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[Informação] Informações uteis sobre os Açores

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Paulo Leite

Moderador Honorário
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Informações uteis sobre os Açores

HISTÓRIA DOS AÇORES
A presença histórica dos portugueses inicia-se, em 1427, com a descoberta das ilhas de Santa Maria e de São Miguel. Durante os sécs. XVI e XVII, o arquipélago torna-se, pela sua posição geográfica, um dos eixos da navegação entre a Europa, o Oriente e a América. Nesse período travam-se nos mares dos Açores importantes batalhas navais, enquanto as ilhas eram sujeitas ao ataque de corsários e piratas. Os séculos seguintes viram o desenvolvimento do arquipélago, a introdução de novas culturas agrícolas, o fomento da pecuária e da pesca. Integrados desde sempre em Portugal, os Açores são hoje uma Região Autónoma, com Assembleia e Governo próprios.

GEOGRAFIA
Localizados em pleno Oceano Atlântico, entre a Europa e a América do Norte, os Açores desenvolvem-se no paralelo de Lisboa com as latitudes de 39º43’/36º55’N. As nove ilhas têm uma superfície total de 2.333 Km² e uma zona Económica Exclusiva de 984.000 Km². As suas áreas variam entre os 747 Km² (ilha de São Miguel) e 17 Km² (ilha do Corvo). O cone vulcânico do Pico na ilha do mesmo nome, que atinge os 2.351 m, é a maior altitude dos Açores e de Portugal. A população da Região é de 237.795 habitantes (censo de 1991).

CLIMA
Situado numa área anticiclónica, banhado por um ramo quente da Corrente do Golfo, o arquipélago tem um clima temperado marítimo, sem grandes oscilações da temperatura média anual.

Temperatura do ar em ºC
Janeiro 14,4ºC
Março 14,4ºC
Maio 16,5ºC
Julho 20,8ºC
Setembro 21,0ºC
Novembro 16,8ºC

Pelo facto de ser banhado por um ramo quente da Corrente do Golfo, o arquipélago mantém a temperatura da água do mar muito agradável durante todo o ano, o que proporciona aos adeptos das actividades ligadas ao mar a possibilidade de as praticarem tanto no Verão como no Inverno.

Temperatura do mar em ºC
Janeiro 16,5ºC
Março 17,0ºC
Maio 17,5ºC
Julho 23,8ºC
Setembro 21,0ºC
Novembro 18,0ºC
 

Paulo Leite

Moderador Honorário
Staff
CORVO
O branco do casario sobre uma ravina junto ao mar. As lagoas de águas azuis no fundo de uma ampla cratera. O verde da paisagem. Uma população que mantém tradições velhas de séculos. Encantos do Corvo, migalha de terra em pleno oceano. Que nos transporta a um mundo quase esquecido, que o isolamento preservou. Experiência que fica na memória para sempre.


HISTORIA
É ponto controverso a data do descobrimento das ilhas das Flores e do Corvo sabendo-se ter sido posterior às das restantes sete ilhas dos Açores. Afirma-se, porém, que em 1452 era reconhecida por Diogo de Teive e seu filho. Inicialmente denominada ilha de São Tomás ou de Santa Iria, em breve o seu nome é mudado para Flores, devido à abundância de flores amarelas (cubres) que revestiam toda a ilha, cujas sementes foram possivelmente trazidas da península da Florida, América do Norte, na plumagem de aves migradoras.
O seu povoamento inicial é atribuído ao flamengo Wilhelm van der Haegen (Guilherme da Silveira) que, depois de alguns anos, a abandona, indo fixar-se na ilha de São Jorge, decisão que se deveu ao afastamento da ilha e inexistência de ligações regulares por barco que permitissem a exportação da planta tintureira chamada "pastel" para a Flandres. Seguem-se, já no séc. XVI, agricultores de várias regiões do Continente que começaram a arrotear os seus campos produzindo trigo, cevada, milho, legumes e a explorar a urzela, líquen utilizado na tinturaria, e o "pastel". Nesse período recebem o foral de vila as povoações de Lajes e Santa Cruz.
Afastada das restantes ilhas do arquipélago, com poucos produtos para exportar, a ilha das Flores vive séculos de quase isolamento, interrompido pelas raras visitas das autoridades régias, de barcos de comércio do Faial e Terceira que vinham buscar azeite de cachalote, mel, madeira de cedro, manteiga, limões e laranjas, carnes fumadas e, algumas vezes, louça das suas cerâmicas e, em troca, deixavam panos de lã e linho e outros artigos e de navios que ali faziam aguada e compravam víveres. Este isolamento não evita que em 1587, seja atacada por uma esquadra inglesa que saqueia a ilha e que outros navios corsários e piratas um dos quais, conta a tradição se refugiou na gruta dos Enxaréus, a ataquem e pilhem.
Os navios baleeiros americanos, que frequentam os Açores desde meados de séc. XVIII até finais do séc. XIX, caçam o cachalote nas suas águas e recrutam, entre a população, marinheiros e arpoadores. Muitos deles tornam-se capitães de veleiros merecendo destaque o "Wanderer" que, tendo navegado até 1924, foi considerado o mais belo baleeiro americano.
O desenvolvimento da agricultura e da pecuária, a beneficiação das instalações portuárias, um aeroporto e a presença de uma estação francesa de telemedida são acontecimentos recentes, que abriram novos horizontes ao progresso da ilha.

GEOGRAFIA
Ilha de forma oval, com a área de 17,13 Km², tendo de comprimento de 6,5 km e de largura 4 km, é a mais pequena do Arquipélago dos Açores. Constituída pelo afloramento de um cone vulcânico tem a altitude máxima de 718 metros. Está situada a 31º 05' de longitude oeste e 39º 40' de latitude norte.


FLORES

Flores é a Natureza na sua exuberância primitiva. Nos picos e morros que descem até à costa em arribas verticais. No espelho azul de sete lagoas que brilham como jóias engastadas no verde envolvente. No murmúrio constante de cascatas que saltam do alto de encostas em direcção ao mar. E, sobretudo, no arco-íris das muitas flores que polvilham de cor toda a ilha.


GEOGRAFIA
De forma trapezoidal a ilha das Flores tem uma superfície de 143,11 Km², com o comprimento de 17 km e 12,5 km de largura máxima. A sua plataforma central, que se desenvolve entre os 500 e os 600 metros de altitude, tem no Morro Alto, com 914 metros, a maior elevação. Está situada a 21º 59' de longitude oeste e a 39º 25' de latitude norte.
 

Paulo Leite

Moderador Honorário
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FAIAL

A adrenalina forte da luta com um combativo espadim. As horas alegres de convívio no bar onde se encontram iatistas de todo o mundo. Os mistérios das grutas vulcânicas onde se escondem cardumes de peixes coloridos. Facetas da ilha do Faial para férias activas. Que se harmonizam bem com o branco casario da Horta, cidade de romance e aventura. O verde envolvente das colinas. O vermelho dos pitorescos moinhos. O ritmo contagiante de uma vida em que a tranquilidade e a alegria têm o condimento de uma boa pitada de cosmopolitismo.

HISTORIA
Ilha da Ventura das antigas cartas e portulanos e, na altura do seu descobrimento por navegadores portugueses, ilha de São Luís, teve como primeiro habitante, reza a lenda, um eremita que nela se refugiou do mundo.
Mais tarde, Josse Van Huerter, flamengo de posses, desembarca na ilha, onde já habitariam povoadores vindos de Portugal, acompanhado por mais quinze compatriotas, em procura do estanho e da prata de que se dizia existirem filões na ilha. As primeiras sondagens provam o erro e causam o insucesso da viagem. Entusiasmado, contudo, com a ilha e com a sua fertilidade, Van Huerter não desiste.
Com a intercessão da duquesa de Borgonha, filha do rei D. João I, obtém, em 1468, a carta de donatário da ilha e o direito de trazer da Flandres, flagelada pela Guerra dos Cem Anos, mais colonos. Estes fixam-se na freguesia dos Flamengos, que recorda no seu nome os primeiros povoadores, e, posteriormente, na área da Horta.
A ilha prospera com a agricultura e a exportação da planta tintureira pastel.
Em 1583, na continuação da ocupação dos Açores, iniciada com o desembarque na ilha Terceira, uma frota espanhola dirige-se ao Faial. Um corpo de homens de armas desembarca no Pasteleiro e trava uma luta com os defensores, reforçados por soldados franceses, acabando por conquistar a ilha. Seguem-se os corsários ingleses, que causam grandes danos, e o sismo de 1672, que provocou importantes destruições.
No séc. XIX o Faial participa activamente nas lutas que opõem os liberais aos absolutistas, acabando por decidir-se a favor dos primeiros, vindo a receber a visita do rei D. Pedro IV em 1832. Para além de valorosos combatentes o Faial contribui para a causa liberal com um arsenal que serviu para abastecer a frota que viria a desembarcar no Mindelo. A sua posição no Atlântico e a existência de um porto abrigado atrai, até cerca de 1860, os navios do comércio da laranja e os baleeiros americanos que vinham reabastecer-se. No séc. XX o Faial é um importante centro das ligações por cabo submarino e participa nos primeiros passos da aviação.
O Faial de hoje é uma ilha em desenvolvimento, com uma economia baseada na agricultura, pecuária, lacticínios, pesca e comércio.

GEOGRAFIA
Com a forma de um pentágono irregular e a área de 173,42 Km², a ilha do Faial tem 21 km de comprimento e 14 km de largura máxima. Dominada pelo cone vulcânico da Caldeira, que se espraia em declives suaves interrompidos por formações vulcânicas secundárias, a ilha tem a sua altitude máxima no Cabeço Gordo, com 1043 m.

PICO
Toda a ilha fala de gigantes. Na montanha que nasce do mar e toca as nuvens. No vulto enorme dos cachalotes que se deixam placidamente admirar pelos turistas. Nos homens que, num esforço de titãs, transformaram a escura lava em casas, vinhas, campos de cultivo.
Visitar o Pico é penetrar num pequeno mundo construído durante séculos por baleeiros, agricultores, pescadores. Para férias com o contraste entre as escarpas nuas de um antigo vulcão e doces de figos e uvas, extasiantes panoramas e aconchegadas aldeias debruçadas sobre o mar.

HISTORIA
Após o lançamento de gado na primeira metade do séc. XV, o seu povoamento iniciou-se cerca de 1460 com naturais do Norte de Portugal, após escala na Terceira e na Graciosa. O seu primeiro capitão donatário foi Álvaro de Ornelas, que não chegou a tomar posse efectiva da Ilha, pelo que veio a ser incorporada na capitania do Faial. Cedo tem nas Lajes a sua primeira vila, a que se segue a de São Roque, em 1542. Inicialmente voltada para a cultura do trigo e um pouco para a exploração do pastel, planta tintureira exportada para a Flandres, por influência da vizinha ilha do Faial, em breve a população dedica-se também à cultura da vinha e à pesca. Segue-se um largo período praticamente à margem da história, interrompido no séc. XVIII por importantes erupções vulcânicas. Em 1723 a Madalena é elevada a vila. Confirmando a sua importância económica como porto de ligação com o Faial, por onde se realiza o comércio com o exterior, e também como local de residência dos proprietários dos imensos vinhedos da zona, já então produtora de vinho.
À custa de árduo labor os campos de lava transformam-se em pomares e vinhedos. O verdelho do Pico tem, durante mais de duas centenas de anos, fama internacional, sendo apreciado em vários países, nomeadamente na Inglaterra, Américas e Rússia, onde chegava à mesa dos czares. O ataque do oídium, em meados do séc. XIX, destrói as vinhas. A recuperação é lenta e faz-se à base de novos bacelos.
A presença dos baleeiros americanos nas águas dos Açores desde o final do séc. VIII introduz um novo pólo de actividade na ilha - a caça do cachalote - que representou, durante anos uma importante fonte de riqueza para a ilha.
O Pico é, nos dias de hoje, uma ilha que conhece um surto de desenvolvimento económico, tornado possível com a instalação de novos portos e do aeroporto, recentemente inaugurado.

GEOGRAFIA
Desenvolvendo-se em torno do vulcão, com 2351 metros de altitude, que lhe dá o nome, a ilha do Pico tem uma forma oblonga - 42 km de comprimento e 15,2 de largura - e a superfície total de 447 Km². Um planalto com cones vulcânicos secundários termina junto do mar em altas falésias enquanto a área mais baixa, a oeste, tem declives moderados. Está situada a 28º 20' de longitude oeste e a 38º 30' de latitude norte.
 

Paulo Leite

Moderador Honorário
Staff
S. JORGE
O verde, o imenso verde que cobre vales e montes, numa profusão infinita de tonalidades. As perspectivas da ilha do Pico e da sua alta montanha. A tranquilidade dos grandes espaços onde apenas se ouve o canto das aves, o grito dos milhafres. É assim São Jorge, gigantesco navio de pedra eternamente ancorado no mar azul. Local de férias vividas em intimidade com a natureza

HISTORIA
O descobrimento e povoamento da ilha estão envoltos em mistério. A primeira referência a São Jorge data de 1439 e sabe-se que, cerca de 1470, quando já existiam núcleos de colonos nas costas oeste e sul e a povoação de Velas fora fundada, veio para a ilha o nobre flamengo Wilhelm Van der Haegen, que, no Topo, criou uma povoação onde veio a morrer, com fama de grandes virtudes, já com o seu nome traduzido para Guilherme da Silveira. Rápido deve ter sido o povoamento da ilha, com gentes vindas do Norte do continente, bem como a sua prosperidade, pois a sua capitania era doada, em 1483, a João Vaz Corte Real, donatário de Angra, na Terceira, e Velas recebia foral de vila antes do final do séc. XV. Topo era sede de concelho em 1510 e Calheta em 1534, demonstrando a vitalidade de uma economia que, além da vinha e do trigo, tinha no cultivo do pastel e na colheita da urzela, exportados para a Flandres e outros países da Europa, e usados na tinturaria, as suas principais produções. A crise dinástica provocada pela subida ao trono de Portugal do rei Filipe II de Espanha teve os seus reflexos em São Jorge, que, como a ilha Terceira, tomou o partido do pretendente D. António, prior do Crato, só vindo a capitular frente aos espanhóis após a queda da Terceira, em 1583.
Segue-se um período de séculos em que a ilha se mantém quase isolada, o que se deve atribuir ao abrigo precário que os seus portos ofereciam aos navios, à sua limitada importância económica. Mesmo assim é sujeita a ataques de corsários ingleses e franceses durante os séc. XVI e XVII e às devastadoras raízes dos piratas turcos e argelinos. No final do séc. XVI, uma secção da esquadra sob o comando do conde Essex desembarca na enseada da Calheta. Para a repelir os habitantes arremessam pesadas pedras - únicas armas de que dispunham - e um soldado chamado Simão Gato acomete o oficial da força inimiga, derruba-o e arranca-lhe a bandeira. No séc. XVIII, o corsário francês Du-Gnay-Trouin pilha São Jorge e, no ano de 1816, um corsário argelino que procurava apoderar-se de um navio mercante, é rechaçado pelos tiros da fortaleza da Calheta. Outras calamidades afligem São Jorge. São as privações e crises de alimentos em maus anos de colheita, desde o séc. XVI ao séc. XIX, os sismos e erupções vulcânicas de 1580, 1757 e 1808.
O isolamento do passado tem vindo a ser quebrado com as obras realizadas nos dois principais portos - Velas e Calheta - e o aeroporto, abrindo a São Jorge novos horizontes de prosperidade e progresso, para o que conta com a integral utilização dos seus recursos naturais, a expansão da pecuária e dos lacticínios, da pesca e da indústria de conservas.

GEOGRAFIA
Ilha alongada que com 56 km de comprimento apenas tem 8 km de largura máxima. São Jorge tem uma área de 246.25 Km². Criada por sucessivas erupções vulcânicas em linha recta, de que restam crateras, a sua plataforma central tem a altitude média de 700 m, com o ponto mais elevado a 1067 m. A costa, escarpada e quase vertical, sobretudo a norte, é interrompida por pequenas superfícies planas costeiras - as fajãs. Está situada a 28º 33' de longitude oeste e a 38º 24' de latitude norte.

S. MIGUEL
Lagoas de uma beleza que corta a respiração. O bulício de uma grande cidade e os amplos espaços de tranquilidade entre verdes e flores. Museus, igrejas, palácios que guardam tesouros de arte e história. O golfe, os passeios a pé, de bicicleta e a cavalo ou apenas horas de sol e praia. Facetas de uma ilha que é um centro de férias para os que gostam de cultura, de desportos... ou simplesmente de contemplar a Natureza.

HISTORIA
O seu povoamento inicia-se em 1444, depois de o Infante D. Henrique ter mandado lançar gado em sete das ilhas do arquipélago. A sua capitania foi entregue a Gonçalo Velho, cavaleiro e frade da Ordem de Cristo. Os primeiros habitantes provieram das províncias da Estremadura, Alto Alentejo e Algarve, vindo juntar-se, mais tarde, madeirenses, judeus e mouros e, possivelmente, franceses (tradição presente no nome da freguesia da Bretanha). A fertilidade do solo, a posição geográfica entre a Europa, a África e a América contribuem para uma rápida expansão económica, centrada no cultivo do trigo (que se exportava para as guarnições portuguesas das praças do Norte de África), da cana-de-açúcar, das plantas tintureiras pastel e urzela (exportadas para a Flandres), no vinho e nos lacticínios. Um século mais tarde, a batata-doce, o milho, o inhame, o linho e a laranja ampliam a produção agrícola da ilha. Vítima de ataques de corsários franceses, ingleses e argelinos durante o final do séc. XVI e parte do séc. XVII, São Miguel é ocupada por tropas espanholas em 1582, depois da derrota, frente a Vila Franca do Campo, de uma esquadra francesa, em que combatiam também portugueses, de apoio a D. António, Prior do Crato, pretendente ao trono português. Com a Restauração, em 1640, São Miguel recupera a sua posição de centro comercial desenvolvendo contactos com o Brasil, para onde seguem colónias de emigrantes. A laranja, exportada para Inglaterra, traz a São Miguel, desde o final do séc. XVIII, uma grande prosperidade.
Uma doença extermina os laranjais a partir de 1860, mas, em breve, a capacidade de iniciativa local introduz novas culturas - tabaco, chá, espadana, chicória, beterraba sacarina e ananás que garantem a sobrevivência económica e a que vêm juntar-se, com o correr dos anos, indústrias diversas, o incremento da pesca e da pecuária.
Hoje São Miguel, um dos centros de decisão política e administrativa da Região, é uma ilha com uma economia diversificada e em franco progresso.

GEOGRAFIA
São Miguel, a maior ilha do arquipélago dos Açores, tem uma superfície de 759,41 Km², com 65 km de comprimento e 16 km de largura máxima. A ilha é composta por dois maciços vulcânicos separados por uma cordilheira central de baixa altitude. O ponto mais alto, pico da Vara, com 1080 m, situa-se no maciço oriental. As grandes crateras das Sete Cidades, Fogo e Furnas apresentam maravilhosas lagoas de águas cristalinas. Está situada a 25º 30' de longitude oeste e 37º 50' latitude norte.


GRACIOSA
Uma enorme furna penetrando nas entranhas da terra. Os campos de vinhedos por entre os muros de pedra negra. A silhueta branca de um moinho recortando-se no azul do céu. A tranquilidade de uma vida quase separada do mundo, que acompanha o ritmo das estações. É este o universo da pequena ilha da Graciosa, que o mar emoldura de espuma branca. Onde cada dia de férias é uma pausa revigorante, o reencontro da serenidade.

HISTORIA
É incerta a data do seu descobrimento embora seja provável que tenha ocorrido por iniciativa de mareantes vindos da vizinha da ilha Terceira. De seguro sabe-se que recebeu gado por ordem do infante D. Henrique e que, em meados do séc. XV, já tinha povoadores, tendo sido Vasco Gil Sodré, natural de Montemor-o-Velho, acompanhado pela família e criados, o pioneiro e desbravador da ilha. Ergueu a sua casa no Carapacho, local onde aportou. Apesar de diligências de Vasco Gil Sodré para que lhe fosse feita a doação da ilha e de ter construído uma alfândega, a capitania da parte norte da ilha veio a ser entregue a Pedro Correia da Cunha, concunhado de Cristóvão Colombo, e a da parte sul a Duarte de Barreto.
O aumento da população, vinda segundo alguns historiadores, das Beiras e do Minho e também da Flandres, e a prosperidade da ilha levam a que Santa Cruz receba foral de vila em 1486 e que igual mercê seja dada à Praia, em 1546. Os nomes das grandes famílias que contribuíram para o povoamento e crescimento da ilha ainda hoje estão presentes entre os habitantes da ilha. Dedicando-se desde o início à agricultura e ao plantio da vinha, a Graciosa exporta já no século XVI trigo, cevada, vinho e aguardente. Com uma economia predominantemente agrícola, realizando todo o seu comércio com a Terceira, que dispunha de porto frequentado por navios de grande porte e era o centro económico e administrativo, a Graciosa sofre ataques e pilhagens por corsários nos sécs. XVI e XVII.
 

Paulo Leite

Moderador Honorário
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GEOGRAFIA
De forma oval, a Graciosa tem 61,66 Km² de superfície, com 12,5 km de comprimento e 8,5 km de largura máxima. Pouco montanhosa, plana e baixa na área norte e nordeste, eleva-se lentamente até à altitude de 398 m no Pico Timão, localizado no centro. Está situada a 28º 05' de longitude oeste e a 39º 05' de latitude norte.

TERCEIRA
O porto onde ancoraram galeões ajoujados com o peso das especiarias do Oriente, do ouro e da prata da América. As ruas rectilíneas de uma cidade que nos leva à atmosfera dos séculos XVII e XVIII. O quadriculado de campos verdes e planos pontilhados pela silhueta branca das vacas leiteiras. As pinceladas de colorido vivo, gritante dos "impérios" por entre o casario branco. Os risos, as piruetas dos rapazes que mostram as suas habilidades na "tourada à corda". As horas tranquilas de uma partida de golfe por entre maciços de criptomérias vindas do Japão Formas, cores e perfumes do caleidoscópio turístico da ilha Terceira. Onde o presente se junta ao passado para férias completas, entusiasmantes.

HISTORIA
Designada por ilha de Jesus Cristo no período do seu reconhecimento pelos navegadores portugueses, o povoamento inicia-se, cerca de 1450, com a concessão da sua capitania ao flamengo Jácome de Bruges pelo infante D. Henrique. As primeiras povoações situam-se nas áreas de Porto Judeu e Praia da Vitória, e em breve se estendem a toda a ilha.
Com uma economia inicialmente voltada para a produção agrícola, sobretudo de cereais, e a exportação de pastel, planta tintureira, a Terceira começa a desempenhar importante papel na navegação dos sécs. XV e XVI, como porto de escala para as naus que traziam as riquezas das Américas, que se juntam os galeões da Índia.
Nesse período a ilha Terceira é um entreposto do ouro, prata, diamantes e especiarias vindas de outros continentes, o que atrai a cobiça de corsários franceses, ingleses e flamengos e faz com que as suas costas sejam alvo de ataques constantes durante vários séculos.
A sucessão ao trono português do rei espanhol Filipe II, em 1580, e o partido tomado pelos terceirenses do pretendente D. António, Prior do Crato, que chegou a residir na ilha e nela cunhou moeda, levou a que a Terceira sofresse tentativas de conquista pelos espanhóis.
O primeiro desembarque de tropas espanholas, em 1581, é totalmente derrotado na celebrada batalha da Salga, em que participaram os escritores Cervantes e Lope de Vega. Em 1583 forças espanholas, muito superiores, comandadas por D. Álvaro de Bazan, vencedor da batalha de Lepanto, conseguem dominar a ilha, depois de violentos combates.
Até 1640 a Terceira é porto de escala dos galeões espanhóis trazendo as fabulosas riquezas do Peru e do México. Com a Restauração os espanhóis são expulsos e a vida regressa à normalidade, mantendo a ilha a sua posição de centro económico, administrativo e religioso dos Açores até ao início do séc. XIX.
As lutas liberais levam a Terceira a desempenhar, mais uma vez, importante papel na história de Portugal.
Adepta do partido liberal desde 1820 e após várias vicissitudes, dá-se em 1828, uma viragem em que os absolutistas são dominados e a Terceira se transforma na principal base dos liberais. Frente a Vila da Praia trava-se, em 1829, violenta batalha naval em que as forças miguelistas são derrotadas, a que se segue a instalação da regência na ilha e posterior conquista das restantes ilhas do arquipélago para a causa liberal. Da Terceira partem para o continente, em 1832, a armada e o exército que, após o desembarque no Mindelo, proclamam a Carta Constitucional.
O final do séc. XIX e o início do séc. XX caracterizam-se por uma progressiva redução do papel da Terceira no contexto dos Açores. A construção de um porto na Praia da Vitória, a existência de uma importante base aérea, o aeroporto comercial abrem novas perspectivas de desenvolvimento à ilha.

GEOGRAFIA
De forma elíptica, a Terceira tem uma superfície de 381,96 Km², com 29 km de comprimento e 17,5 km de largura máxima. Um planalto, com a saliência suave da serra do Cume, domina a extremidade ocidental. A zona central é marcada pela grande e baixa cratera da caldeira de Guilherme Moniz e por numerosas crateras com pequenas lagoas, enquanto a leste se ergue um cone vulcânico com ampla caldeira, a serra de Santa Bárbara, com a altitude máxima da ilha, 1023 m. Está situada a 27º 10' de longitude oeste e a 38º 40' de latitude norte.


SANTA MARIA
Íngreme escadaria de gigantes coberta de vinhedos. As esguias e elegantes brancas chaminés, evocadoras dos primeiros povoadores vindos do sul do Continente. As páginas de história de Vila do Porto e dos Anjos, que viu chegar Colombo na sua primeira viagem à América. Encantos da simpática ilha de Santa Maria, aquecida pelo sol.

HISTORIA
Desconhece-se a data do descobrimento de Santa Maria. De certo sabe-se que caravelas portuguesas fizeram o reconhecimento do seu litoral em 1427 e que Gonçalo Velho Cabral, navegador ao serviço do infante D. Henrique e freire da Ordem de Cristo, lançou gado em Santa Maria e foi, mais tarde, o seu capitão-donatário. Primeira ilha dos Açores a ser povoada, vê desembarcar das caravelas, em 1439, o punhado de pioneiros que se fixaram na Praia dos Lobos, ao longo da ribeira do Capitão. João Soares de Albergaria, sobrinho do primeiro capitão-donatário e seu herdeiro, dá um novo impulso ao povoamento de Santa Maria trazendo famílias do continente, sobretudo algarvias. Até final do séc. XV Santa Maria regista grande desenvolvimento, o que leva a que o primeiro foral de vila nos Açores seja concedido à localidade do Porto, desde então denominada Vila do Porto. A prosperidade da ilha assentou, até final do séc. XVIII, no pastel, que era considerado o melhor do arquipélago e existia em abundância, e na urzela, exportados para as tinturarias da Flandres, e na cultura do trigo, que tinha procura no continente e abastecia as praças-fortes portuguesas do Norte de África.
A sua proximidade das costas da Europa e da África trouxe-lhe, em 1493, a visita de Cristóvão Colombo, no regresso da primeira viagem à América, em cumprimento de promessa religiosa e procura de viveres.
Considerado vulgar pirata, foi preso, às ordens do governador da ilha, até completo esclarecimento das razões da sua vinda. Os verdadeiros piratas vieram, nos sécs. XVI e XVII, com os ataques de corsários ingleses, franceses, turcos e argelinos, que apesar das fortificações construídas, efectuavam razias, incendiavam e pilhavam e levavam os habitantes prisioneiros como escravos e reféns. Em 1616 a ilha é ocupada, durante cinco dias, por piratas marroquinos, que em 1675 praticavam inúmeras atrocidades, chegando a flagelar habitantes com uma barra de ferro.
Dedicando-se à agricultura, em que predominam vinhedos, trigo, milho, batata, inhame, pomares, à pecuária e aos lacticínios, Santa Maria atravessou, sem sobressaltos, os sécs. XVIII e XIX, se exceptuarmos a presença de um contingente de jovens da ilha entre as tropas que participam no desembarque do Mindelo e no cerco do Porto, em 1832, durante as lutas entre liberais e miguelistas. O século XX traz-lhe, com a construção do aeroporto em 1944 - de grande valor estratégico durante a Segunda Guerra Mundial e ponto de escala obrigatório nas travessias atlânticas, até finais da década de 60 - uma nova dinâmica e progresso. A introdução de novos modelos de aviões com maior autonomia de voo tem vindo a reduzir o tráfego no aeroporto, mas o futuro da ilha é encarado com esperança a partir de um adequado aproveitamento dos seus recursos naturais e posição geográfica.


GEOGRAFIA
Recortada por baías profundas, a ilha de Santa Maria tem 97,42 Km² de superfície, com 17 km de comprimento e 9,5 km de largura máxima. A um planalto de baixa altitude segue-se uma área acidentada que tem no Pico Alto, com 590 m, a maior altitude. Está situada a 28º 08' de longitude oeste e a 37º 43' de latitude norte.
 
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