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[Report] Budapeste e Baja (Hungria), Agosto 2011

Jet

Membro Ativo
Já foi há uns aninhos mas decidi criar um report para esta minha viagem até à Hungria não só para ajudar na partilha de informações como para minha futura referência. Dado o tempo que já passou, este não será um report tão detalhado como normalmente costumo fazer, mas qualquer questão que surja tentarei esclarecer sempre que possível. Tratou-se de uma viagem juntamente com a namorada e uns colegas da minha faculdade para participarmos num workshop internacional de Design em Baja que juntou para além de nós, estudantes da área oriundos de Barcelona, Manchester e claro, Budapeste.

Como de costume, coloco a negrito o mais importante. Cliquem nas imagens para ver em tamanho maior.

Data:
16 a 28 de Agosto de 2011

Destino:
Budapeste e Baja (Hungria)

Transportes:
- Lisboa/Munique (TAP), Munique/Budapeste (Lufthansa), Budapeste/Genebra (Swiss), Genebra/Lisboa (TAP), aprox. 285€ por pessoa (reservado via eDreams)
- Autocarro Aeroporto para o centro de Budapeste *
- Pack de bilhetes individuais (tram/metro/autocarro) *
- Bilhete comboio trajecto Budapeste - Baja *

* Desconheço os preços uma vez que a organização do workshop é que pagou estes transportes. Não deverá ser difícil calcular preços de transportes no site da BKK. +info

Estadia:
Em Budapeste, ficámos num Hostel repleto de jovens relativamente próximo do Rio Danúbio mas podem sempre optar pelo AirBnB, serviço de aluguer de apartamentos/quartos on-line que é bastante seguro e fiável. Basicamente pagamos com antecedência ao site e depois de fazermos a viagem e estar tudo nos conformes é que o dono da casa/apartamento recebe o dinheiro que pagámos. Funciona por feedback (à semelhança do eBay por exemplo), em que só quem fez reserva pode comentar as casas. Deste modo sabemos sempre as características de um determinado espaço com base nos comentários de pessoas que já lá estiveram. Este site tem também um sistema de verificação de identidade tornando-o num dos mais seguros do género a nível mundial. É bom para quem não se preocupa com mordomias de hotel e pretende poupar dinheiro, pode-se fazer comida em casa por exemplo, tem outro nível de privacidade, etc. Recomendo vivamente, pois há casas muito bem localizadas e com bons preços um pouco por todo o mundo. Já reservei através deste site por 3 vezes. Registem-se e procurem alojamentos aqui. Em Baja ficámos numa espécie de pousada da juventude com campismo que estava praticamente só a ser ocupada pelos participantes do workshop e uns alemães. Tal como os transportes, não consigo ajudar com preços porque foi a organização do workshop que se encarregou desses gastos.


1.º Dia - Terça, 16/08
Chegámos ao aeroporto de Lisboa bem cedo, o tempo disponível ainda deu para tomar um pequeno almoço e conviver com os restantes colegas. Pegámos nas nossas revistinhas, fizemos check-in das malas e dirigimo-nos à porta de embarque a correr porque já gritavam os nossos nomes na última chamada pelos altifalantes. O vôo foi tranquilo com toda a excelência pela qual a TAP é conhecida. Chegados ao aeroporto de Munique, fiquei abismado com a grandiosidade daquele aeroporto, corredores enormes, máquinas de café gratuito (obrigado Lufthansa), etc. Saímos para uma área central com galerias comerciais, escritórios de fabricantes de automóveis e restauração. Optámos pelo McDonald’s pelos preços mais convidativos. Demos uma volta pela zona pois tínhamos de fazer tempo pois a escala ia durar até à manhã seguinte. Ainda ponderámos ir até à cidade de comboio mas o preço do bilhete e a hora fizeram-nos mudar de ideias. Num dos supermercados do aeroporto é que me apercebi que nesta zona da Europa é tudo em grande desde as cervejas (mínimo meio litro geralmente, mas super baratas) até aos pacotes de leite com chocolate infantis (meio litro também) que é assim que eles ficam com aquela altura toda. Heheh

Adiante, pernoitamos nas desconfortáveis cadeiras do aeroporto que tinha as janelas todas abertas e um frio horrível, quase na hora do check-in é que descobri uns sofás/lounge que teriam dado umas horas de sono muito melhores. Paciência!




2.º Dia - Quarta, 17/08
Entrámos no avião da Lufthansa e seguimos viagem até Budapeste. Lá chegados os nossos colegas húngaros foram nos buscar, fomos até ao centro de autocarro e durante esta viagem tive a minha primeira impressão. De tantos buracos nas estradas, veículos antiquados, etc., pude-me aperceber de quão atrás a Hungria está em comparação a Portugal apesar de tudo… Neste primeiro dia fomos deixar as malas no hostel, comer qualquer coisa e ir dar uma voltinha a pé. Conhecemos a Universidade de Tecnologia e Economia e atravessámos a Ponte da Liberdade ou "Szabadság híd"[/size] no sentido de Peste. Junto ao rio percebemos a diferença entre o lado de Buda (elevado) e o lado de Peste (mais planície). Comprámos umas coisas e comemos umas sandes muito saborosas do tradicional Central Market ou "Nagy Vasarcsarnok" [/size]terminando com umas cervejinhas ao pôr do sol no Gödor, um espaço que estava destinado a ser um parque de estacionamento e foi convertido em zona cultural jovem (entretanto mudou de sítio). O jardim daquela zona chamada Praça Erzsébet ou "Erzsébet tér" é muito acolhedor e vêem-se grupos de jovens em convívio, piqueniques, skaters, etc. Sem dúvida uma experiência fantástica na maior zona verde do interior de Budapeste. Entre algumas viagens de metro pude reparar como a população mais velha ainda é um retrato da guerra pela tristeza que se faz sentir nos seus rostos.

Seguimos caminho, atravessando a Ponte das Correntes ou "Széchenyi lánchíd" onde se encontram as famosas esculturas dos leões. Contaram-nos uma lenda que diz que devido aos leões não terem língua (o que é errado, não se vêem a partir do chão à altura de uma pessoa mas estão lá) a pessoa que a mandou construir suicidou-se saltando a partir daquela mesma ponte para a negra água do Danúbio. A partir dali temos uma vista frontal para o Castelo de Buda ou "Budavári Palota". Atravessámos nessa direcção e encontrámos um funicular que nos leva ao topo para junto do castelo, optámos por subir a pé para conhecer o jardim que fica na colina (má opção, cansa bastante e não passa de um jardim normal repleto de árvores). Seguimos mais para a direita terminando a subida no incrível Bastião dos Pescadores ou "Halászbástya"[/size]. O edifício neo-gótico contempla um terraço com vários pináculos fantásticos, a partir deste local temos provavelmente a melhor vista sobre toda a cidade. Encontra-se ali também a Igreja de S. Matias ou "Mátyás-templom" cuja entrada (bastante em conta, aliás como quase tudo neste país) é quase obrigatória. Tem uns vitrais soberbos e uma grandiosidade indescritível. Também a partir daquela zona podemos avistar o famoso Palácio do Parlamento ou "Országház" a fazer lembrar o Mosteiro dos Jerónimos. Regressámos ao hostel para recarregar baterias e depois de jantar fomos até à discoteca Instant. Trata-se de um antigo edifício que foi recuperado e transformado em club com várias pistas de dança de diferentes géneros musicais. Cada espaço é uma galeria de arte alternativa com esculturas e decorações extravagantes, provocantes e muito psicadélicas. Uma experiência única, mesmo ao género da juventude húngara.

3.º Dia - Quinta, 18/08 até ao 11.º Dia - Sexta, 26/08
Dia de arrumar as malas e ir até à estação de comboios de onde seguimos viagem para o sul do país numa cidade chamada Baja. Numa viagem de comboio algo longa (não me recordo bem mas foram umas horas), apercebemo-nos de como o país é pouco urbanizado fora das grandes metrópoles, muita agricultura e pouco desenvolvimento. Já em Baja, fomos até à Pousada da Juventude que nos acolheu, situada numa ilha chamada Ilha Petőfi ou "Petőfi-sziget" que fica mesmo no meio do rio Danúbio. Ao longo destes dias fomos fazendo diversas actividades no workshop o que nos levou basicamente a conhecer a ilha toda. Uma das coisas engraçadas eram as praias fluviais nas quais também nos aventurámos a nadar tal era o calor (um dos verões mais quentes da Hungria), muitos habitantes locais aproveitavam os dias para “ir à praia” num Danúbio sujo, negro e com cobras de água. Isso não os impedia de ter futebol aquático com balizas fixas e pequenos bares “da praia”. O calor era tanto que me fartei de nadar por ali num total oposto das nossas águas cristalinas do Algarve. Foram dias de muita diversão e trabalho (produção de peças artesanais, design de produto, apresentações interactivas, etc.). Na última noite fizemos um jantar multicultural em que cada um dos grupos cozinhou algo típico do seu país/região. Provámos caril do grupo de Manchester (dizem que já são poucas as coisas típicas dada a quantidade de nacionalidades presente nas cidades), uns pãezinhos típicos com tomate de Barcelona e um guisado de carne divinal chamado Pörkölt tipicamente Húngaro. Também nestes dias tivemos a oportunidade de provar várias especialidades gastronómicas húngaras, por exemplo, eles têm o hábito de comer tomates à dentada logo pela manhã (como se fossem maçãs) e a verdade é que com aquele calor, sabia mesmo bem!


12.º Dia - Sábado, 27/08
Apanhámos o primeiro comboio da manhã para Budapeste para ainda aproveitar o último dia que nos restava. Lá chegados fomos dar uma volta pelo centro, vimos mais um pouco da lindíssima arquitectura húngara como a Casa da Ópera ou "Magyar Állami Operaház ", o Instituto de Ballet ou "Világörökségi székház", a Basílica de Sto. Estevão ou "Szent István-bazilika", etc. Andámos no mais antigo metro da Europa continental (linha M1) numa locomotiva antiga que entra num minúsculo túnel passando a poucos centímetros da parede (assustador mas divertido). Voltámos ao Central Market para comprar mais uns souvenirs, percorremos quase toda a Avenida Andrássy ou "Andrássy út", uma emblemática artéria da cidade de Budapeste com diversas fachadas arquitectónicas para contemplar e ainda o Museu de Belas Artes, culmina num dos locais mais famosos da cidade, a Praça dos Heróis ou "Hősök tere". Uma construção absolutamente fantástica. Seguimos caminho pelos jardins do Parque da Cidade ou "Városliget" até ao Castelo Vajdahunyad ou "Vajdahunyad-vár", muitas árvores, plantas e lagos com patos num quadro lindo de natureza. Estava na hora da partida e lá fomos para o aeroporto apanhar o avião até Genebra, um Avro RJ100 da Swiss, avião lindíssimo e companhia aérea que me surpreendeu pela positiva. Assim que aterramos em terras suíças a diferença de temperatura fez-se logo sentir. Vínhamos de uma Hungria que atravessava um dos Verões mais quentes de sempre para uma Suíça normalmente fria. Saquei uns Francos Suíços do ATM (notas todas coloridas) e fui beber um chocolate quente tipicamente suíço. Os restantes companheiros de viagem foram a casa de um familiar perto do aeroporto pernoitar enquanto eu e a namorada ficámos por ali até ser hora do vôo de regresso a Lisboa na manhã seguinte.



Qualquer questão disponham! :)
 
Última edição por um moderador:

Jet

Membro Ativo
Não tenho fotos de alguns dos locais, mas com uma pesquisa no google há uns resultados.
Para terem uma ideia do que é a discoteca Instant:
ai240.photobucket.com_albums_ff280_Laguna__instant_zpsa8ab4a0a.jpg
 

inesaldeia

Membro Conhecido
Budapeste...que saudades!
Até ao momento é a minha cidade europeia favorita e nem Praga conseguiu batê-la.
Obrigada pela partilha. Há que incentivar os viajantes a conhecerem este destino fabuloso, muitas vezes quase desconhecido, com um custo de vida baixo.
Eu fui em 2012, mas tive a sorte de conseguir uma promoção de voo direto da Tap a 119€ por pessoa. De outro modo, sai sempre bem mais caro. Fiquei no Easyhotel Oktogon mesmo junto à Avenida Andrassy e mais barato nem num hostel.
Também achei o máximo os pacotes de leite com chocolate serem de meio-litro. Nunca tinha visto nada assim :D
 
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Jet

Membro Ativo
inesaldeia disse:
Budapeste...que saudades!
Até ao momento é a minha cidade europeia favorita e nem Praga conseguiu batê-la.
Obrigada pela partilha. Há que incentivar os viajantes a conhecerem este destino fabuloso, muitas vezes quase desconhecido, com um custo de vida baixo.
Eu fui em 2012, mas tive a sorte de conseguir uma promoção de voo direto da Tap a 119€ por pessoa. De outro modo, sai sempre bem mais caro. Fiquei no Easyhotel Oktogon mesmo junto à Avenida Andrassy e mais barato nem num hostel.
Também achei o máximo os pacotes de leite com chocolate serem de meio-litro. Nunca tinha visto nada assim :D
Olá inesaldeia! E por coincidência somos quase vizinhos. Sou de Vila Franca :p Sim Budapeste é fantástica. Dizem que Praga é uma Budapeste mais pequena e com mais cúpulas. :p


Foi uma viagem que adorei fazer especialmente porque tive a oportunidade de ir de uma ponta à outra do país.
 

inesaldeia

Membro Conhecido
É verdade Jet, somos quase vizinhos :)
Budapeste é mesmo fantástica.
Deve ter sido uma experiência e tanto atravessar o país. Fiquei com bastante curiosidade pelo resto do país, mas como eram só 5 dias não dava para mais. Fica para uma futura oportunidade, outra promoção da Tap, quiçá...
 
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Lightcom

Membro Novo
Bom report!
Budapest é a minha cidade preferida! quer pela Noite, ou os monumentos, já fui lá 4vezes e penso que ainda irei voltar lá.
 

Retep

Membro
Os meses mais indicados para visitar são maio e junho. Contudo também já estive em fevereiro com temperaturas a rondar de 0º e com neve, que até acaba por dar um encanto diferente a cidade.
Dependendo do número de dias disponíveis para visitar a cidade, recomendo alugar carro por um dia e visitarem a zona do Lago Balaton, a ponto mais de uma hora de Budapeste.
 

Jet

Membro Ativo
Retep, e não há transportes para essa zona? É que alugar carro não é barato nem simples. :/
 
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