchero e um outro lugar que não me recordo o nome agora. É porque não deu tempo de visitar os 4 lugares, apenas os três que citei. Pisaq é enorme. Imagine um bairro de sua cidade cujas ruas são ladeiras. Sobe e desce, sobe e desce o tempo todo. Cansa andar por lá. Valério nos levou até uma parte e depois retornou ao táxi para nos esperar na saída do parque. O problema é que a saída era para a esquerda e andamos para a direita. É porque há ruínas em toda parte, você fica querendo ir ver tudo! Esse erro quase me rendeu uma desidratação. Era meio-dia. A 3 mil metros de altura, sob o sol. Não levamos água. Sem ar, e nessas condições, cada passo se torna um sacrifício insuportável. Tínhamos que subir de volta uns 100 metros (só de degraus), depois andar mais uns 200 metros até o portão de saída. Se não tivéssemos errado, os primeiros 100 metros de subida não existiriam. Quase morri. No final, falei para o Vi ir na frente e esperar com água já comprada nas mãos, pois na chegada há dezenas de ambulantes e barraquinhas com líquidos para beber. Cheguei rastejando e ele já me deu um copo de suco de laranja. Bebi em um só gole o copo todo e nem senti. Bebi mais meio litro de água já no próximo fôlego e mais um gatorade tamanho gigante que eles vendem lá. Só depois desta overdose de líquidos meus pensamentos começaram a voltar ao normal. O engraçado é que na entrada, um ambulante veio me oferecer bonés antes de entrar nas ruínas, e a “gostosona” aqui virou para o ambulante e soltou: “No és necessário, somos brasileiros, estamos acostumbrados!”. Acostumados??? Eu deveria ter comprado um sombrero mexicano, isso sim! Então já sabem, boné e água para andar nas ruínas.
Saindo de lá, Valério nos esperava preocupado, dizendo que demoramos. No caminho, paramos em um restaurante por kilo, para almoçar. Estava até que apresentável, mas pedimos a la carte. Eu pedi uma sopinha rala de tomate, nada mais me desceria pela garganta sem querer fazer o caminho inverso. O caldinho de tomate estava ótimo diga-se de passagem! Tem alguns detalhes que podem passar despercebidos, como um fio de cabelo no fundo do copo com gelo que nos trouxeram...
Chegamos em Ollataytambo. Era domingo, então havia feira no local. As ruínas deste lugar são incríveis. Tem ruínas do período pré-inca também. Eu poderia escrever umas dez folhas sobre este lugar, acho que é até mais misterioso e mais magnífico do que a cidade de Machu Picchu. Há uma calha entalhada na montanha, que faz parte do sistema de irrigação, tão perfeita que só acredito porque eu a vi. Ela dá a volta em uma montanha imensa e não se sabe como foi que eles fizeram. Antes da invasão espanhola, os Incas destruíram e enterraram parte deste sistema, tornando impossível fazê-lo funcionar. Ninguém até hoje sabe como faziam circular tanta água por lá. Não é incrível?
Há também silos, templos e imagens entalhadas nas montanhas ao redor, é tudo muito grandioso.
Já era final da tarde quando chegamos à terceira ruína. Chinchero. Este lugar só foi descoberto há dez anos, pelo fato dos Incas terem enterrado tudo antes de fugir. Há uma igreja horrorosa construída sobre ruínas Incas, e lá dentro há imagens de santos e do cristianismo que estava sendo imposto, muito assustadoras. Pena que não podia tirar fotos.
A minha cabeça latejava de dor. Eu tinha certeza de que ela ia explodir, bem ali, dentro do táxi retornando a Cuzco. O taxista, só para ajudar, ainda lascou um Roberto Carlos no rádio do carro, cantando em Espanhol. Foi no mínimo estranho.
Mais uma noite sem jantar. Era impossível me locomover da cama até a praça das armas para jantar. O Vi estava com fome, e eu enjoada. Então pedimos uma pizza no disk pizza local. Preciso falar que era horrível? Pois era. Comemos um pedacinho cada um e tomamos uma coca-cola 600 ml cada um. Foi o jantar.
No dia seguinte de manhã, Valério nos levaria até a estação de trem que saía às 9 horas com direção à Machu Picchu. A subida até Machu Picchu é o que diferencia a viagem entre viável, cara ou muito cara.
 

KarinLaperuta

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Peru em 4 dias – Parte 04

Quatro dias no Peru – Parte 04

Chegamos à Estação de Poroy, de onde sai o trem para Machu Picchu. É em Cuzco mesmo, mas um pouco afastada da cidade. Um detalhe: não há ponto de táxi em Poroy. Se você for com o trem de luxo Hiran Bighan, na volta eles providenciam uma van para levar o pessoal embora. Bem melhor, pois acreditem: Valério nos abandonou e não foi nos buscar na estação à noite. Foi uma história engraçada, mas vou contar só o final: acabamos voltando para a pousada por 40 dólares, com os músicos do trem! Ai Valério, se eu te pego!!
O Hiran Bighan é luxuosíssimo. Fomos recebidos com taças de espumante na porta do trem, muita cordialidade e bom gosto. Tínhamos uma mesa só para nós dois, embora fosse para 4 pessoas. Acredito que por ser uma segunda-feira e ainda por cima dia de finados, o trem não estava cheio. A passagem custou em torno de R$ 1.500,00 ida e volta por pessoa, sim por pessoa. Mais caro do que a ida e volta de avião de Guarulhos/ Cuzco/ Guarulhos, com conexão em Lima. Então aproveitamos! Eu tentava não vomitar o tempo todo, mas curti muito também. O Vi bebeu até vinho. A viagem leva cerca de três horas e meia. O trem é composto pela máquina, um restaurante de acesso apenas para os funcionários, um vagão de passageiros, um vagão bar e um vagão panorâmico por último. Lá os músicos divertem os turistas que se divertem com as bebidas servidas no trem (inclusas na passagem). É servido um brunch maravilhoso que consegui comer sem ficar enjoada apesar do balanço do trem. Chegando em Águas Calientes, onde você tem que pegar um ônibus por mais meia hora até as ruínas, um ônibus também incluso na passagem do trem, nos aguardava. O ticket para entrar em Machu Picchu também estava incluso na passagem, por isso não sei dizer o valor da entrada. O que também não vou conseguir descrever foi a emoção que senti quando, ainda no ônibus, avistei Wayna Picchu. Um nó na garganta já se formou. Quem tiver bastante dinheiro e tempo deve se hospedar ao menos uma noite no Machu Picchu Santuary Lodge, que fica ao lado do portão de entrada da cidade de Machu Picchu. Vale a pena, pois não há controle algum nos portões após as 17 horas. Com uma lanterna ou somente com a lua cheia pode-se curtir a noite pelas ruínas. Não há controle de entrada com garrafas e peso mínimo nas mochilas, como se lê na Internet, pelo menos quando eu fui não havia. O trem proporcionou também dois guias turísticos, um falava em inglês e o outro em espanhol. Escolhemos o espanhol, pois ele parecia ser mais legal. No início tive que segurar as lágrimas de vergonha, mas tinha vontade de ajoelhar no chão e soluçar de emoção, afinal era um sonho de criança se realizando, e a energia do local é inexplicável. É diferente mesmo, não dá para explicar. É interessante saber que há até hoje templos e casas sendo descobertas lá, as escavações e pesquisas continuarão até que 100% da cidade esteja descoberta (hoje cerca de 60% apenas de Machu Picchu foi explorada, pelo menos foi o que disse o guia, não verifiquei a informação).
Ficamos ali umas três horas. Não deu para andar por tudo, pois como eu disse, é tudo imenso e cada degrau é um sacrifício devido à altitude, ao calor e ao meu sedentarismo também, não posso negar. Ah! Lembrei de algo muito importante: se você não é um atleta, ou pelo menos uma pessoa que se possa considerar um esportista, não se aventure em fazer a trilha Inca. Você não tem a menor noção do que é aquilo!! Quem já subiu no Pico das Agulhas Negras ou no Pico da Pedra Selada em Visconde de Mauá, imagine como se fizesse essa caminhada 3 vezes seguidas por dia, durante 4 dias. São 8 horas de caminhada íngreme por dia. É a-n-i-m-a-l. Eu não fiz e não recomendo para sedentários de jeito nenhum!!!
Ao final do passeio pelas ruínas de Machu Picchu, tomamos um chá da tarde nesse Hotel de luxo, também incluso na passagem do trem. Foi revigorante, finalmente consegui comer. De volta no trem, um pouco mais tarde, foi servido o jantar. Chegando em Poroy às 21 horas foi aquela surpresa: cadê o Valério??
No final deu tudo certo, pegamos o vôo de volta para Lima no dia seguinte de manhã e rapidamente fizemos a conexão e foi tudo bem.
Eu havia dito que há outras maneiras mais econômicas de se chegar lá de trem, pois bem, para quem vai de mochila e quer economizar bastante, vai de Backpacker. A passagem custa em média 40 dólares, mas você corre o risco de ir em pé e não é servido nada no trem. Parece que tem água para comprar. Outra alternativa, não tão sofrida, é o Vistadome. A passagem custa em média 75 dólares e são servidos snacks e água durante o percurso. Também é mais confortável. Os horários dos trens são diferentes e o Hiran Bighan, por exemplo não circula de domingo. Mas as informações estão disponíveis no site da Peru Rail, e dá para comprar as passagens on line, antes de viajar, é bem fácil.
Espero ter contribuído!
 

Asae

Membro Conhecido
Contribuíste sim Senhora e foi uma bela contribuição.
Muito Obrigada.

Tens fotos?:D
 

KarinLaperuta

Membro Novo
Fotos do Peru

Olá Sandra!
Ainda sou novata neste site e não consegui colocar as fotos. Mas assim que eu descobrir como faz, te enviarei algumas, ok?
Abraços, Karin. :D
 
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