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Baleares proíbem "turismo de bebedeira" e decretam expulsão dos hotéis e multas

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O governo das ilhas Baleares, em Espanha, aprovou um decreto pioneiro na Europa que proíbe o chamado "turismo de bebedeira" nas zonas habituais das viagens de finalistas, que prevê expulsão dos hotéis e multas de até 60.000 euros.

A proibição abrange as áreas de Praia de Palma e de Magaluf, em Maiorca, e o West End de San Antoni, em Ibiza, e visa tanto o consumo exagerado de álcool como o designado 'balconing', uma prática que consiste em saltar de uma varanda para outra ou de uma varanda para a piscina de um hotel, geralmente praticada por turistas embriagados ou sob o efeito de drogas.

Nessas áreas, passa a ser proibida a publicidade a consumo de álcool e 'bares abertos', excursões etílicas ("pubcrawling"), os chamados "happy hours", os "2x1" ou "3x1", os auto dispensadores de álcool, assim como a venda de bebidas alcoólicas em lojas entre as 21:30 e 08:00.

Além disso, as bebidas terão de ser cobradas a um preço unitário, sem possibilidade de serem feitas promoções.

De acordo com o decreto-lei aprovado, os turistas que pratiquem ou permitam praticar o 'balconing' em qualquer hotel das Ilhas Baleares poderão ser expulsos "de imediato" e serão multados num valor de entre 6.001 e 60.000 euros.

O decreto limita ainda os "barcos de festa", suspendendo a concessão de novas licenças até à existência de regulamentação desta atividade -- prevista para daqui a 24 meses.

Os barcos que já têm licença não podem embarcar ou desembarcar turistas em nenhuma das zonas restritas, consideradas como as áreas onde é mais frequente o "turismo de farra" nas Baleares.

As Baleares, tal como o sul de Espanha, são uma zona procurada para viagens de finalistas, incluindo por alunos portugueses.

Em 2017, a polícia espanhola anunciou que um grupo de 1.200 estudantes portugueses causaram danos de milhares de euros num hotel na costa sul de Espanha e que as autoridades tiveram de atuar várias vezes por distúrbios.

Um outro hotel, onde estava alojado um grupo de 800 estudantes portugueses do ensino secundário expulsou os jovens por danos e vandalismo, com ações como a destruição de azulejos, colchões atirados pelas janelas, extintores esvaziados nos corredores, entre outros danos.

Alguns anos antes, em 2010, um jovem português de 17 anos morreu na sequência da queda da varanda de um hotel em Lloret de Mar, Espanha, onde vários estudantes estavam em viagem de finalistas.

Em 2018, o ministro da Educação anunciou que as promoções de viagens de finalistas passaram a ser fiscalizadas, que alegadamente estariam a acontecer de forma ilegal, enquanto as autoridades policiais espanholas e portuguesas adotaram operações especiais de vigilância para essas épocas.
 
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