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Falência da Monarch Airlines

Cristina Sousa

Membro Conhecido
"A companhia aérea britânica Monarch Airlines — que voa para os aeroportos portugueses de Lisboa, Faro, Porto e Funchal — entrou em falência e suspendeu todos os voos esta segunda-feira.
Segundo a Reuters, que cita a autoridade britânica de aviação civil, o colapso da companhia levou ao cancelamento imediato de 300 mil reservas e deixou cerca de 110 mil pessoas sem voo de regresso a casa. O Governo do Reino Unido já solicitou o aluguer de mais de 30 aviões para levar a cabo o que será a maior operação de repatriamento em tempo de paz, tendo destacado representantes também para os aeroportos portugueses.
Numa mensagem enviada aos trabalhadores, o presidente executivo da Monarch Airlines, Andrew Swaffield, pede desculpa pelo desfecho da crise na companhia. “Lamento muito que milhares de pessoas enfrentem agora o cancelamento das suas férias ou viagens, possíveis atrasos no regresso a casa e enormes incómodos devido ao nosso fracasso”, lê-se.
“Lamento verdadeiramente que isto tenha terminado assim”, afirmou o responsável.
O secretário de Estado britânico dos Transportes, Chris Grayling, explica que a Monarch Airlines cai vítima de uma “guerra de preços” nos voos para o Mediterrâneo.
A Reuters refere que o colapso da companhia aérea tem efeitos para várias empresas. A Boeing tinha recebido uma encomenda de 32 aeronaves do modelo 737 que ainda não foi finalizada. A frota à data da falência era maioritariamente constituída por aviões Airbus em regime de leasing, esperando-se problemas também para as empresas financeiras que colaboravam com a operadora britânica.
“Muitos fornecedores vão sofrer enormemente com a nossa falência, facto que lamento igualmente”, declarou o CEO da Monarch Airlines.
Esta manhã, o site oficial da companhia remetia para uma página da autoridade britânica de aviação civil com indicações para passageiros sem voo e clientes que tinham efectuado reservas."

Fonte: Jornal Público
 

tig21

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Viva
sou um dos afectados tenho voo domingo de Luton para o Porto, estou perdido sem avisos nenhuns por parte da Monarch :(
a ver vamos o que acontece, já equaciono não ir...
qualquer novidade agradeço a partilha.
 
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albertoguedes

Moderador
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a ver vamos o que acontece, já equaciono não ir...
Infelizmente, o que vai acontecer é não haver voo, isso parece certo: "As a result, we are sorry to inform you that, as of 2 October 2017, all future holidays and flights provided by these companies have been cancelled and are no longer operating."

Já entrei em contacto com o meu banco, do qual paguei com o cartão de crédito e estou a aguardar resposta, enquanto avaliam a situação, sobre o processo de devolução do dinheiro do voo. Isto por causa da informação que está no site da Monarch: "Flights booked directly with Monarch Airlines from 15 December 2016 onward: Customers with these bookings are not ATOL protected and are not entitled to make a claim to the CAA. You are advised to contact your card issuer, insurer or PayPal for advice on how to claim a refund."
 

tig21

Membro Ativo
Infelizmente, o que vai acontecer é não haver voo, isso parece certo: "As a result, we are sorry to inform you that, as of 2 October 2017, all future holidays and flights provided by these companies have been cancelled and are no longer operating."

Já entrei em contacto com o meu banco, do qual paguei com o cartão de crédito e estou a aguardar resposta, enquanto avaliam a situação, sobre o processo de devolução do dinheiro do voo. Isto por causa da informação que está no site da Monarch: "Flights booked directly with Monarch Airlines from 15 December 2016 onward: Customers with these bookings are not ATOL protected and are not entitled to make a claim to the CAA. You are advised to contact your card issuer, insurer or PayPal for advice on how to claim a refund."
segundo vi pelo Twitter o governo do UK está a tratar de organizar aviões e voos para substituir os voos agendados agora como e quando é vai ser mais difícil de prever
 
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Pedro Maia

Membro Conhecido
segundo vi pelo twitter o governo do uk está a tratar de organizar aviões e voos para substituir os voos agendados agora como e quando é vai ser mais difícil de prever
O governo do Reino Unido está a organizar vôos para repatriar os seus cidadãos que foram apanhados por esta situação e ficaram sem voo de regresso, não para substituir a generalidade dos voos agendados.
 
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ploferreira

Administrador
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CEO da Monarch atribui queda da empresa a guerra de preços em Portugal e Espanha
A guerra de preços entre as companhias aéreas para transporte de passageiros para destinos turísticos como Portugal ou Espanha foi, segundo o presidente da Monarch, uma das causas para a falência da quinta maior transportadora aérea britânica, anunciada esta segunda-feira.

Em entrevista esta terça-feira, 3 de Outubro, ao programa Today da BBC Radio, Andrew Swaffield recuou até ao período entre 2010 e 2012, em que a Primavera Árabe e os efeitos subsequentes afastaram milhares de turistas de países como a Turquia, Tunísia e Egipto, para explicar as origens da crise que derrubou a empresa com quase 60 anos de existência.

A essas circunstâncias, Swaffield acrescentou as ameaças terroristas, que em conjunto com a instabilidade política aumentaram a concorrência nos voos de curta distância entre as transportadoras, nomeadamente para destinos como Portugal e Espanha, pressionando os preços e reduzindo a rentabilidade da companhia. A juntar ainda, a depreciação da libra no pós-referendo do Brexit.

Segundo o site anna.aero, no início de Julho deste ano a concorrência em muitos dos destinos servidos pela Monarch era forte. A Thomson servia directamente 64 das 104 rotas daquela empresa, a easyJet tinha 46 ligações semelhantes, a Jet2.com servia 41 rotas iguais e a Thomas Cook 41. Já a Ryanair servia 33 rotas em sobreposição.

"Os voos estavam a ser encurtados para um menor número de destinos e a redução de 25% dos preços dos bilhetes nas nossas rotas criou um desafio económico massivo na nossa rede de curta distância," justificou o CEO esta manhã à rádio britânica.

O aperto financeiro nos últimos dias era de tal ordem, reconheceu o CEO, que a Monarch se via a registar "bem mais" de 100 milhões de libras (112 milhões de euros à cotação actual) em prejuízos no ano que vem. Apesar de se rodear de consultores externos, o CEO não conseguiu encontrar forma de reduzir essas perdas, fosse vendendo parte da empresa ou reestruturando-a.

"Tentámos tudo, mas não conseguimos encontrar solução e chegamos ao ‘fim da estrada’ no sábado à noite," concluiu.

Dos 499 voos operados pela rede da Monarch na primeira semana de Agosto, 279 - ou seja, mais de metade - serviam aeroportos espanhóis. Os principais destinos abrangidos no país vizinho eram Palma de Maiorca (52 ligações) e Alicante (46).

Já em Portugal, os quatro aeroportos servidos (Lisboa, Porto, Faro e Funchal) geravam 78 voos semanais no mesmo período, segundo o site anna.aero. De acordo com a mesma fonte, em Portugal o aeroporto mais afectado pelo fim das operações será Faro, com 47 ligações semanais, seguido de Lisboa (14), Porto (9) e Funchal (8).

No aeroporto algarvio, de acordo com dados da ANAC, a Monarch Airlines tinha uma quota de 7% dos passageiros no segundo trimestre deste ano, sendo a quarta companhia mais importante, numa lista liderada pela Ryanair e easyJet. No Funchal, a Monarch ocupou a oitava posição, com uma quota de 4%.

O fim das operações de transporte aéreo da Monarch – que está, ao abrigo da lei britânica, automaticamente ligado à entrada em insolvência, o que não acontece em países como Alemanha ou Itália em que a Alitalia ou a Air Berlin continuaram a operar em situações semelhantes – deixou em terra 110 mil pessoas em férias no estrangeiro e que tinham as suas viagens de regresso pagas e agendadas.

Já ontem o governo liderado por Theresa May garantiu que suportaria financeiramente, através do regulador aeronáutico (CAA) o transporte desses cidadãos (será a maior operação de repatriação em tempo de paz) nas próximas duas semanas, o que deverá custar 60 milhões de libras.

Os voos serão grátis para os turistas retidos no estrangeiro e o Estado britânico tentará depois reaver o dinheiro através das empresas gestoras dos cartões de crédito dos clientes afectados ou dos operadores turísticos, explicou à BBC Radio a presidente da CAA, Deidre Hutton.

Na segunda-feira, 11.800 pessoas já foram transportadas de regresso a casa em 61 voos e até ao final desta semana o número de regressados deverá ser de 56.000, mais de metade dos quais localizados em ilhas espanholas. Há ainda 750 mil reservas feitas até segunda-feira para voos na empresa e que ficaram sem efeito, deixando também sem utilização os aviões que deveriam transportar estes passageiros.

O fecho da companhia, que existe há quase 50 anos (foi criada em Abril de 1968), afectou quase 1.900 trabalhadores. Ontem a concorrente easyJet contactou os funcionários da Monarch, incentivando-os a concorrer a vagas de recrutamento na companhia, acenando com 500 lugares em Luton e Gatwick, aeroportos para onde a empresa insolvente voava.

Apesar da queda da Monarch e dos cancelamentos de voos da Ryanair anunciados nas últimas semanas alegadamente por erros na marcação de férias dos pilotos, a presidente do regulador CAA nega que o sector de transporte aéreo esteja em crise: "A indústria tem estado muito activa e ao longo deste ano o número de passageiros tem crescido, as companhias aéreas têm tido um desempenho muito bom e os aeroportos têm reportado números recorde de passageiros."
CEO da Monarch atribui queda da empresa a guerra de preços em Portugal e Espanha
 
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