Telma Teixeira
Membro
2 a 9 de Maio
Lisboa - Madrid
Madrid - Havana
Havana - Cayo Largo
Cayo Largo - Havana
Havana - Madrid
Madrid - Lisboa
Companhia: Ibéria
Dinheiro: Levei euros e levantei lá (há poucos multibancos para os turistas... basicamente onde houver fila de turistas é onde dá para levantar) e troquei nos hotéis por CUC's.
Escolhi o Cayo Largo porque me pareceu um sítio mais calmo que Varadero e o meu objectivo era mesmo descansar. E não me arrependo da escolha e pelo que ouvi acho que foi a decisão acertada. Conheci algumas pessoas que já estiveram em Varadero e noutros Cayos e todas me disseram que Cayo Largo é uma boa escolha.
Quando cheguei a Havana (era de noite) assustei-me com duas coisas: a primeira foi o calor tropical (fiquei imediatamente a transpirar e achei que se à noite era assim então durante o dia ia morrer) e a segunda foi porque não via ninguém com um cartaz à minha espera. Depois descobri um balcão da Cubatur meio escondido e uma senhora arranjou-nos logo um táxi que nos levou ao Hotel.
Ficámos no Park View Hotel (inicialmente era para ser o Mercure Sevilla que era melhor e também ali ao lado mas estava cheio). Não era nada luxuoso, ao estilo de Havana, mas era o suficiente e tinha ar condicionado!
No primeiro dia percorremos Havana a pé, de coco taxi e demos uma volta num carro cor-de-rosa por toda a cidade. Estava muito calor...
Visitámos todos os sítios turísticos: Calle Obispo, Plaza de Armas, Plaza Vieja, Plaza de La Catedral, Capitólio, loja da Fábrica de Charutos (a Fábrica mesmo mudou de lugar, já não é ao pé do Capitólio), Praça da Revolução. Não fui ao Museu da Revolução (falta de tempo) nem ao Museu do Che (fica mais afastado).
Bebi um daiquiri de morango (recomendo) em La Floridita e dei um salto à La Bodeguita del Medio, cheio de movimento à noite.
Recomendo o restaurante Habana 61, foi o restaurante que gostei mais em Havana: fresquinho, limpinho, boa comida e barato!
Achei a cidade muito velha e pobre, havia sítios em que parecia que a cidade estava em guerra. Na tour que fiz num carro cor de rosa (começam na Praça da Revolução e vale muito a pena porque o motorista explica muita coisa e faz várias paragens... penso que paguei 20 CUC por 2 pessoas durante 1h) percebi melhor a divisão da cidade, um pouco mais da história e como é que é a filosofia de vida deles.
Fazendo uma comparação com Portugal, um hotel de 5* em Havana equivale a um de 3* em Portugal. Já ia preparada e percebi que não valia a pena entrar em stress com algumas situações que aconteceram.
Para dizer a verdade, não me senti muito segura em alguns sítios. Não aconteceu nada e nem vi nada, mas nas zonas menos turísticas sentia muitos olhares... e existem muitos truques (como em qualquer sítio) para se comprar charutos mais baratos (porque são muito caros na Fábrica). Acabei por comprar 3 avulso, só para experimentar, e mesmo assim foi 15 CUC's!
Uma das coisas que mais gostei em Havana foi dos carros. Custam cerca de 30 mil pesos cubanos, daí eles os estimarem muito!!! Mas são tão giros! Parece que estamos num filme. Aliás, mal se chega a Havana, parece que regressámos aos anos 50/60... as roupas, os cortinados, as colchas, o papel de parede, não há quase lojas, cafés... o que vale são os hotéis para se comprar, por exemplo, água.
Havana vê-se bem num dia ou dois!
No dia seguinte ia para Cayo Largo. Aí sim, começaram realmente as férias mas também aquilo que correu menos bem. Disseram-nos para estarmos prontos na recepção do hotel às 4h da manhã mas apareceram apenas às 6h30. Levaram-nos para o aeroporto de Baracoa, que fica no meio de nada e bastante afastado de Havana, e teríamos o voo às 9h30. Fizemos o check-in e a essa hora 9h30 disseram-nos que não tinham aviões e que íamos ter que esperar no mínimo 4h por um helicóptero.
Estivemos o dia todo à espera sem qualquer informação da parte dos funcionários do aeroporto e do operador e só entrámos no helicóptero às 16h. Sentimos mesmo que não havia qualquer preocupação nem vontade de resolver as coisas, muitas vezes os funcionários do aeroporto riam-se e não havia respostas. Éramos um grupo de 20 pessoas, em desespero... mas chegámos a um ponto em que percebemos que não vale a pena stressar, quanto mais nos queixávamos mais calmos eles ficavam. Eles são mesmo assim, tudo calmo, tudo se resolve, à maneira deles e ao ritmo deles. Vivem bem assim! Ali é uma realidade diferente, as coisas não funcionam como aqui na Europa. Aqui tudo (ou quase tudo) funciona bem, lá tudo (ou quase tudo) falha. Mas são essas diferenças que tornam Cuba especial, eles vivem noutro mundo e é interessante também passar por isso.
Chegando a Cayo Largo, estivemos das 17h às 20h para nos darem um quarto, pois não tinham nenhum preparado, o que também não é admissível tendo em conta que estava tudo confirmado. Enfim, mais uma vez o profissionalismo cubano em altas. Mas tranquilo...
Seguiram-se dias maravilhosos em Cayo Largo. Ficámos no Sol Cayo, era um resort normal, não tenho nada a apontar. A praia por trás muito boa, a piscina muito boa, os restaurantes e bares também. O melhor: Playa Sirena e Playa Paraíso. Esta segunda faz mesmo jus ao nome que tem! É uma praia quase deserta, selvagem, água maravilhosa... não tenho palavras... as imagens falam por si.
Paga-se 5 CUC's para ir de barco e depois 2 CUC's por pessoa se quiserem chapéu e espreguiçadeira. Existe um comboio que leva e traz as pessoas do hotel, em horários específicos e coordenados com os barcosSó lá fui uma vez, vale tanto a pena!!! Não fiz as actividades extra... se fizesse era a dos corais, pareceu-me a melhor. Depois, para não pagar mais e não perder tempo em deslocações, fui os restantes dias para a praia do hotel que também é muito boa.
Depois regressámos a Havana (desta vez numa avioneta mas sem demoras), ficámos no Hotel Memories Miramar. Muito melhor que o primeiro mas muito mais afastado do centro (na minha opinião não compensa para quem quer visitar Havana). Este tinha piscina, por isso como já conhecia Havana, aproveitei para dar mais uns mergulhos antes do voo para Madrid.
Lisboa - Madrid
Madrid - Havana
Havana - Cayo Largo
Cayo Largo - Havana
Havana - Madrid
Madrid - Lisboa
Companhia: Ibéria
Dinheiro: Levei euros e levantei lá (há poucos multibancos para os turistas... basicamente onde houver fila de turistas é onde dá para levantar) e troquei nos hotéis por CUC's.
Escolhi o Cayo Largo porque me pareceu um sítio mais calmo que Varadero e o meu objectivo era mesmo descansar. E não me arrependo da escolha e pelo que ouvi acho que foi a decisão acertada. Conheci algumas pessoas que já estiveram em Varadero e noutros Cayos e todas me disseram que Cayo Largo é uma boa escolha.
Quando cheguei a Havana (era de noite) assustei-me com duas coisas: a primeira foi o calor tropical (fiquei imediatamente a transpirar e achei que se à noite era assim então durante o dia ia morrer) e a segunda foi porque não via ninguém com um cartaz à minha espera. Depois descobri um balcão da Cubatur meio escondido e uma senhora arranjou-nos logo um táxi que nos levou ao Hotel.
Ficámos no Park View Hotel (inicialmente era para ser o Mercure Sevilla que era melhor e também ali ao lado mas estava cheio). Não era nada luxuoso, ao estilo de Havana, mas era o suficiente e tinha ar condicionado!
No primeiro dia percorremos Havana a pé, de coco taxi e demos uma volta num carro cor-de-rosa por toda a cidade. Estava muito calor...
Visitámos todos os sítios turísticos: Calle Obispo, Plaza de Armas, Plaza Vieja, Plaza de La Catedral, Capitólio, loja da Fábrica de Charutos (a Fábrica mesmo mudou de lugar, já não é ao pé do Capitólio), Praça da Revolução. Não fui ao Museu da Revolução (falta de tempo) nem ao Museu do Che (fica mais afastado).
Bebi um daiquiri de morango (recomendo) em La Floridita e dei um salto à La Bodeguita del Medio, cheio de movimento à noite.
Recomendo o restaurante Habana 61, foi o restaurante que gostei mais em Havana: fresquinho, limpinho, boa comida e barato!
Achei a cidade muito velha e pobre, havia sítios em que parecia que a cidade estava em guerra. Na tour que fiz num carro cor de rosa (começam na Praça da Revolução e vale muito a pena porque o motorista explica muita coisa e faz várias paragens... penso que paguei 20 CUC por 2 pessoas durante 1h) percebi melhor a divisão da cidade, um pouco mais da história e como é que é a filosofia de vida deles.
Fazendo uma comparação com Portugal, um hotel de 5* em Havana equivale a um de 3* em Portugal. Já ia preparada e percebi que não valia a pena entrar em stress com algumas situações que aconteceram.
Para dizer a verdade, não me senti muito segura em alguns sítios. Não aconteceu nada e nem vi nada, mas nas zonas menos turísticas sentia muitos olhares... e existem muitos truques (como em qualquer sítio) para se comprar charutos mais baratos (porque são muito caros na Fábrica). Acabei por comprar 3 avulso, só para experimentar, e mesmo assim foi 15 CUC's!
Uma das coisas que mais gostei em Havana foi dos carros. Custam cerca de 30 mil pesos cubanos, daí eles os estimarem muito!!! Mas são tão giros! Parece que estamos num filme. Aliás, mal se chega a Havana, parece que regressámos aos anos 50/60... as roupas, os cortinados, as colchas, o papel de parede, não há quase lojas, cafés... o que vale são os hotéis para se comprar, por exemplo, água.
Havana vê-se bem num dia ou dois!
No dia seguinte ia para Cayo Largo. Aí sim, começaram realmente as férias mas também aquilo que correu menos bem. Disseram-nos para estarmos prontos na recepção do hotel às 4h da manhã mas apareceram apenas às 6h30. Levaram-nos para o aeroporto de Baracoa, que fica no meio de nada e bastante afastado de Havana, e teríamos o voo às 9h30. Fizemos o check-in e a essa hora 9h30 disseram-nos que não tinham aviões e que íamos ter que esperar no mínimo 4h por um helicóptero.
Estivemos o dia todo à espera sem qualquer informação da parte dos funcionários do aeroporto e do operador e só entrámos no helicóptero às 16h. Sentimos mesmo que não havia qualquer preocupação nem vontade de resolver as coisas, muitas vezes os funcionários do aeroporto riam-se e não havia respostas. Éramos um grupo de 20 pessoas, em desespero... mas chegámos a um ponto em que percebemos que não vale a pena stressar, quanto mais nos queixávamos mais calmos eles ficavam. Eles são mesmo assim, tudo calmo, tudo se resolve, à maneira deles e ao ritmo deles. Vivem bem assim! Ali é uma realidade diferente, as coisas não funcionam como aqui na Europa. Aqui tudo (ou quase tudo) funciona bem, lá tudo (ou quase tudo) falha. Mas são essas diferenças que tornam Cuba especial, eles vivem noutro mundo e é interessante também passar por isso.
Chegando a Cayo Largo, estivemos das 17h às 20h para nos darem um quarto, pois não tinham nenhum preparado, o que também não é admissível tendo em conta que estava tudo confirmado. Enfim, mais uma vez o profissionalismo cubano em altas. Mas tranquilo...
Seguiram-se dias maravilhosos em Cayo Largo. Ficámos no Sol Cayo, era um resort normal, não tenho nada a apontar. A praia por trás muito boa, a piscina muito boa, os restaurantes e bares também. O melhor: Playa Sirena e Playa Paraíso. Esta segunda faz mesmo jus ao nome que tem! É uma praia quase deserta, selvagem, água maravilhosa... não tenho palavras... as imagens falam por si.
Paga-se 5 CUC's para ir de barco e depois 2 CUC's por pessoa se quiserem chapéu e espreguiçadeira. Existe um comboio que leva e traz as pessoas do hotel, em horários específicos e coordenados com os barcosSó lá fui uma vez, vale tanto a pena!!! Não fiz as actividades extra... se fizesse era a dos corais, pareceu-me a melhor. Depois, para não pagar mais e não perder tempo em deslocações, fui os restantes dias para a praia do hotel que também é muito boa.
Depois regressámos a Havana (desta vez numa avioneta mas sem demoras), ficámos no Hotel Memories Miramar. Muito melhor que o primeiro mas muito mais afastado do centro (na minha opinião não compensa para quem quer visitar Havana). Este tinha piscina, por isso como já conhecia Havana, aproveitei para dar mais uns mergulhos antes do voo para Madrid.
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