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Segundo o JN, Dezenas de pessoas em todo o país, que compraram pacotes de viagens à agência Marsans, não puderam ontem viajar. A empresa mandou fechar as lojas sem emitir vouchers e sem pagar aos operadores. Viagens marcadas para hoje, domingo, e amanhã, segunda-feira, também não se vão realizar.
As dificuldades que enfrenta o Grupo Marsans, de origem espanhola, manifestaram-se desta maneira abrupta em Portugal. Na terça-feira, o novo director-geral da Marsans Lusitana, José Vicente, deu instruções às lojas para cobrarem aos clientes com reservas a totalidade das viagens. Na quarta, pediu-lhes que depositassem essas verbas. Na quinta, foi para Espanha e, anteontem, mandou encerrar todos os balcões no fim-de-semana.
Os funcionários das lojas Marsans - que são cerca de 30 em todo o país, fora as agências associadas - calculam que entre 300 a 400 pessoas tenham ficado em terra este fim-de-semana. Amanhã, mais passageiros perderão a sua viagem porque os operadores, com pagamentos em falta por parte da Marsans, não emitiram os vouchers nem os bilhetes de avião por si comprados.
O mesmo director-geral enviou, anteontem, um mail às lojas que causou perplexidade. Dava ordens para fecharem as portas, para sua própria protecção, e deixava ao critério de cada um avisar ou não os clientes da impossibilidade de efectuarem as suas viagens marcadas para o fim-de-semana. Se o fizessem, segundo relatou ao JN um chefe de loja, deviam efectuar esses contactos fora das lojas.
Os funcionários da Marsans Lusitana emitiram ontem um comunicado, solidarizando-se com os clientes e demarcando-se da "medida de encerramento imposta". Alguns foram ameaçados por clientes frustrados ao telefone. O chefe de uma loja do Norte contou ao JN que durante a madrugada de sexta e o dia de ontem, os funcionários tentaram, pelos seus próprios meios, salvar algumas viagens.
Manuel Almeida, do Porto, soube na sexta que não poderia, ontem, embarcar com a família para a Grécia. No dia anterior, tinha pago a última tranche do seu pacote de quase 4 mil euros na loja Viagens Auchan by Marsans (uma parceria da rede com o grupo Auchan) do centro comercial Parque Nascente, em Rio Tinto. "Vou tentar recuperar o pagamento junto do Instituto do Turismo de Portugal", disse ao JN.
Ontem, a loja onde pagou a viagem estava fechada, como outras na cidade do Porto, em Guimarães (onde cerca de 30 pessoas perderam viagens) e Lisboa. Avisos na porta indicavam fecho "por motivos de força maior" ou ainda, no caso do Parque Nascente, que abre todos os dias até à meia-noite, "por motivos operacionais". O número nacional da Marsans dava uma mensagem gravada, informando que os serviços estavam encerrados. A página da empresa na Internet também estava inacessível.
O presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo, João Passos, considera a situação "inadmissível e surrealista", além de inédita nos 45 anos que leva de trabalho no sector, declarou ao JN. Tentativas de contacto com o director-geral da Marsans Lusitana, José Vicente, ou ainda com o Grupo Auchan. foram infrutíferas.
As dificuldades que enfrenta o Grupo Marsans, de origem espanhola, manifestaram-se desta maneira abrupta em Portugal. Na terça-feira, o novo director-geral da Marsans Lusitana, José Vicente, deu instruções às lojas para cobrarem aos clientes com reservas a totalidade das viagens. Na quarta, pediu-lhes que depositassem essas verbas. Na quinta, foi para Espanha e, anteontem, mandou encerrar todos os balcões no fim-de-semana.
Os funcionários das lojas Marsans - que são cerca de 30 em todo o país, fora as agências associadas - calculam que entre 300 a 400 pessoas tenham ficado em terra este fim-de-semana. Amanhã, mais passageiros perderão a sua viagem porque os operadores, com pagamentos em falta por parte da Marsans, não emitiram os vouchers nem os bilhetes de avião por si comprados.
O mesmo director-geral enviou, anteontem, um mail às lojas que causou perplexidade. Dava ordens para fecharem as portas, para sua própria protecção, e deixava ao critério de cada um avisar ou não os clientes da impossibilidade de efectuarem as suas viagens marcadas para o fim-de-semana. Se o fizessem, segundo relatou ao JN um chefe de loja, deviam efectuar esses contactos fora das lojas.
Os funcionários da Marsans Lusitana emitiram ontem um comunicado, solidarizando-se com os clientes e demarcando-se da "medida de encerramento imposta". Alguns foram ameaçados por clientes frustrados ao telefone. O chefe de uma loja do Norte contou ao JN que durante a madrugada de sexta e o dia de ontem, os funcionários tentaram, pelos seus próprios meios, salvar algumas viagens.
Manuel Almeida, do Porto, soube na sexta que não poderia, ontem, embarcar com a família para a Grécia. No dia anterior, tinha pago a última tranche do seu pacote de quase 4 mil euros na loja Viagens Auchan by Marsans (uma parceria da rede com o grupo Auchan) do centro comercial Parque Nascente, em Rio Tinto. "Vou tentar recuperar o pagamento junto do Instituto do Turismo de Portugal", disse ao JN.
Ontem, a loja onde pagou a viagem estava fechada, como outras na cidade do Porto, em Guimarães (onde cerca de 30 pessoas perderam viagens) e Lisboa. Avisos na porta indicavam fecho "por motivos de força maior" ou ainda, no caso do Parque Nascente, que abre todos os dias até à meia-noite, "por motivos operacionais". O número nacional da Marsans dava uma mensagem gravada, informando que os serviços estavam encerrados. A página da empresa na Internet também estava inacessível.
O presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo, João Passos, considera a situação "inadmissível e surrealista", além de inédita nos 45 anos que leva de trabalho no sector, declarou ao JN. Tentativas de contacto com o director-geral da Marsans Lusitana, José Vicente, ou ainda com o Grupo Auchan. foram infrutíferas.