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[Report]-De Norte a Sul

TREPADOR

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Então é assim...

Sendo que, no decorrer deste ano, não foi possível agendar a tão ansiada viagem além fronteiras por vários motivos, ficou decidido dar a devida atenção ao nosso belo país.

Deixo aqui a partilha de vários passeios de Norte a Sul do País, que tiveram lugar no decorrer do presente ano, uns maiores, outros de apenas um dia, mas todos feitos em família na companhia dos pequenos aventureiros de 5 e 11 anos.
Os referidos passeios têm como ponto de partida a zona do grande Porto.

Serra da Freita

O ano teve início com uma visita à Serra da Freita, com direito a caminhada entre o parque de campismo do Merujal e a Frecha da Mizarela, pois os excessos do Natal e passagem de ano ainda se faziam sentir.

Foi uma caminhada que julgo que não terá demorado mais que uma hora em cada sentido, uma vez que se fez ao ritmo do mais pequeno, por um caminho pelo meio da floresta. A Zona junto ao parque é toda muito verde e arborizada, a partir de meio, a paisagem torna-se mais rochosa, mas toda ela muito acessível e sem qualquer dificuldade.

Chegados ao miradouro, fotos da praxe e regresso ao ponto de partida. Estava previsto rumar em direcção a Drave para visitar esta aldeia abandonada, mas já não havia tempo, pelo que ficou adiado. Mais umas voltas pela Serra e toca a rumar a Arouca para a famosa Posta.

Não marcamos nada, foi chegar, indagar os locais e a opção recaiu na Tasquinha da Quinta.

Foi uma excelente opção, com umas entradas de se tirar o chapéu e uma posta na brasa que é qualquer coisa.
 
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Serra da Estrela

A Serra da Estrela, como não podia deixar de ser, estava nos planos para uma visita, pois os mais pequenos não deixam cair no esquecimento. Posto isto, reservámos um domingo para ir ver a neve.

O plano passou por sair bem cedo de casa e rumar à Torre, com passagem por Seia e paragem no Sabugueiro (a aldeia mais alta de Portugal) para o segundo pequeno-almoço, com os enchidos a o famoso queijo da Serra a marcarem presença.

Tivemos uma agradável surpresa (ou talvez não) à chegada ao Sabugueiro, pois começou a nevar intensamente. Se por um lado, proporcionou umas belas fotos e fez a delícia de pequenos e graúdos, por outro provocou o encerramento da estrada de acesso à Torre. Sei, por experiência anteriores, que quando começa a nevar, fazer a subida do Sabugueiro para Seia torna-se muito complicado. Como tal, antecipamo-nos e saímos de imediato, com muita calma lá fomos progredindo até Seia. Quem não o fez em tempo oportuno, ficou preso umas boas horas à espera do limpa neves.

Rumámos a Pinhanços, para almoçar no restaurante Senhora da Lomba.

Comeu-se bem e por um preço razoável, aconselho também o Museu do Pão, que embora muito bom, de ano para ano aumentam o preço para valores que julgo não se justificar, apesar da qualidade.
 
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Serra da Estrela

Uma vez que os mais novos ficaram desanimados com a visita anterior à Serra da Estrela, pois não puderam escorregar na neve, fizemos uma segunda tentativa, desta vez com estadia no Hotel Alambique.

Partimos sábado, debaixo de chuva intensa, que fez questão de nos acompanhar durante todo o caminho.

Em relação ao Hotel, posso adiantar que gostei mas não posso deixar de fazer alguns reparos.

SPA insuficiente para a capacidade do Hotel.

A necessitar de algumas remodelações, pois nota-se o peso da idade em algumas zonas.

Quarto familiar enorme, composto por uma sala de grandes dimensões onde montam as camas para os mais pequenos, equipada com TV, mesa, cadeiras e uma bicicleta de spinning.
Esta sala tem ligação ao quarto principal, com cama de casal e após este, o acesso ao WC.

O Hotel está bem decorado de forma rústica, é acolhedor e com funcionários muito simpáticos e prestáveis.

Tem garagem coberta gratuita, com acesso pelo interior.

Restaurante muito bom (tem de se reservar). O pequeno-almoço é muito completo.

No que toca à zona exterior, esta sim, é o ponto forte deste hotel, a remeter-nos (numa escala mais pequena) para um resort nas caraíbas. Com casinhas espalhadas à volta das piscinas, com entrada pelos jardins, palmeiras e muitos espaços verdes, com campos de ténis, parque infantil etc. Por estranho que pareça, e apesar de estar localizado no interior do país, é uma excelente opção para umas férias de verão, de preferência nas casas junto às piscinas.


Após o pequeno-almoço, rumámos à torre.

Paisagem coberta de neve, mas desta vez com estradas abertas.

Os mais pequenos (e graúdos) lá puderam brincar na neve, mas o vento não nos deixou lá ficar por muito tempo, mas já deu para se divertirem um pouco.

Descemos pelo Sabugueiro, passámos Seia e fomos almoçar a Pinhaços, ao restaurante Manjar das Serra.

Nota positiva para o restaurante.
 
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Drave e Regoufe

Como Drave estava na lista, logo que o tempo o permitiu lá rumámos novamente a Arouca, desta vez com 2 adultos e 4 crianças, com idades entre os 5 e os 12 anos.

O plano passava por madrugar e fazer tudo em meio dia e regressar a casa ao início da tarde.

Apesar de ainda ser muito cedo, os mais pequenos saltaram da cama como umas autênticas molas.

É admirável a ansiedade com que eles vivem estes momentos, mesmo que tudo não passe de uma caminhada, mas a liberdade que estes passeios lhes proporcionam fazem com que se esqueçam das horas que passam no carro pelo meio de estradas repletas de curvas e dos kms que fazem a pé sem queixumes.

Pelo caminho, ainda houve tempo para uma paragem não planeada em Regoufe para visitar a mina abandonada.

Neste local, chegaram a trabalhar cerca de 1000 pessoa, muitas delas residiam no complexo da mina, que se destinava à extração de volfrâmio para utilização em material bélico no decorrer da segunda guerra mundial, tanto pelos aliados, como pelos alemães. Os mais pequenos puderam explorar a zona e esticar as pernas, antes de seguirmos para Drave.


Drave é uma aldeia há muito abandonada e de difícil acesso. Quem tiver Jeep, poderá seguir um caminho em terra e pedra em muito mau estado e de difícil acesso, com zonas de muita pedra solta e inclinação acentuada, que termina a uns kms da aldeia. A partir desta zona, só mesmo a pé. Basta seguir um carreiro, sempre a descer, que termina na aldeia. A alternativa é deixar o carro na estrada principal e descer para a aldeia pelo lado oposto, é uma tirada bem maior.

Após a aventura que foi descer o caminho de Jeep, após muitos abanões, lá chegámos ao fim da estrada, se é que assim se pode chamar. Toca a sair e devorar o farnel previamente preparado, pois os mais pequenos já reclamavam com fome e energia precisa-se para fazer o caminho.

A aldeia de xisto está completamente desabitada, mas recebe muitas visitas de escuteiros, que aos poucos têm recuperado algumas casas, inclusive montaram no local acampamento.

Rapidamente nos apercebemos como a vida era dura para os habitantes desta e outras aldeias isoladas, em sítios remotos como este. O acesso teria de ser a pé e a horas da vila mais próxima, sendo que tinham de viver do que a terra lhes dava sem ajudas externas.

 
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Alentejo

Esta bela região do nosso país era, para nós, desconhecida. Se o interior norte tem sido alvo da nossa atenção, o mesmo já não se podia dizer do Alentejo. O litoral Alentejano ainda posso dizer que conheço de passagem, mas o interior era terreno por desbravar, mas mais vale tarde que nunca.

Então é assim, saímos bem cedo de casa, para podermos chegar a Évora por volta da hora de almoço, mas não sem antes fazer uma paragem no Mosteiro da Batalha para uma visita.

Aquele que é um dos mais belos monumentos do nosso país e onde se conta um pouco da nossa história, ainda não constava do curriculum dos nossos filhos, daí que aproveitámos a viagem para fazer este merecido desvio.

Comprados os bilhetes, demos início à visita deste imponente monumento, fomos explicando aos mais pequenos aquilo que estavam a ver e respondendo ao mar de perguntas. Ficaram surpreendidos por saber que ali se encontravam sepultados reis e rainhas.

Após a visita, voltámos à estrada rumo a Évora.
Chegámos a esta bela cidade por volta da hora do almoço, concluímos que para almoçar seria melhor deixar o carro às portas da cidade, mesmo junto à muralha onde se encontrava situado o Hotel onde iríamos ficar, o Hotel Vila Galé.

Estacionamos em frente ao Hotel e lá fomos a pé, rumo ao centro histórico em busca de um restaurante para almoçar.

Após o almoço (nada de especial, pedimos as migas, mas não eram grande coisa) regressámos ao hotel e demos entrada, pois o apelo da piscina não largava os mais pequenos.

O Hotel é recente, bem decorado, confortável e bem localizado.

O SPA é completo e suficiente em dimensão, tudo muito bem conservado.

Para quem pretenda visitar este hotel, recomendo os quartos com vista para a piscina e se possível no piso térreo, pois tem acesso direto pelo exterior para a piscina, esplanada e jardins. Desaconselho aquele que me calhou, com vista para a rua e junto ao portão da garagem.

O único contra desse hotel é o facto de o estacionamento ser pago e os lugares disponíveis à porta serem insuficientes, o que leva a que se tenha de procurar lugar nas imediações do hotel.

Após uma tarde de SPA, fomos conhecer a cidade e os seus monumentos, gostámos muito da zona histórica e do movimento de pessoas, principalmente estrangeiros, fiquei surpreendido pela quantidade e estrangeiros que dedicam o seu tempo à descoberta do interior do nosso país.

Regressámos ao hotel para jantar, pois optámos pela MP.

O jantar é tipo Buffet, com uma enorme variedade de entradas e sobremesas, bem como alguns pratos principais. Nota muito positiva.

Na manhã seguinte, após um belo pequeno-almoço com vista para a piscina (quase ao nível das caraíbas), passámos o resto da manhã no SPA, pois aquela piscina faz efeito íman com os pequenos.

Saímos do hotel ao fim da manhã sem plano definido.
 
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TREPADOR

Membro Conhecido
Entre voltar ao centro histórico, para uma visita mais pormenorizada, e visitar uma outra cidade, optámos pela segunda opção, sendo que a ideia seria seguir viagem em direcção a Elvas, sempre pela nacional, para apreciar a paisagem. Por algum motivo, mudámos os planos a meio da viagem e acabámos por ir a Beja.

Chegados à cidade, bastou seguir as placas que davam indicação para o Castelo, que se encontra no ponto mais alto da cidade.

Chegados ao castelo, tratámos de procurar local para almoçar, mas nesta zona não abundam. Havia um restaurante em frente ao castelo, mas estava vazio e não nos inspirava grande confiança, nas imediações havia um café com uma pequena esplanada mas estava fechado. Mais tarde percebemos que fecha para almoço.

Uma vez que vimos, nos jardins exteriores ao castelo, uma mesa e bancos para piquenique e do outro lado da rua um Pingo Doce, foi só juntar um mais um e não tardou nada estávamos a almoçar. Os mais novos adoraram. Entretanto, o castelo abriu e lá fomos nós conhecer o interior do mesmo.

Trata-se de um imponente castelo, que neste momento se encontra em fase de recuperação, ainda assim as visitas são possíveis nas zonas que não se encontram a ser intervencionadas. Encontra-se patente no posto de turismo, no interior do castelo, uma exposição dedicada à história da força aérea portuguesa, muito interessante, com diversos artefactos, fotos e documentos. Uma bela lição de história sem dúvida.

Após a visita, lá fomos até à esplanada do dito café que entretanto já estava aberto e ficámos a apreciar o ritmo da cidade, ou seja, uma calma e uma paz invulgares. Não há movimento nem de pessoas nem de carros, tudo muito tranquilo e sossegado. Após o café, rumámos mais a Sul em direcção ao Algarve.
 
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TREPADOR

Membro Conhecido
Algarve

Apesar de não ser a altura de praia, rumámos ao Algarve.
Continuámos pelo IC2 por mais uns bons kms, até apanharmos a A2 e depois em direcção a Lagos.
Esta é uma cidade que já conhecemos, mas que nesta altura do ano é um pouco diferente do que estamos habituados.

Visitamos o Museu dos descobrimentos

Como o próprio nome indica, trata-se de uma exposição, (não muito grande) que retrata através de bonecos de cera os descobrimentos Portugueses.
Existem várias salas que retratam através do ambiente criado e sons, uma determina época e feitos dos nossos navegadores.
Fica localizada na marina de Lagos e aconselho a visita.

Ponta da Piedade
Não tenho mais fotos (as restantes apanham rostos), mas vale o esticão, são cerca de 180 degraus, mas a paisagem é deslumbrante, digna de postais.

Forte de Sagres

Foi um revisitar deste monumento, uma vez que já lá não íamos há uns bons anos.
Local ventoso, mas que vale a pena para quem se dispuser a dar uma boa caminhada.
A visita a Sagres e a São Vicente tinha por principal objectivo dar a conhecer o local aos pequenos viajantes e enriquecer o curriculum dos mesmos, uma vez que pouco ou nada mudou nos últimos anos.

Cabo de São Vicente

O resto do tempo foi passado a passear e ainda deu para dar umas escapadelas à praia, numa das quais ainda se apanhou um pouco de sol.
Foram umas férias em jeito de escapadela, diferentes mas proveitosas, sem horários nem compromissos, por forma a descomprimir da azáfama e correrias do dia-a-dia.
O principal problema destes passeios é que os mais pequenos passam o resto do ano a perguntar quando é o próximo, acho que o bichinho das viagens já se entranhou e sei, por experiência própria, que não há cura para esta doença.
Espero que gostem, qualquer dúvida, não hesitem em colocar questões.
 
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PauloNev

Moderador Honorário
Staff
Muito obrigado pela partilha.
Grande viagem pelo nosso lindo país.
Um guia para quem pretenda fazer algo semelhante.
Boas viagens ;)
 

Cristina Sousa

Membro Conhecido
@TREPADOR :)
Literalmente de norte a sul! :p
Muito bom, com belos locais, alguns dos quais já conheço, outros nem por isso, mas indicados para pequenas escapadinhas.
Muito obrigada pela partilha!
 

TREPADOR

Membro Conhecido
Obrigado a todos pelos comentários.
Uma vez que o ano ainda está no inicio, talvez ainda venha a acrescentar mais qualquer coisa.
Ideias não faltam.
Cumprimentos.
 

JPRibeiro

Membro Ativo
Parabéns pelo passeio, noutros tempos, também fiz idênticos e sem crianças!!! acho que é fantástico conhecer o nosso Portugal que tem tantas coisas lindas e interessantes! Eu só comecei a ir para fora depois de conhecer tudo ou quase tudo cá dentro!
Numa próxima oportunidade, quando vier para os meu lados "Arouca" diga e poderei indicar-lhe bons sítios para visitar e comer :)
Um abraço.
 

TREPADOR

Membro Conhecido
Olá Ribeiro.
Vou para esses lados com alguma frequência, sempre em lazer, uma vez que tenho um familiar que é natural de Arouca.
No verão costumo tirar uns dias com a minha filha mais velha para fazer canyoningm, esclada, rapel e umas caminhadas, fico sempre no Marujal.
Já cheguei a fazer algumas vezes rafting no Paiva, mas aí sem ela claro.
Estão agendadas duas visitas este verão, depois digo alguma coisa.
Obrigado pela disponibilidade.
 
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