Jet
Membro Ativo
Apesar da carteira não andar propriamente desafogada, a namorada desafiou-me e com uns valentes meses de antecedência, lá marcámos a nossa segunda viagem juntos, desta feita a Paris para visitar a cidade luz e a Disneyland. Escolhemos a baratinha Easyjet para Paris CDG e depois de ver umas opções de hotéis (Camelia Prestige parecia o mais baratinho mas com poucas condições) acabámos por reservar através da AirBnB um apartamento/estúdio para ser o nosso ninho durante 3 noites pois o preço dava quase o mesmo, era mais ou menos central, era mais privativo e tínhamos a cozinha que nos faria poupar alguns €uros em comida... :angel:
Depois da longa espera aí estava finalmente o dia da viagem, já com vôos e estadia paga bem como os bilhetes para a Disneyland (aproveitando a promoção dos 20 anos, 1 dia 2 parques), vamos a isso! :boxing:
Dia 1 16/09/2012
[hr]
Era manhã cedo, o vôo era às 9:30 e o aeroporto de Lisboa estava calmo. Passámos pelas necessárias verificações de segurança e dirigimo-nos à nossa porta de embarque, um pequeno compasso de espera e em poucos minutos estávamos a entrar no A319 da easyjet. O céu estava pouco nublado por isso o voo ia ser calminho e dava para observar a paisagem aérea que eu tanto adoro.
Chegados a Charles de Gaulle, o nosso anfitrião (o dono do estúdio que reservámos) fez questão de nos ir buscar ao aeroporto fazendo-nos evitar as viagens de comboio e com que chegássemos ao centro de Paris muito mais rapidamente. A casa ficava a 1 minuto a pé da estação de metro de Censier Daubenton. Livrados do peso das malas, maravilhados com a casa e já com algumas explicações sobre percursos, sightseeings e outros, saímos já de tarde directamente para a Tour Eiffel pois sabíamos que as filas para entrar eram longas. Só nos faltava mesmo o ticket de transporte (Paris Visite) que conseguimos com relativa facilidade nas máquinas automáticas da estação de metro. Quando saímos em Champ de Mars procurámos logo a torre e quando dobrámos a esquina, uma imponente estrutura de ferro que rasgava o céu nos surpreendeu o olhar. Era tão magnífica, tão espectacular e soberba. Porque isto de ver nos livros não tem nada a ver do que observá-la ao vivo! As máquinas fotográficas (cada um levava uma) já disparavam sem controle e fomo-nos aproximando das filas para comprar o bilhete, cerca de 8€ para subir ao 2.º piso, pois já nos tinham dito que não valia o dinheiro e tempo gasto de ir até ao 3.º piso, e assim foi. Conforme íamos ascendendo no elevador o chão ficava mais afastado dos nossos pés numa sensação única e indescritível. A paisagem lá em cima era arrebatadora e o Sol começava a querer esconder-se. Depois de milhentas fotos tiradas em que podemos capturar o Sena, a cúpula dourada do Les Invalides, a Estátua da Liberdade ou a Tour Montparnasse estava na hora de descer.
Atravessámos a Pont d'Iéna que fica mesmo de frente para a Torre e fomos na direcção do Trocadéro para o verdadeiro plano diante daquela fantástica estrutura de ferro. Passámos por um engraçado carrossel que funcionava poupando energia, convidando os seus passageiros a pedalar para contribuir para a energia gasta que fazia rodar a estrutura. Um pouco mais à frente lá estava aquela fantástica praça do Trocadéro, dali a vista era perfeita e muito romântica, com fontes de água que bailavam diante dos nossos olhos compondo um quadro lindíssimo a emoldurar a Torre. Depois de um bom bocado ali passado a noite já espreitava e como a fome já apertava apressámos o passo e fomos de metro até à Opéra para um "lanche ajantarado" no McDonald's. Não tivémos tempo de entrar no edifício da Opéra, mas valeu-nos mais umas quantas fotografias e um passeio curto pelas ruas parisienses daquela zona antes de regressar a casa para o descanso para derradeiro dia seguinte, a Disneyland Paris.
Dia 2 17/09/2012
[hr]
Hoje era dia de Disneyland e assim que saímos de casa fomos até ao Carrefour ali perto para nos abastecermos e a uma padaria (de chineses) que vendia as típicas baguettes (ENORMES) a preços muito convidativos. Eram tão grandes que serviram de peq. almoço, almoço e lanche! Enfiámo-nos no metro e seguimos para Châtelet-Les Halles para irmos no comboio da RER A até Marne-la-Valée. A viagem de comboio correu sem percalços e serviu para ver um pouco dos subúrbios da capital francesa, não muito distante daquilo que acontece em Lisboa. Chegados às terras da Disney, aguardámos um pouco na entrada da Walt Disney Studios Park para ligar a um amigo nosso que ali trabalhava mas que infelizmente não pode ir ter connosco e seguimos para a porta. Com jardins muito arranjadinhos, estátuas de bronze lindíssimas e outras coisas que tais, lá estava o Monsieur Walt Disney a saudar-nos enquanto percorríamos a entrada. Entrámos na primeira loja e os olhos da minha cara metade brilhavam enquanto recordávamos as histórias Disney da nossa infância não deixando de lado as mais recentes. Saímos da loja já com as nossas "orelhas de Mickey" a caminho da passagem inicial para o parque propriamente dito, chamada de "Studio 1". Seguimos directos para uma das mais recentes atracções daquele parque e que já era um sucesso a "The Twilight Zone Tower of Terror" numa subida lenta por corredores, com velharias, vozes assombrosas até chegarmos a um elevador que nos leva numa queda vertiginosa e aterradora pela torre abaixo (ver vídeo). Uma experiência fantástica que nos deixou logo de estômago colado às costas e pernas a tremer. Demos mais uma volta pelo parque, sempre muito animados até chegarmos à "Rock 'n' Roller Coaster starring Aerosmith" na qual ainda tivemos de aguardar um pouco até entrar. A montanha russa é mesmo radical e a banda sonora leva-nos numa viagem alucinante deixando-me logo sem fôlego e eu até geralmente me aguento bem neste tipo de divertimentos, mas na Disney não se brinca! :lol: Seguimos caminho, desbravando pelo parque adentro, cruzando-nos com cenários replicados dos filmes até entrarmos no Toon Studio maravilhados pela fantasia da Toy Story Playland e dos tapetes voadores do Génio da Lâmpada do Aladdin, naquela parte do parque até pudemos contribuir para a recolha de gritos que são transformados em energia pelos Monstros & Companhia. Estava feita a primeira ronda, demos umas trincas nas baguettes e seguimos para o derradeiro Disneyland Park.
Chegamos entretanto à entrada do Disneyland Park e damos por nós num ambiente quase "faroeste" na Main Street USA com a cereja no topo do bolo: o Castelo da Princesa que nos recebia um pouco mais à frente. Já tínhamos mais ao menos o plano traçado relativamente às diversões que queríamos visitar e algumas infelizmente encontravam-se em manutenção como é o caso da Casa Assombrada ou da atracção dedicada ao Peter Pan, mas fomo-nos passeando por todas as "lands" do parque explorando aquela imensidão de magia Disney. Começámos pela Frontierland, dedicada à montanha, ao deserto, aos cowboys e ao Indiana Jones. Demos umas voltas na fantástica Big Thunder Mountain (ver vídeo) e caminhámos um pouco naquele ambiente estilo Texas de cor de tijolo e ficámos a apreciar o Molly Brown, o barco que ali navegava. Seguimos depois para a Adventureland, atravessando a Passagem Encantada do Aladdin, e seguindo para a emocionante atracção Indiana Jones and The Temple of Peril (ver vídeo), passando depois pela Adventure Isle com pontes suspensas e ar de floresta. Visitámos o barco do Captain Hook, encostado à caveira gigante e terminámos no passeio pelo mundo dos Piratas das Caraíbas (ver vídeo) e na descoberta da Cabana dos Robinson de onde se pode apreciar uma bonita vista sobre todo o parque. Seguimos depois para a zona central do parque para um pequeno descanso, acomodar a barriga com mais umas dentadas nas baguettes e entrámos no Castelo da Princesa para visitar a Cova do Dragão, e o mundo da Branca de Neve num passeio de mini-barco.
Quando damos por nós, já estávamos na Fantasyland a rodar nas Chávenas do Chapeleiro Maluco, não sem antes passar pelo estranho e fantástico ambiente de Alice no País das Maravilhas. Neste espectáculo de fantasia e magia, seguimos para o absolutamente fabuloso It's a Small World, um passeio pela história e cultura mundial de deixar qualquer um com um brilhozinho nos olhos. Depois daquele momento de descontracção estava na hora de ir para o futuro, para a tecnologia e para as luzes dos videojogos na Discoveryland. Atravessámos o Videopolis onde pudemos beber um refresco e apreciar alguns clássicos Mickey ainda a preto e branco, entrando depois no Buzz Lightyear Laser Blast onde salvámos o universo do terrível Zurg eliminando o mal com as nossas pistolas de raios laser ultra-futurísticos em jeito de videojogo ambulante competindo para ver quem conseguia melhor pontuação. Recuperámos um pouco passeando pelo mundo da tecnologia e do espaço enquanto observávamos os movimentos do Orbitron até chegarmos à mais espectacular aventura de todo o parque...uma atracção só para os mais corajosos e de deixar qualquer um KO, o absolutamente incrível Space Mountain: Mission 2 (ver vídeo). Uma incrível viagem à escuridão do espaço que começa logo com um estrondoso impulso de foguetão que nos leva ao meio do universo, por entre lasers, raios gama, flashes e consequtivos loopings de 360º. Uma viagem que jamais esqueceremos e que foi um dos auges desta viagem pelo mundo Disney. Enquanto recuperávamos o fôlego, mergulhámos no submarino dos Mistérios do Nautilus numa temática de navegação e mecânica a fazer lembrar as 20.000 léguas submarinas. Logo de seguida sentámo-nos diante do castelo central para apreciar a divertida e tradicional Parada Disney onde os personagens das variadas histórias ganham movimento, corpo e expressões nos seus carros alegóricos contagiando de alegria todas as crianças que os admiravam. Demos depois mais uma volta por todo o parque, entrando em algumas lojas e ainda me arrisquei a ver o preço dos restaurantes mas assustei-me logo com o preço das entradas (cerca de 20/30€!). Para terminar o dia já só faltava o inexplicável, indescritível, inigualável espectáculo de fogo-de-artifício, cor, luz, vídeo e música que comemorava os 20 anos de Disneyland Paris. O Disney Dreams foi o espectáculo audiovisual mais impressionante que alguma vez vi, deixando todos à minha volta de queixo caído (ver vídeo). É o menino dos olhos de ouro da equipa que gere o resort Disney e não há quem lhe tire o crédito. É FABULOSO! Regressámos a casa estoirados, mas absolutamente maravilhados com esta experiência que por mais que seja contada, só estando lá, é que dá para perceber. Terminámos o dia indo ao sushi com serviço de take-away junto ao metro de Censier-Daubenton, o Fun Sushi. Com um menu bem baratinho e o suficiente para duas pessoas.
Dia 3 18/09/2012
[hr]
Dia de passeio intensivo por Paris. Saímos directos no metro da Île de la Cité, demos uma voltinha e vimos La Conciergerie (apenas da parte de fora, não tínhamos tempo para ver o interior), seguindo depois para a Catedral de Notre Dame. O edifício é imponente, uma beleza soberba que nos deixa minúsculos cá em baixo perante esculturas e pormenores incríveis. Gostei particularmente de uma das esculturas sem cabeça que a segurava nas mãos. Os vitrais são maravilhosos e o edifício é tão espectacular por dentro como é por fora. Ao sairmos ainda fomos ver a fila para subir lá acima até às gárgulas mas era tanta e de avanço tão lento, que deixámos para a próxima. O pináculo da Sainte-Chapelle chamou-nos mas, mais uma vez, a fila era imensa (muitos asiáticos) e decidimos partir por aí fora, atravessando a Pont Notre Dame e passeando pela avenida na direcção do Louvre. Neste longo passeio junto ao Sena, avistámos a Tour Saint-Jacques, e parámos junto à Pont des Arts. Esta ponte, famosa pelos cadeados que muitos casais ali deixam é muito famosa, aparecendo em diversos filmes e referências em livros. Já trazíamos o nosso cadeado desde Portugal, preparado para esta ocasião. Lá fizemos o ritual e tirámos uma série de fotografias, é de facto incrível a quantidade de cadeados que ali estão... do outro lado do rio está o Institut de France mesmo de frente, também conhecido por Collège des Quatre-Nations. O passeio a pé já ia longo e chegámos finalmente ao Palais du Louvre. Entrámos na praça onde está a Pirâmide do Louvre e um click fez-se na minha cabeça: "o Louvre fecha à Terça!". Nunca mais me tinha lembrado desse pequeno pormenor mas não tinha problema: víamos o exterior e o que se seguia e deixávamos a visita ao interior para o dia seguinte e assim foi. Mais uma vez as máquinas fotográficas disparavam sem se cansar. Passámos por dentro do Arc de Triomphe du Carrousel, seguimos pelo lindíssimo Jardin des Tuilleries (de onde pudémos avistar o Musée d'Orsay que ficou nos planos para a próxima viagem) e chegámos à Place de la Concorde onde no centro figura o Obelisque de Louxor, à nossa frente já víamos o grandioso arco e à nossa direita estava a Iglese de la Madeleine que queríamos muito ver, mas o relógio não parava de andar e deixámos também esta para a próxima vez. Entrámos então na mais famosa avenida de Paris, a Avenue des Champs-Élysées, a qual percorremos um pouco até chegarmos ao Petit e ao Grand Palais que se encaram um para o outro com uma estrada no meio que nos aponta à frente a mais ornamentada ponte da capital francesa, a lindíssima Pont Alexandre III com o Les Invalides e a sua cúpula dourada (onde descansa em paz Napoleão) a completar o quadro. A vista só era interrompida pelo trânsito que existia àquela hora, mas o enquandramento era quase perfeito e do ponto de vista arquitectónico e artístico é uma bela coisa de se ver! Entrámos de seguida no metro de Clemenceau para nos poupar as pernas até ao Arc de Triomphe.
Ao sair na estação Charles de Gaulle-Étoile ainda nos perdemos um pouco à procura da passagem subterrânea que nos leva até à entrada do arco, mas quando a multidão que assistia a uma performance musical dispersou lá demos com ela. Chegámos à bilheteira e tivemos direito a entrada gratuita por sermos cidadãos da UE com menos de 25 anos. A escadaria é apertada e interminável (tem banquinhos e tudo para se descansar a meio-caminho). Lá em cima um salão com esculturas antes da saída para o pátio de onde tudo se vê. A paisagem é de facto de cortar a respiração, de um lado a Place de la Concorde, do outro perfeitamente alinhado o Grande Arche de la Défense (e a sua zona industrializada e moderna). Uma panorâmica de 360º que é verdadeiramente incrível na qual ainda identificámos o Panteão por exemplo. Feita a visita entrámos novamente no metro e seguimos pela linha 2 (azul escura) até Blanche, onde pudémos ver ainda de dia e depois de noite o Moulin Rouge, fazendo um passeio curto pelas lojas. Novamente no metro, saímos em Anvers e já estávamos no peculiar bairro de Montmartre. Subímos no funicular (preço incluído no Paris Visite que comprámos no primeiro dia) e chegámos lá acima aos pés da Basilique du Sacré-Cœur. Dali sim, é a mais incrível paisagem sobre toda a cidade de onde se destaca, é claro, a Tour Eiffel. A fazer as delicias dos espectadores, estava Iya Traore com os seus inigualáveis dotes de free-style com uma bola de futebol (ver vídeo). Dentro da basílica o silêncio era quase imperador e mais uma vez esta peça incrível de arquitectura é das mais bonitas da cidade. Feito o passeio naquela zona, ainda deu tempo para degustar uma maçaroca de milho e ver construções de chocolate cujo preço até assustava (mas que eram lindíssimas). Seguimos novamente no metro a tempo de fazer um curto passeio pelas Galerias La Fayette e rumámos até casa.
Dia 4 19/09/2012
[hr]
Este seria um dia curto pois o nosso voo era depois de almoço e ainda tínhamos que esperar pelo dono da casa para lhe entregar as chaves. Assim, acordámos e fomos logo para o Louvre. A entrada foi feita com relativa rapidez, tirámos os nossos bilhetes (mais uma vez gratuitos) e lá fomos nós para a imensidão de arte que por ali se transpira. Tivemos a oportunidade de nos colocar lado a lado com peças artísticas que sempre sonhámos ver ao vivo como a Vitória de Samotrácia, a Madalena dos Rochedos, a Odalisca, a Vénus de Milo ou a Mona Lisa. O edifício é enorme por dentro mas como tínhamos o mapa dirigi-mo-nos logo para onde queríamos. Ao sair demos com a fantástica Pyramide Inversée, a Apple Store e seguimos depois para o metro que ficava junto a casa. Almoçámos e fomos fazer um último passeio até ao Jardin des Plantes e ao seu zoo que nos fez sacar das objectivas mais uma vez. No regresso até casa ainda avistámos a Grande Mosquée de Paris. Pegámos nas malas e fomos para a única confusa estação em Paris: a Châtelet-Les Halles. Como ainda tínhamos uns minutos, tirámos umas fotos à Fontaine des Innocents, demos uma volta pelo centro comercial e seguimos viagem de regresso ao aeroporto CDG para uma viagem calma até Lisboa.
Sem dúvida uma experiência inesquecível, muito romântica e repleta de cultura e arte. Adorámos e como ficámos com algumas coisas para ver ficou a promessa de regressar assim que possível.
Espero que tenham gostado deste que foi o meu primeiro report e que não tenha sido muito maçador especialmente em fotografias.
Qualquer questão, disponham.
Depois da longa espera aí estava finalmente o dia da viagem, já com vôos e estadia paga bem como os bilhetes para a Disneyland (aproveitando a promoção dos 20 anos, 1 dia 2 parques), vamos a isso! :boxing:
Dia 1 16/09/2012
[hr]
Era manhã cedo, o vôo era às 9:30 e o aeroporto de Lisboa estava calmo. Passámos pelas necessárias verificações de segurança e dirigimo-nos à nossa porta de embarque, um pequeno compasso de espera e em poucos minutos estávamos a entrar no A319 da easyjet. O céu estava pouco nublado por isso o voo ia ser calminho e dava para observar a paisagem aérea que eu tanto adoro.
Chegados a Charles de Gaulle, o nosso anfitrião (o dono do estúdio que reservámos) fez questão de nos ir buscar ao aeroporto fazendo-nos evitar as viagens de comboio e com que chegássemos ao centro de Paris muito mais rapidamente. A casa ficava a 1 minuto a pé da estação de metro de Censier Daubenton. Livrados do peso das malas, maravilhados com a casa e já com algumas explicações sobre percursos, sightseeings e outros, saímos já de tarde directamente para a Tour Eiffel pois sabíamos que as filas para entrar eram longas. Só nos faltava mesmo o ticket de transporte (Paris Visite) que conseguimos com relativa facilidade nas máquinas automáticas da estação de metro. Quando saímos em Champ de Mars procurámos logo a torre e quando dobrámos a esquina, uma imponente estrutura de ferro que rasgava o céu nos surpreendeu o olhar. Era tão magnífica, tão espectacular e soberba. Porque isto de ver nos livros não tem nada a ver do que observá-la ao vivo! As máquinas fotográficas (cada um levava uma) já disparavam sem controle e fomo-nos aproximando das filas para comprar o bilhete, cerca de 8€ para subir ao 2.º piso, pois já nos tinham dito que não valia o dinheiro e tempo gasto de ir até ao 3.º piso, e assim foi. Conforme íamos ascendendo no elevador o chão ficava mais afastado dos nossos pés numa sensação única e indescritível. A paisagem lá em cima era arrebatadora e o Sol começava a querer esconder-se. Depois de milhentas fotos tiradas em que podemos capturar o Sena, a cúpula dourada do Les Invalides, a Estátua da Liberdade ou a Tour Montparnasse estava na hora de descer.
Atravessámos a Pont d'Iéna que fica mesmo de frente para a Torre e fomos na direcção do Trocadéro para o verdadeiro plano diante daquela fantástica estrutura de ferro. Passámos por um engraçado carrossel que funcionava poupando energia, convidando os seus passageiros a pedalar para contribuir para a energia gasta que fazia rodar a estrutura. Um pouco mais à frente lá estava aquela fantástica praça do Trocadéro, dali a vista era perfeita e muito romântica, com fontes de água que bailavam diante dos nossos olhos compondo um quadro lindíssimo a emoldurar a Torre. Depois de um bom bocado ali passado a noite já espreitava e como a fome já apertava apressámos o passo e fomos de metro até à Opéra para um "lanche ajantarado" no McDonald's. Não tivémos tempo de entrar no edifício da Opéra, mas valeu-nos mais umas quantas fotografias e um passeio curto pelas ruas parisienses daquela zona antes de regressar a casa para o descanso para derradeiro dia seguinte, a Disneyland Paris.
Dia 2 17/09/2012
[hr]
Hoje era dia de Disneyland e assim que saímos de casa fomos até ao Carrefour ali perto para nos abastecermos e a uma padaria (de chineses) que vendia as típicas baguettes (ENORMES) a preços muito convidativos. Eram tão grandes que serviram de peq. almoço, almoço e lanche! Enfiámo-nos no metro e seguimos para Châtelet-Les Halles para irmos no comboio da RER A até Marne-la-Valée. A viagem de comboio correu sem percalços e serviu para ver um pouco dos subúrbios da capital francesa, não muito distante daquilo que acontece em Lisboa. Chegados às terras da Disney, aguardámos um pouco na entrada da Walt Disney Studios Park para ligar a um amigo nosso que ali trabalhava mas que infelizmente não pode ir ter connosco e seguimos para a porta. Com jardins muito arranjadinhos, estátuas de bronze lindíssimas e outras coisas que tais, lá estava o Monsieur Walt Disney a saudar-nos enquanto percorríamos a entrada. Entrámos na primeira loja e os olhos da minha cara metade brilhavam enquanto recordávamos as histórias Disney da nossa infância não deixando de lado as mais recentes. Saímos da loja já com as nossas "orelhas de Mickey" a caminho da passagem inicial para o parque propriamente dito, chamada de "Studio 1". Seguimos directos para uma das mais recentes atracções daquele parque e que já era um sucesso a "The Twilight Zone Tower of Terror" numa subida lenta por corredores, com velharias, vozes assombrosas até chegarmos a um elevador que nos leva numa queda vertiginosa e aterradora pela torre abaixo (ver vídeo). Uma experiência fantástica que nos deixou logo de estômago colado às costas e pernas a tremer. Demos mais uma volta pelo parque, sempre muito animados até chegarmos à "Rock 'n' Roller Coaster starring Aerosmith" na qual ainda tivemos de aguardar um pouco até entrar. A montanha russa é mesmo radical e a banda sonora leva-nos numa viagem alucinante deixando-me logo sem fôlego e eu até geralmente me aguento bem neste tipo de divertimentos, mas na Disney não se brinca! :lol: Seguimos caminho, desbravando pelo parque adentro, cruzando-nos com cenários replicados dos filmes até entrarmos no Toon Studio maravilhados pela fantasia da Toy Story Playland e dos tapetes voadores do Génio da Lâmpada do Aladdin, naquela parte do parque até pudemos contribuir para a recolha de gritos que são transformados em energia pelos Monstros & Companhia. Estava feita a primeira ronda, demos umas trincas nas baguettes e seguimos para o derradeiro Disneyland Park.
Chegamos entretanto à entrada do Disneyland Park e damos por nós num ambiente quase "faroeste" na Main Street USA com a cereja no topo do bolo: o Castelo da Princesa que nos recebia um pouco mais à frente. Já tínhamos mais ao menos o plano traçado relativamente às diversões que queríamos visitar e algumas infelizmente encontravam-se em manutenção como é o caso da Casa Assombrada ou da atracção dedicada ao Peter Pan, mas fomo-nos passeando por todas as "lands" do parque explorando aquela imensidão de magia Disney. Começámos pela Frontierland, dedicada à montanha, ao deserto, aos cowboys e ao Indiana Jones. Demos umas voltas na fantástica Big Thunder Mountain (ver vídeo) e caminhámos um pouco naquele ambiente estilo Texas de cor de tijolo e ficámos a apreciar o Molly Brown, o barco que ali navegava. Seguimos depois para a Adventureland, atravessando a Passagem Encantada do Aladdin, e seguindo para a emocionante atracção Indiana Jones and The Temple of Peril (ver vídeo), passando depois pela Adventure Isle com pontes suspensas e ar de floresta. Visitámos o barco do Captain Hook, encostado à caveira gigante e terminámos no passeio pelo mundo dos Piratas das Caraíbas (ver vídeo) e na descoberta da Cabana dos Robinson de onde se pode apreciar uma bonita vista sobre todo o parque. Seguimos depois para a zona central do parque para um pequeno descanso, acomodar a barriga com mais umas dentadas nas baguettes e entrámos no Castelo da Princesa para visitar a Cova do Dragão, e o mundo da Branca de Neve num passeio de mini-barco.
Quando damos por nós, já estávamos na Fantasyland a rodar nas Chávenas do Chapeleiro Maluco, não sem antes passar pelo estranho e fantástico ambiente de Alice no País das Maravilhas. Neste espectáculo de fantasia e magia, seguimos para o absolutamente fabuloso It's a Small World, um passeio pela história e cultura mundial de deixar qualquer um com um brilhozinho nos olhos. Depois daquele momento de descontracção estava na hora de ir para o futuro, para a tecnologia e para as luzes dos videojogos na Discoveryland. Atravessámos o Videopolis onde pudemos beber um refresco e apreciar alguns clássicos Mickey ainda a preto e branco, entrando depois no Buzz Lightyear Laser Blast onde salvámos o universo do terrível Zurg eliminando o mal com as nossas pistolas de raios laser ultra-futurísticos em jeito de videojogo ambulante competindo para ver quem conseguia melhor pontuação. Recuperámos um pouco passeando pelo mundo da tecnologia e do espaço enquanto observávamos os movimentos do Orbitron até chegarmos à mais espectacular aventura de todo o parque...uma atracção só para os mais corajosos e de deixar qualquer um KO, o absolutamente incrível Space Mountain: Mission 2 (ver vídeo). Uma incrível viagem à escuridão do espaço que começa logo com um estrondoso impulso de foguetão que nos leva ao meio do universo, por entre lasers, raios gama, flashes e consequtivos loopings de 360º. Uma viagem que jamais esqueceremos e que foi um dos auges desta viagem pelo mundo Disney. Enquanto recuperávamos o fôlego, mergulhámos no submarino dos Mistérios do Nautilus numa temática de navegação e mecânica a fazer lembrar as 20.000 léguas submarinas. Logo de seguida sentámo-nos diante do castelo central para apreciar a divertida e tradicional Parada Disney onde os personagens das variadas histórias ganham movimento, corpo e expressões nos seus carros alegóricos contagiando de alegria todas as crianças que os admiravam. Demos depois mais uma volta por todo o parque, entrando em algumas lojas e ainda me arrisquei a ver o preço dos restaurantes mas assustei-me logo com o preço das entradas (cerca de 20/30€!). Para terminar o dia já só faltava o inexplicável, indescritível, inigualável espectáculo de fogo-de-artifício, cor, luz, vídeo e música que comemorava os 20 anos de Disneyland Paris. O Disney Dreams foi o espectáculo audiovisual mais impressionante que alguma vez vi, deixando todos à minha volta de queixo caído (ver vídeo). É o menino dos olhos de ouro da equipa que gere o resort Disney e não há quem lhe tire o crédito. É FABULOSO! Regressámos a casa estoirados, mas absolutamente maravilhados com esta experiência que por mais que seja contada, só estando lá, é que dá para perceber. Terminámos o dia indo ao sushi com serviço de take-away junto ao metro de Censier-Daubenton, o Fun Sushi. Com um menu bem baratinho e o suficiente para duas pessoas.
Dia 3 18/09/2012
[hr]
Dia de passeio intensivo por Paris. Saímos directos no metro da Île de la Cité, demos uma voltinha e vimos La Conciergerie (apenas da parte de fora, não tínhamos tempo para ver o interior), seguindo depois para a Catedral de Notre Dame. O edifício é imponente, uma beleza soberba que nos deixa minúsculos cá em baixo perante esculturas e pormenores incríveis. Gostei particularmente de uma das esculturas sem cabeça que a segurava nas mãos. Os vitrais são maravilhosos e o edifício é tão espectacular por dentro como é por fora. Ao sairmos ainda fomos ver a fila para subir lá acima até às gárgulas mas era tanta e de avanço tão lento, que deixámos para a próxima. O pináculo da Sainte-Chapelle chamou-nos mas, mais uma vez, a fila era imensa (muitos asiáticos) e decidimos partir por aí fora, atravessando a Pont Notre Dame e passeando pela avenida na direcção do Louvre. Neste longo passeio junto ao Sena, avistámos a Tour Saint-Jacques, e parámos junto à Pont des Arts. Esta ponte, famosa pelos cadeados que muitos casais ali deixam é muito famosa, aparecendo em diversos filmes e referências em livros. Já trazíamos o nosso cadeado desde Portugal, preparado para esta ocasião. Lá fizemos o ritual e tirámos uma série de fotografias, é de facto incrível a quantidade de cadeados que ali estão... do outro lado do rio está o Institut de France mesmo de frente, também conhecido por Collège des Quatre-Nations. O passeio a pé já ia longo e chegámos finalmente ao Palais du Louvre. Entrámos na praça onde está a Pirâmide do Louvre e um click fez-se na minha cabeça: "o Louvre fecha à Terça!". Nunca mais me tinha lembrado desse pequeno pormenor mas não tinha problema: víamos o exterior e o que se seguia e deixávamos a visita ao interior para o dia seguinte e assim foi. Mais uma vez as máquinas fotográficas disparavam sem se cansar. Passámos por dentro do Arc de Triomphe du Carrousel, seguimos pelo lindíssimo Jardin des Tuilleries (de onde pudémos avistar o Musée d'Orsay que ficou nos planos para a próxima viagem) e chegámos à Place de la Concorde onde no centro figura o Obelisque de Louxor, à nossa frente já víamos o grandioso arco e à nossa direita estava a Iglese de la Madeleine que queríamos muito ver, mas o relógio não parava de andar e deixámos também esta para a próxima vez. Entrámos então na mais famosa avenida de Paris, a Avenue des Champs-Élysées, a qual percorremos um pouco até chegarmos ao Petit e ao Grand Palais que se encaram um para o outro com uma estrada no meio que nos aponta à frente a mais ornamentada ponte da capital francesa, a lindíssima Pont Alexandre III com o Les Invalides e a sua cúpula dourada (onde descansa em paz Napoleão) a completar o quadro. A vista só era interrompida pelo trânsito que existia àquela hora, mas o enquandramento era quase perfeito e do ponto de vista arquitectónico e artístico é uma bela coisa de se ver! Entrámos de seguida no metro de Clemenceau para nos poupar as pernas até ao Arc de Triomphe.
Ao sair na estação Charles de Gaulle-Étoile ainda nos perdemos um pouco à procura da passagem subterrânea que nos leva até à entrada do arco, mas quando a multidão que assistia a uma performance musical dispersou lá demos com ela. Chegámos à bilheteira e tivemos direito a entrada gratuita por sermos cidadãos da UE com menos de 25 anos. A escadaria é apertada e interminável (tem banquinhos e tudo para se descansar a meio-caminho). Lá em cima um salão com esculturas antes da saída para o pátio de onde tudo se vê. A paisagem é de facto de cortar a respiração, de um lado a Place de la Concorde, do outro perfeitamente alinhado o Grande Arche de la Défense (e a sua zona industrializada e moderna). Uma panorâmica de 360º que é verdadeiramente incrível na qual ainda identificámos o Panteão por exemplo. Feita a visita entrámos novamente no metro e seguimos pela linha 2 (azul escura) até Blanche, onde pudémos ver ainda de dia e depois de noite o Moulin Rouge, fazendo um passeio curto pelas lojas. Novamente no metro, saímos em Anvers e já estávamos no peculiar bairro de Montmartre. Subímos no funicular (preço incluído no Paris Visite que comprámos no primeiro dia) e chegámos lá acima aos pés da Basilique du Sacré-Cœur. Dali sim, é a mais incrível paisagem sobre toda a cidade de onde se destaca, é claro, a Tour Eiffel. A fazer as delicias dos espectadores, estava Iya Traore com os seus inigualáveis dotes de free-style com uma bola de futebol (ver vídeo). Dentro da basílica o silêncio era quase imperador e mais uma vez esta peça incrível de arquitectura é das mais bonitas da cidade. Feito o passeio naquela zona, ainda deu tempo para degustar uma maçaroca de milho e ver construções de chocolate cujo preço até assustava (mas que eram lindíssimas). Seguimos novamente no metro a tempo de fazer um curto passeio pelas Galerias La Fayette e rumámos até casa.
Dia 4 19/09/2012
[hr]
Este seria um dia curto pois o nosso voo era depois de almoço e ainda tínhamos que esperar pelo dono da casa para lhe entregar as chaves. Assim, acordámos e fomos logo para o Louvre. A entrada foi feita com relativa rapidez, tirámos os nossos bilhetes (mais uma vez gratuitos) e lá fomos nós para a imensidão de arte que por ali se transpira. Tivemos a oportunidade de nos colocar lado a lado com peças artísticas que sempre sonhámos ver ao vivo como a Vitória de Samotrácia, a Madalena dos Rochedos, a Odalisca, a Vénus de Milo ou a Mona Lisa. O edifício é enorme por dentro mas como tínhamos o mapa dirigi-mo-nos logo para onde queríamos. Ao sair demos com a fantástica Pyramide Inversée, a Apple Store e seguimos depois para o metro que ficava junto a casa. Almoçámos e fomos fazer um último passeio até ao Jardin des Plantes e ao seu zoo que nos fez sacar das objectivas mais uma vez. No regresso até casa ainda avistámos a Grande Mosquée de Paris. Pegámos nas malas e fomos para a única confusa estação em Paris: a Châtelet-Les Halles. Como ainda tínhamos uns minutos, tirámos umas fotos à Fontaine des Innocents, demos uma volta pelo centro comercial e seguimos viagem de regresso ao aeroporto CDG para uma viagem calma até Lisboa.
Sem dúvida uma experiência inesquecível, muito romântica e repleta de cultura e arte. Adorámos e como ficámos com algumas coisas para ver ficou a promessa de regressar assim que possível.
Espero que tenham gostado deste que foi o meu primeiro report e que não tenha sido muito maçador especialmente em fotografias.
Qualquer questão, disponham.
Última edição por um moderador:
