Só agora tomei conhecimento desta triste noticia. A Marsans era uma das Agências que habitualmente recorria para análise de preços e, em 2005, cheguei a ir com eles ao Brasil. Esta ocorrência é um verdadeiro pesadelo para clientes e trabalhadores, espero sinceramente que haja mecanismos que suavizem o q aconteceu apesar do horizonte ser muito sombrio de acordo com a noticia do DN. A minha solidariedade total para com os lesados. É importante q se tirem lições do q aconteceu e possam ser antecipados por 'alguém' acontecimentos deste tipo. Se isto me acontecesse nem sei o q faria....
SUGESTÃO: Criação neste portal de um observatório gerido pela administração e que consistiria numa lista de todas as agências a operar em Portugal (as + importantes?) e seriam classificadas em 3 níveis ( p.ex. verde, amarelo e vermelho).
Infelizmente as noticias não sáo as melhores (DN)
"Empresa pode não ter património suficiente para cobrir dívidas aos clientes.
Os clientes das agências de viagens da Marsans podem não reaver o dinheiro que gastaram na marcação das suas férias. Isto porque os 25 mil euros da caução depositada pela empresa no Turismo de Portugal pode não ser suficiente, e a própria Marsans pode não ter património que permita cobrir as dívidas, conforme explica a coordenadora jurídica da Deco (Associação de Defesa do Consumidor), Ana Tapadinhas.
A Deco, que ontem recebeu 142 reclamações, está a aconselhar os clientes a pedirem a "activação da caução junto do Turismo de Portugal, a reclamarem junto do provedor do cliente ou a recorrerem ao tribunal". Entretanto, a Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT) abriu um inquérito à empresa.
O uso do dinheiro da caução depositada no Turismo de Portugal é determinado por uma comissão arbitral que obriga, assim, a agência a devolver o valor da viagem. Este depósito no Turismo de Portugal é obrigatório para todas as agências e serve para acautelar problemas com os clientes. Neste caso, o valor da caução da Marsans é de 25 mil euros, ou seja, um valor inferior ao reclamado, o que pode deixar alguns lesados sem o dinheiro. Muitos dos clientes ouvidos pelo DN pagaram mais de mil euros à agência.
A APAVT adianta ainda que a Marsans pode ser expulsa da associação e aconselha os clientes a apresentarem queixa. "A APAVT já recebeu mais de 100 reclamações e pedidos de informação", adianta o porta-voz da associação, Paulo Brehm.
Os problemas financeiros da Marsans em Espanha já se arrastavam há alguns meses, e o processo de insolvência já decorre, segundo o El Mundo. O Governo espanhol deu um mês para que os clientes lesados se apresentem como credores, de forma a verem a sua dívida saldada. Mas o director-geral do Grupo esclarece que "a situação em Portugal não tem de ser afectada pela situação da Marsans, em Espanha". Ivan Losada garantiu, citado pela Lusa, que a empresa está disponível "para que o Governo, ou qualquer outra entidade, tutele a situação. Actuaremos com total transparência".
Apesar de Ivan Losada ter apelado à calma, na sede, em Lisboa, além dos clientes, também fornecedores procuraram ontem reaver o material que tinham nas instalações. E até a polícia foi chamada para acalmar os ânimos.
No Porto, um dos funcionários confirmou ao DN que na quinta-feira passada receberam instruções para pressionar os clientes a pagar as tranches em falta. "O máximo possível", garante. Ontem uma nova mensagem electrónica, dando conta de que "os clientes que já tenham perdido as suas viagens serão reembolsados", adiantou o mesmo funcionário, o que, na prática, significa a garantia de reembolso para quem tinha viagens com início marcado para o fim-de-semana ou para ontem. Os problemas, garantem, nunca foram sentidos até à passada sexta-feira. Porém, os funcionários admitiam que ainda não receberam o salário deste mês nem o subsídio de férias"