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[Report] Ibiza 2009

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Ibiza 2009

Ibiza era um destino que já vínhamos a considerar há algum tempo. Este ano, finalmente, decidimos que era a altura de visitar a ilha. Partimos no dia 21 de Agosto num airbus da Spanair em direcção às Pitiusas, ou ilhas brancas. Nas vésperas da viagem, o voo, que originalmente seria directo, foi alterado e fomos ao Porto buscar mais passageiros. Porém este desvio não foi assim tão incómodo e até se tornou engraçado vermos a nossa cidade de um plano mais elevado, o que até agora nunca tinha acontecido. Apesar deste desvio, chegámos ao destino por volta das 15 horas locais, cerca de 40 minutos após a hora prevista para o voo directo.

A primeira impressão da ilha vista do ar é a de que não é uma ilha plana e que o verde impera, o que contrasta bastante com o nosso destino do ano passado, Lanzarote. A aterragem permite-nos um panorama bastante interessante da ilha, especialmente da cidade de Ibiza ou Eivissa e da zona das salinas.

À saída do avião, a diferença térmica era uma evidência inegável! Não se sentia uma ponta de vento e fazia mesmo muito calor. Dirigimo-nos para a zona de recolha de bagagens e foi curioso verificar a diferença entre o aeroporto da portela e o de Ibizia: no primeiro as paredes estão cobertas de cartazes sobre a gripe A e no segundo os cartazes fazem publicidade à Amnésia, uma das discotecas mais conhecidas, não havendo uma única alusão à gripe, o que, aliás, foi uma constante durante a nossa estada na ilha. Nem nos noticiários se falava de gripe A.

Bom, voltando à viagem, as malas não demoraram mais de 10 minutos e, em pouco tempo, estávamos no autocarro em direcção ao destino escolhido: Santa Eulália del Rio.

O hotel foi a nossa segunda escolha. Inicialmente tínhamos pensado ir para o Sol Ibiza mas, como estava em overbooking, decidimos não arriscar e optámos pelo Sirenis Club Siesta. O hotel está classificado com 4 estrelas mas, na realidade, não nos parece que as mereça. Pensamos que será um bom hotel de 3 estrelas. Não é um edifício novo. Nota-se que é um edifício típico dos anos 70 mas que foi remodelado recentemente. As zonas comuns têm uma decoração minimalista mas com bom gosto e na sala de refeições as paredes estão adornadas com fotos a preto e branco de pessoas envergando trajes típicos muito interessantes. As refeições, de uma forma geral eram de boa qualidade, havendo sempre grelhados a serem feitos na hora e o pequeno almoço era muito bom (a excepção eram os sumos artificiais, mas enfim... lá se iam bebendo). Os quartos são bastante confortáveis e todos com uma varanda. O hotel não é na primeira linha, fica ao lado do hotel de 5 estrelas Fenícia Prestige que é, simplesmente, fabuloso. A praia fica a cerca de 5 minutos a pé, o tempo de contornar o quarteirão que o hotel vizinho ocupa, mas é um caminho que se faz muito bem, junto ao rio de Santa Eulália.

Quarto:

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Vista da nossa varanda:

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O hotel vizinho e a zona do rio:

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Na altura do planeamento da viagem estivemos bastante indecisos acerca da melhor zona mas, uma vez na ilha, chegámos rapidamente à conclusão que tínhamos feito a escolha acertada. Não sendo pessoas dadas a festas nem a noitadas nas discotecas e não sendo apreciadores de zonas isoladas onde não se passa nada a não ser o tempo, Santa Eulália agradou-nos porque é calma o suficiente por não ter discotecas nem hordas de noctívagos barulhentos e movimentada o suficiente por ter um conjunto de restaurantes, bares, lojas e um passeio marítimo que nos garantiam entretenimento nocturno com alguma qualidade. Talvez por isso, seja uma zona muito procurada por famílias.

Os dois primeiros dias foram passados a descobrir a cidade e a aproveitar a praia e a piscina do hotel. A primeira praia que experimentámos foi a que fica mais próxima do rio porém, não ficámos muito impressionados porque nos pediram 10,5€ por duas espreguiçadeiras e um chapéu e porque a praia, nessa zona, tinha algumas algas e uma faixa larga de cascalho que nos magoava os pés de forma indescritível sempre que entrávamos ou saíamos da água. Depois experimentámos a praia dos 4 pinos, uns metros mais à frente, e aí já não havia algas nem cascalho e as duas espreguiçadeiras e o chapéu custavam 9,60€. A água do mar era límpida e quente (cerca de 26ºC) e praticamente sem ondulação.


Praia de Santa Eulália del Rio:
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As noites eram esplêndidas, com uma temperatura fabulosa e sem vento, convidavam a longos passeios à beira-mar. A zona da marina animava-se, com os seus bares e restaurantes de classe, com iates espectaculares, o passeio marítimo tornava-se o ponto de encontro de locais e turistas, as pequenas ramblas “S’Alamera” que ligam a Câmara Municipal ao passeio marítimo enchiam-se de vendedores de artesanato, a loja da Pacha e a gelataria Miretti eram dois dos locais mais concorridos da zona.


Vida nocturna:

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Santa Eulália del Rio (ou Santa Eularia des Riu) é uma cidade pequena com vida própria. Há pessoas que vivem ali. Embora o turismo seja a grande fonte de rendimento, há outras actividades que fazem dela uma cidade de verdade e não um mero ponto turístico que apenas vive no Verão. A calle de Sant Jaume é o seu ponto nevrálgico durante o dia e o passeio marítimo assume este papel durante a noite. A praça de Espanha, onde se situa o “ajuntament” (Câmara Municipal), as ramblas, a marina, o passeio marítimo e o Puig de Missa (igreja fortificada do séc. XVI) são os pontos a visitar.

Passeio Marítimo:

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Marina:

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Câmara Municipal e Ramblas:

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Puig de Missa:

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A sinalização na ilha de Ibiza é semelhante à portuguesa, escassa e confusa, o que fez de cada visita uma aventura. A ida ao puig de missa não foi excepção. Porém, as voltas que somos obrigados a dar para lá chegar são largamente compensadas pela panorâmica sobre Santa Eulália e pelo pitoresco desta igreja fortificada que servia de refúgio dos ataques de piratas. Nas imediações existem dois museus: O Museu Etnològic e o Museu Barrau (com exposição de obras da autoria do pintor impressionista Laureá Barrau). Não pudemos vistar porque ambos estavam encerrados (era Segunda).


Museu Barrau:

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No terceiro dia, fomos no nosso Kia Picanto 1000 (que quase nos obrigava nas subidas a meter os pés de fora, como os Flinstones, para dar um empurrão) que tínhamos reservado antecipadamente através do hotel, em direcção à capital da ilha, Ibiza ou Eivissa. Pelo caminho metemos 20€ de gasolina que nos deu até ao último dia com o carro.

Tínhamos um mapa da capital com dois parques de estacionamento assinalados e tentámos dirigir-nos para um deles. Chegados a Ibiza, dirigimo-nos para o centro e zona portuária. O cenário era um pouco caótico com uma ou outra casa em ruína, automóveis estacionados onde não lembra ao diabo, graffiti, muito trânsito, enfim… um festival. Não muito impressionados com esta entrada na cidade, lá descobrimos as placas indicativas do parque e dirigimo-nos para aí. Na verdade, o parque de estacionamento era um terreno baldio, vedado com chapas de zinco e com dois arrumadores mascarados de guardas, com uns coletes reflectores a indicarem os lugares de estacionamento vagos entre uma confusão de carros apertados onde parecia não caber uma agulha! Felizmente, tivemos sorte e conseguimos um lugar espaçoso. Pagámos 4€ porque foi o que ele se lembrou na altura de cobrar (não havia qualquer indicação de tarifários ou sequer tickets) e lá fomos, com o sol a começar a apertar, em direcção ao porto.

No porto, a azáfama das chegadas e partidas dos ferries animava a zona e a vista para a parte alta da cidade, Dalt Vila, era fantástica.

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Procurámos o monumento aos corsários, no Passeig des Moll, ao que parece único no mundo, e que homenageia um corsário, Antoni Riquer, contratado pela população, para a defender dos ataques de Novelli, um corsário a soldo dos Ingleses, e que conseguiu afundar o barco deste (bergantim Felicity), apesar dos seus meios bem mais modestos. O monumento, em si, não tem nada de especial, é a história por detrás dele que o torna interessante.

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Embrenhámo-nos no bairro de Sa Marina, caracterizado por ruas estreitas, paredes caiadas e muitos vendedores de rua.

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Em poucos passos estávamos na Plaça de La Constituició, junto ao Mercat Vell, um mercado num edifício a lembrar um templo romano.

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Do outro lado da praça erguia-se sobranceira a fortaleza do século XVI, mandada construir por Filipe II (Filipe I de Portugal), classificada pela Unesco como Património Mundial da Humanidade em 1999. O portal de Ses Taules, com o brasão de Filipe II, ladeado por duas réplicas de estátuas romanas, leva-nos ao interior das muralhas e à descoberta da Ibiza antiga.

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Passámos a praça Sa Carrossa, pequena mas muito verde, e fomos espreitar o bastião de Sa Torre, com uma vista fabulosa sobre o porto e o bairro de Sa Penya (e com um cheiro horrível a urina, o que é lamentável).

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Continuámos a subida das ruas de Dalt Vila em direcção à catedral. Apesar de termos várias boas surpresas pelo caminho, a inclinação das ruas, a irregularidade de alguns troços, o calor intenso que fazia, tornaram esta jornada num desafio. Estava de facto muito calor. Quando chegámos finalmente à catedral era tal o nosso grau de desidratação que só nos ocorreu ficarmos sentados, em silêncio, no interior da catedral, a descansar as pernas e a aproveitar o fresco. A catedral, construída no ano de 1592 com o estilo gótico foi remodelada no séc. XVIII no estilo barroco, tendo mantido o estilo anterior apenas a torre e a porta da sacristia. É consagrada a Nª Sra. Das Neves e a imponência do edifício contrasta com o seu interior simples. Tem um pequeno museu com arte sacra e paramentos.

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Quando nos sentimos com forças, retomámos o nosso percurso e seguimos para o castelo de almudaina, que se encontrava em ruínas mas actualmente em fase de recuperação, local onde das muralhas se avista grande parte da zona sul da ilha (desde Talamanca até à reserva natural de Ses Salines (salinas).

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Descemos a íngreme Ronda de Joan Baptista Calvi, com uma vista privilegiada sobre o Puig des Molins, local de sepultamento cartaginês igualmente classificado pela Unesco, e sentámo-nos na esplanada na Plaça del Sol para bebermos duas águas que nos custaram a módica quantia de 7€ mas que, naquele momento, valiam todo o dinheiro do mundo!

Com os níveis de hidratação repostos, fomos percorrendo as ruas até à Plaça de la Villa, espreitando as pequenas lojas de moda Adlib (roupa em linho branco), cafés e ruelas e saímos da fortaleza pelo ponto onde tínhamos entrado, o Portal de ses Taules.

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No regresso ao parque de estacionamento, passámos ainda pela Plaça des Parc, uma pequena praça muito arborizada e repleta de cafés e esplanadas e pelo Passeig Vara de Rey, uma artéria mais recente e comercial, que homenageia Joachim Vara de Rey, um general espanhol, morto na guerra de Cuba.

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Como ainda era cedo, decidimos regressar a Santa Eulália del Rio passando por Jesus, uma pequena localidade cujo único atractivo é a sua igreja de construção típica de Ibiza e pela famosa Cala Llonga.

É de facto uma praia agradável mas, se pudéssemos pegar numa enorme borracha e apagar aqueles mamarrachos dos hotéis nas encostas, seria óptimo. É um local ideal para quem procura apenas descanso e praia.

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Após a visita a Cala Llonga, regressámos ao hotel ainda a tempo de um belo mergulho na piscina.
 

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No dia seguinte fomos visitar a parte norte da ilha. Começámos por Es Canar, apenas a uns 4 kms de Santa Eulália.

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Após uma breve visita a Es Canar, passámos Sant Carles de Peralta e tomámos a estrada panorâmica para a Cala de Sant Vicent (ou Sant Vicenç). Apesar de ser uma ilha com muito relevo, o seu pico mais alto tem apenas 475 metros, o que, aliado às curtas distâncias entre os locais, facilita as viagens. O único senão é o estado de algumas estradas e a sinalização insuficiente.

Ao fim de alguns minutos e umas tantas curvas, chegámos à Cala de Sant Vicent. Apesar de termos visto o ponto onde muitos tiram a famosa imagem aérea sobre a pequena enseada, não nos foi possível fazer o mesmo, uma vez que não há uma área para parar, é uma estrada de curva e contra-curva e tínhamos uma fila atrás de nós que não iria achar muita graça a ter de esperar que tirássemos a fotografia. Assim, ficámos com a imagem na memória e trouxemos fotos tiradas na praia para mais tarde recordar. Um dos aspectos que nos impressionou foi a tonalidade da água, de um azul-turquesa intenso.

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San Vicenç de Sa Cala, a povoação que dá o nome à praia, é mais um local pequeno, sem grandes elementos a assinalar, sendo, talvez, o seu principal atractivo, as grutas de Es Culleram, mais um santuário púnico do Séc. V - II A.C.. Apesar de termos passado pela indicação das grutas, seguimos o nosso caminho pela serra de Sa Mala Costa até Portinatx. A Serra, à semelhança da maioria em Ibiza, tem muita vegetação e os pinheiros abundam. Os campos agrícolas criam um contraste muito interessante na mancha verde, com a sua terra de cor de tijolo.

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Ao contrário do que esperávamos, Portinatx não é um local de turismo de massas e as suas enseadas, não obstante a grande procura e alguma construção desordenada, conservam ainda alguma beleza natural.

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Regressámos pela mesma estrada a San Joan de Labritja que tem alguns pontos de paragem de onde se podem ver as pequenas enseadas (incluindo a Cala de Xarraca) e a costa da zona.

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De San Joan de Labritja seguimos para Sant Miquel de Balansat e, após mais uns 4 kms e algumas curvas, chegámos ao Port de Sant Miquel de Balansat. No local existem uns dois ou três hotéis, uns quantos bares/restaurantes, uma ou duas lojas e pouco mais. A praia, com as suas águas cristalinas, convida a uns mergulhos.

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Fomos em busca da Cova de Can Marçá, grutas com cerca de 100.000 anos, utilizadas em tempos como refúgio e armazém de contrabandistas, com entrada a uma cota de cerca de 12/14 metros acima do mar, alcançável através de um caminho escavado na rocha. A entrada custa 8€ por pessoa e a visita demora 40 minutos. Os principais atractivos destas grutas são as suas formações calcárias, os lagos/cascatas e os sinais pintados a preto e vermelho pelos contrabandistas para assinalar outra saída da gruta em caso de emergência.

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Mesmo que não se visite as grutas, só a panorâmica sobre o porto de Sant Miquel, a torre de Mular e a ilha Murada, vale bem o desvio.

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Terminada a visita ao Port de Sant Miiquel de Balansat, tínhamos duas opções, ou seguíamos rumo a Santa Gertrudis de Fruitera ou tomávamos a estrada em direcção a Sant Lorenç para visitar o povoado de Balàfia. Ora, sendo as povoações nesta zona (Els Amunts) muito pequenas, Santa Gertrudis não teria muito que ver, então optámos pelo segundo percurso e lá fomos, por uma estrada estreita pelo meio de campos de cultivo, em busca do Poblat de Balàfia.

Como em todas as viagens tem de haver uma aventura, esta foi uma daquelas a registar no livro das memórias. Chegar a Sant Lorenç foi fácil, o problema foi encontrar o povoado que procurávamos. Não existia uma única placa! Já desmoralizados e quase a desistir, na estrada de saída de Sant Lorenç, avistámos uma das torres de defesa do povoado e percebemos que não podia andar longe o caminho para lá. Após mais umas voltas, descobrimos uma tabuleta muito pequena, carregada de ferrugem a indicar a cortada. Foi aqui que começou a aventura! O caminho para o povoado era em terra batida, entre casas e canaviais, onde só cabia um carro, cheio de buracos e pedras e nós, de kia Picanto, metidos num molho de bróculos! Se aparecesse algum carro em sentido contrário não sei como faríamos. Mesmo que quiséssemos voltar para trás, não havia onde fazer inversão de marcha. Enfim, lá continuámos, com muitas dúvidas se seria por ali e, ao fim de uns 300/400 metros, encontrámos uma placa a assinalar o local. Parámos o carro num parque improvisado que dá para uns 3 automóveis e fomos a pé à procura do povoado. Se pensávamos que o pior já tinha passado, rapidamente percebemos que a história não acabava ali. Na verdade, o Poblat de Balàfia, ainda hoje é habitado e, para lá chegarmos, tivemos de contornar galinheiros, quintais, becos e uma placa a dizer “cuidado com o cão” não nos deixou muito seguros. Porém, uma vez lá chegados, percebemos que até valeu a pena a aventura porque o local, apesar de ser muito pequeno, constituído por meia dúzia de casas, é muito interessante. Esta pequena aldeia, é a única que preserva o estilo mourisco e, em tempos, as suas torres, serviram de meio de defesa contra ataques de piratas.

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Ainda um pouco chocados com a forma como os lugares de interesse são tratados, regressámos a Santa Eulália a tempo de mais um mergulho na piscina para aliviar o stress da mais recente aventura.
 

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O quinto dia foi passado a explorar a zona sul da ilha. A primeira paragem foi em Sant Antoni de Portmany, a segunda cidade da ilha. Estacionámos na Praça de Espanha e descemos a Calle del General Balanzat até ao Passeig de Ses Fonts, que se encontrava repleto de carrosséis e barracas (fechados aquela hora), tornando a sessão fotográfica da praxe praticamente impossível. Este passeio nada tem de extraordinário. Talvez durante a noite seja uma zona com muita vida mas, de dia, apenas temos para ver as duas fontes, uma ou outra esplanada e, no fim deste, o célebre Ovo de Colombo no meio de uma rotunda.

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A zona deste passeio junto ao porto é ampla e um local de assédio por parte dos vendedores de viagens para as praias mais próximas e para Formentera. Ao fundo, por detrás dos prédios, podem ver-se as cúpulas da discoteca Space e a pirâmide da Amnésia (perdão por alguma incorrecção neste campo, mas, de facto, discotecas não são o nosso forte).

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A baía de Sant Antoni impressiona pela sua dimensão.

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Não conhecemos a noite deste local mas a sensação com que ficámos é a de que se trata de uma espécie de Lloret de Mar a uma escala maior. As ruas estão pejadas de lojas de bebidas, roupa interior… hum… digamos… alternativa, estúdios de tatuagens, lojas de bugigangas. Enfim, não faz mesmo o nosso género.

Pensando que não valia a pena perdermos muito mais tempo por ali, partimos ao longo da imensa baía de Sant Antoni em busca das praias. Nem mesmo a previsão de uma tempestade e o céu encoberto nos demoveram. Debaixo de um céu ameaçador, lá seguimos para o périplo das praias.

A primeira paragem foi em Port des Torrent.

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A segunda paragem foi na Cala Bassa. Esta praia, para nós, é a mais bonita de todas as que visitámos. A urbanização louca de Sant Antoni já há muito que tinha ficado para trás e esta zona, felizmente, encontra-se praticamente no seu estado natural, no meio de pinhais. O único senão foi a quantidade de gente que por ali encontrámos, a lembrar sardinha em lata. Mas, de facto, a praia é linda.

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A seguir visitámos a Cala Comte que é muito diferente do habitual. Achámos curioso o local que muitos escolhem para colocar a toalha. As ilhotas que se avistam formam uma paisagem interessante.

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Continuámos a nossa viagem em direcção a Cala Tarida. Esta praia tem um bom parque de estacionamento, alcatroado, o que é raro por aquelas bandas mas chegar à praia, em si, é um bom exercício físico! Temos de descer uma longa escadaria e, claro, para voltar para trás, temos de a subir, o que em dias de calor, como o que estava, pode ser um tanto ou quanto difícil. Porém, a beleza desta enseada acaba por compensar o esforço.

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O próximo ponto a visitar seria a Cala Vadella mas, graças à boa sinalização ibiceña, fomos parar a Cala Moli. A estrada para ali era estreita e íngreme, com algumas curvas e com um pavimento que já viu melhores dias. A cala Moli é uma pequena praia de cascalho contudo o azul do mar, as encostas intocadas e o facto de ser pouco procurada, fazem dela um recanto bonito.

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Com muitas dúvidas de que estaríamos no caminho certo, seguimos a estrada sinuosa e, ao fim de uns minutos, encontrámos a Cala Vadella, porém, decidimos não descer até ela porque o céu continuava ameaçador e continuámos o nosso caminho pela Sierramar até Cala d’Hort.

Para não destoar, o estacionamento em Cala d’Hort é escasso mas, com uma sorte fantástica, apanhámos o lugar de alguém que naquele momento estava de saída. A praia é muito pequenina mas muito engraçada. Na verdade, até nos abstraímos da praia e somos atraídos para aquele enorme maciço de rocha que se ergue das águas. A ilha Es Vedra é impressionante! As fotos não conseguem demonstrar a sua grandiosidade. É, sem dúvida, um dos locais mais fantásticos de toda a ilha.

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Almoçámos uma paelha divinal com Es Vedra como cenário. Foi perfeito.

A saída da praia era por uma estrada com 15% de inclinação. Pensámos que o nosso maravilhoso Kia não seria capaz de sair dali mas, curiosamente, e ao contrário de muitos automóveis em apuros, portou-se lindamente e, em pouco tempo já estávamos na estrada em direcção a Es Cubells. O céu começava finalmente a dar tréguas e ficámos, de certo modo, aliviados por esta tempestade não ter passado de um ameaço. Optámos por não ir à torre pirata do Mirador des Savinar, embora tentar descobrir o recanto escondido de Atlantis pudesse ter a sua graça, nestas coisas não é possível ver tudo e há que fazer opções.

A estrada para Es Cubells permite uma panorâmica fantástica sobre a Punta de Porroig e a Punta des Jondal.

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Do mesmo modo, a estrada para a Cala de Es Cubells também tem vistas espectaculares, mas é, simplesmente, aterradora! Muito estreita, em curva e contra-curva, muito íngreme e com o pavimento em mísero estado. Assim que pudemos, voltámos para trás até porque teríamos sempre de regressar pelo mesmo local.

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Seguimos em busca de Sa Caleta, no município de Sant Josep de sa Talaia, que descobrimos ao fim de mais umas voltas por falta de sinalização. O que nos atraiu ali foram as ruínas do povoado fenício fundado no Séc. VII A.C.. Tendo em conta a importância histórica do local e que é um ponto de interesse, achamos que devia ter melhores acessos e infraestruturas. A estrada é de terra batida e o local reservado para deixar as viaturas um mundo de pó cor de tijolo. Apesar das condições, deixámos o Kia num lugar que nos pareceu menos mau e fomos em busca do povoado. Porém esta nossa pretensão caiu rapidamente por terra uma vez que o acesso para o povoado, que ficava a 250 metros e teria de ser feito a pé, estava barrado. Assim, espreitámos a pequena praia e seguimos viagem.

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A paragem seguinte seria na reserva natural de Ses Salines, habitat para várias espécies de aves, e onde se podem ver enormes montes de sal, apesar de estas salinas já não terem a importância comercial de outros tempos. Espreitámos também a praia dos famosos.

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O último ponto no nosso roteiro era Playa d’en Bossa. Assim que saímos do carro começámos imediatamente a ouvir as batidas da música que vinham de um dos bares da praia. É sem dúvida um lugar mais agitado, contrastando com a paz que encontrámos nas pequenas enseadas que tínhamos visitado. O areal é imenso e proporciona uma boa perspectiva para a cidade antiga de Ibiza, Dalt Vila.

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Já um pouco cansados, regressámos a Santa Eulália, com a tarde a terminar.
 

hvm

Membro Novo
O último dia foi de descanso e passado entre a praia e a piscina e a mentalizarmo-nos para o regresso.

Nestas férias cometemos 4 sacrilégios: Não fomos à capital à noite, não fomos a discotecas, não fomos ao mercado hippie de Es Canar e não visitámos Formentera. O primeiro e o último ficaram adiados para uma próxima visita às ilhas brancas, as discotecas serão um pecado que teremos de carregar porque, de facto, não nos atraem e o mercado hippie dependerá da vontade numa próxima viagem.

Espero que este relato possa ser de alguma forma útil. Ele retrata apenas a opinião e a experiência de duas pessoas e nada mais do que isso.

Apesar dos aspectos que poderiam ser melhorados, Ibiza é uma ilha fantástica, um local ao qual pretendemos regressar e que já nos deixa saudades.

Às pessoas que nos diziam "ah vais para Ibiza? Aquilo é só noite!" podemos dizer com convicção que Ibiza é muito mais do que noite, Ibiza é aquilo que nós quisermos que ela seja. É uma ilha de contrastes e capaz de satisfazer todos os tipos de gostos.
 

ploferreira

Administrador
Staff
Olá,

Muito bom o teu report, parabéns.

Estive em Ibiza em 2007, mas em Sant Antoni de Portmany, confesso que também não fui a nenhuma discoteca, mas existem muitos bares em Sant Antoni, a animação à noite é muito boa.

Formentera é imperdivel, sem dúvida uma praia fantastica
 

Malibugirl

Membro Novo
Ibiza é sem dúvida uma ilha de contrastes que pode agradar a todos.

Estamos de acordo quanto à Cala Bassa. É, sem dúvida, a praia mais bonita de Ibiza. E também quanto a Formentera... é um pecado não terem passado lá pelo menos um dia. É outro mundo.

O meu grande pecado foi ter passado pela Cala de S. Vicente e não ter parado, mas estávamos mesmo a ficar sem gasolina! Ficará para uma próxima.

Apenas uma correcção, as cúpulas das discotecas que fala em S. Antoni são do Es Paradis e do Eden.

Report mt bom :D Obg.
 

hvm

Membro Novo
Ibiza é sem dúvida uma ilha de contrastes que pode agradar a todos.

Estamos de acordo quanto à Cala Bassa. É, sem dúvida, a praia mais bonita de Ibiza. E também quanto a Formentera... é um pecado não terem passado lá pelo menos um dia. É outro mundo.

O meu grande pecado foi ter passado pela Cala de S. Vicente e não ter parado, mas estávamos mesmo a ficar sem gasolina! Ficará para uma próxima.

Apenas uma correcção, as cúpulas das discotecas que fala em S. Antoni são do Es Paradis e do Eden.

Report mt bom
Obg
Teremos de nos redimir com uma visita a Formentera na próxima viagem para aqueles lados.

E obrigada pela correcção. Tal como disse, discotecas não é connosco. :D
 

Teresa G

Membro Ativo
Parabéns Helena, excelente report!
Fico mesmo contente por ter gostado de Ibiza, depois de todas as sugestões que lhe dei. Conheceu locais que eu não cheguei a ir, mas que ficam já apontados para uma próxima visita!
É engraçado que veio com a mesma ideia que eu relativamente aos comentários das pessoas que acham que Ibiza é só noite. Eu antes de ir também ouvi muito disso, mas a ideia com que vim foi completamente diferente. Tem realmente a GRANDE NOITE, mas quem quer aproveitar de outras coisas igualmente espectaculares também está no sítio certo!:)
 
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