Nadia Guerreiro
Membro Ativo
Porque não começar de maneira diferente? Aqui está o resumo de 2 meses de viagem pela Ásia em vídeo, porque acho que desta vez abusei um pouco na escrita, mas ao relembrar toda a viagem começo-me a entusiasmar e vou recordando até ao mais pequeno promenor que seja. (Já me estou a preparar para futuramente escrever um livro)
http://youtu.be/NjfROGDkO9s
Mais uma grande viagem ao fim de algumas e no meio de muitas que ainda virão. Sem dúvida e cada vez mais é um enorme prazer poder sair da nossa zona de conforto e ir a descoberta de novas culturas, de novos modos de vida, de outras mentalidades.. tudo isto ajuda-nos a cresçer como pessoas e a mudar-nos, quase sempre no bom sentido, a nossa maneira de ver o mundo e valorizarmos o que realmente interessa. Compreendemos, e falo por mim, que é um erro reclamar porque a água em casa esta morna e não quente, porque a comida tem ou não tem muitos ingredientes, porque a internet deixou de funcionar ou que ficamos sem bateria no telemóvel, quando na realidade do outro lado do mundo as pessoas não tem nada desses pequenos grandes luxos a que nós estamos habituados. Que vivem ou sobrevivem com aquilo que conseguem ganhar.
Índia
Capital: Nova Deli
Continente: Ásia
Moeda: Rupia indiana
(1 euro ± 74 rúpias , na nossa altura.)
Índia, um dos destinos do ano 2014.. Um país com muito que se lhe diga.
É um país que nos trasmite um misto de emoções. Muitas opiniões dividem-se entre o ódio pelo país ou o amor por este, na realidade eu senti ambos sentimentos. Chega a um ponto da viagem que quase que consegues odiar qualquer coisa que te incomoda, sobretudo quando durante a viagem se fica doente como o meu caso. Mas por outro lado é um país no qual ficamos admirados com a beleza de alguns monumentos e a simplicidade das pessoas que lá vivem. Existem muitos trafulhas que nos tentam constantemente enganar, como os taxistas, outros que nos abordam na rua para nos dar informações e em troca querem dinheiro, e por aí em diante, mas por outro lado existem pessoas com bom coração que nos tentam ajudar a orientar-nos, que impedem que os outros nos enganem, pessoas que em troca só pedem um sorriso nosso.
Delhi
Chegamos a Delhi, não achei grande impacto acerca deste país, talvez por já termos estado em países semelhantes em termos de pobreza mas claro, concluímos que até agora Índia foi o país onde existe mais pobreza. São muitos os pedintes que existem na rua, muitas pessoas que tentam vender o que têm para vender, até mesmo droga. Mas nunca sentimos qualquer tipo de receio em andar nas ruas indianas, sejam as horas que forem.
Sentimo-nos bem aqui, tudo barato, dá para negociar tudo e é fácil viajar pela Índia. O primeiro dia completou-se com umas voltas para conhecer a cidade, a comida, as pessoas, tudo acabando por ir parar ao Índia Gate. Já estava de noite quando chegamos lá, pois fizemos tudo a pé, penso que nos perdemos no caminho e andamos às voltas para chegar lá. Muita animação à volta do Gate, havia muitos locais a venderem os seus petiscos, e gelados e algodão doce. Ele estava iluminado e aproveitamos para sentar por lá no chão e comer uns chapatis (pão indiano) com um molho picante deles, não será muito saboroso, só conseguia sentir o picante na minha boca mas ainda é o inicio, ainda o meu estômago esta forte para aguentar estes picantes.
8 da manhã, alarme toca e vamos tocar o pequeno almoço no hotel. É tudo tão barato que apetece pedir tudo o que vemos na lista de pequenos almoços mas já sabemos que muitas vezes temos mais olhos que barriga pedimos só o essencial para o pequeno-almoço. Pão com manteiga/doce, copo de leite ou sumo de laranja e omelete (p.s. trouxemos connosco de Portugal um pacote de Nestum também o que deu para encher logo a barriga). E segue-se a visita primeiramente ao Qutb Minar. A entrada custa cerca de 250 rúpias e trata-se do minarete de tijolo mais alto do mundo, e um importante exemplo de arquitetura indo-islâmica. O Qutb Minar mede 72.5 metros de altura. Deu para tirar umas fotos e relaxar um pouco nos jardins que o rodeiam.
Para lá apanhamos o metro, não me lembro da paragem que ficamos e de seguida apanhamos um tuk-tuk que nos levou ao destino, ainda fica um pouco longe da estação mas de volta já viemos a pé, pois já sabíamos o caminho e quisemos poupar esse dinheiro do tuk tuk, apesar de não ser muito, mas somos assim, gostamos de andar e só assim conhecemos mais do que a Índia nos tem para dar.
Entrar no metro e sair na estação onde ficamos perto do Lotus temple, popularmente conhecido como Templo de Lótus devido a sua forma de flor. Tradicionalmente conhecido como Casa de Adoração Bahá'í, está agora na lista de locais da Unesco a serem elevados à posição de patrimônio mundial.
Não se paga, mas não se entra calçado, por isso deixar os sapatinhos de lado e ir descalços.
Dias em Delhi: 2 dias, 2 noites.
Hotéis: Su Shree Continental (por volta dos 10 euros por noite).
Agra
Comboio Delhi para Agra custa 140 rúpias por bilhete. Comboio que quase punha de baixa o meu companheiro de viagem, pois um indiano, sem maldade, larga o apoio das camas que segura a cama do meio e este ganha certa velocidade e bate mesmo na sobrancelha do Hugo. Atenção aquilo é material de ferro ou aço, mas felizmente só bateu na sobrancelha e não no olho, e o Hugo ganhou assim um galo inchado na testa. Chegados ao destino apanhamos um Tuk tuk da estação de Agra para o Hotel= 80 rúpias (2 pessoas).
O nosso Hotel ficava apenas a 2 minutos a pé do Taj Mahal, então não perdemos tempo nenhum, fomos ao Hotel depositar as malas e vamos lá em direção do Taj Mahal.
750 rúpias entrada no Taj Mahal (incluído uma água pequena e uns plásticos para os pés). Não é permitido tripés ou coisas parecidas à entrada do Taj. Terão de deixar num cacifo perto da bilhetaria, não se paga. Esperem sempre um bom tempo de espera na fila para entrar a levar com o calor do dia em cima.. Mas quando se entra nesse espaço que se divide entre a fila, as máquinas de detectores metais e os seguranças e finalmente se observa o enorme Taj que de longe parece pequeno, mas a medida que nos vamos aproximando ele vai crescendo e ganhando forma. Posso dizer que quando finalmente vejo esta maravilha do mundo a respiração cortou por alguns segundos. Sabendo a história de como foi construído e a razão para que foi construído torna o monumento mais autêntico e mais poderoso. É impressionante os detalhes de todo este e todo o seu envolvimento com grandes jardins bem tratados, com arranjos de água onde o Taj se reflete. Ficamos lá, lá de longe da confusão, dos indianos, mas onde o Taj não perdia a sua beleza e assistimos ao pôr-do-sol.
O que podemos esperar do interior do Taj? Tirando toda a arquitetura e decoração que constitui o seu interior, mas que dificilmente visível devido à enorme quantidade de indianos que teimam a entrar a força para dar uma volta que leva alguns segundos, em torno dos túmulos (referentes à mulher e ao seu respectivo marido, o que mandou construir o Taj Mahal).
É sem dúvida o monumento que mais se faz encher de indianos e turistas em Agra, e por muitas vezes, eram muitos os indianos que se dirigiam a nós e pediam-nos para tirar fotos com eles, outro tiravam nos discretamente tentando que a gente não repara-se. Sentimo-nos como verdadeiros famosos, houve até quem chegasse a dizer que eu era modelo e o Hugo um jogar de Futebol conhecido. Os primeiros tempos torna-se engraçado toda a atenção virada em nós, mas em pouco tempo apercebemo-nos como é incomodativo e cansativo esta insistência em tirar fotos com a gente. Chega a uma altura em que já temos de negar fotografias, só pela questão que tiramos uma mas vêem logo mais uns 15 indianos e querem todos tirar fotos também. Já chega de fotos, vamos para o Hotel que estamos esfomeados.
Sugestão: Malai Kofta no terraço deste Hotel, sítio calmo e conseguem avistar o topo do Taj Mahal, até aos muçulmanos se lembrarem de orar nos altifalantes que estão distribuídos pela "cidade". Estava na hora de ir dormir. Mas a meio da noite decidimos acordar e subir ao terraço para ver o Taj Mahal.. Mas nada, não existem luzes no Taj Mahal por isso não se vê nada a noite, uma pena.
O dia seguinte preencheu-se com a visitar ao Agra Fort, que custa 250 rúpias cada bilhete (guardem o bilhete do Taj Mahal pois com esse terão desconto no Agra Fort) e por 300 rúpias negociados por um Rikché que nos levou a conhecer alguns monumentos, ficavam todos muito longe uns dos outros por isso foi a nossa melhor opção. A primeira paragem foi no Baby Taj (100 rúpias a entrada) não chegamos a entrar porque de fora já dava para ter uma pequena ideia do que se tratava e vimos o mapa do monumento perto da bilhetaria e era nada mais nada menos que uma pequena "réplica" do verdadeiro Taj Mahal, mas em ponto pequeno. Não achamos muito interesse em visitar-lo. Seguimos e direção ao outro lado do rio onde vimos as primeiras bases para a construção do Black Taj (100 rúpias a entrada). É interessante ver as bases e reparar como tudo é tão simétrico e exatamente igual ao original Taj Mahal. A nossa imaginação vai para além de uma visão de um conjunto de Taj Mahal's, o de mármore branco e o outro em preto, seria uma paisagem linda!
É um ótimo sítio também para tirar fotografias com o Taj Mahal de fundo, é raro o turista e o indiano que está lá para se infiltrar nas fotos, e se o tempo tiver limpo, foto perfeita.
Dias em Agra: 1 noite, 2 dias.
Hotéis: Sai palace hotel, 400 rúpias (2 pessoas).
Sobre os comboios da Índia:
Comboios da Índia não se assemelham de todo ao que nós estamos habituados, claro anda em cima de carris e o aspecto é idêntico, o que muda realmente é o interior. Tem de perceber que estão a lidar com indianos e para eles não existe ordem e organização. Existe lugares marcados que estão escritos nos bilhetes de comboio mas quando chegas ao teu lugar reparas que para 6 lugares (uma cabine) existem 10 ou mais pessoas, em suma, uma família. Pelos visto ou compram bilhetes em alturas diferentes ou não compram bilhetes e por isso os lugares nunca são perto, mas eles não ligam a isso e sentam-se todos juntos mesmo não sendo os lugares deles. Até que quando passa o senhor que controla os bilhetes tudo muda, ou não. Talvez por sermos estrangeiros o senhor do controlo respeitava e mandava os outros que estavam supostamente no nosso lugar para o sítio deles para nós ficarmos no nosso lugar, que pagamos. Ressonam, e não é pouco. Quando o comboio faz as suas paragens durante a noite, o barulho do andamento deste pára e aí acentuam-se os sons sonoros noturnos que os indianos produzem, como não existe separação nenhuma das cabines consegue-se ouvir até o lá do fundo a ressonar. Pessoal, é uma questão de hábito. ao fim de algumas viagens já nem ouvem nada. Mercadorias? Mercadorias é com os indianos. Digamos que quase cada indiano trás 1 ou mais malas ou sacos que aparentam serem pesados (nunca descobrimos o que lá tinham, não sabemos se é areia ou arroz ou outra coisa) e metem em todo o lado. Em baixo dos bancos ou em cima da cama de cima, por isso muitas vezes não tínhamos espaço para por a nossa mala, pelo menos perto da nossa cabine, mas chegou a uma altura em que exigíamos o "nosso" espaço para pôr as malas. Dormir numa cama que por si já é pequena e não muito comprida e ainda para mais com uma mala lá a ocupar espaço?
Convém sempre levar uns snacks para o comboio, ainda para mais se a viagem é de noite. Existem muitos homens vendedores que entram em todas as paragens e vendem de tudo. Comida, amendoins, fruta, e especialmente o chá famoso, "tchai". É ótimo e super barato, o preço varia entre as 10-20 rúpias. 10 rúpias é o preço aceitável e normal, 20 já é muito, mas há sítios nas estações onde se apanha o chai mais barato, chegamos a beber chai por 5 e 7 rúpias. E por opinião pessoal penso que os preços de alguns snacks sejam mais baratos nas paragens de estações de comboio do que dentro das cidades, por norma o preço das batatas fritas ou das bolachas são os mesmo que estão marcadas nestas mesmo (atrás dos pacotes a letra pequena conseguem ver o verdadeiro preço). Cheguei a comer omelete no pão numa paragem por 10 rúpias.
Da mesma maneira que há comida também há lixo e o que não falta lá é isso mesmo. Alguns atiram pela janela outros simplesmente atiram para o chão. Já estávamos tão acostumados que reagíamos tal e qual como eles quando chegava a hora de comer amendoins, cascas para o chão amendoim para a boca. Ao fim de uma viagem de comboio o chão ficava um pânico. E assim se vive a verdadeira Índia.
(Este não é foto de um comboio mas de um autocarro ainda semi-cheio).
Next: Jaipur
Este foi o comboio mais caro que pagamos em toda a viagem da Índia, trata-se de uma classe mais superior e só optamos por este pois foi nos dito que já não tinham bilhetes para classes mais baixas. 1300 rúpias (650 cada), partida de Agra para Jaipur. Nesta classe do comboio era raro o indiano que lá estava, eram só turistas e foi aí que avistamos as primeiras portuguesas, mas o entusiasmo por encontrar pessoas que falam a mesma língua não foi tão grande da parte destas turistas como nós esperávamos que fosse, aliás português é sempre português, e é sempre bom uns minutos, poucos que sejam, de "bate-papo" com portugueses.
Incluía refeições, e não foram más de todo, mas eram picantes. Desde alguns snacks, chás, sopa, pão com manteiga, seguidamente com uma típica comida indiana com os seus famosos molhos cheios de especiarias, iogurte e chapatis (pão indiano), no fim das refeições ainda tivemos direito a um gelado (quase líquido já) de morango.
P.s: Existe fichas nos comboios que normalmente funcionam, podem carregar aí os telemóveis ou as baterias das máquinas fotográficas.
Jaipur, mais conhecida por cidade Rosa "Pink City". Deve-se a escolha da mulher do Rei e que este lhe fez a vontade por gostar muito dela, não me recordo bem, mas qualquer taxista explica a história da cidade, lembro-me que até que era interessante.
Pontos de interesse visitado por nós:
- Hawa Mahal, que se situa no meio da cidade. Trata-se de uma parede muito conhecida de Jaipur. Destaca-se pela sua cor rosa e pela forma que apresenta. Não entrámos lá dentro, aliás fomos avisados que lá dentro apenas existe um quadro pequeno. A verdadeira beleza encontra-se cá fora;
- Amber Palace merece uma visita pela vista e pelo local onde esta posicionado. Aqui quem apresentar cartão de estudante na entrada tem desconto. Eu paguei menos 100 rúpias que o Hugo eheh. Preço de entrada: 200 ou 100 rúpias para estudantes. Não se paga por levar câmeras;
- Jal Mahal, que é um palácio construído no meio do lago Man Sagar;
- Jantar Mantar, uma coleção de instrumentos de arquitetura astronômica;
- Albert Hall Museum, não entrámos la dentro mas de fora é interessante;
- Kanak Vrindavan, também lhe chamam monumento dos macacos pois existe lá muitos macacos, e não são muito amigáveis. Entrada: 30 rúpias;
Havia muito para visitar, mas ficámos apenas por estes. Foi negociado um preço, cerca de 500 rúpias (250 cada um) para visitar maior parte destes sítios.
Mais uma vez o comboio é o meio de transporte que utilizamos para o próximo destino.
Dias em Jaipur: 2 noites, 3 dias.
Hotéis: Hotel Kalyan, 11,89 euros por noite, 2 pessoas.
Jaisalmer
A caminho de Jaisalmer e muito frio passamos nós durante a noite no comboio. É aconselhável que levem uma mantinha para proteger do frio que se faz sentir dentro do comboio de noite. Foi a primeira vez que senti frio, mas devido a rota, a destino do deserto, e ao anoitecer começa a esfriar.. e muito. Todos os turistas/amigos que conhecemos nesta mesma rota queixaram-se do mesmo.
Jaisalmer foi um dos pontos altos da viagem. Conhecida pela "a cidade dourada", é uma cidade no estado do Rajastão na Índia.
Soube bem sair um pouco do barulho imenso das apitadelas e da confusão que se fazia sentir nas ruas das grandes cidades, aqui já é tudo mais calmo e barato também. Os mesmos amigos que fizemos no comboio ficaram no mesmo hotel que nós e por isso formamos um bom grupo de amigos. Foi bastante relaxante estes dias em Jaisalmer, incluindo um dia/noite no Deserto do Thar. Pagámos cerca de 1000 rúpias pela tour pelo Deserto mais o quarto do Hotel (o quarto que supostamente pagámos para dormir lá mas acabamos por dormir no Deserto e o quarto só serviu então para guardar as malas e tomar um bom banho). 1000 rúpias negociadas, pois o preço inicial seria cerca de 1200 rúpias só a tour. (p.s- Graças ao Hugo dos negócios fomos os únicos que pagamos menos em relação a todos).
A noite no Deserto foi espetacular! Tão bom sair da confusão e dormir com a vista de milhões de estrelas brilhantes por cima de nós, apesar do frio que apodera do Deserto à noite. A tour fornece-nos camas, lençóis, mantas e comida (jantar de pequeno-almoço). A viagem de camelo não é muito confortável, houve um pouco de esforço pela nossa parte para aguentar aquele andamento descontrolado e desconfortável. O Hugo não aguentou muito, preferiu ir a pé.
O Forte de Jaisalmer é um ponto de interesse da cidade, não se paga entrada. Um Forte com várias lojas típicas e uma vista linda lá de cima para desfrutar. A não perder também o Gadsisar Sagar Lake, também não se paga nada para visitar o lago. Não fica muito longe da zona dos Hotéis, por isso quem quer poupar e/ou simplesmente gosta de andar a pé podem fazê-lo sem gastar dinheiro em transportes.
Dias em Jaisalmer: 2 noite, 3 dias.
Hotéis: Primeira noite passada no Deserto do Thar.
Hotel Fort Side Jaisalmer (200 rúpias por noite, 2 pessoas)
Jodhpur
(O transporte utilizado para descolarmo-nos para Jodhpur foi o comboio mais uma vez. Não me recordo do preço mas foi baratíssimo, pois a distância é "curta").
Próximo ponto de encontro na Índia: Jodhpur. Jodhpur é uma cidade do estado do Rajastão, localiza-se no noroeste do país. É tambem conhecida pela cidade azul, devido a vista de cima da cidade onde a cor produminante é o azul, e é um sitio a não perder. Há opcção de ir de taxi ou outro transporte, mas nós fomos pelo meio da cidade e subimos até lá em cima, existem vários caminhos em pedra e terra que vos permite subir para lá e aproveitar a vista da cidade enquanto sobem. No topo existe tambem o Forte de Mehrangarh. O preço para a visita a este forte é de 400 rúpias, talvez dos fortes mais caros. Quase e sem nos apercebermo-nos entravámos de borla mas rápidamente fomos chamados à atenção. Decidimos não gastar dinheiro nesse forte visto que andamos sempre a visitar fortes e esse seria apenas mais um, por isso demos uma volta por fora do Forte para o apreciar. Perto deste está o Jaswant Thada, mais um ponto de interesse da cidade. Não nos lembramos do preço mas rondava as 50-100 rúpias. Mais 30-50 rúpias extra para quem traz consigo a câmera fotográfica.
Ao reparar na vista da cidade podem ver a uns bons kilometros de distância o Palácio Umaid Bhawan.
A noite a vista do Forte com as luzes também é bonita, mas só dura algumas horas, a certa hora apagam as luzes e já não se vê nada.
Ghanta Ghar, uma famosa torre de relógio que se situa no meio de uma retunda onde diariamente está repleta de vendedores e tudo mais, basicamente um mercado local que se expande até ao fim da rua.
Lá perto dessa torre está, em direção ao portal de entrada para as ruas, uma casa onde vende sumos e batidos muito bons e frescos. E baratíssimos. Eram 4, 5, 6 ou mais os batidos que íamos lá beber ao longo do dia. Deu para experimentar alguns mas muitas vezes ficávamos com o nosso normal "Banana shake". E quanto eram pensam vocês.. 20 rúpias um copo deste batido. Aconselho vivamente que passem lá para obter alguma energia dos batidos, sumos,e lassi's*.
Lassi era mais caro mas experimentamos o de ananás e também era tão bom. Neste momento estou-me a babar só de pensar.
* Lassi é uma mistura de iogurte, água, especiarias e, por vezes, frutas. Lassi doce, no entanto, contém açúcar ou de frutos, em vez de especiarias.
Em termos de bebida estão orientados, e comida? Ok, depois de passarem esse tal portal, à vossa direita está uma tasquinha onde fazem das melhores omeletes. Quentinhas, feitas na hora e à nossa frente existe vários tipos delas. Não se vão arrepender.
O ritmo acelerado já é tanto que um dia, um dia e meio serve-nos perfeitamente para visitar uma cidade. Quando já estamos mais que esse tempo na cidade começamos a fartar e quase a enlouquecer porque depois já não há nada de novo para fazer, por isso depois de ver tudo o que tínhamos para ver seguimos para a "next".
Dias em Jodhpur: 2 noite, 3 dias.
Hotéis: Shyam Palace Paying Guest House. (4 euros) 299 rúpias por noite, 2 pessoas.
Udaipur
Chegada à cidade dos lagos, como é conhecida Udaipur. É tambem conhecida como a cidade romântica. Não vimos nada de romântico naquela cidade, pelo menos nada de especial, até ao momento que durante a noite subimos ao terraço do Hotel e aí sim percebemos porque a consideram uma cidade romântica. Durante a noite está tudo iluminado e todas as luzes se refletem no lago grande, o que torna uma paisagem linda e iluminada, por isso se forem a Udaipur muito importante, quando escurecer subir a um terraço (de preferência alto) e desfrutar da vista.
Vale a pena andar e descobrir os pontos de interesse desta cidade, sendo eles o Jag Mandir, Jagdish Temple (não se paga) e o mais alguns que vão encontrando a medida que vão descobrindo a cidade.
Curiosidades: Cidade dos Lagos, Udaipur, é mundialmente conhecida por ter sido palco para a rodagem do filme 007- Operação tentáculo.
Dias em Udaipur: 2 noite, 3 dias.
Hotéis: Jagat Villa Guest House. (6 euros) 450 rúpias por noite, 2 pessoas.
Mumbai
Chegamos a Mumbai de sleeping train num calor insuportável por volta das 7 horas da manha sem hotel reservado (acabou de ser um erro), digo isto porque veio se a revelar uma cidade de malandros sempre a enganarem os turistas .. Ok nada de novo na Índia.
Mumbai veio se a revelar uma cidade interessante , passamos pelo Índia gate , Tah Mahal Hotel (hotel alvo de terrorismo em 2008).
Fizemos uma caminhada na baia de Mumbai e fomos presenciados com um lindo pôr do sol.
No dia em que fomos comprar o bilhete de comboio para o aeroporto fomos abordados por um taxista que nos fazia 350 rupias até ao aeroporto mas nós acabamos por pagar 10 rupias cada! Isso mesmo.. Mais uma vez optamos por ir de comboio para o aeroporto. E é desta maneira que se poupa algum dinheiro e que não somos enganados. Acho que por vezes é pior a sensação de sermos enganados do que o facto de pagarmos mais por algo.
Foi aqui também que acabei por ficar doente. Pensamos que foi devido a um "chicken butter" que comemos ambos num restaurante onde entravam e saiam indianos aos montes. Aliás até faziam fila para entrar. Ficamos curiosos e pensámos que como vai tanta gente existe comida "fresca" e os preços eram baratos mas infelizmente não correu bem para mim. Resultado: cerca de 8 dias doente, sem conseguir engolir qualquer comida que seja, pois ficava enjoada e logo me dava vontade de vomitar. Não tinha forças, os comprimidos não resultavam e cada vez era mais o tempo que passava na casa de banho e suava. A única coisa que conseguia "comer/beber" era água e sumos naturais, mesmo assim era o Hugo que acabava por beber o resto do sumo pois não conseguia beber mais. Por isso pessoal, muita atenção ao que comem, ao que bebem, a tudo basicamente. Ficar doente durante uma viagem é muito mau.
E lá fomos nós apanhar o avião para a tão esperada Goa.
Dias em Mumbai: 2 noites, 3 dias.
Hotéis: Não nos recordamos o nome do Hotel, mas o preço geral dos Hotéis em Mumbai é mais elevado que outra parte da Índia. Acabamos por negociar o preço e pagar cerca de 11 euros um quarto razoável, mas pequeníssimo e fazia muito calor lá, era impossível não suar enquanto dormíamos.
Goa
Chegamos a Goa vindos de Mumbai num voo da companhia Indigo que apenas nos custou 20 euros cada, de seguida pensamos ir de táxi para o nosso hotel mas logo deparamos com uma fila gigantesca para os táxis
Então pensamos em ir a pé em busca de um bus e assim aconteceu andamos uns 600 mts , e num cruzamento encontramos um casal de franceses assim um pouco mais velhos com os seus 60 e poucos anos que aguardavam que o bus passa-se e acabámos por apanhar o bus local em direção a Margão e de seguida mais um bus para Sernabatim onde era o nosso hostel, Aguiar guest house.
Os bus eram relativamente baratos, muito mais que qualquer táxi.
No dia seguinte alugamos nossa motinha para os nossos próximos dias em Goa. Ficou cerca de 250 rúpias por dia. Não se esqueçam que têm de deixar dinheiro pela caução, mas no fim é devolvido, e outro conselho, filmem as motas antes de andar nelas, pois no fim podem dizer que fizeram um risco ou estragaram quando na realidade a mota já veiu assim para as vossas mãos. Na Índia não tivemos esse problema, mas na Tailândia aconteceu-nos isso e acabámos por gastar dinheiro em algo que não fizemos ou não destruímos.
Goa tem praias engraçadas mas nada de mais, são idênticas às praias do Algarve, nada de areia branca nem água cristalina infelizmente, as areias são escuras mas sabe sempre bem um mergulho.
Visitamos a Basílica do Bom Jesus , Igreja de Nossa senhora da imaculada Conceição em Pangim , o forte dos Reis magos..
Aqui é dos únicos sítios da Índia onde se procurarem bem conseguem ouvir pessoas falarem português (sobretudo e secalhar apenas as pessoas mais velhas falam português) e é bem visível os costumes portugueses, mesmo a vestimenta dos locais é mais ocidental, não andam tão tapados e existe igrejas onde está bem patente a arquitetura portuguesa.
O meu estado ainda continua crítico, devido também pelo facto de estarmos a viajar e estar noutra cidade nova é difícil ficar muito tempo no Hotel e não ir conhecer a cidade. Fazia um grande esforço para andar de um lado para o outro e talvez por isso não recuperei mais rápido.
De Goa seguimos para Bangalore num voo com a Airasia.
Dias em Goa: 5 noite, 6 dias.
Hotéis: Veeniola Holiday Home, (14 euros) 1000 rúpias por noite, 2 pessoas;
- Aguiar Guest House, 10 euros por noite, 2 pessoas, estilo apartamento, onde tem cozinha para poder fazer comida.
Bangalore
Esta cidade como não havia muito para ver serviu para descansar e eu recuperar do meu estado crítico. Compreendo que foi um pouco secante para o Hugo pois pasámos muito tempo no Hotel mas era a única solução para eu me pôr melhor, e resultou! No hotel havia muitos canais televisivos o que permitia passar o tempo, apesar de eu praticamente estar quase sempre a dormir devido ao cansaço. Perto do hotel e da estação de comboios havia um centro comercial que também nos deu para entreter e buscar alguma comida mais saudável, pois lá havia supermercado, vários restaurantes, sala de jogos e cinema.
Dias em Bangalore: 2 noite, 2 dias.
Hotéis: Hotel Sheetal Residence, 960 rúpias por noite, 2 pessoas.
Chennai
Pouco tinha para ver a não ser a estação de comboios de Chennai e um edifício branco ao lado da mesma. Percorremos a cidade de Chennai a pé, até começar a chover. Primeira vez desta viagem que apanhamos chuva e soube bem, ao menos não estamos a levar com aquele calor sufocante.
Para ir do centro da cidade até ao aeroporto o melhor meio de transporte é o comboio, sem dúvida. Nós usámos e pagámos apenas 5 rúpias cada. É um meio de transporte prático, é rápido, fácil e super barato, qualquer táxi pedia umas 200 rúpias no mínimo.
Ao chegar ao aeroporto os voos internacionais ficam do lado esquerdo de como quem sai da estação. Muito importante: Levar sempre os comprovativo dos voos imprimidos ou no telemóvel, onde mostram o voo e o nome da pessoa porque senão não conseguem entrar no aeroporto pois os porteiros/seguranças só deixam entrar quem tiver esses comprovativos.
Assim "desfrutámos" dos últimos dias na Índia. A necessidade de vir para Chennai foi apenas por questão que os voos para a Tailândia eram mais baratos a partir daqui, e ainda era uma diferença grande e comparação com os voos a partir de outras cidades da Índia.
Nádia 77% recuperada, vamos para a Tailândia recuperar o resto que falta.
Dias em Chennai: 1 noite, 2 dias.
Hotéis: Hotel srm central park, 800 rúpias por noite, 2 pessoas.
Cinemas na Índia
O que fazer nos tempos "mortos" na Índia? Nós damos uma solução: Cinema.
Os cinemas (alguns) na Índia são ótimos, tanto ou melhores que as nossas salas de cinema. Dos 3 cinemas que frequentámos, normalmente dentro de centros comerciais da zona, são confortáveis, acolhedores, limpos e ótimos para passar um serão. Filmes com boa qualidade e bom sistema de som. Não estão legendados os filmes mas são em inglês, tirando os filmes indianos. O preço de um bilhete varia entre os 120 (o mais barato que pagámos) e os 240 rúpias.
Quanto às pipocas é que já diferem um pouco das nossas. Falo por mim mas pipoca doce é o que mais condiz com um filme, lá eles vendem pipocas normais sem doce nem salgado, depois fora do balcão existe alguns sabores em pó para misturar com as pipocas, entre esses sabores havia de queijo cheddar ( o sabor que escolhemos e que as pipocas ficavam a saber a batatas fritas com queijo ), outro que era de cebola e ainda havia outros sabores meio malucos.
Tailândia
Voo para a Tailândia, que bom, já tínhamos saudades tuas! Foi ótimo voltar ao país de "origem" (Foi o primeiro destino Asiático no nosso histórico de viagens). Comida boa, frutinha boa e frescas, 7eleven onde ia buscar as minhas tostas mistas e o nosso café gelado.. Tudo muito bom. São poucos os pontos negativos que tenho contra a Tailândia.
Mas não vou aprofundar muito sobre este país visto já termos um report acerca da Tailândia. Resumo aqui que fomos dar um saltinho rápido a este país.
Uma semaninha e serviu para melhorar o meu estado. Aqui sem dúvida seria mais rápido uma boa recuperação com boa comida sempre. E sinceramente acho que comi aqui toda a comida que não comi enquanto estava doente. Estávamos constantemente a comer qualquer coisa. É difícil passar por tanta variedade de comida e não levar nada no saquinho para ir petiscando durante o dia.
Bangkok serviu para reencontrar um amigo tailandês que fizemos a 3 anos atrás e para relaxar um pouco na famosa khaosan road.
Os dias seguintes foram para desfrutar o sol e a praia na ilha Koh Samui (Ilha que não chegamos a visitar a 3 anos atrás) e claro, não perdemos a famosa Full Moon Party em Koh Phangan.
http://youtu.be/NjfROGDkO9s
Mais uma grande viagem ao fim de algumas e no meio de muitas que ainda virão. Sem dúvida e cada vez mais é um enorme prazer poder sair da nossa zona de conforto e ir a descoberta de novas culturas, de novos modos de vida, de outras mentalidades.. tudo isto ajuda-nos a cresçer como pessoas e a mudar-nos, quase sempre no bom sentido, a nossa maneira de ver o mundo e valorizarmos o que realmente interessa. Compreendemos, e falo por mim, que é um erro reclamar porque a água em casa esta morna e não quente, porque a comida tem ou não tem muitos ingredientes, porque a internet deixou de funcionar ou que ficamos sem bateria no telemóvel, quando na realidade do outro lado do mundo as pessoas não tem nada desses pequenos grandes luxos a que nós estamos habituados. Que vivem ou sobrevivem com aquilo que conseguem ganhar.
Índia
Capital: Nova Deli
Continente: Ásia
Moeda: Rupia indiana
(1 euro ± 74 rúpias , na nossa altura.)
Índia, um dos destinos do ano 2014.. Um país com muito que se lhe diga.
É um país que nos trasmite um misto de emoções. Muitas opiniões dividem-se entre o ódio pelo país ou o amor por este, na realidade eu senti ambos sentimentos. Chega a um ponto da viagem que quase que consegues odiar qualquer coisa que te incomoda, sobretudo quando durante a viagem se fica doente como o meu caso. Mas por outro lado é um país no qual ficamos admirados com a beleza de alguns monumentos e a simplicidade das pessoas que lá vivem. Existem muitos trafulhas que nos tentam constantemente enganar, como os taxistas, outros que nos abordam na rua para nos dar informações e em troca querem dinheiro, e por aí em diante, mas por outro lado existem pessoas com bom coração que nos tentam ajudar a orientar-nos, que impedem que os outros nos enganem, pessoas que em troca só pedem um sorriso nosso.
Delhi
Chegamos a Delhi, não achei grande impacto acerca deste país, talvez por já termos estado em países semelhantes em termos de pobreza mas claro, concluímos que até agora Índia foi o país onde existe mais pobreza. São muitos os pedintes que existem na rua, muitas pessoas que tentam vender o que têm para vender, até mesmo droga. Mas nunca sentimos qualquer tipo de receio em andar nas ruas indianas, sejam as horas que forem.
Sentimo-nos bem aqui, tudo barato, dá para negociar tudo e é fácil viajar pela Índia. O primeiro dia completou-se com umas voltas para conhecer a cidade, a comida, as pessoas, tudo acabando por ir parar ao Índia Gate. Já estava de noite quando chegamos lá, pois fizemos tudo a pé, penso que nos perdemos no caminho e andamos às voltas para chegar lá. Muita animação à volta do Gate, havia muitos locais a venderem os seus petiscos, e gelados e algodão doce. Ele estava iluminado e aproveitamos para sentar por lá no chão e comer uns chapatis (pão indiano) com um molho picante deles, não será muito saboroso, só conseguia sentir o picante na minha boca mas ainda é o inicio, ainda o meu estômago esta forte para aguentar estes picantes.
8 da manhã, alarme toca e vamos tocar o pequeno almoço no hotel. É tudo tão barato que apetece pedir tudo o que vemos na lista de pequenos almoços mas já sabemos que muitas vezes temos mais olhos que barriga pedimos só o essencial para o pequeno-almoço. Pão com manteiga/doce, copo de leite ou sumo de laranja e omelete (p.s. trouxemos connosco de Portugal um pacote de Nestum também o que deu para encher logo a barriga). E segue-se a visita primeiramente ao Qutb Minar. A entrada custa cerca de 250 rúpias e trata-se do minarete de tijolo mais alto do mundo, e um importante exemplo de arquitetura indo-islâmica. O Qutb Minar mede 72.5 metros de altura. Deu para tirar umas fotos e relaxar um pouco nos jardins que o rodeiam.
Para lá apanhamos o metro, não me lembro da paragem que ficamos e de seguida apanhamos um tuk-tuk que nos levou ao destino, ainda fica um pouco longe da estação mas de volta já viemos a pé, pois já sabíamos o caminho e quisemos poupar esse dinheiro do tuk tuk, apesar de não ser muito, mas somos assim, gostamos de andar e só assim conhecemos mais do que a Índia nos tem para dar.
Entrar no metro e sair na estação onde ficamos perto do Lotus temple, popularmente conhecido como Templo de Lótus devido a sua forma de flor. Tradicionalmente conhecido como Casa de Adoração Bahá'í, está agora na lista de locais da Unesco a serem elevados à posição de patrimônio mundial.
Não se paga, mas não se entra calçado, por isso deixar os sapatinhos de lado e ir descalços.
Dias em Delhi: 2 dias, 2 noites.
Hotéis: Su Shree Continental (por volta dos 10 euros por noite).
Agra
Comboio Delhi para Agra custa 140 rúpias por bilhete. Comboio que quase punha de baixa o meu companheiro de viagem, pois um indiano, sem maldade, larga o apoio das camas que segura a cama do meio e este ganha certa velocidade e bate mesmo na sobrancelha do Hugo. Atenção aquilo é material de ferro ou aço, mas felizmente só bateu na sobrancelha e não no olho, e o Hugo ganhou assim um galo inchado na testa. Chegados ao destino apanhamos um Tuk tuk da estação de Agra para o Hotel= 80 rúpias (2 pessoas).
O nosso Hotel ficava apenas a 2 minutos a pé do Taj Mahal, então não perdemos tempo nenhum, fomos ao Hotel depositar as malas e vamos lá em direção do Taj Mahal.
750 rúpias entrada no Taj Mahal (incluído uma água pequena e uns plásticos para os pés). Não é permitido tripés ou coisas parecidas à entrada do Taj. Terão de deixar num cacifo perto da bilhetaria, não se paga. Esperem sempre um bom tempo de espera na fila para entrar a levar com o calor do dia em cima.. Mas quando se entra nesse espaço que se divide entre a fila, as máquinas de detectores metais e os seguranças e finalmente se observa o enorme Taj que de longe parece pequeno, mas a medida que nos vamos aproximando ele vai crescendo e ganhando forma. Posso dizer que quando finalmente vejo esta maravilha do mundo a respiração cortou por alguns segundos. Sabendo a história de como foi construído e a razão para que foi construído torna o monumento mais autêntico e mais poderoso. É impressionante os detalhes de todo este e todo o seu envolvimento com grandes jardins bem tratados, com arranjos de água onde o Taj se reflete. Ficamos lá, lá de longe da confusão, dos indianos, mas onde o Taj não perdia a sua beleza e assistimos ao pôr-do-sol.
O que podemos esperar do interior do Taj? Tirando toda a arquitetura e decoração que constitui o seu interior, mas que dificilmente visível devido à enorme quantidade de indianos que teimam a entrar a força para dar uma volta que leva alguns segundos, em torno dos túmulos (referentes à mulher e ao seu respectivo marido, o que mandou construir o Taj Mahal).
É sem dúvida o monumento que mais se faz encher de indianos e turistas em Agra, e por muitas vezes, eram muitos os indianos que se dirigiam a nós e pediam-nos para tirar fotos com eles, outro tiravam nos discretamente tentando que a gente não repara-se. Sentimo-nos como verdadeiros famosos, houve até quem chegasse a dizer que eu era modelo e o Hugo um jogar de Futebol conhecido. Os primeiros tempos torna-se engraçado toda a atenção virada em nós, mas em pouco tempo apercebemo-nos como é incomodativo e cansativo esta insistência em tirar fotos com a gente. Chega a uma altura em que já temos de negar fotografias, só pela questão que tiramos uma mas vêem logo mais uns 15 indianos e querem todos tirar fotos também. Já chega de fotos, vamos para o Hotel que estamos esfomeados.
Sugestão: Malai Kofta no terraço deste Hotel, sítio calmo e conseguem avistar o topo do Taj Mahal, até aos muçulmanos se lembrarem de orar nos altifalantes que estão distribuídos pela "cidade". Estava na hora de ir dormir. Mas a meio da noite decidimos acordar e subir ao terraço para ver o Taj Mahal.. Mas nada, não existem luzes no Taj Mahal por isso não se vê nada a noite, uma pena.
O dia seguinte preencheu-se com a visitar ao Agra Fort, que custa 250 rúpias cada bilhete (guardem o bilhete do Taj Mahal pois com esse terão desconto no Agra Fort) e por 300 rúpias negociados por um Rikché que nos levou a conhecer alguns monumentos, ficavam todos muito longe uns dos outros por isso foi a nossa melhor opção. A primeira paragem foi no Baby Taj (100 rúpias a entrada) não chegamos a entrar porque de fora já dava para ter uma pequena ideia do que se tratava e vimos o mapa do monumento perto da bilhetaria e era nada mais nada menos que uma pequena "réplica" do verdadeiro Taj Mahal, mas em ponto pequeno. Não achamos muito interesse em visitar-lo. Seguimos e direção ao outro lado do rio onde vimos as primeiras bases para a construção do Black Taj (100 rúpias a entrada). É interessante ver as bases e reparar como tudo é tão simétrico e exatamente igual ao original Taj Mahal. A nossa imaginação vai para além de uma visão de um conjunto de Taj Mahal's, o de mármore branco e o outro em preto, seria uma paisagem linda!
É um ótimo sítio também para tirar fotografias com o Taj Mahal de fundo, é raro o turista e o indiano que está lá para se infiltrar nas fotos, e se o tempo tiver limpo, foto perfeita.
Dias em Agra: 1 noite, 2 dias.
Hotéis: Sai palace hotel, 400 rúpias (2 pessoas).
Sobre os comboios da Índia:
Comboios da Índia não se assemelham de todo ao que nós estamos habituados, claro anda em cima de carris e o aspecto é idêntico, o que muda realmente é o interior. Tem de perceber que estão a lidar com indianos e para eles não existe ordem e organização. Existe lugares marcados que estão escritos nos bilhetes de comboio mas quando chegas ao teu lugar reparas que para 6 lugares (uma cabine) existem 10 ou mais pessoas, em suma, uma família. Pelos visto ou compram bilhetes em alturas diferentes ou não compram bilhetes e por isso os lugares nunca são perto, mas eles não ligam a isso e sentam-se todos juntos mesmo não sendo os lugares deles. Até que quando passa o senhor que controla os bilhetes tudo muda, ou não. Talvez por sermos estrangeiros o senhor do controlo respeitava e mandava os outros que estavam supostamente no nosso lugar para o sítio deles para nós ficarmos no nosso lugar, que pagamos. Ressonam, e não é pouco. Quando o comboio faz as suas paragens durante a noite, o barulho do andamento deste pára e aí acentuam-se os sons sonoros noturnos que os indianos produzem, como não existe separação nenhuma das cabines consegue-se ouvir até o lá do fundo a ressonar. Pessoal, é uma questão de hábito. ao fim de algumas viagens já nem ouvem nada. Mercadorias? Mercadorias é com os indianos. Digamos que quase cada indiano trás 1 ou mais malas ou sacos que aparentam serem pesados (nunca descobrimos o que lá tinham, não sabemos se é areia ou arroz ou outra coisa) e metem em todo o lado. Em baixo dos bancos ou em cima da cama de cima, por isso muitas vezes não tínhamos espaço para por a nossa mala, pelo menos perto da nossa cabine, mas chegou a uma altura em que exigíamos o "nosso" espaço para pôr as malas. Dormir numa cama que por si já é pequena e não muito comprida e ainda para mais com uma mala lá a ocupar espaço?
Convém sempre levar uns snacks para o comboio, ainda para mais se a viagem é de noite. Existem muitos homens vendedores que entram em todas as paragens e vendem de tudo. Comida, amendoins, fruta, e especialmente o chá famoso, "tchai". É ótimo e super barato, o preço varia entre as 10-20 rúpias. 10 rúpias é o preço aceitável e normal, 20 já é muito, mas há sítios nas estações onde se apanha o chai mais barato, chegamos a beber chai por 5 e 7 rúpias. E por opinião pessoal penso que os preços de alguns snacks sejam mais baratos nas paragens de estações de comboio do que dentro das cidades, por norma o preço das batatas fritas ou das bolachas são os mesmo que estão marcadas nestas mesmo (atrás dos pacotes a letra pequena conseguem ver o verdadeiro preço). Cheguei a comer omelete no pão numa paragem por 10 rúpias.
Da mesma maneira que há comida também há lixo e o que não falta lá é isso mesmo. Alguns atiram pela janela outros simplesmente atiram para o chão. Já estávamos tão acostumados que reagíamos tal e qual como eles quando chegava a hora de comer amendoins, cascas para o chão amendoim para a boca. Ao fim de uma viagem de comboio o chão ficava um pânico. E assim se vive a verdadeira Índia.
(Este não é foto de um comboio mas de um autocarro ainda semi-cheio).
Next: Jaipur
Este foi o comboio mais caro que pagamos em toda a viagem da Índia, trata-se de uma classe mais superior e só optamos por este pois foi nos dito que já não tinham bilhetes para classes mais baixas. 1300 rúpias (650 cada), partida de Agra para Jaipur. Nesta classe do comboio era raro o indiano que lá estava, eram só turistas e foi aí que avistamos as primeiras portuguesas, mas o entusiasmo por encontrar pessoas que falam a mesma língua não foi tão grande da parte destas turistas como nós esperávamos que fosse, aliás português é sempre português, e é sempre bom uns minutos, poucos que sejam, de "bate-papo" com portugueses.
Incluía refeições, e não foram más de todo, mas eram picantes. Desde alguns snacks, chás, sopa, pão com manteiga, seguidamente com uma típica comida indiana com os seus famosos molhos cheios de especiarias, iogurte e chapatis (pão indiano), no fim das refeições ainda tivemos direito a um gelado (quase líquido já) de morango.
P.s: Existe fichas nos comboios que normalmente funcionam, podem carregar aí os telemóveis ou as baterias das máquinas fotográficas.
Jaipur, mais conhecida por cidade Rosa "Pink City". Deve-se a escolha da mulher do Rei e que este lhe fez a vontade por gostar muito dela, não me recordo bem, mas qualquer taxista explica a história da cidade, lembro-me que até que era interessante.
Pontos de interesse visitado por nós:
- Hawa Mahal, que se situa no meio da cidade. Trata-se de uma parede muito conhecida de Jaipur. Destaca-se pela sua cor rosa e pela forma que apresenta. Não entrámos lá dentro, aliás fomos avisados que lá dentro apenas existe um quadro pequeno. A verdadeira beleza encontra-se cá fora;
- Amber Palace merece uma visita pela vista e pelo local onde esta posicionado. Aqui quem apresentar cartão de estudante na entrada tem desconto. Eu paguei menos 100 rúpias que o Hugo eheh. Preço de entrada: 200 ou 100 rúpias para estudantes. Não se paga por levar câmeras;
- Jal Mahal, que é um palácio construído no meio do lago Man Sagar;
- Jantar Mantar, uma coleção de instrumentos de arquitetura astronômica;
- Albert Hall Museum, não entrámos la dentro mas de fora é interessante;
- Kanak Vrindavan, também lhe chamam monumento dos macacos pois existe lá muitos macacos, e não são muito amigáveis. Entrada: 30 rúpias;
Havia muito para visitar, mas ficámos apenas por estes. Foi negociado um preço, cerca de 500 rúpias (250 cada um) para visitar maior parte destes sítios.
Mais uma vez o comboio é o meio de transporte que utilizamos para o próximo destino.
Dias em Jaipur: 2 noites, 3 dias.
Hotéis: Hotel Kalyan, 11,89 euros por noite, 2 pessoas.
Jaisalmer
A caminho de Jaisalmer e muito frio passamos nós durante a noite no comboio. É aconselhável que levem uma mantinha para proteger do frio que se faz sentir dentro do comboio de noite. Foi a primeira vez que senti frio, mas devido a rota, a destino do deserto, e ao anoitecer começa a esfriar.. e muito. Todos os turistas/amigos que conhecemos nesta mesma rota queixaram-se do mesmo.
Jaisalmer foi um dos pontos altos da viagem. Conhecida pela "a cidade dourada", é uma cidade no estado do Rajastão na Índia.
Soube bem sair um pouco do barulho imenso das apitadelas e da confusão que se fazia sentir nas ruas das grandes cidades, aqui já é tudo mais calmo e barato também. Os mesmos amigos que fizemos no comboio ficaram no mesmo hotel que nós e por isso formamos um bom grupo de amigos. Foi bastante relaxante estes dias em Jaisalmer, incluindo um dia/noite no Deserto do Thar. Pagámos cerca de 1000 rúpias pela tour pelo Deserto mais o quarto do Hotel (o quarto que supostamente pagámos para dormir lá mas acabamos por dormir no Deserto e o quarto só serviu então para guardar as malas e tomar um bom banho). 1000 rúpias negociadas, pois o preço inicial seria cerca de 1200 rúpias só a tour. (p.s- Graças ao Hugo dos negócios fomos os únicos que pagamos menos em relação a todos).
A noite no Deserto foi espetacular! Tão bom sair da confusão e dormir com a vista de milhões de estrelas brilhantes por cima de nós, apesar do frio que apodera do Deserto à noite. A tour fornece-nos camas, lençóis, mantas e comida (jantar de pequeno-almoço). A viagem de camelo não é muito confortável, houve um pouco de esforço pela nossa parte para aguentar aquele andamento descontrolado e desconfortável. O Hugo não aguentou muito, preferiu ir a pé.
O Forte de Jaisalmer é um ponto de interesse da cidade, não se paga entrada. Um Forte com várias lojas típicas e uma vista linda lá de cima para desfrutar. A não perder também o Gadsisar Sagar Lake, também não se paga nada para visitar o lago. Não fica muito longe da zona dos Hotéis, por isso quem quer poupar e/ou simplesmente gosta de andar a pé podem fazê-lo sem gastar dinheiro em transportes.
Dias em Jaisalmer: 2 noite, 3 dias.
Hotéis: Primeira noite passada no Deserto do Thar.
Hotel Fort Side Jaisalmer (200 rúpias por noite, 2 pessoas)
Jodhpur
(O transporte utilizado para descolarmo-nos para Jodhpur foi o comboio mais uma vez. Não me recordo do preço mas foi baratíssimo, pois a distância é "curta").
Próximo ponto de encontro na Índia: Jodhpur. Jodhpur é uma cidade do estado do Rajastão, localiza-se no noroeste do país. É tambem conhecida pela cidade azul, devido a vista de cima da cidade onde a cor produminante é o azul, e é um sitio a não perder. Há opcção de ir de taxi ou outro transporte, mas nós fomos pelo meio da cidade e subimos até lá em cima, existem vários caminhos em pedra e terra que vos permite subir para lá e aproveitar a vista da cidade enquanto sobem. No topo existe tambem o Forte de Mehrangarh. O preço para a visita a este forte é de 400 rúpias, talvez dos fortes mais caros. Quase e sem nos apercebermo-nos entravámos de borla mas rápidamente fomos chamados à atenção. Decidimos não gastar dinheiro nesse forte visto que andamos sempre a visitar fortes e esse seria apenas mais um, por isso demos uma volta por fora do Forte para o apreciar. Perto deste está o Jaswant Thada, mais um ponto de interesse da cidade. Não nos lembramos do preço mas rondava as 50-100 rúpias. Mais 30-50 rúpias extra para quem traz consigo a câmera fotográfica.
Ao reparar na vista da cidade podem ver a uns bons kilometros de distância o Palácio Umaid Bhawan.
A noite a vista do Forte com as luzes também é bonita, mas só dura algumas horas, a certa hora apagam as luzes e já não se vê nada.
Ghanta Ghar, uma famosa torre de relógio que se situa no meio de uma retunda onde diariamente está repleta de vendedores e tudo mais, basicamente um mercado local que se expande até ao fim da rua.
Lá perto dessa torre está, em direção ao portal de entrada para as ruas, uma casa onde vende sumos e batidos muito bons e frescos. E baratíssimos. Eram 4, 5, 6 ou mais os batidos que íamos lá beber ao longo do dia. Deu para experimentar alguns mas muitas vezes ficávamos com o nosso normal "Banana shake". E quanto eram pensam vocês.. 20 rúpias um copo deste batido. Aconselho vivamente que passem lá para obter alguma energia dos batidos, sumos,e lassi's*.
Lassi era mais caro mas experimentamos o de ananás e também era tão bom. Neste momento estou-me a babar só de pensar.
* Lassi é uma mistura de iogurte, água, especiarias e, por vezes, frutas. Lassi doce, no entanto, contém açúcar ou de frutos, em vez de especiarias.
Em termos de bebida estão orientados, e comida? Ok, depois de passarem esse tal portal, à vossa direita está uma tasquinha onde fazem das melhores omeletes. Quentinhas, feitas na hora e à nossa frente existe vários tipos delas. Não se vão arrepender.
O ritmo acelerado já é tanto que um dia, um dia e meio serve-nos perfeitamente para visitar uma cidade. Quando já estamos mais que esse tempo na cidade começamos a fartar e quase a enlouquecer porque depois já não há nada de novo para fazer, por isso depois de ver tudo o que tínhamos para ver seguimos para a "next".
Dias em Jodhpur: 2 noite, 3 dias.
Hotéis: Shyam Palace Paying Guest House. (4 euros) 299 rúpias por noite, 2 pessoas.
Udaipur
Chegada à cidade dos lagos, como é conhecida Udaipur. É tambem conhecida como a cidade romântica. Não vimos nada de romântico naquela cidade, pelo menos nada de especial, até ao momento que durante a noite subimos ao terraço do Hotel e aí sim percebemos porque a consideram uma cidade romântica. Durante a noite está tudo iluminado e todas as luzes se refletem no lago grande, o que torna uma paisagem linda e iluminada, por isso se forem a Udaipur muito importante, quando escurecer subir a um terraço (de preferência alto) e desfrutar da vista.
Vale a pena andar e descobrir os pontos de interesse desta cidade, sendo eles o Jag Mandir, Jagdish Temple (não se paga) e o mais alguns que vão encontrando a medida que vão descobrindo a cidade.
Curiosidades: Cidade dos Lagos, Udaipur, é mundialmente conhecida por ter sido palco para a rodagem do filme 007- Operação tentáculo.
Dias em Udaipur: 2 noite, 3 dias.
Hotéis: Jagat Villa Guest House. (6 euros) 450 rúpias por noite, 2 pessoas.
Mumbai
Chegamos a Mumbai de sleeping train num calor insuportável por volta das 7 horas da manha sem hotel reservado (acabou de ser um erro), digo isto porque veio se a revelar uma cidade de malandros sempre a enganarem os turistas .. Ok nada de novo na Índia.
Mumbai veio se a revelar uma cidade interessante , passamos pelo Índia gate , Tah Mahal Hotel (hotel alvo de terrorismo em 2008).
Fizemos uma caminhada na baia de Mumbai e fomos presenciados com um lindo pôr do sol.
No dia em que fomos comprar o bilhete de comboio para o aeroporto fomos abordados por um taxista que nos fazia 350 rupias até ao aeroporto mas nós acabamos por pagar 10 rupias cada! Isso mesmo.. Mais uma vez optamos por ir de comboio para o aeroporto. E é desta maneira que se poupa algum dinheiro e que não somos enganados. Acho que por vezes é pior a sensação de sermos enganados do que o facto de pagarmos mais por algo.
Foi aqui também que acabei por ficar doente. Pensamos que foi devido a um "chicken butter" que comemos ambos num restaurante onde entravam e saiam indianos aos montes. Aliás até faziam fila para entrar. Ficamos curiosos e pensámos que como vai tanta gente existe comida "fresca" e os preços eram baratos mas infelizmente não correu bem para mim. Resultado: cerca de 8 dias doente, sem conseguir engolir qualquer comida que seja, pois ficava enjoada e logo me dava vontade de vomitar. Não tinha forças, os comprimidos não resultavam e cada vez era mais o tempo que passava na casa de banho e suava. A única coisa que conseguia "comer/beber" era água e sumos naturais, mesmo assim era o Hugo que acabava por beber o resto do sumo pois não conseguia beber mais. Por isso pessoal, muita atenção ao que comem, ao que bebem, a tudo basicamente. Ficar doente durante uma viagem é muito mau.
E lá fomos nós apanhar o avião para a tão esperada Goa.
Dias em Mumbai: 2 noites, 3 dias.
Hotéis: Não nos recordamos o nome do Hotel, mas o preço geral dos Hotéis em Mumbai é mais elevado que outra parte da Índia. Acabamos por negociar o preço e pagar cerca de 11 euros um quarto razoável, mas pequeníssimo e fazia muito calor lá, era impossível não suar enquanto dormíamos.
Goa
Chegamos a Goa vindos de Mumbai num voo da companhia Indigo que apenas nos custou 20 euros cada, de seguida pensamos ir de táxi para o nosso hotel mas logo deparamos com uma fila gigantesca para os táxis
Então pensamos em ir a pé em busca de um bus e assim aconteceu andamos uns 600 mts , e num cruzamento encontramos um casal de franceses assim um pouco mais velhos com os seus 60 e poucos anos que aguardavam que o bus passa-se e acabámos por apanhar o bus local em direção a Margão e de seguida mais um bus para Sernabatim onde era o nosso hostel, Aguiar guest house.
Os bus eram relativamente baratos, muito mais que qualquer táxi.
No dia seguinte alugamos nossa motinha para os nossos próximos dias em Goa. Ficou cerca de 250 rúpias por dia. Não se esqueçam que têm de deixar dinheiro pela caução, mas no fim é devolvido, e outro conselho, filmem as motas antes de andar nelas, pois no fim podem dizer que fizeram um risco ou estragaram quando na realidade a mota já veiu assim para as vossas mãos. Na Índia não tivemos esse problema, mas na Tailândia aconteceu-nos isso e acabámos por gastar dinheiro em algo que não fizemos ou não destruímos.
Goa tem praias engraçadas mas nada de mais, são idênticas às praias do Algarve, nada de areia branca nem água cristalina infelizmente, as areias são escuras mas sabe sempre bem um mergulho.
Visitamos a Basílica do Bom Jesus , Igreja de Nossa senhora da imaculada Conceição em Pangim , o forte dos Reis magos..
Aqui é dos únicos sítios da Índia onde se procurarem bem conseguem ouvir pessoas falarem português (sobretudo e secalhar apenas as pessoas mais velhas falam português) e é bem visível os costumes portugueses, mesmo a vestimenta dos locais é mais ocidental, não andam tão tapados e existe igrejas onde está bem patente a arquitetura portuguesa.
O meu estado ainda continua crítico, devido também pelo facto de estarmos a viajar e estar noutra cidade nova é difícil ficar muito tempo no Hotel e não ir conhecer a cidade. Fazia um grande esforço para andar de um lado para o outro e talvez por isso não recuperei mais rápido.
De Goa seguimos para Bangalore num voo com a Airasia.
Dias em Goa: 5 noite, 6 dias.
Hotéis: Veeniola Holiday Home, (14 euros) 1000 rúpias por noite, 2 pessoas;
- Aguiar Guest House, 10 euros por noite, 2 pessoas, estilo apartamento, onde tem cozinha para poder fazer comida.
Bangalore
Esta cidade como não havia muito para ver serviu para descansar e eu recuperar do meu estado crítico. Compreendo que foi um pouco secante para o Hugo pois pasámos muito tempo no Hotel mas era a única solução para eu me pôr melhor, e resultou! No hotel havia muitos canais televisivos o que permitia passar o tempo, apesar de eu praticamente estar quase sempre a dormir devido ao cansaço. Perto do hotel e da estação de comboios havia um centro comercial que também nos deu para entreter e buscar alguma comida mais saudável, pois lá havia supermercado, vários restaurantes, sala de jogos e cinema.
Dias em Bangalore: 2 noite, 2 dias.
Hotéis: Hotel Sheetal Residence, 960 rúpias por noite, 2 pessoas.
Chennai
Pouco tinha para ver a não ser a estação de comboios de Chennai e um edifício branco ao lado da mesma. Percorremos a cidade de Chennai a pé, até começar a chover. Primeira vez desta viagem que apanhamos chuva e soube bem, ao menos não estamos a levar com aquele calor sufocante.
Para ir do centro da cidade até ao aeroporto o melhor meio de transporte é o comboio, sem dúvida. Nós usámos e pagámos apenas 5 rúpias cada. É um meio de transporte prático, é rápido, fácil e super barato, qualquer táxi pedia umas 200 rúpias no mínimo.
Ao chegar ao aeroporto os voos internacionais ficam do lado esquerdo de como quem sai da estação. Muito importante: Levar sempre os comprovativo dos voos imprimidos ou no telemóvel, onde mostram o voo e o nome da pessoa porque senão não conseguem entrar no aeroporto pois os porteiros/seguranças só deixam entrar quem tiver esses comprovativos.
Assim "desfrutámos" dos últimos dias na Índia. A necessidade de vir para Chennai foi apenas por questão que os voos para a Tailândia eram mais baratos a partir daqui, e ainda era uma diferença grande e comparação com os voos a partir de outras cidades da Índia.
Nádia 77% recuperada, vamos para a Tailândia recuperar o resto que falta.
Dias em Chennai: 1 noite, 2 dias.
Hotéis: Hotel srm central park, 800 rúpias por noite, 2 pessoas.
Cinemas na Índia
O que fazer nos tempos "mortos" na Índia? Nós damos uma solução: Cinema.
Os cinemas (alguns) na Índia são ótimos, tanto ou melhores que as nossas salas de cinema. Dos 3 cinemas que frequentámos, normalmente dentro de centros comerciais da zona, são confortáveis, acolhedores, limpos e ótimos para passar um serão. Filmes com boa qualidade e bom sistema de som. Não estão legendados os filmes mas são em inglês, tirando os filmes indianos. O preço de um bilhete varia entre os 120 (o mais barato que pagámos) e os 240 rúpias.
Quanto às pipocas é que já diferem um pouco das nossas. Falo por mim mas pipoca doce é o que mais condiz com um filme, lá eles vendem pipocas normais sem doce nem salgado, depois fora do balcão existe alguns sabores em pó para misturar com as pipocas, entre esses sabores havia de queijo cheddar ( o sabor que escolhemos e que as pipocas ficavam a saber a batatas fritas com queijo ), outro que era de cebola e ainda havia outros sabores meio malucos.
Tailândia
Voo para a Tailândia, que bom, já tínhamos saudades tuas! Foi ótimo voltar ao país de "origem" (Foi o primeiro destino Asiático no nosso histórico de viagens). Comida boa, frutinha boa e frescas, 7eleven onde ia buscar as minhas tostas mistas e o nosso café gelado.. Tudo muito bom. São poucos os pontos negativos que tenho contra a Tailândia.
Mas não vou aprofundar muito sobre este país visto já termos um report acerca da Tailândia. Resumo aqui que fomos dar um saltinho rápido a este país.
Uma semaninha e serviu para melhorar o meu estado. Aqui sem dúvida seria mais rápido uma boa recuperação com boa comida sempre. E sinceramente acho que comi aqui toda a comida que não comi enquanto estava doente. Estávamos constantemente a comer qualquer coisa. É difícil passar por tanta variedade de comida e não levar nada no saquinho para ir petiscando durante o dia.
Bangkok serviu para reencontrar um amigo tailandês que fizemos a 3 anos atrás e para relaxar um pouco na famosa khaosan road.
Os dias seguintes foram para desfrutar o sol e a praia na ilha Koh Samui (Ilha que não chegamos a visitar a 3 anos atrás) e claro, não perdemos a famosa Full Moon Party em Koh Phangan.
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